domingo, 2 de maio de 2021

Tenho pena...

 

Daquele JMT cujas crónicas me pareciam isentas, ponderadas, justas, a sugerir uma formação moral que me alegrava, porque parecia sincera e formativa, para a geração de jovens que lhe poderiam ir no encalço, no pensamento recto, a desmascarar o incorrecto… Há muito, todavia, que o estilo exibicionista, de pieguice própria e animosidade substituíram a reflexão mais impessoal e objectiva, pese embora a justeza das suas observações em relação ao adversário. Mas outros comentadores o analisam melhor, indicando-lhe o caminho. Eu direi como Pessoa, este, é certo, num contexto mais intimista, que não é para aqui chamado:

Antes isso que ser o que atravessa a vida

Olhando para trás de si e tendo pena...

 

Olhando para trás dele e tendo pena.

 

 

OPINIÃO

Breve viagem à cabeça de Miguel Sousa Tavares

Nunca é tarde demais para perceber que às vezes nos enganamos redondamente sobre o carácter de pessoas de quem um dia gostámos muito.

JOÃO MIGUEL TAVARES

PÚBLICO, 1 de Maio de 2021, 0:00

Um dos livros mais importantes da última década chama-se Pensar, Depressa e Devagar (está editado em Portugal pela Temas e Debates) e foi escrito por Daniel Kahneman, prémio Nobel da Economia em 2002, e um dos grandes especialistas mundiais em ciência cognitiva e nos processos de tomada de decisão. O livro desenvolve a tese de que a nossa mente está dividida em dois sistemas: o Sistema 1, que “opera automática e rapidamente, com pouco ou nenhum esforço” (daí o pensar depressa); e o Sistema 2, que “distribui a atenção pelas actividades mentais esforçadas que a exigem, incluindo os cálculos complexos” (daí o pensar devagar).

Ao contrário do que possa sugerir o senso comum, não há um “sistema bom” e um “sistema mau”, porque ambos são absolutamente necessários à nossa vida – por vezes precisamos de tomar decisões rápidas, intuitivas e emocionais (Sistema 1); outras vezes precisamos de tomar decisões lentas, reflectidas e lógicas (Sistema 2). Mas, claro, ambos os sistemas são propensos a falhas e confusões, e a grande utilidade de ler Kahneman é ficarmos conscientes disso mesmo, até para não misturarmos um sistema com o outro, confundindo acções intuitivas com decisões ponderadas, e raciocínios de lebre com reflexões de tartaruga.

Daniel Kahneman tem aplicado as suas teorias sobretudo à área da economia comportamental, e nunca se dedicou, que eu saiba, à análise da crónica jornalística e do comentário político. No entanto, uma volumosa parte do seu livro é centrada no excesso de confiança e nos enviesamentos de percepção. E é aqui que entra Miguel Sousa Tavares (MST). Todo o ser humano – eu, o caro leitor, MST, o Papa Francisco – tem uma tendência natural para formar primeiro as suas convicções e depois ir à procura dos argumentos que as justificam. Mas poucos seres humanos fazem isso com uma intensidade tão profunda quanto MST. Por existir nele uma mistura rara de autoconfiança, berço de ouro, romantismo, espírito aventureiro, independência e privilégio de classe, MST está tão convencido dos seus méritos e da excelência das suas intuições que as confunde com raciocínios elaborados. Fica preguiçosamente no Sistema 1, convencido de que está a laborar no Sistema 2.

Digamos que a lógica é estraçalhada pela pujança dos seus palpites. Às vezes, MST diz que basta olhar para a cara de uma pessoa para concluir o que ela é. Outras vezes, nada conclui por mais que olhe. A sua posição em relação à Operação Marquês e a José Sócrates é um exemplo espantoso de falta de argúcia auto-infligida. Além de ter concluído que Ivo Rosa era um génio do Direito, MST escreveu sobre mim esta maravilha: “No desânimo de não ter visto triunfar no despacho instrutório as teses que tão longamente defendeu a par do MP, resolveu escrever uma peça de ‘ficção’ televisiva onde assume como verdade, sem direito a contraditório ou mesmo julgamento, tudo o que ele e a acusação disseram sobre Sócrates.”

