quinta-feira, 13 de maio de 2021

Espécie de reforma agrária

 

... dos novos tempos, esta da ocupação das casas de férias? Com que direito?

Do Porto a Odemira /premium

No Porto, os líderes europeus assinam o “Compromisso Social”. Em Odemira assistimos à incapacidade do Estado e da autarquia e ao egoísmo e oportunismo de alguns portugueses no apoio a imigrantes.

HELENA GARRIDO

OBSERVADOR, 10 mai 2021

Imagine-se num país que não é o seu, a trabalhar sem ter sequer a protecção que todos os outros cidadãos nacionais têm. Não fala a língua, a sua cultura é bastante diferente, a sua vida é casa-trabalho-casa. De repente vê-se num turbilhão de gente à sua porta, jornalistas, autoridades diversas e polícias. Querem que saia dali. Com aquela humildade que dói, de algumas culturas orientais, vai dizendo que sim sem perceber nada do que se está a passar. Só sabe que no dia seguinte tem de ir trabalhar, caso contrário já sabe que perde o emprego – se é que assim se pode chamar. Dizem-lhe que virão mais tarde. Não vieram. Estava a dormir, eram 4 da manhã, batem à porta, polícia, autocarros – seria um cão ali? – e dizem para entrar. Mas para onde vai? Chega ao Zmar, pessoas à porta que, percebe, não querem deixar entrar, não é bem-vindo.

Foi isto que em traços gerais se passou com algumas pessoas que tiveram de ser alojadas temporariamente noutro local, porque o sítio onde viviam não tinha condições para fazerem o isolamento profiláctico. Verdadeiramente, nem condições humanas mínimas tinham. Podemos ler a reportagem de Carolina Branco aqui no Observador.

O que se passou – e tem passado – com os imigrantes, neste caso específico em Odemira, tem de nos envergonhar a todos. Ao Governo, à autarquia de Odemira mas também e especialmente aos que no Zmar se comportaram de forma tão egoísta e pouco solidária.

Ninguém, contrariamente ao que pareciam fazer crer, estava a entrar pela casa dentro de ninguém. O que o Governo pediu numa primeira fase, foi a cedência de casas num alojamento turístico, e que pagaria, para alojar temporariamente pessoas que precisavam de estar em isolamento profiláctico. Tão simples quanto isso e semelhante ao que se fez com outros alojamentos – no início da pandemia até houve reportagens sobre isso. Foi porque a administração judicial do Zmar não quis chegar a acordo que o Governo avançou para a requisição civil.

Claro que o Governo podia ter-se dado ao trabalho de explicar melhor o que se tinha passado, porque teve de avançar para a requisição civil, porque teve de requisitar todo o empreendimento e o que estava em causa. Mas lamentavelmente o ministro da Administração Interna Eduardo Cabrita não consegue explicar nada. E em vez de aproveitar as entrevistas que os jornalistas lhe fazem para clarificar, resolve atacar tudo e todos.

Quando se pensa que já não pode piorar, eis que realojam os imigrantes de madrugada. Aparentemente sem qualquer preocupação em saber como iriam trabalhar no dia seguinte e ainda menos que pouco iam dormir. Quem é o responsável? O Governo, mas também obviamente a Câmara de Odemira.

Depois temos as pessoas que vivem no Zmar, que se dizem proprietárias de casas. Opuseram-se a que um grupo de pessoas, imigrantes, fossem ali alojadas temporariamente em casas que não lhes pertenciam. Representados pelo advogado Nuno Silva Vieira, que também representou os lesados do BES, os que se dizem proprietários de 160 das 260 casas no Zmar avançam com uma providência cautelar que é aceite pelo Tribunal.

Entretanto a autarquia conseguiu encontrar alojamentos se não para todos, pelo menos para boa parte dos imigrantes que se encontravam no Zmar, deixando em paz aquelas pessoas tão pouco solidárias, que não estavam dispostas a partilhar um amplo espaço com quem precisava de um sítio para isolamento profiláctico.

A história do empreendimento turístico é contada aqui na Sábado (só para assinantes). É mais um caso que envolve o BES e o governo de José Sócrates. O Zmar, Eco-Camping Resort, um projecto que nasce em 2008, merece o selo de PIN (Potencial Interesse Nacional) da era do governo de José Sócrates. Como outros projectos ruinosos. Consegue assim instalar-se numa área de reserva ecológica e agrícola. Está ligado à família Espírito Santo – o seu promotor chama-se Francisco Espírito Santo de Mello Breyner – e foi financiado quer pelo BES, quer por fundos comunitários. O Novo Banco, entretanto, vendeu parte dos créditos ao fundo norte-americano KKR e ainda tem parte deles. E a empresa entrou em processo de insolvência.

