segunda-feira, 3 de maio de 2021

Gato escondido …


… com o rabo de fora, é o que revela este texto de mágoa - ódio? - de JPP. Alguns dos 86 comentadores explicam, mesmo os que estão a favor… Mas há outros provérbios adaptados a um eterno inadaptado a um trilho que não é, decididamente, o seu, apesar dos seus pezinhos de lã, a disfarçar, Frei Tomás pregando… Ou, mais literariamente, Tartufo…

Este MEL tem um pequeno problema: é pegajoso

Acho muito bem que o Movimento Europa e Liberdade faça uma convenção e acho muito bem que convide quem entender. Mas, o que é que Rui Rio está a fazer lá?

JOSÉ PACHECO PEREIRA

OBSERVADOR, 1 de Maio de 2021

Antes de mais, para que não haja confusões deliberadas – hoje a maioria das confusões são deliberadas –, eu acho muito bem que o Movimento Europa e Liberdade (MEL) faça uma convenção com os seus; acho muito bem que convide quem entender; acho muito bem que, se Sérgio Sousa Pinto, Álvaro Beleza e Luís Amado se sentem bem lá, devem ir; acho muito bem que se o MEL quer Ventura lá, o convide; e acho que a clarificação que daqui resulta é positiva para a política portuguesa. O caso de Rui Rio fica para o fim.

A clarificação vale muito e a lista de pessoas vale muito mais. No seu núcleo duro está a tribo. Este núcleo vem da comunicação social, em particular do principal think tank da direita radical em Portugal, o grupo de comunicação social do Observador, online, rádio e revistas, que pelos seus financiamentos é claramente um braço armado de um lóbi empresarial, e assenta numa lógica política sectária. O jornal tem qualidade e, de novo, ainda bem que existe. Mas convém não ter a ilusão de que se trata de um projecto de comunicação social – é um projecto político da ala mais radical da direita portuguesa e o que verdadeiramente nele conta é a opinião e a mobilização da tribo pelos comentários. E é essa opinião que está em peso no MEL, Rui Ramos, José Manuel Fernandes, Helena Matos, Jaime Nogueira Pinto, Alexandre Homem Cristo, João Marques de Almeida, Vítor Cunha, etc.

Esta lista comunica com blogues, alguns actualmente muito próximos do Chega e da extrema-direita, que não é a mesma coisa que a direita radical. E tem uma presença muito activa nas redes sociais, a que se acrescenta a opinião no PÚBLICO (Fátima BonifácioJoão Miguel Tavares) e no Jornal de Negócios (Camilo Lourenço, Joaquim Aguiar), na imprensa económica em geral, e nas televisões em sinal aberto, com Portas e Júdice. Só a lista de nomes e posições revela como a vitimização da direita sobre o acesso aos órgãos de comunicação social é apenas isso, vitimização, para se apresentarem como perseguidos quando têm vindo a aumentar significativamente a sua presença nos jornais, rádios e televisões. O problema não está tanto na opinião, está na crescente influência na agenda editorial. De novo, para não haver mais daquelas confusões intencionais, acho muito bem na opinião, até porque alguns deles são gente com qualidade. Agora não me venham com histórias da carochinha sobre vitimizações.

A Maçonaria está também presente, a do PSD e a outra, da direita radical. Depois há gente do PSD, e da Aliança, na sua esmagadora maioria opositores de Rui Rio, vindos do “passismo”, reciclado em nostalgia da troika, como Morgado, Pinto Luz, Paulo Sande, Nogueira Leite, etc. Do mesmo modo, a esmagadora maioria dos presentes que não são do PSD andaram nessas águas durante o governo Passos-Portas-troika e são agressivos opositores de Rio, que tratam como uma espécie de traidor serventuário de António Costa e do PS. Para eles, o que é preciso é correr o mais depressa possível com Rio para “reconfigurar a direita” com o único partido que tem votos, o PSD.

