Usassem eles – israelitas e palestinianos – contentores de lixo como balas hesitantes, como eu vi cá entre nós, contra os polícias armados, esses sim, de balas de borracha eficientes, para festejarmos o verde vitorioso do Sporting, e a deserção nas suas praças ou faixas, far-se-ia sem problemas de maior. Mas como não passam sem rockets, sujeitam-se.
MÉDIO ORIENTE
Israel e Hamas intensificam conflito em
Gaza: centenas de rockets disparados e mais de 30 mortos
Netanyahu
promete “intensificar ataques” contra a Faixa de Gaza “em intensidade e
frequência”. Morreram pelo menos 28 palestinianos nos bombardeamentos
israelitas na Faixa de Gaza e três mulheres em Israel, duas no Sul e uma perto
de Telavive.
PÚBLICO, 11 de Maio de 2021
A frente de conflito que se abriu na
Faixa de Gaza viu esta terça-feira uma escalada com centenas de rockets disparados
contra Israel – 480 desde o início dos confrontos na segunda-feira, segundo autoridades israelitas – e mais de 30 mortos:
três vítimas do lado de Israel, no Sul e perto de Telavive, enquanto em Gaza,
bombardeamentos israelitas mataram 28 pessoas, incluindo nove crianças, também
desde segunda-feira.
O
primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse esta terça-feira que a operação militar de
Israel em Gaza se iria intensificar. “Na conclusão de uma avaliação da
situação, foi decidido que tanto a intensidade como a frequência dos ataques
iria aumentar.” O ministro
da Defesa, Benny Gantz, especificou: “Por cada dia que disparem contra
cidadãos israelitas, vamos fazê-los recuar anos.”
É
o momento mais violento na Faixa de Gaza desde 2019, quando o assassínio de
um importante militante do Hamas (num regresso de Israel à prática de assassínios selectivos
que tinha entretanto suspendido) levou
a retaliação contra Israel.
Israel
diz que matou 15 militantes do Hamas e três da Jihad Islâmica (um deles o
responsável pela unidade especial do lançamento de rockets) nos ataques em
Gaza.
O
Hamas disse, pelo seu lado, que num salvo de cinco minutos disparou 137
projécteis contra Ashkelon e Ashdod, onde houve casas incendiadas e uma escola
chegou a se atingida (na véspera as aulas foram suspensas, por isso o edifício
estava vazio). Segundo o diário Haaretz, houve uma falha na bateria do sistema
de protecção sobre a cidade de Ashkelon e que foi nesta altura que os rockets atingiram
a escola e ainda uma casa onde morreram duas mulheres, uma delas de
nacionalidade indiana.
O
disparo de muitos rockets ao mesmo tempo dificulta o trabalho do sistema de
defesa Iron Dome que, segundo as autoridades do Estado hebraico, estavam a
neutralizar 90% dos projécteis disparados de Gaza.
O
Hamas avisou ainda que se Israel não parar os ataques irá lançar mísseis
“contra os arranha-céus de Telavive”, num ataque “muito pior do que o que
aconteceu em Ashkelon”, ameaçou o porta-voz do Hamas Abu Obeida. Passado não muito tempo, ouviram-se sirenes de aviso
em Telavive. A maioria dos projécteis foi interceptado, mas uma mulher morreu
em Rishon Lezion, a Sul da cidade.
O
ataque a Telavive é, disseram as Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, “a
resposta ao ataque do inimigo a torres residenciais”. Antes, um prédio de 13
andares desmoronou-se depois de um ataque da Força Aérea israelita, que queria
atingir um local em que está um escritório usado pela liderança política do
Hamas. Muitos residentes receberam um aviso antes para saírem do local.
Na
véspera, alguns dos rockets lançados pelo Hamas fizeram disparar sirenes de
aviso em Jerusalém, levaram à evacuação do Parlamento e obrigaram as pessoas na
rua a procurar abrigo. O movimento dispara, normalmente, para mais perto da
Faixa de Gaza, e os projécteis com maior alcance são menos usados – a última
vez que tinham apontado a Jerusalém foi durante a guerra de 2014.