No meio deste processo, algures em 2014, o Zmar vende algumas das casas do empreendimento num processo difícil de compreender. De acordo com esta notícia do Expresso, um T2 é vendido a 30 mil euros. A questão é: que tipo de propriedade é esta? Aquelas casas podem ser autonomizadas? São as pessoas que compraram estas casas que se opuseram a que os imigrantes se instalassem temporariamente nas casas que pertencem apenas ao resort.

Há várias lições neste caso. A primeira e mais importante é que temos um problema grave para resolver de integração de imigrantes.  Um problema que tem sido ignorado pelas autarquias e pelo Governo ou que, pelo menos, não tem sido resolvido. Aparentemente o Governo tem tentado encontrar uma solução, esbarrando com as restrições de construção de alojamento, impostas pelas regras das áreas de reserva ecológica. Mas que, repare-se, permitiram que se construísse o Zmar, hoje tratado por algumas das pessoas que lá vivem como se fosse um condomínio privado fechado.

Só com uma política activa de integração de imigrantes se pode mitigar a exploração a que estão sujeitos, quer dos traficantes como dos empresários. Já é suficientemente desumano que se impeça um ser humano de viver onde considera que pode viver melhor. Quando cá chegam devem ser integrados e apoiados, nem que seja pelo egoísmo de precisarmos deles. Cada vez que estivermos a comer framboesas ou legumes, como espinafres, que vêm daquela zona, podemos estar praticamente certos que estiveram nas mãos daqueles imigrantes. E quando olharmos para o preço temos de perceber que só pode ser tão barato porque se praticam injustiças ao longo da sua produção. Deste ponto de vista somos também responsáveis pela exploração de que são vítimas.

Claro que há uns mais responsáveis do que outros. As autoridades que devem fiscalizar as condições de trabalho têm de ser mais activas já que e lamentavelmente pouco podemos contar com os empresários. Verdadeiros empresários deveriam preocupar-se também com as condições de vida de quem trabalha para eles. Alguns haverá que o fazem, mas tudo indica que a maioria esquece-se que uma empresa deve ser uma equipa.

Uma outra lição que é igualmente difícil de enfrentar é que vivemos – ou algumas pessoas vivem – sob uma hipócrita capa de solidariedade. Participam em várias iniciativas de voluntariado e, quando chega a hora de se mostrarem solidárias com uma ser humano, viram-lhe as costas. Foi isso que, infelizmente, vimos no Zmar. É isso que infelizmente vemos nas posições que algumas pessoas assumem contra a imigração.

Ironicamente tudo isto se passou enquanto no Porto se preparava a Cimeira Social, onde se segue a ritualização da União Europeia em mais um compromisso com os respetivos e variados estudos espalhados por sites da União Europeia. Tivemos até uma Cimeira com a Índia, de onde são alguns dos imigrantes em Odemira.

Hoje temos uma União com muitos papéis, declarações e estudos e pouca capacidade de execução e distante dos problemas do quotidiano do cidadão comum. Do Porto até Odemira há uma distância de anos luz que nos deixa preocupados com o futuro.

IMIGRAÇÃO  MUNDO  UNIÃO EUROPEIA  EUROPA

COMENTÁRIOS: (Alguns, de 77)