Há outra questão. O MEL não está a fazer um colóquio ou um debate, está a fazer uma “convenção”. Isso significa que há pertença, e é por isso que tem sentido falar de uma espécie de “congresso” de uma certa direita, a direita que inclui o Chega, a Iniciativa Liberal, o CDS e… parte do PSD.

Depois, o resto é o que se espera. Nenhum problema do país, e da sua realidade de atraso, pobreza, exclusão, desigualdade, injustiça, exploração, desequilíbrio nas relações laborais, baixos salários, débil protecção social, ambiente, corrupção, estará presente nas intervenções, ou, se não estiver ausente, será de forma perversa, para falar de outras coisas. Nem nenhum problema sério da direita conservadora, democrática e liberal será lá discutido. Compreende-se que seja assim, não é para isso que eles vão lá.

Os três problemas desta direita serão iludidos. O primeiro problema da direita é a ineficácia eleitoral, não é o adormecimento das pessoas pelas habilidades de Costa, nem a “perseguição” de que são “vítimas”, nem o esmagar das liberdades do povo português manipulado pelo PS a pretexto da pandemia. Tretas. O segundo problema, que é a causa do primeiro, é a sua radicalização e tribalização. Criam grande identidade e militância, para dentro, mas marcam fronteiras de ferro e fogo para fora. Para além da sua fronteira, todos são comunistas ou idiotas úteis da esquerda. E a tribo está longe de ser grande, daí o desejo de capturarem o PSD e o estarem à vontade com o Chega, porque precisam do populismo agressivo. Desprezam-no como gente fina que são, mas precisam de alguma rua. O terceiro problema, que deriva do segundo e explica o primeiro, é a errada análise da realidade política, com uma aproximação ideológica e política que tem medo de dizer ao que vem, com uma enorme ambiguidade em relação à ditadura e à guerra colonial, com contradições profundas entre um nacionalismo de bandeira e a aceitação do poder não-democrático da Europa, se lhes servir de reforço para a TINA, entre o reaccionarismo de costumes, a agenda evangélica à portuguesa e às modas a que são sensíveis pela idade e pelo corpo, entre o machismo, a xenofobia, o racismo e o autoritarismo para que tendem, e a perversão da palavra liberdade

Tenham, pois, uma boa convenção. Mas, o que é que Rui Rio está a fazer lá?

Historiador

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COMENTÁRIOS:

 

