…“meninos
à roda da fogueira”, a desejar absorver os bons exemplos de Espanha, enquanto admiramos as páginas bem
esclarecedoras de Jaime
Nogueira Pinto acerca dos novos ventos políticos, em busca da
liberdade.
Ventos de Espanha /premium
Proclamando uma direita
claramente anti-esquerda e sem “cercas sanitárias”, Isabel Ayuso foi a grande
vencedora na batalha por Madrid.
Jaime Nogueira Pinto Colunista do
Observador
OBSERVADOR, 07 mai 2021
Quando o Generalíssimo Franco morreu, em Novembro de 1975, a Espanha já não tinha
império nem colónias. Tivera o seu “ano negro” imperial em 1898,
com os desastres de Cuba, de Porto Rico e das Filipinas; no século XX, tivera
também desastres militares – em Marrocos – de que tirara a desforra numa guerra
em que o futuro Caudilho se distinguiu. E mais tarde descolonizara Fernando Pó,
Ano-Bom e o resto da Guiné Espanhola. E com a “Marcha Verde” dos marroquinos,
na agonia de Franco, fechara-se definitivamente o ciclo imperial.
Por isso, em 1975, foi possível a solução que Franco deixara –
restauração-instituição da Monarquia, com D. Juan Carlos de Borbón como Rei
– no quadro de uma transição para a democracia parlamentar e liberal.
A transição democrática e os separatismos
A transição espanhola fez-se, assim, com algumas
dificuldades e acidentes de percurso, mas rapidamente se consolidou. A
maior dificuldade veio dos separatismos armados, sobretudo da campanha
terrorista da ETA,
no País Basco, que esteve a ponto de provocar uma intervenção militar. Mas o Rei e Adolfo Suárez conseguiram controlar a situação; também porque para a direita e para os
militares, a Coroa era o legado de Franco; e para a esquerda e os revolucionários,
era o salvo-conduto para a democracia.
O problema estava nos separatismos ou nacionalitarismos, sobretudo basco e catalão. Os Bascos foram para
estratégias paralelas, com uma linha ordeira – a do PNV, um partido centro direitista economicamente, mas nacionalista
basco – e a ETA, uma organização armada
radical separatista. Na Catalunha, os radicais armados foram sol de pouca dura, e Jordi Pujol e a sua Convergència Democràtica de
Catalunya iniciaram uma longa marcha para o independentismo, uma marcha “gramsciana”,
transformando o catalão na língua veicular dominante na região autónoma catalã
e reforçando competências governativas.
A democracia
espanhola funcionaria em bipolaridade com dois partidos em rotatividade – os socialistas,
à esquerda, e os populares, à direita. Mas ambos os partidos, porque precisavam do apoio
em Madrid dos Bascos e dos Catalães, e com os olhos já postos na Europa, foram concedendo autonomia a Bilbao e a
Barcelona.
Esta
progressiva concessão de poderes às comunidades autónomas, longe de aplacar os
apetites secessionistas, acabou por acirrá-los, exacerbá-los e consolidá-los. A
Espanha democrática ressuscitou um problema nacional pendente, que se agravou
nos últimos anos, principalmente na Catalunha, onde o separatismo cresceu pelas
brechas da política errática
do PP de Mariano Rajoy.
À volta da radicalização da situação catalã, o Ciudadanos, um partido novo surgido na
Catalunha em 2006 contra o separatismo e a corrupção, alcançou grandes vitórias
em 2017 e 2018.
Perante algum titubear do Partido Popular, também o Vox, de Santiago Abascal, um antigo quadro do PP no País Basco, cresceu exponencialmente desde a
sua fundação em 2014. Com
uma equipa inteligente, coerente e combativa o Vox surgira a defender a unidade
da Espanha e a obrigar o leque partidário a reequilibrar à direita.