O argumento de MST é este: chocado pela decisão de Ivo Rosa, eu, em sete dias, como Deus no Génesis, criei, filmei, montei e estreei oito episódios de ficção, sem que Sócrates pudesse sequer intervir, como fazia o Diácono Remédios. Talvez por amar em demasia a velocidade, MST nem as pensa. Felizmente, o professor Kahneman está aí para o ajudar. Nunca é tarde demais para nos reconciliarmos com o raciocínio lógico, nem para perceber que às vezes nos enganamos redondamente sobre o carácter de pessoas de quem um dia gostámos muito.

 

Jornalista

JORNALISMO  JUSTIÇA  MIGUEL SOUSA TAVARES  OPERAÇÃO MARQUÊS  JOSÉ SÓCRATES  IVO ROSA  OPINIÃO

COMENTÁRIOS:

Luis Gavancha  INICIANTE: Depois disto estou seriamente a ponderar trocar a assinatura do Publico pela assinatura do Correio da manhã. O respeitinho é sempre bonito. Usar o espaço de um jornal, cujos leitores querem saber tudo menos de intrigas e zangas de comadres, para apelidar outrem com vitupérios, não o é. Valha-nos as crónicas do MEC.          FalinhasMansas  INICIANTE: Força JMT! Já percebemos ambos os pontos de vista. Agora viremos a página. Enterremos Sócrates e os socráticos e abramos a discussão sobre outras temáticas.          Rui Ribeiro  EXPERIENTE: Há muito que MST discorre sobre ideias feitas, desligadas da realidade. No caso de Sócrates, como no de outras, defende os da sua casta. Houve, de facto, uma altura onde isso parecia não acontecer. A degradação dos seus contributos e intervenções, no entanto, é de anos. Não vale a pena perder tempo com ele.           X5 EXPERIENTEEste agora é psicólogo, ainda o ei de ver desempenhar funções de peixeiro.          PdellaF.468453 EXPERIENTE: Miguel Sousa Tavares é das tais pessoas sobrevalorizadas deste país. Em tudo o que faz, servindo-se da origem privilegiada, da boa figura e da forma veemente com que fala dos assuntos, parece que é uma bem pessoa informada, por um lado, e capaz de raciocínios elaborados, por outro. Não é. Ele que gosta tanto de mostrar os seus conhecimentos de História, a título de exemplo, é, na verdade, muito ignorante. Ou melhor, sabe umas coisas desgarradas, mas não as entende num quadro geral e faz o que a maior parte dos comentadores "tudólogos" praticam: anacronismo.