Pedro Fernandes  INICIANTE: Pelos comentários infra o politicamente correto diz que o senhor Pereira é um homem da direita civilizada e que todos os outros ... homens de Direita que não professam da mesma elegância são xenófobos abusadores misóginos e racistas. Este tipo de raciocínio primário é semelhante àquele que todos os homens de esquerda são mandriões. Eu cá quando vejo um homem de esquerda como os senhores Costa o Pedro Nuno o Galamba do brinco na orelha como os carneiros o Robles dos Bosques a Catarina e as manas Mortágua e o Jerónimo e seus muchachos da CGTP lembro-me sempre não do Staline mas do Triunfo dos Porcos. chagas_antonio  MODERADOR: Portanto, o seu problema é com homens com brincos na orelha. salteadores de collants e outros muchachos. Não vá mais longe; isso trata-se facilmente.         Ahfan Neca  INICIANTE: Diz Pacheco que o Observador é um órgão da direita radical financiado por lóbi obscuro (deve ser o grande capital monopolista e tudo) cujo objectivo é mobilizar a tribo (deve ser a tribo dos Mau-Mau) pelos comentários. O Pacheco aprendeu estas coisas com aquele senhor chamado Marques Lopes. A parte melhor do artigo vem no fim quando chama a esta gente machistas, xenófobos,, racistas, autoritários. Uma peça notável de desespero amarelo.         Tristão Bretão  EXPERIENTE: Pode ser uma peça notável do que quer seja, mas o ponto é que, mutatis mutandis, a caracterização da coisa melosa feita por JPP não difere muito da que fez Maria João Marques numa crónica aqui do Público. E já lhe será muito mais difícil falar de desesperos de qualquer cor no caso dessa crónica. E também não é intuitivo que haja assim muitas semelhanças entre a senhora cronista em causa e o JPP que tanto o incomodou.           miguelc  EXPERIENTE: Acerca do financiamento do observador nada sei. Que parece ser uma coisa encomendada, desde o 1º dia que não tenho qualquer dúvida... DemocrataXXI EXPERIENTE: Na mouche. Quanto ao PSD, Rio, está a ser usado para abrir caminho, ao que por enquanto, ainda têm vergonha de assumir, mas que com as próximas legislativas, ficará claro para todos. carlos.falcao.960803  INICIANTE: O MEL não convida o centro-esquerda no poder e aquilo que chama de extrema-esquerda, mas convida um dos ministros mais emblemáticos dos governos de José Sócrates, o Dr. Luís Amado. Afinal a tese que todos os ministros dos governos do ex-PM sabiam das actividades ilícitas do Engº Sócrates sustentada pelos letais do Observador tem excepções. Muito curioso.     Mario Coimbra INFLUENTE: Caro Falcão, convida quem sempre fez pontes com o PSD. Amado é e foi um deles. carlos.falcao.960803 INICIANTE: Caro Mário Coimbra, tresleu o meu texto, O PSD é comandado pelo Dr. Rui Rio que nunca sustentou a tese que o PS é comandado por corruptos. O clã do Observador (Helena Matos, Rui Ramos, José Manuel Fernandes) secundados pelo Chega é que anda há vários anos com essa tese, dizem eles por exemplo que António Costa quando foi ministro sabia de tudo e nada fez. Se António Costa saiu para a CM Lisboa em 2007 e sabia de tudo o que dizer de Luís Amado que foi ministro dos Negócios Estrangeiros nos dois governos de Sócrates e só saiu em 2011. Se houver alguma coerência de raciocínio o Dr. Luís Amado seria completamente corrupto (na tese deles claro!) e sendo essa pessoas os guardiões da decência, serão capazes de estar no mesmo evento com alguém que acham que devia estar preso?        JPR_Kapa INFLUENTE: Muito bem evidenciado - é só um exemplo da motivação reles e trauliteira de uma direita que não tem escrúpulos e que se serve de tudo, mentira, manipulação e fake news, para "derrubar" adversários, mas que na primeira curva mostra a "careca": são eles é que se acham no direito (divino, deve ser...), para designar quem é bom ou mau. Maior exercício de cinismo político e hipocrisia, só mesmo de algo como o M(F)EL.         Mario Coimbra  INFLUENTE: Pois, essa lógica é óptima para quem não pensa pela sua cabeça. Misturar na sua resposta Chega e Rio e Observador e Costa só demonstra confusão e uma linha muito repescada de criar uma lógica sem pés nem cabeça. Claro que Kappa vê um luz e uma clarividência sem paralelo. Penso ser por causa do FEL que nutre por certas pessoas. Daniel A. Seabra INICIANTE: Felicito o Dr. Pacheco Pereira por este texto.        