Em Maio de
2016, também se criara à esquerda uma frente comum, o Unidas Podemos, liderado por Pablo Iglesias Turrión, resultante
da coligação de vários partidos de
esquerda radical, à volta de um projecto que visava suplantar o PSOE, que
consideravam demasiadamente moderado. E assim, com mais três
partidos, um à direita, outro à esquerda, e um outro, o Ciudadanos, ao centro, as tensões separatistas acabaram com o
bipartidarismo em Espanha.
O Partido Socialista de Pedro Sanchez recorreu ao Podemos para formar governo. E um governo com uma maioria
parlamentar reduzida – e refém dos partidos bascos e catalães – a gerir uma
pandemia, só podia gerar tensões e descontentamento no quadro nacional. Daí, também, que Isabel Ayuso, a Presidente da Comunidade
Autónoma de Madrid, temendo ser derrubada por um “golpe de Estado” do Partido Ciudadanos com
o PSOE, tivesse provocado eleições antecipadas.
A batalha por Madrid
Eleições para a Comunidade de
Madrid que foram ganhas pela Direita – pelo Partido Popular, um
partido de centro-direita, de direita conservadora-liberal, mas liderado em
Madrid por Isabel Ayuso, que sempre
declarou não ter qualquer dificuldade em aliar-se com a Direita mais à direita,
no caso, com a direita nacionalista do Vox.
E foi com esta direita normal,
sem complexos de esquerda ou de centro, que Ayuso mais que duplicou o número de
lugares na Assembleia de Madrid, “comendo” o centro-esquerda do Ciudadanos e
ganhando em quase todos os municípios da comunidade de Madrid (mais
precisamente em 176 dos 179 municípios). Incluindo os da “cintura
vermelha”. Só duas povoações resistiram à vaga azul – El Atazar, com 112
habitantes, que votou no socialista Gabilondo; e Fuentidueña de Tajo, com 2.000
habitantes, que fez o mesmo. E houve um empate em San Mamés, na Sierra Norte.
Difícil
imaginar maior vitória, com povoações como Leganés, Fuenlabrada, Parla, Getafe,
Alcorcón e Móstoles, tradicionalmente “de esquerda”, a darem a maioria ao
Partido Popular.
Em 2019, o PSOE ficara à frente na Comunidade de
Madrid, com 27% dos votos e 37 lugares na Assembleia madrilena (num total de
132); em segundo ficara o PP, com 22% dos votos e 30 lugares; em terceiro, o
Ciudadanos, com 19,5% e 26 lugares; a seguir, a coligação de extrema esquerda
Más Madrid, com cerca de 15% do e 20 lugares; depois, o Vox, com 9% e 12
lugares; e no fim o Unidas Podemos, com 5,6% e 7 deputados.
Os Vencidos
A abstenção tinha sido, em 2019, de cerca de 36%. Foi, por isso, a primeira
grande derrotada desta eleição de 4 de Maio que, apesar da pandemia e das
restrições sanitárias, se ficou pelos 24% com a afluência a ultrapassar os 76%.
Outro grande derrotado foi o partido Ciudadanos. O Ciudadanos teve o seu
grande sucesso quando, há uns 15 anos, apareceu corajosamente na Catalunha em
nome da “maioria silenciosa” não-separatista. Também graças à graça da sua
líder Inés
Arrimadas, uma surpresa na política espanhola. Depois, com meneios aos socialistas e a obsessão do
centrismo correcto, queimaram-se perante o povo da direita, farto do radicalismo comunista, encarnado pelo Unidas
Podemos e, sobretudo, pelo seu líder, Pablo Iglésias, outro grande derrotado do
4 de Maio. Derrota merecida para um político
exibicionista, arrogante, que lançou como dilema eleitoral aos madrilenos,
“Democracia ou Fascismo”. Disse o amigo de Caracas em entrevista, no Domingo, 2 de Maio, ao El País:
“Existe
uma ameaça fascista em Espanha e na Europa. Há quem circunscreva o fascismo às
experiências históricas da Alemanha nazi e da Itália fascista na década de
1930. Mas o que vimos nos Estados Unidos nos últimos tempos com Trump, pode ser
descrito como fascismo. Vimo-lo também no Brasil, com Bolsonaro.”