Jose Leite  INICIANTE: Não percebo tanta clubite. É sinal dos tempos! Há um século andavam às bengaladas! Gosto de ler os dois na medida em que me ajudam a formar a minha própria opinião. São dois homens inteligentes. Claro que se gosta mais do MST que tem o dom, sabe usá-lo, vai mais a direito e impôs-se em tempos mais fáceis com menos concorrência. Já o JMT tem que suar muito, subiu a pulso e não é fácil manter-se lá nestes tempos. tem que dar muito no cravo e na ferradura, o que por vezes é menos simpático. E também não é preciso desmerecer tanto quem teve a vida mais fácil. Eu por mim continuo a ler os dois com gosto, às vezes irritado, ora com um ora com outro. Várias opiniões, nada de ouvir só o que agrada e criar trincheiras! Continuem os dois! Público e o Expresso são bons exemplos de pluralidade.           cidadania 123  EXPERIENTE: Partilho dessa análise          Carlos AF Costa  EXPERIENTE: Entre um e o outro o diabo que escolha. Dois convencidos á bulha em praça pública. Falta de educação e de pudor. Seria preciso ter muita paciência e rigorosamente nada para fazer para dar um mínimo de atenção a estes dois indivíduos.       MMRdM  EXPERIENTE: Eu gosto mais de ler JMT quando não usa este espaço para dissecar tricas e duelos intelectuais pessoais com outros opinadores ou jornalistas. Seria o equivalente a um juiz usar o seu tribunal para resolver problemas conjugais, ou um cientista canalizar o financiamento público que recebe para investigar uma doença de que sofre. Há algo que não bate certo nessa conduta. É uma espécie de conflito de interesses, daquelas que gosta de denunciar a outrem. E note que o aprecio sobremaneira!           Mario Coimbra  INFLUENTE: Excelente crónica. MST foi um excelente jornalista e hoje é um excelente escritor. Pelo meio vai percebendo a vida como é mas por vezes engana-se. Sócrates foi um desses últimos enganos. Agora nunca deixou de ser coerente mesmo nas suas incongruências.          viana EXPERIENTE: Depois da sua manobra de vitimização, em que publicamente se queixou de que andavam a tentar que a Direcção do Público o despedisse. Assim pré-acusando esta de censura caso alguma vez o tentasse fazer. JMT "sem facho não há tacho" aparentemente sente-se de tal modo intocável que dá-se ao luxo de escrever o lixo que quer nesta coluna. Porque de certeza que a Direcção do Público não o contratou para escrever um texto em que se resume a atacar, sem qualquer tipo de argumentação, um colunista doutro jornal. Parece-me que está mesmo na hora da Direcção do Público lhe dar uma lição...        Mario Coimbra  INFLUENTE: ...mas você tem noção do que escreve???? Você consegue perceber o que JMT escreve ou o ódio que destila por ele é tanto que lê o que quer??? Ouça lá, isto não é normal. Está a comentar uma crónica.          Luis  EXPERIENTE: Para alguém que foi leitor da Grande Reportagem é triste ver hoje MST, alguém que parecia ser livre, alinhar completamente na defesa do status quo duma elite corrupta, que se serve da presunção da inocência e do ónus da prova como tácticas de manipulação e de escape à justiça.               José Cruz Magalhaes MODERADOR: Vou aguardar a resposta de MST ao desalento, que a desilusão do seu carácter passou a ser fundamentada pela teoria do autor, aqui citado. Afortunadamente, o contexto e o texto em que a frase transcrita, que visava JMT não deverão constituir prova indiciária que permita qualquer julgamento do carácter do jornalista.          Eng. Jorge Simões  INFLUENTE: Sempre compreendi MST nas suas posições pró-Sócrates na operação Marquês. Temos de entender que os laços familiares pesam muito e que Ricardo Salgado é um dos principais arguidos do processo.           