Rui Ribeiro EXPERIENTE: A lucidez e clareza habituais. Muito bem!          José Cruz Magalhaes MODERADOR: Uma lúcida antevisão do que poderá resultar de uma convenção que pretende congregar as várias direitas. Uma jornada de simples propaganda, o desfiar habitual de ressentimentos e acusações de perversões da democracia e asfixias da esquerda e uma sublime incapacidade de análise, debate e propostas acerca de qualquer um dos assuntos que o JPP refere que serão ignorados na reunião e que são preocupações diárias de cada português. mariaestela.rodriguesmartins EXPERIENTE: Excelente artigo! Mas há uma questão que não ficou bem explicada. Sendo o autor militante do PSD, por que razão não faz uma análise aprofundada sobre a presença de Rui Rio nesta convenção? Sendo eu da chamada "extrema-esquerda", tinha um certo respeito por Rui Rio, sobretudo pelo que enfrentou e enquanto autarca. Mas ultimamente, as posições que tem tomado levaram-me a perder o respeito que tinha por ele. É que em política não vale tudo para deitar abaixo o adversário.      Jose MODERADOR: MEL, Movimento Europa e liberdade é uma contradição nos termos. 1.° o movimento é marcha-atrás à procura dos tempos que já foram enterrados desde o fascismo à idade média da inquisição; 2.° Europa não se refere ao continente europeu do Atlântico aos Urais, mas aos poderes autoritários eleitos e não eleitos que emergem da contra natura UE; 3.° Liberdade é o que pretendem ter em exclusivo asfixiando as liberdades consignadas na Constituição da República Portuguesa. A tendência para mentir sobre tudo levou à institucionalização da mentira no próprio nome escolhido para agregar a direita em fase de estratificação. Há um equívoco nas mentes destas pessoas habituadas a repetir mentiras, ignorar a realidade em movimento contínuo para a frente e acreditar que a realidade lhes está mora na cabeça.            Roberto34  MODERADOR A UE não tem nem poderes autoritários nem poderes não eleitos e também não é contra natura de certeza. É um projecto de construção de paz, liberdade e democracia.           Filipe Nascimento.886215  INICIANTE Um bom e certeiro artigo.           Pedro de Souza EXPERIENTEQuem morou fora não se espanta de ver a direita "liberal" acabar sendo engolida pela extrema-direita. Para além desse Sérgio Sousa Pinto há ainda graúdas figuras ex-socialistas que aderiram a esse processo, na incapacidade que estão de ver que o mundo está a mudar. No entanto, apesar dos perigos para a democracia de ver essa gente chegar ou regressar ao poder, são na realidade restos das direitas inconformadas com as medidas que vão ter de ser tomadas para que este mundo se salve. Acho que até o Biden já percebeu isso, ou viu a necessidade disso. Aqui o povo amorfo confia nas elites, que nunca perdem o poder dos euros, deixando as dívidas para o povo pagar, mas o país, com os 50 anos de atraso, vai acabar seguindo o caminho daqueles que querem salvar a Europa dos novos fascismos. viana EXPERIENTE: Caro JPP, lamento o seu desapontamento quando, mais tarde ou mais cedo, acabar por concluir com Rui Rio é, na verdade: um político, com p muito pequeno, que fará tudo o que for necessário para chegar ao Poder, incluindo dar a mão ao que há de mais odioso na sociedade portuguesa, tão bem descrito por si; um político autoritário e profundamente conservador, como se viu durante os seus mandatos de autarca, a quem por isso não faz grande confusão juntar-se a essa gentalha ressentida pela perda de "estatuto" e Poder, social e económico.           