Mas o “rigor”
do ex-professor doutorado em Ciência Política parece não ter cativado ou
impressionado especialmente os madrilenos, que preferiram os “fascistas” do Vox
aos “democratas” do Podemos. Com alguma razão, o antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSOE, Felipe González, dizia que algumas pretensões
do Vox o perturbavam menos que as tentações do Podemos e dos “leninistas puros”
que o dirigiam; e que o governo de coligação de Sánchez lhe parecia “o camarote
dos irmãos Marx”. E é este o “marxismo-leninismo” que hoje nos oferecem.
Os outros vencidos foram os socialistas do PSOE, que passaram de 37 lugares
para 24 e, no voto popular, de 27% para 16,85%, e que foram superados em
votos, ainda que por pouco mais de 4.000, pelos esquerdistas do Más Madrid.
Em resumo, a
Esquerda – a
moderada do PSOE e a radical do Podemos – perdeu. Más Madrid, uma dissidência do
Podemos, liderada por Mónica Garcia, salvou a honra do convento esquerdista.
Mas, no seu conjunto, a soma das três esquerdas
– PSOE, Más Madrid, e Podemos – teve
menos votos que o PP de Ayuso.
As vencedoras
Ayuso foi a grande vencedora: passou de 720 mil votos para 1 620.000, mais
que duplicando o número de sufrágios em dois anos. E fê-lo proclamando uma direita claramente
anti-esquerda e sem “cercas sanitárias” (em flagrante
contraste com o líder Pablo
Casado, aparentemente mais
preocupado em demarcar-se do Vox do que em combater o inimigo principal).
E na medida em que aguentou a pressão do voto útil em Ayuso, que poderia tê-lo prejudicado muito, o Vox também foi um dos vencedores. Passou de 12 para 13
lugares e teve mais 43.000 votos populares, aguentando-se bem na rua contra o
acosso, o discurso do ódio, as violências extremistas e a censura, as
provocações e a discriminação dos media.
E, mais importante, segurou a necessidade da sua colaboração por acção e
abstenção para governar a Comunidade. Colaboração que a candidata, Rocio Monasterio, já disse que não regateava.
Também vencedores saem os extremos – que não se tocam: além do Vox, que fixou um eleitorado sob a
tentação da direita popular “musculada” de Ayuso, e que aguentou a sua
fidelidade ao partido do nacionalismo espanhol, criado para defender a unidade
de Espanha, à esquerda, o Más
Madrid, ao superar em votos populares o PSOE, aguentou uma imagem de marca de
esquerda radical, aparentemente menos arrogante que o Podemos de Iglesias, mas
com as mesmas origens ideológicas e centrada nos mesmos valores.
Vencedoras ainda, as mulheres
políticas: o trio
Isabel Ayuso, PP, Rocio Monasterio, Vox, e Mónica Garcia, Más Madrid, que entre
as três ganharam 102 lugares em 136, enquanto os três homens, Angel
Gabilondo, PSOE, Pablo Iglesias, Podemos, e Edmundo Val, Ciudadanos, com 34,
perderam em toda a linha.
Ventos de Madrid
O que é que se
aprende, à direita, com as eleições da Comunidade de Madrid?
Isabel Ayuso não teve medo, nem de arriscar o lugar, antecipando-se à “traição” do
Ciudadanos e convocando eleições, nem de mostrar as suas convicções, nem de
marcar as suas alianças. Não teve medo nem complexos de centro, e muito menos
de esquerda. Fez campanha em toda a Comunidade, inclusive na cintura vermelha.
E ganhou.
Seguindo o
princípio maurrasiano “pas
d’ennemi à droite”, Ayuso fez uma frente
nacional e popular contra a “esquerda unida”, uma autêntica Frente Popular
moderna; não desprezando e antes contando com o Vox, que com quadros bem
preparados e articulados, pensa estrategicamente e aguenta o confronto de rua.