joão Teixeira: Artigo impecável. Já agora, segundo a rádio britânica Monocle 24, a cimeira com a Índia foi um “flop”.                Maria Cordeiro: Acho estranho ninguém falar da negligência de uma entidade de saúde pública Local que tem a responsabilidade de garantir as condições de higiene e sanitárias não só de restaurantes e afins como de casas de habitação. Onde estava a ou o delegado de saúde de Odemira? O Estado de Direito que ainda é Portugal tem os meios todos necessários e as leis para que isto não acontecesse.           Rui Fernandes: Boa noite Esta senhora de proteger sempre o querido governo mente. Primeiro ponto, só foram colocados no Zmar imigrantes em deficientes condições de alojamento e não em isolamento profiláctico. Segundo ponto, eu acho que você nunca falou com um empresário agrícola do concelho de Odemira, senão não diria que exploram os imigrantes. Que triste ler o que você, porque mais uma vez escrever de Lisboa para Lisboa sem ter uma mínima ideia da realidade.               Fernando Pité > Rui Fernandes: O empreendimento turistico Zmar que parece ter "falido" (falência fraudulenta? como parece ser hábito!!) terá sido constituído como parque de caravanismo, roulottes e para tendas, ou seja, não se destinaria, ao que se presume, para venda de "habitações". Nem todas as "habitações" estariam ocupadas, e daí que às quatro da madrugada, o passarinho não cantou, mas foi a GNR que penetrou no dito, à ordem do Governo. É curioso que houve uma série de entidades que se escudaram no Ministro da administração Interna (Secretária de Estado da Integração e Migrações, 1º Ministro, Delegada Local da Saúde, etc.,) e é curioso como o Bastonário da Ordem dos Advogados acorreu pressurosamente ao local. Iol!    Paulo Guerra > Fernando Pité: O bastonário não passa de um chico esperto manipulável e manipulador sem um pingo de vergonha na cara que só pelo facto de acumular a OA com a presidência de um associação de proprietários devia envergonhar todos os advogados. Mas o nosso problema com as Ordens que hoje não passam de lobbys é outro. Já os proprietários, como sempre se calculou, não têm 1 cm de terreno no parque onde não queriam deixar entrar ninguém. Compraram uma barraca como quem compra uma roulotte e não tarda nada têm mesmo que lhe pôr umas rodas. E a cereja em cima do bolo é que em 2016 houve um incêndio no parque e as autoridades tb os realojaram num hotel. Egoístas, mentirosos e racistas. E o país só parou para uma tristeza destas devido ao acesso que eles têm aos media. Com tanta coisa mais importante no país... E como se não bastasse ainda levaram três ou quatro partidos políticos à boleia. E não estamos só a falar de banha da cobra. O PSD tem um bocadinho mais de responsabilidade neste país.          Elvis Wayne: Querem-nos fazer crer que um sujeito paga 15-20 mil euros para ser escravo num país que desconhece? Essa quantidade de dinheiro dá para comprar um prédio no Nepal! Cada euro vale 200 rupias nepalesas! Para além disso querem-nos fazer crer que é normal 20 mil nepaleses (alguns dizem que só no Alentejo excedem os 60 mil) entrarem ilegalmente no país, provavelmente de avião pois não há maneira de vir de barco do Nepal até cá, e ninguém nota? Querem fazer-me crer que é normal um autarca (socialista) numa vila perdida no Alentejo não notar uma legião de ilegais ao longo de muitos anos e não fazer queixa? Querem me fazer crer que só agora o PCP domina a região) e o Be só agora é que acordaram para o "escândalo" de Odemira, não tinham sequer o mínimo de conhecimento do que se passava até agora é? Devem pensar que a malta é muito tapadinha. Desenganem-se. Por último, nas reportagens a Katarina do bé grasnou contra "o grande capital, buuu", então mas ainda ontem vi um migrante a dizer que investiu e agora é dono de várias casas onde ficam os seus compatriotas que nem sardinhas. As casas que não pertencem a estes novos "burgueses", são do outrora louvado povo alentejano. Realmente de bestial a besta (aos olhos da esquerda) é num abrir e fechar de olhos.           Português indignado: Odemira foi mais uma grande trapalhada e demonstração de incompetência deste governo horroroso e de um ministro arrogante e irresponsável. Os trabalhadores imigrantes merecem mais respeito e consideração. O António Costa merece o nosso desprezo e revolta !           