Mario Coimbra INFLUENTE: Viana, continua contente com o país que tem e por quem nos governa. Óptimo para si. Rio é que temos e espero que ganhe. Agora faça contas se faz favor. A não ser que o PSD tenha outra vez maioria, com quem é que vai governar?? Se calhar vai ser possível uma geringonça á direita sem o Chega. Mas acredita nisso???. Vai votar no PSD para lhe dar maioria??? Não me aparece. Por isso deixe-se de chavões como JPP e pense um pouco. Costa abriu um caminho que não tem retorno, percebe. viana  EXPERIENTE: Não, não estou contente com o país que tenho. Aparentemente nem tem a honestidade intelectual para reconhecer que não há apenas PS ou partidos da Direita a quem entregar o voto, e que tal tem um impacto no país que temos e queremos ter. Também aparenta não perceber, ou não querer, que pior é possível. Muito pior. Se é possível à Direita governar sem o apoio do coiso? Não sei, nem me interessa. Governa-se para se implementar uma visão. Se essa visão não é maioritária na sociedade é um problema do PSD. Devia tentar perceber por que é assim. Em vez de aceitar deturpá-la para poder governar. E não, não é a mesma coisa o que o PS fez. Ainda agora se viu, quando houve apenas um único voto contra a distribuição de exemplares da Constituição Portuguesa nas escolas. Adivinhe de quem?...         Mario Coimbra  INFLUENTE: Viana o Bloco e o PC deixaram de contar. Com o apoio que deram a Costa, estão condenados a fazê-lo sempre. A alternativa é ter a Direita no poder o que é ainda pior. Portanto o caminho que Costa trilhou não tem retorno para ninguém. Quanto ao coiso tem a importância que lhe querem dar. A Constituição vai ser distribuída não vai. Seria relevante ter contado para algo. Assim...          orion INFLUENTE: O afastamento de Rui Rio faz parte da abertura do caminho para Passos Coelho. Passos é preferível a Costa? João Miguel Tavares e companheiros dizem que sim. Só que, meus caros, quem manda cá no burgo é Bruxelas, pois este país carrega às costas um dívida de todo o tamanho e, Leão, mesmo defronte de uma calamidade pública provocada inesperadamente pelo Covid, não se comoveu e fez de Portugal um país que pouco gastou para ajudar empresas e famílias aflitas. Daí, na prática, o que pensar da alternativa entre Passos e Costa? As diferenças serão mínimas. Bruxelas manda. Se Costa não baixa impostos, Passos não aumentará certamente os montantes necessários para dar mais pão e tecto e acudir milhões. Daí a inutilidade desta crónica. Venha o diabo e escolha entre Passos e Costa.   Jose MODERADOR: Caro orion O diabo mandou Passos para a caverna e o Povo mandou Costa para S. Bento. Rita_Laranjeira  EXPERIENTE: Ainda há quem leve o Pacheco a sério e acha que ele percebe muito do que se passa no mundo! Pacheco é um cadáver intelectual. Urge ser autopsiado. A sua pretensiosa e sensaborona prosa padece de rigor e profundidade. Pacheco não gosta de números e lógica. Para Pacheco Pereira tudo gira à volta de "vontades" e "estilos". Pacheco Pereira é movido não pela Razão, mas pelo ressentimento. Daí não se incomodar pelo advento das políticas identitárias já que estas assentam no ressentimento. E pensar que há meros 15 anos o mesmo Pacheco Pereira atrevia-se a apoiar a invasão do Iraque, acusava os espanhóis de cobardia ao elegerem Zapatero após os atentados de 11 de Março, via a cultura islâmica como uma ameaça, defendia os salários milionários dos gestores e até criticava a obsessão pelo futebol!         viana  EXPERIENTE: "rigor e profundidade"! Ver alguém da extrema-direita ressabiada com a perda de controlo da narrativa histórica da supremacia do homem branco, que tudo faz para manter ou Chagar ao Poder, incluindo mentir descaradamente, utilizar tais termos comprova que ou estamos perante gente infelizmente alucinada ou gentalha cobarde que é incapaz de dizer ao que vem, como JPP tão bem mencionou.        Alexandre Pinto-Fernandes  INFLUENTE: JPP escreveu de forma equilibrada e educada a sua opinião sobre um tema quente: a direita portuguesa e as suas tendências e grupos de pressão. Pois esta direita, estes grupos sentiram-se ofendidos e vai daí os comentários que aqui se publicam são quase todos a atacar pessoalmente o cronista. Ninguém rebate as suas ideias. Elucidativo. JPP tocou na ferida, ou nas feridas…         Eng. Jorge Simões  INFLUENTE: O seus camaradas Daniel Oliveira ou Louçã não escreveriam melhor. JPP continua perdido no labirinto ideológico tendo uma ideia de democracia que não entendo. Democratas para ele só na esquerda e extrema-esquerda. orion  INFLUENTE: Sem dúvida, um mundo pegajoso, este mundo das crónicas de Pacheco Pereira. Um homem perdido nos labirintos da História, na paixão exacerbada pela História