E ao contrário do que acontece em Portugal, em que a
comunicação social portuguesa é muito uniformizada e partidarizada à esquerda,
em Espanha, a par de uma maioria alinhada, existem importantes meios de
comunicação mais independentes, numa linha nacional, liberal ou conservadora,
com diários como o ABC, o El Mundo e o La Razón.
De qualquer forma, a direita, ou a não-esquerda
portuguesa, terá muito a aprender com os bons ventos que, por uma vez, nos vêm
de Espanha.
A SEXTACOLUNA CRÓNICA OBSERVADOR MADRID ESPANHA EUROPA MUNDO
COMENTÁRIOS
Martelo de Belem ....: Vou imitar o José Maria (cade ele): “Portugal, el pais de Europa que menos lucha contra la corrupcion”. Jornal El Mundo 6 de Maio de 2021 Filipe Costa: Só daqui a 10 anos isso chega cá, já devo estar morto. Zé da Esquina: Espero que Espanha sirva de exemplo a Portugal. Haja a coragem de a direita assumir-se como tal e unir-se! José Pinto de Sá: Nem mais! A direita tem muito a aprender com o "caso espanhol", mas a esquerda dos media tem-se esforçado bem para que a direita não aprenda. Carminda Damiao: Óptimo texto. Pode ser que a direita portuguesa aprenda a lição. Joaquim Almeida: Obrigado, por me ajudar a entender. À direita, falta-nos muito "pão, pão; queijo, queijo". - quando souberem distinguir o pão do queijo, “por supuesto" ... Paulo Guerra: “Quando o Generalíssimo - e sanguinário - Franco morreu, em Novembro de 1975.” Madrid festejou esfusiante! Espanha rapidamente passou de uma sangrenta ditadura a uma democracia pacífica. Especialmente os jovens tiveram consciência do que estavam perdendo com Franco. Era hora de rapidamente recuperar o tempo perdido. Madrid explodiu com liberdade, criatividade e hedonismo. Música, moda, design, arte, cinema e vida nocturna: tudo mudou e tudo passou a ser possível em Madrid. Que se catapultou muito rapidamente como uma das capitais da Europa com uma Movida mais esfuziante. E que aquele que também passou a ser um dos cineastas mais festejados na Europa, Pedro Almodóvar, retratou como poucos nos seus filmes. E como ele costuma lembrar em todos os festivais de cinema onde festejavam os seus filmes: - “enfim a Liberdade chegou a Madrid.” Um conceito de liberdade com toda a certeza muito diferente da ilusão que o JNP expressa nesta coluna de opinião. “E foi com esta direita normal, sem complexos de esquerda ou de centro, que Ayuso mais que duplicou o número de lugares na Assembleia de Madrid.” Ou melhor dizendo: “E foi com esta direita normal, sem quaisquer complexos de uma extrema-direita que tenta ressuscitar desesperadamente os ideais de caudilho sanguinário com Abascal - depois de perder o tacho num PP completamente corrupto - e o Vox, que Ayuso - que geria até há muito pouco tempo o twitter de um cão em ascensão - mais que duplicou o número de lugares na Assembleia de Madrid.” Arriba Espanha! (o sig heil dos franquistas) Quorthon: E brevemente seremos o único país comunista da Europa. Amando Marques >Quorthon: o único pais da europa aonde a esquerda socialista governa e tem poder sobre o pais, isso tudo. Alguidar de Henares > Quorthon: Nem mais. Além de sermos também o povo mais burro. Anarquista Inconformado > Alguidar de Henares: Felizmente que além de ti, existem outros portugueses que não tem os teus princípios asininos. Não sejas vaidoso. Manuel Barradas: Como sempre, excelente ! Gil Lourenço: Ayuso também disse: Liberdade ou Socialismo! é preciso não esquecer e não apenas Liberdade ou Comunismo! Gil Lourenço: Muito boa análise. A melhor e a mais correcta que já vi em Portugal sobre as eleições em Madrid. O tonto do