Antes pelo contrário > Português indignado: Respeito e consideração??? O que eles merecem é ser todos expulsos se forem ilegais, que é o que está na Lei!!! Uma coisa é dar-lhes alojamento se eles estiverem doentes com o Covid, outra coisa é facilitar a imigração ilegal que é CRIME punível com PRISÃO!!! Não se pode ter respeito e consideração por quem entra ilegalmente neste país sem respeito nem consideração pelas leis da República nem por quem cá vive.            Português indignado > Antes pelo contrário: Podemos agradecer a facilidade de regularização destes imigrantes aos irresponsáveis socialistas, comunas e extrema-esquerda que aprovaram uma lei em 2017 de " facilitismo" que tornaram Portugal na porta de entrada para estas pessoas em toda a União Europeia contra a vontade do SEF. Qualquer dia a União Europeia ainda expulsa Portugal e depois é que estes socialistas horrorosos contaminados pelos comunistas vão conseguir transformar este país na Venezuela                  Fernando Pité > Português indignado: Será que ninguém percebe que de há muito tempo, sempre se desejou que Portugal fosse um País de mão de obra barata, e que se necessário até se aldrabam os desgraçados do terceiro mundo, a quem é "vendido" este País como sendo um paraíso, quando os Países deles nem os protegem diplomaticamente, e que logo que possam emigram para outras paragens??? Iol!               Simplesmente Maria: Eles não comem framboesas, nem mirtílios e não sabem o que são espinafres baby que a Vitacress promove. Eles são os pobres do meu país. Procure-os Helena Garrido e verá que não encontra só emigrantes.            Pedro Ferreira: Só se está a esquecer que eles só vivem aos 20 dentro de um quarto porque não querem gastar dinheiro numa renda para mandarem a maior parte do que ganham para a família que está no pais de origem. Ouvi numa reportagem que pagavam 85,00E por um quarto, é óbvio que por esse preço não podem querer muito mais.           Paulo Guerra > Pedro Ferreira: Eles não têm sequer o direito a querer nada. Fazem o que lhes mandam e ponto final. 85 euros cada um. E depois o senhorio mete 20-25 dentro da casa-arrumos e recebe mais de 2 0000 euros todos os meses por uma casa de arrumos em Odemira. Imagine-se se cada um pagasse logo 2 000 euros por mês? Os senhorios da rede até esfregavam as mãos. Precisavam era da época toda para pagar uma renda, i.e., dormiam a época toda ao relento.            Paulo Guerra: Enfim, alguém repõe a verdade no Observador. Para vergonha de muitos imagino. Ou não. O fanatismo sobrepõe-se muitas vezes a tudo. para alojar temporariamente pessoas que precisavam de estar em isolamento profiláctico. Tão simples quanto isso e semelhante ao que se fez com outros alojamentos – no início da pandemia até houve reportagens sobre isso. Foi porque a administração judicial do Zmar não quis chegar a acordo que o Governo avançou para a requisição civil. Só lamento que a HR ainda consiga ver algum futuro no modelo de negócio agrário implantado em Odemira.              mamadorchulo dostugas > Paulo Guerra: Um verdadeiro xuxa faculta a sua própria casa             Francisco Garcia: Há muita mariquice à volta deste caso. De todas as imagens que vi na TV, só uma que vi neste último dia me levantaria questões. Dormir em contentores, dormir em beliches, "Credo, que horror". Salários de 700 euros, "Credo, como é possível". Trabalho duro, ouço na TV (apanhar framboesas?). E 8 horas diárias (qual é o problema?). Estamos um país de cosmopolitas engravatados que perderam a noção do que é o mundo do trabalho. Para o negócio do turismo, vá lá, ainda servimos. Eu trabalhei em várias partes do mundo, os trabalhadores dormiam em contentores, comia-se miseravelmente (eu também), mas o trabalho tem que ser feito e é preciso ganhar a vida. Com gente assim tão fina, virem agora com ideias peregrinas de reindustrialização do país só pode ser anedota. A competir com a China ou a Turquia? A pagar salários de quanto? E um apartamento para cada trabalhador temporário, calculo. Paulo Guerra > Francisco Garcia: Se viste na televisão deve ser verdade. Como 700 euros e 8 horas. E a reindustrialização vai ser tipo revolução industrial séc. XIX. Sol a sol e 7 dias por semana. E para competirmos com o sultão também mandamos as mulheres para casa. Outra vez. Está bem assim sem mariquices?