do PCP e do seu líder marcante Álvaro Cunhal. E, em 2021, aos setenta e tal anos, mostra-se neste "mal de vivre". Uma ruptura: compreenda ao menos o que é isso da Quadratura do Círculo. No ano passado passei pela Feira do Livro do Porto e comprei um livro editado pela sua Univ .Porto, uma colecção de textos organizada por Carlos Correia de Sá e Jorge Rocha, intitulado "Treze viagens pelo mundo da matemática". E figura o texto "Quadratura Aritmética do Círculo". Pacheco Pereira lamenta a sua falta de conhecimentos matemáticos necessários para poder compreender o mundo. Homem, deixe-se de politiquices e use bem o tempo que lhe reste .Leia.O artigo citado é da autoria da Profª. Maria Pires de Carvalho, da Universidade do Porto.      viana EXPERIENTE: Ui, o texto incomodou-o! Deve ter doído ouvir a verdade. O que quer dizer que JPP continua arguto como sempre. Quanto ao senhor, parece-me que se perdeu nos seus livros. Pois da realidade parece compreender muito pouco. Faça um favor a si próprio: pouse-os e abra os olhos.       Mario Coimbra  INFLUENTE: Eu acho que você está acomodado á sua quadratura e barracos na margem sul. E está no seu direito. Alguns pontos relevantes, o Observador foi criado para dar um espaço próprio a uma franja da população que não estava a ser representada em nenhum espaço comunicacional. A sua memória é excelente e espanta-me não ter falado no Independente. O Observador não é mais do que um Independente "online". Lembra-se do que escrevia de Paulo Portas e de quem escrevia para o Independente??? Tudo isto cheira a déjà vu. Daí me parecer que está acomodado aos seus chavões. A sua análise é óptima, cria e identifica a tribo da direita radical. Diferente da extrema. Esta é radical porque é neo liberal e tem como missão acabar com o estado social. Seria super interessante fazer esta análise á esquerda.  joaquim pocinho EXPERIENTE: As elites conservadoras em Portugal são de esquerda. E é a esquerda a responsável pelo estado actual do país . A esta esquerda cega, pedante e isolada na sua bolha universitária medíocre só resta a desonestidade intelectual como argumento. E, convenhamos, colar pessoas liberais, democratas à extrema-direita é também sinal de desespero e, em si mesmo, de extremismo com que ataca os outros.      Duarte Cabral  EXPERIENTE: Concordo com a sua leitura. Esse conservadorismo que refere, causa assimetrias na população pela incapaz de reformar as instituições; que in fine é fonte de atraso e pobreza, e, consequentemente, de desertificação do país. "O caso da justiça é ilustrativo". Mas as políticas liberais da direita (sem falar na visão mais racista de uma certa direita), já mostraram aonde nos levam: à concentração da riqueza num pequeno número de pessoas (assimetrias gritantes); e, à ausência de preocupação ecológica, essencialmente... É com esta realidade "muito sombria", que os portugueses residente ou não residentes; já nascidos, ou por nascer, vão ter de conviver. É triste!        mamaciel  INICIANTE: Um artigo adorável para quem está do lado da tribo que o Senhor Pacheco Pereira pertence e defende. O bizarro é que a tribo do JPP é a que sempre andou e ainda continua, por aí, ou não?         joaquim pocinho EXPERIENTE: Tao triste ver a figura ridícula das elites instaladas. “Direita radical”, quando se trata de, na maior parte, liberais. Já “esquerda radical”, instalada no poder, fazendo de força conservadora, imobilista, que mantém 20% da população na miséri , nada! Você nem os vê, certo? E é também a “esquerda radical” dos projectos totalitários , das afinidades com assassinos ( não literalmente) . Mas a esses, nada! Tão triste a elite dos privilégios onde este escriba respira e come! Vá, por favor, dar lições de moral a outros!      JPR_Kapa INFLUENTE: Como MJM também JPP escalpeliza bem o que hoje representa o FEL..., desculpem, o MEL, e qual o seu significado instrumental. Não pretende um debate ideológico sério, mas aprofundar uma trincheira em torno dos "slogans" da "nova-língua", como o do "marxismo cultural" e outras amostras de banalidade e preconceito reaccionário e mal-intencionado, que se apropria de conceitos nobres, como a liberdade, para a converter numa fachada, já que para eles isso é "propriedade" de uma elite conservadora e religiosa, para quem existe uma verdade absoluta. Todo este teatro, a que algumas múmias emprestam o seu estatuto, serve apenas uma causa: restaurar o neoliberalismo, subalternizar a política e eternizar uma elite no poder, sem concessões ou obstáculos.      