Manuel Carvalho do Público disse que em Madrid as direitas se uniram fazendo um cordão sanitário contra o Vox. Ora é totalmente o contrário. Ayuso sempre contou com o Vox e vai continuar a contar com este partido. Disse sempre que os extremistas estavam à esquerda com o UP. Deixou isso bem claro: Comunismo ou Liberdade. Mas estas eleições também deixam alguma preocupação: Más Madrid são o Podemos mas com o discurso um pouco mais suave e mais verde. Mas são da mesma ideologia. Fizeram apenas uma operação de cosmética. Seja como for, enquanto em Portugal a direita for a direita cobarde ao estiver sempre a atacar o CH não irá longe. A direitinha portuguesa que aprenda alguma coisa com Ayuso! Essa é a grande lição para Portugal. Quanto à CS portuguesa enquanto ela só observar Espanha através do El País, vai-nos dar uma imagem de Espanha sectária de esquerda e extrema-esquerda. Alberto Pires > Gil Lourenço: A direita, como sabemos, é a direita que a esquerda tolera e que servem reverentemente as orientações da maçonaria subterrânea que tudo controla. Há depois uns betinhos da linha, armados em "heróis" mas que se deixam ir pelas calças abaixo quando lhe abrem os olhos. O Chega, a única diferença que tem, é que fala grosso, sem medo, diz em voz alta o que muitos de nós pensamos apenas. Não tem nenhuma condição ideológica que o identifique com a extrema-direita (reforço do p Estado, da sua autoridade, contrário à propriedade privada e excessivo em tudo o que tem a ver com ordem e segurança). Gil Lourenço > Alberto Pires: O CH não fala apenas grosso. AV foi sempre extremamente educado, claro, inteligente e culto quando foi aos debates na TV ou fez entrevistas na cs. Por isso todos falam dele (mal) mas já não o convidam para ir à TV. É o presente-ausente. E a direitinha entrou neste jogo. O CH, ao contrário do que dizem, tem uma doutrina e tem uma ideologia. E sobretudo para o CH não há debates fechados que o consenso progressista achou e acha que não se devem abrir. O CH dá voz ao cidadão-comum que até agora não tinha voz. Alberto Pires > Gil Lourenço: Estou em tudo de acordo consigo. Agradeço no entanto essa precisão, já que o meu comentário, sendo omisso e impreciso, poderia ser mal interpretado. Gil Lourenço > Alberto Pires: Eu percebi o seu comentário, só quis complementar. Elvis Wayne: Para o bem ou para o mal, de facto Espanha não é Portugal. Infelizmente não temos o equivalente do PP descomplexado em Portugal, mas temos de sobra o radicalismo do PSOE, Podemos e ainda, para azedar mais a coisa, temos algo que nenhum país da Europa tem, um PC com mais de 1% dos votos. Veremos se estes "ventos" esbarram em Badajoz ou se chegam a este rectângulo à beira-mar plantado. R. Lima: Toda e direita na Europa tem sido cobarde, ouvidos os socialistas ou os democratas-cristãos na Europa, na prática são iguais, nenhum defende a cultura ou valores europeus. A esquerda chega ao poder aplica todas a medidas fracturantes, abrem fronteiras, fazem medidas pro-criminoso, era de esperar que quando a direita voltasse ao poder anulasse esses disparates, mas não o faz. O que me levaria novamente a votar, ver o PSD escrever preto no branco que apagaria todas as derivas totalitárias do actual poder. advoga diabo: Madrid sempre foi o principal reduto da Direita espanhola em geral, e do franquismo em particular, essa é aliás a principal razão por que, criando tantos anti corpos, remete o PP à quase inocuidade em muitas outras regiões de Espanha. Pelo que, se ler estes resultados madrilenos como espanhóis é precipitado, extrapolá-los para Portugal já é