EXPERIENTE: O caro Jorge Simões faz soar a coisa como se não houvesse opção. Na Comunicação, também podem existir conflitos de interesse. MST podia, perfeitamente adoptar silêncio sobre esta questão e, precisamente, invocar esse conflito como razão de ser de tal silêncio. Por muito menos (...inadmissibilidade no âmbito jurídico, que não no âmbito da sua simples existência, comprometedora...) recusou-se a comentar as escutas do "Apito Dourado" quando elas andavam na boca do mundo. Calar-se agora, só lhe ficaria bem. Assim, ficará para sempre do lado do lodo. Já são duas vezes... Norberto_Lopes_Cabaço INICIANTE: Que baboseiras! Haverá tanta gente interessada nisto? Que importa esta crónica do social pseudo-maquilhada de profundidade quando apenas serve para dar resposta a uma rinha de egos?! Público, não pago para isto!         ana cristina MODERADOR: o que fará os cronistas andarem a escrever uns sobre os outros, com tanta matéria quente para tratar?          Novo Humbo EXPERIENTE: Continuam, por aqui, os comentários apologistas do Sr. Sócrates. Isto é muito simples: De um lado estão aqueles como o JMT, eu e outros que acham que primeiros-ministros a transportar malas de dinheiro na bagageira do carro é um bocadinho mais do que apenas bizarro, pessoas que almejam um Portugal melhor. Do outro, em provável viagem dentro de tais carros onde, no lugar do morto, sentaram o expiatório Santos Silva, estão Sócrates, Espíritos Santo, Miguéis Sousa Tavares e todos aqueles que acham que o conteúdo da bagageira nada indicia e que a lama em que o pais se rebola é apenas um embelezante cosmético. A linha está muito bem definida e, acreditem, há quem esteja a tomar boa nota, para memória futura, de que lado se acantonam as pessoas.         Novo Humbo EXPERIENT: Advinha: Dos 2 Tavares, qual é o que é passível de ter uma perspectiva inquinada sobre estes assuntos, por força das relações familiares? Resposta: O mesmo que usou a sua posição de influência junto da redacção de "A Bola" para correr com os colunistas adeptos do Benfica e do Sporting que lhe davam bailes monumentais, em respostas às suas delirantes crónicas sobre o FCP. Os outros foram dar largas à sua competência para outras paragens e ele por lá ficou. Alapado. !!!!          F. Luz EXPERIENTE : MST realmente parece uma pessoa ressabiada com tudo e com todos, e que destila o que tem dentro dele nas suas crónicas. E então quando se trata da família, piora muito. Ora, no processo Sócrates está, como se sabe, também Ricardo Salgado, de que é compadre, e era nestes casos que ele se devia abster de fazer comentários. Mas não, aqui destila ainda mais. Lembro-me bem de há já bons anos, numa coluna deste jornal ter tecido loas a Pinto da Costa, nomeadamente dizendo quer eram pessoas como ele que deviam governar o país. Pois, poucos dias depois vinha uma pequena notícia que salientava que ele tinha sido convidado especialmente para um jogo no estrangeiro do FCP, uma final da Liga dos Campeões, penso. Lembro-me que pouco tempo depois saiu do Público. Ainda bem, não faz cá falta nenhuma.         Armando Heleno  INFLUENTE: Faz, faz muita falta, para me ensinar e também a si, quanto mais não seja a escrever correctamente, e, sobretudo sem erros.              Novo Humbo  EXPERIENTE : ...Eu sabia que tinha lido o "Pensar, Depressa e Devagar" ;) Devia ser leitura obrigatória de cidadania.          JPR_Kapa  INFLUENTE: Sigo há muitos anos as reflexões e análises de MST, cuja escrita aprecio, mesmo não estando sempre de acordo, como é natural. Mas entre um MST e JMT, o primeiro é há muito uma referência incómoda mas coerente e consistente, já JMT é um produto recente, fruto de um comentário de "trincheira", destinado a diabolizar adversários, enviesado e muitas vezes falho de honestidade intelectual. Realmente precisaria de outro desempenho para chegar sequer aos calcanhares de MST.