José Bernardo Pinho Dias  EXPERIENTE: Excelente análise sobre o MEL.      rafael.costaUK  INICIANTE Este artigo é um pouco desconcertante. São apontados argumentos pela rama sem explicar o que querem dizer em profundidade; são referidos problemas estruturais da economia portuguesa como se fossem culpa da Direita portuguesa (problemas esses para os quais nunca se ouviu o JPP falar de soluções) e acaba a pôr toda a gente de Direita no mesmo saco de racismo e xenofobia. Parece uma dissertação de um miúdo do secundário que acabou de se juntar ao BE. Não é um artigo digno das qualidades intelectuais que sabemos JPP possui. Faça melhor sff.       Ricardo Gomes  INICIANTE: Talvez a exercer o seu direito à liberdade que a arrogância intelectual do autor parece não lhe querer conferir ele que pelos vistos é o identificador mor do reino dos puros Acho que se enganou vezes de mais no seu percurso político para lhe reconhecermos esse direito senhor autor        Figueira da Foz EXPERIENTE: Excelente artigo. Só comete um erro para esta direita herdeira do antigamente com cravo de plástico na lapela: diz o que pensa! É esse o seu crime. E quem espalha ódio não lhe perdoa, como se pode ler nos comentários aqui publicados.             rodrigosl  INICIANTE: Este artigo tresanda a bufaria do antigamente, associando pessoas que nada têm em comum por presumidas afinidades ideológicas...foi assim que se fizeram listas de inimigos do Estado em muitos países. Pacheco Pereira ao nível de um André Ventura, confesso que estou muito surpreendido. Desejo melhor              Manuel Figueira.529114  EXPERIENTE: O JPP tem umas saudades e teve uma prática de bufaria do EN que nem imagina. O sectarismo e o fundamentalismo ideológico matam. A diferença entre o senhor e a pequena tribo a que pertence (que o JPP identifica muito bem e situa na sua dimensão e posicionamento político) e os fundamentalistas islâmicos é que esses matam desalmadamente com armas; os senhores ainda só o fazem com ideias.       Feio, torto e ignorante  INICIANTE: Está muito bem. Outro assunto: o Pacheco Pereira está preocupado, e bem, com "desigualdade, injustiça, exploração, desequilíbrio nas relações laborais, baixos salários, débil protecção social". Ora... o que está ele a fazer no Conselho de Administração da Fundação de Serralves?!         Jonas Almeida  INICIANTE: Haaa, o núcleo duro da ditadura neoliberal prepara convenção onde escolherá, cito do artigo, "a aceitação do poder não-democrático da Europa, se lhes servir de reforço para a TINA". E é já à luz do dia escolhe os mídia como carro de assalto. Obviamente daqui não virá progresso nenhum, apenas a institucionalização das tais regras do novo autoritarismo. Que atraso de vida este projecto. Uma importante chamada de atenção, esta peça de Pacheco Pereira.      cidadania 123  EXPERIENTE: Parece-me ressabiado por não ter sido convidado...      

……………OldVic1  MODERADOR: Pacheco Pereira de direita!? Se ele vos apanha...

Jose  MODERADOR: Caro Pedro Fernandes Como o próprio declara José Pacheco Pereira é militante de direita e é ideologicamente anti-comunista. Não é tribal nem sectário como o grupo reaccionário do MEL. JPP conhece Portugal e a Europa da UE por dentro e por fora. Conheceu o Império Colonial Fascista a que se opôs como soube e pôde, mesmo sozinho! JPP sabe que o Capitalismo vive mal só com Capital e vive ainda pior nas asas do Estado. JPP sabe que um Estado nas mãos daquela gente fanática do Observador e satélites é uma ditadura em três tempos. JPP está apreensivo com a presença de Rui Rio nessa tribo por perceber que essa presença esconde e simultaneamente alimenta uma solução de poder em Portugal igual ou pior que a actual dos Açores. JPP é conhecedor e realista, não é um místico idealista filosófico.

 

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