delírio. Enfim, excitações provocadas pelo desespero. Gil Lourenço > advoga diabo: O PP esteve várias vezes no poder em Espanha e não apenas em Madrid. Qual é a parte que não percebeste? Elvis Wayne > Gil Lourenço: Ele percebe, mas é pago para cantar outra melodia. Joaquim Zacarias > Elvis Wayne: Cantar,não.Zurrar. Manuel Magalhães: Muito bom artigo e em que os três ou quatro últimos parágrafos deveriam de dar muito que pensar à complicada falta de visão da direita portuguesa... Português indignado A Direita em Portugal tem de se unir para afastar os socialistas do poder tal como aconteceu nos Açores: Resultado imediato: uma descida de impostos para as empresas, famílias e IVA. Diminuição da asfixia fiscal pelos socialistas contaminados pelos comunistas e radicais de esquerda. E seguramente menos empregos para a família de Carlos César....!!!!!!! Dali ou Picasso? Faltou-me referir a excelência do artigo. Um pensamento muito bem estruturado e uma análise correcta, das múltiplas variáveis espanholas. CarlosMSantos: Excelente análise da realidade espanhola. Será bom que os portugueses olhem com atenção para esta mudança. Com governos de geringonças não vamos lá. Paulo Orlando: A direita em Portugal tem de aprender que o inimigo é o socialismo e aliar-se a todos os que o combatem. Dali ou Picasso ? Penso que não dá para extrapolar para Portugal, por vários motivos. a) Ayuso defendeu uma população que depende muito dos serviços, para obter rendimentos e esteve contra uma lógica mais centralista de confinar e proibir - apesar do drama das residências de idosos, mau por toda a Espanha - acho que foi bem-sucedida nesse desiderato. Foi recompensada também por isso. b) Iglésias esteve igual a si próprio e parece ter sido, finalmente, desmascarado aos olhos dos eleitores, tinha o propósito de se aliar com o antigo "hermano" e falhou logo aí. Nunca apresentou propostas, apenas "slogans", medo, a Esquerda portuguesa é menos burra. c) Da minha (limitada, subjectiva) experiência, no contacto com as pessoas, mesmo em Abril, já no terceiro mês de estado de Emergência, com todas as restrições impostas, as opiniões que escutei eram essencialmente favoráveis á situação. Uma dúzia de indignados a comentar nas redes não fará diferença. Os portugueses sentem-se bem sob um tecto Socialista e um Estado omnipresente. Gostava de estar errado. Maria Nunes: Excelente artigo. Oxalá os portugueses tenham a inteligência que os espanhóis demonstraram. Manuel Ferreira21: Excelente artigo. bento guerra: E o "espanholismo" do Vox ainda vai ser reconhecido, em face da desagregação que o PSOE promete josé maria: De Espanha, nem bons ventos nem bons casamentos... A avaliação do que verdadeiramente vale Ayuso vai-se ver agora... Lembram-se dos Ventos dos Ciudadanos ? Onde é que eles estão ? Gil Lourenço > josé maria: O que vale a Ayuso? Mas é precisamente pelo que vale Ayuso que as pessoas votaram nela. Ainda não percebeste que ela está na comunidade autónoma de Madrid desde há dois anos? Oh maria: tu és demasiado ignorante talvez porque não percebas espanhol... Vai para o Cervantes tirar um cursilho rápido... mamadorchulo dostugas: Espanha no bom caminho, quanto a nós temos de nos livrar dos xuxas /comunas. António de Mendonça: Um bom artigo, sem densidade desnecessária, a explicar a leigos o que se passa em Espanha. Luis Paulo Sousa: Por fim um pouco de esperança para um Portugal cada vez mais vermelho e cada vez menos livre e democrático. Jorge Carvalho: Pode ser que por cá aprendam alguma coisa! São muito “convencidos!
Nenhum comentário:
Postar um comentário