Simplesmente Maria > Francisco Garcia: Obrigada pelo seu comentário. Não só no estrangeiro mas também em Portugal, durante décadas, os trabalhadores da construção das obras públicas, sendo na sua maioria portugueses viviam (ainda vivem?) em piores ou iguais condições.          Fernando Pité > Francisco Garcia: Onde foi encontrar as oito horas diárias? Talvez em Chicago, no século XIX, mas aí era impossível! Se forem 10 ou doze horas, talvez acredite... Iol!         João Das Regras: Parece que a HG, quer espalhar as culpas por todos os Portugueses e principalmente pelos egoístas do Zmar, ainda por cima parece que são primos do salgado, ui!!! não ocorre á HG que este é um problema da má lei de estrangeiros que a esquerda alterou em 2017, em que basta alguém manifestar a intenção de querer vir trabalhar para portugal para ter automaticamente autorização de residência. Pelas reportagens na TV, muitos dizem que pagaram milhares de euros para virem para o nosso pais. As empresas que paguem salários decentes e terão portugueses dispostos a trabalhar, se não o conseguirem fazer terão que falir. Recomendo à HG que veja o último sexta ás 9 que está lá tudo. São os mafiosos da própria nacionalidade dos emigrantes que estão a ganhar mais com isto. RESPEITO PELA PROPRIEDADE PRIVADA É PRECISO.              MCMCA A: Dê uma de solidária e ceda a sua residência de férias HG. É fácil falar de solidariedade dos outros quando se pensa com os pés porque para resolver atabalhoadamente este caso com imigrantes vai-se criar outro problema com portugueses que vêem a sua propriedade a perder totalmente o valor. Isto para não falar da incompetência dos decisores que nem equacionaram que no fim da quarentena os imigrantes teriam de se deslocar a pé vários quilómetros para trabalhar. Só pérolas            Sonia Neves: Não sei em que planeta vive, se acha que em todo este caso foram os proprietários do zmar que estiveram pior. Se acha que o que vemos em Odemira é excepcional, é localizado é porque está em isolamento anteriormente à covid. Que se faça uma lista dos virtuosos que se dispõem a abrir as suas portas aos que vivem ao monte e sem o mínimo de dignidade. Não vão ser suficientes.             MCMCA A: O problema não é arranjar alojamento mas o modo trapalhão, incompetente e quiçá matreiro como tudo é feito. A integração de imigrantes é um processo moroso e complexo porque têm cultura ancestral e vivem de um modo diferente. Para tal não basta alojar porque as casas boas onde agora os alojaram em breve estarão degradadas porque maioritariamente habitadas por homens não habituados a limpar e a arrumar e sendo nepaleses e paquistaneses estão habituados à “cama quente” (sai um da cama entra outro). Seria preferível haver cantinas onde comessem até conseguirem trazer as famílias ou até ao regresso ao país de origem. Os salários são ao nível do salário mínimo algo que qualquer trabalhador assalariado recebe na agricultura. É pouco, mas o país não comporta pagar mais caso contrário a maioria da população portuguesa passaria fome porque não poderia pagar os alimentos. Nem os espinafres, feijão verde e tomates são baratinhos para a média da população que não aufere o salário da jornalista. Esquece HG que não é o agricultor que ganha mas o ganho fica na cadeia de distribuição. Parte dos imigrantes estão cá ilegalmente e com esta atitude limpou-se a atitude displicente das autoridades que a tudo fecham os olhos a mais este caso de tráfego humano e quase escravatura ficando a esquerda cúmplice a deixar entrar no país as vítimas dos negreiros modernos sob o pretexto de humanismo, mas fechando os olhos ao facto dos desgraçados terem ainda de dar parte do salário ao negreiro que os transportou. É o win win para os políticos porque com os novos imigrantes e leis eleitorais terão novos votantes e permitem-se dar uma de humanistas ao eleitorado idi...ota útil. E não deverão dizer que ignoravam porque de norte a sul se observa o mesmo fenómeno. Na Figueira da Foz a quase cerca sanitária que envolveu o concelho desde novembro ficou a dever-se aos nepaleses que contraíam covid numa conhecida empresa.           MANUEL OLIVEIRA: Este artg de HG (gosto de ler e ouvir HG) é assertivo, esclarecedor e merece ser lido/relido com att e foi isso que fiz (tenho tempo...) Aconselho a leitura e interpretação dos # 12/13/14 especialmente o 12. A análise objectiva dos factos é muito importante para perceber a situação dos migrantes (mão-de-obra barata que existe em muitos países europeus e não só). NAO ACEITO INVASAO DE PROPRIEDADE PRIVADA seja a que titulo for. Mas a responsabilidade neste triste caso de Odemira é em 1º lugar da CMO (está no teatro de operações, como gostam tanto de dizer e em 2º lugar do Estado/governo que tem conhecimento há bastante tempo da situação e nada fez e o que faz é quase nada. Somos um Pais de drs,engºs e dependentes dos subsídios de Bruxelas, temos milhares de desempregados e outros tantos avessos ao trabalho. Trabalhar na construção civil ou agricultura sempre foi para não letrados ou provincianos. De modo que temos que aceitar imigrantes mas temos de lhes proporcionar condições razoáveis de vida, trabalho e educação. MAS NAO ACEITO INVASAO DE PROPr PRIVADA. O pão de cada dia deve ser ganho com o suor de cada dia. Só mais um apont sobre a cimeira do PORTO-foram gastos mais de 1 milhão de euros...em basófia...em demagogia!!!

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