Emidio Xavier INICIANTE: As vezes concordo com o Miguel ST e outras vezes não, mas respeito-o por ser um homem intelectualmente honesto e independente. Já o João MT é um desonesto intelectual ,fanático de extrema direita, próximo do Chega, que quer passar de vez em quando por democrata, com alguns artigos.         Jorge R Marques  INFLUENTE: Subscrevo o comentário de JPR_Kapa. Acrescento apenas um ponto que ainda não vi referido, e que me parece fundamental: MST comentou o despacho do Juiz Ivo Rosa analisando-o do ponto de vista jurídico, como sempre fez nos comentários que foi publicando sobre o processo Marquês. MST é jurista e sabe o que diz. O MP violou frequentemente as mais básicas regras jurídicas, e todos sabemos disso. Prendeu o Sócrates para o investigar - o que é manifestamente ilegal - inquinando assim todo o processo. Ora isto não quer dizer que Sócrates seja inocente, nem pouco mais ou menos. Nunca MST o disse. Quer dizer apenas que o MP e Carlos Alexandre, na ânsia persecutória própria do justicialismo - que não é tolerável por ser a antítese do estado de direito - tentaram "julgar" o sistema e não o suspeito.           HugoFerreira  EXPERIENTE: Diz o roto ao nu.           Macuti  EXPERIENTE: Tal como relativamente a Pedro Marques Lopes ou a Marinho Pinto, que sempre defenderam Sócrates, nunca percebi a posição de Miguel Sousa Tavares sobre uma das personagens mais sinistras da democracia portuguesa. O seu ataque constante e cobarde ao Ministério Público e ao juiz Carlos Alexandre no Processo Marquês, foi sempre algo que me deixou perplexo. Mesmo depois da decisão instrutória de Ivo Rosa que põe a nu a indecorosa conduta do ex-primeiro ministro, MST continua a insistir na presunção de inocência. Percebo a sua relação com Ricardo Salgado, mas com Sócrates não.        Armindo Castelo Bento EXPERIENTE: Como classifica o empréstimo do orlando ao alexandre? Quer novamente o desgoverno de passos pafioso que fanou as reformas e pensões, os salários e os subsidios? E o caso BES?        Carlos Diogo  MODERADOR : Quem “fanou” as reformas foi quem criou as dívidas , não quem teve de fazer de tudo para as pagar enquanto outras pessoas gastavam 500 mil euros para tirar um mestrado em Paris (dito pelo próprio)         Macuti EXPERIENTE @Armindo C. Branco. Empréstimo Orlando/Alexandre - um empréstimo de 10.000€, entre colegas e amigos. Foi pago. Considero normal. O pafioso, como refere, recebeu um país falido e um acordo com a Troika negociado pelo camarada Sócrates, que teve que cumprir. Com sacrifícios? Como não? Os salários e as pensões iriam ser repostos, de forma gradual, não de uma vez. O pafioso permitiu o regresso do país aos mercados internacionais. E o mais importante: apeou Sócrates e Ricardo Salgado!      Cesar Neves  INICIANTE: Eh lá…..Tanta raiva! O MST acertou na mouche: não acertou? O MST disse, e mostrou, que “vossa excelência” era retardado, confuso na escrita, e com desonestidade intelectual… E “vossa excelência” ficou danado….. E que faz “vossa excelência”? Um artigo que é um exemplo do que o MST diz a seu respeito. A “excelência" aplica ao MST, os mesmos defeitos de raciocínio que acusa o homem de ter praticado relativamente a si…. Não gosta do homem: não por intuição, mas por ele mostrar regularmente que “vossa “excelência” tem a fralda toda borrada; e depois põe-se á procura de argumentos para o justificar. Como não consegue: trampa para a ventoinha. Tudo como explicou no seu artigo “Excelência”: diga-me agora: o MST não tem razão? Da próxima vai puxar mais pela tolinha não vai?       Fugo MODERADOR O MST tem um grande problema neste momento, a somar a todos os que o JMT já elencou; a PDI.         Armando Heleno  INFLUENTE:  Ó Fugo, você não grama o homem! Pelo meu lado, continuo a ver aquela pessoa desassombrada que chama os bois pelos nomes, muitas das vezes duro, aquela figura disputada por muitos, sejam governantes, sejam televisões e não julgo que todos eles vejam o personagem esclerosado que refere. Manias, como também tenho muitas. Fugo  MODERADOR  Caro Armando, ás vezes, os comentários enganam. Sou um grande admirador do MST. Não perdia nenhuma revista Grande Reportagem, com as suas aventuras e opiniões. Sempre gostei de o ouvir a comentar o dia-a-dia nos telejornais. Isso não quer dizer que concorde sempre com ele, o JMT tem razão. Pode doer, mas tem razão. Gostaria de ver o MST nos seus tempos mais humildes, mais terra-a-terra. Isso já foi até há uns trinta anos. Mas continua a ser para mim, uma referência, no bom sentido.           GMA EXPERIENTE Um parapsicólogo instantâneo cita uma obra obscura, erigida a uma das melhores da década, e sai o que já se esperava. Mais uma pinocada joanina, imitação barata de Júlio Dantas, da nova escola         cidadania 123 EXPERIENTE: Outra vez os " manos Tavares" à luta...Tratando-se de dois dos cronistas que costumo ler, consigo concordar com esta análise, mas creio que também JMT poderia reflectir se a carapuça não lhe servirá? O MST dificilmente é isento em determinados temas (FCP, caça, Alqueva, professores, Cavaco Silva, etc), mas o caro JMT também tem os seus enviesamentos, os seus temas de estimação e ódio...         Sima Qian  INFLUENTE: Gosto dos dois, principalmente porque são contra o politicamente correcto, que odeio.     Gabriela Cardia  INICIANTE Confesso que também fui grande admiradora não do escritor, mas do jornalismo de MST, principalmente nos tempos da revista GR, mas, realmente, o senhor atingiu um ponto de degradação tal que em tempo algum jamais coloquei como hipótese. Curiosamente o galope da sua decadência parece ter acompanhado, mas em sentido inverso, o crescimento da sua conta bancária. Por exemplo, depois da forma como lidou pública e jornalisticamente com as trafulhices dos compadres no BES, pensei que nada poderia ser pior, mas, com total incredulidade, vi-o, há não muito tempo, expressar impunemente a alarvidade de que era bom dificultar o voto aos emigrantes, porque eles poderiam votar mais à Direita! Enfim, só neste país surreal.

 

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