Em
Gaza, em Beit Hanoun, no Norte do território, um residente, Abdel-Hamid Hamad,
disse que o seu sobrinho Hussein, de 11 anos, morreu num ataque aéreo enquanto
estava a recolher lenha. “Já sofremos demais, nada faz diferença”, disse
Hamad à Reuters. “O que podemos fazer?” O território está desde 2007 sob
bloqueio, com uma vida ditada ao sabor das horas de electricidade racionada,
com pouca água potável, e sobretudo sem perspectivas para os seus
habitantes, o que se agudiza no caso dos jovens.
Israel
diz que um terço dos rockets lançados não fizeram a trajectória esperada, e
que vários causaram vítimas entre palestinianos de Gaza.
A operação
israelita já tem nome, Operação Guardiões do Muro, uma nota que pode remeter para o ponto fulcral do
conflito, no coração de Jerusalém dividida: o Muro Ocidental,
local sagrado para os judeus, e o Nobre Santuário, onde está a Cúpula do
Rochedo e a Mesquita de Al-Aqsa, sagrado para os muçulmanos.
Os
limites estabelecidos pela polícia no mês de Ramadão e os confrontos na mesquita, onde chegou a
entrar gás lacrimogéneo, acabaram por deixar mais de 300 palestinianos feridos,
assim como 21 polícias. Antes,
também havia tensão nos protestos contra a potencial expulsão de famílias
palestinianas de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, palco
de confraternização de famílias na quebra do jejum do Ramadão, e de mão pesada
da polícia nos seus protestos.
Toda esta ligação ao Ramadão – os
ajuntamentos diários em Sheikh Jarrah e na mesquita – faz muitos esperar que a
tensão possa diminuir em Jerusalém quando o mês sagrado terminar, o que deverá
acontecer na quarta ou quinta-feira.
Já
o que se vai passar na Faixa de Gaza terá outra
dinâmica. Até hoje, as
três guerras em que o Hamas e Israel se confrontaram terminaram sem uma
vantagem decisiva nem uma alteração da situação – o Hamas
continua no poder e Israel mantém o bloqueio ao território, ou seja, como diz o
diário britânico The Guardian, ambas foram vistas como falhanços pelos dois lados.
Apesar
de sofrer os ataques, o Hamas foi o grande vencedor de segunda-feira, diz o
diário israelita Haaretz. Pelo menos em Jerusalém, onde um palestiniano
disse ao Haaretz: “Abu
Obeida ameaçou que ia disparar contra Israel e cinco minutos mais tarde os
polícias saíram da Porta de Damasco”, que dá acesso à parte muçulmana da Cidade
Velha, para alterar a rota da marcha nacionalista que comemora a ocupação de
Jerusalém Leste na guerra de 1967 e que acabou por não passar na porta de
Damasco (o que era visto como uma receita para confrontos). “Na narrativa
palestiniana”, comenta o Haaretz, “o Hamas é a única entidade que fez
dobrar Israel e mudar a marcha para que não passasse no bairro muçulmano.”
tp.ocilbup@searamiug.oaoj.airam
TÓPICOS: MUNDO ISRAEL MÉDIO ORIENTE HAMAS BENJAMIN NETANYAHU PALESTINA FAIXA DE GAZA
COMENTÁRIOS:
Freitas EXPERIENTE: Haverá alguma
diferença entre as forças armadas israelitas e os terroristas islamitas? Na
disputa para ver quem mais consegue assassinar será difícil definir o vencedor.
José Oliveira EXPERIENTE: Um mundo sem
judeus seria um lugar mais pacífico.
PedroKostaEXPERIENTE: Estou a ver que
concorda com Hitler...... Interessante! E sem portugueses? E sem palestinianos?
E sem brancos?
Beep Beep.469369 MODERADOR: Denunciado por
anti-semitismo
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