… com o rabo de fora, é o que revela
este texto de mágoa - ódio? - de JPP. Alguns dos
86 comentadores explicam, mesmo os que estão a favor… Mas há outros provérbios
adaptados a um eterno inadaptado a um trilho que não é, decididamente, o seu,
apesar dos seus pezinhos de lã, a disfarçar, Frei Tomás pregando… Ou, mais literariamente, Tartufo…
Este MEL tem um pequeno problema: é pegajoso
Acho muito bem que o Movimento Europa e Liberdade faça
uma convenção e acho muito bem que convide quem entender. Mas, o que é que Rui
Rio está a fazer lá?
OBSERVADOR, 1 de
Maio de 2021
Antes
de mais, para que não haja confusões deliberadas – hoje a maioria das confusões
são deliberadas –, eu acho muito bem que o Movimento Europa e Liberdade (MEL) faça uma convenção com os seus; acho muito bem que
convide quem entender; acho muito bem que, se Sérgio Sousa Pinto, Álvaro Beleza
e Luís Amado se sentem bem lá, devem ir; acho muito bem que se o MEL quer
Ventura lá, o convide; e acho que a clarificação que daqui resulta é positiva
para a política portuguesa. O caso de Rui
Rio fica para o fim.
A
clarificação vale muito e a lista de pessoas vale muito mais. No seu
núcleo duro está a tribo. Este
núcleo vem da comunicação social, em particular do principal think
tank da direita radical em Portugal, o grupo de comunicação social
do Observador, online, rádio e revistas, que pelos seus
financiamentos é claramente um braço armado de um lóbi empresarial, e assenta
numa lógica política sectária. O jornal tem qualidade e, de novo,
ainda bem que existe. Mas convém
não ter a ilusão de que se trata de um projecto de comunicação social – é um
projecto político da ala mais radical da direita portuguesa e o que
verdadeiramente nele conta é a opinião e a mobilização da tribo pelos
comentários. E é essa opinião que está em peso no MEL, Rui
Ramos, José Manuel Fernandes, Helena Matos, Jaime Nogueira Pinto, Alexandre
Homem Cristo, João Marques de Almeida, Vítor Cunha, etc.
Esta
lista comunica com blogues, alguns actualmente muito próximos do Chega e da
extrema-direita, que não é a mesma coisa que a direita radical. E tem uma
presença muito activa nas redes sociais, a que se acrescenta a opinião no
PÚBLICO (Fátima Bonifácio, João Miguel Tavares) e no Jornal de
Negócios (Camilo Lourenço, Joaquim Aguiar), na imprensa económica em
geral, e nas televisões em sinal aberto, com Portas e Júdice. Só a lista de nomes e posições revela como a
vitimização da direita sobre o acesso aos órgãos de comunicação social é apenas
isso, vitimização, para se apresentarem como perseguidos quando têm vindo a
aumentar significativamente a sua presença nos jornais, rádios e televisões.
O problema não está tanto na opinião, está na crescente influência na agenda
editorial. De novo, para não haver mais daquelas confusões intencionais, acho
muito bem na opinião, até porque alguns deles são gente com qualidade. Agora não
me venham com histórias da carochinha sobre vitimizações.
A
Maçonaria está também presente, a do PSD e a outra, da direita radical. Depois há gente do PSD, e da Aliança, na sua
esmagadora maioria opositores de Rui Rio, vindos do “passismo”, reciclado em
nostalgia da troika, como Morgado, Pinto Luz, Paulo Sande, Nogueira Leite,
etc. Do mesmo modo, a esmagadora maioria dos presentes que
não são do PSD andaram nessas águas durante o governo
Passos-Portas-troika e são agressivos opositores de Rio, que tratam como
uma espécie de traidor serventuário de António Costa e do PS. Para eles, o que é preciso é correr o mais depressa
possível com Rio para “reconfigurar a direita” com o único partido que tem
votos, o PSD.
Há outra questão. O MEL não está a
fazer um colóquio ou um debate, está a fazer uma “convenção”. Isso significa que há pertença, e é por isso que tem
sentido falar de uma espécie de “congresso” de uma certa direita, a direita que
inclui o Chega, a Iniciativa Liberal, o CDS e… parte do PSD.
Depois,
o resto é o que se espera. Nenhum problema do país, e da sua realidade de
atraso, pobreza, exclusão, desigualdade, injustiça, exploração, desequilíbrio
nas relações laborais, baixos salários, débil protecção social, ambiente,
corrupção, estará presente nas intervenções, ou, se não estiver ausente, será
de forma perversa, para falar de outras coisas. Nem nenhum problema sério da
direita conservadora, democrática e liberal será lá discutido. Compreende-se
que seja assim, não é para isso que eles vão lá.
Os três problemas desta direita serão
iludidos. O primeiro problema da direita é a ineficácia eleitoral, não é o adormecimento das pessoas pelas
habilidades de Costa, nem a “perseguição” de que são “vítimas”, nem o esmagar
das liberdades do povo português manipulado pelo PS a pretexto da pandemia. Tretas. O segundo problema, que é a causa do primeiro, é a sua radicalização e tribalização. Criam grande identidade e militância, para
dentro, mas marcam fronteiras de ferro e fogo para fora. Para além da sua
fronteira, todos são comunistas ou idiotas úteis da esquerda. E a tribo está
longe de ser grande, daí o desejo de capturarem o PSD e o estarem à vontade com
o Chega, porque precisam do populismo agressivo. Desprezam-no
como gente fina que são, mas precisam de alguma rua.
O terceiro problema, que
deriva do segundo e explica o primeiro, é a errada análise da realidade
política, com uma aproximação ideológica e política que tem medo de dizer ao
que vem, com uma enorme ambiguidade em relação à ditadura e à guerra colonial,
com contradições profundas entre um nacionalismo de bandeira e a aceitação do
poder não-democrático da Europa, se lhes servir de reforço para a TINA, entre o
reaccionarismo de costumes, a agenda evangélica à portuguesa e às modas a que
são sensíveis pela idade e pelo corpo, entre o machismo, a xenofobia, o racismo
e o autoritarismo para que tendem, e a perversão da palavra liberdade.
Tenham, pois, uma boa convenção. Mas, o que é que Rui Rio está a fazer
lá?
Historiador
TÓPICOS
PARTIDOS E
MOVIMENTOS PARTIDOS POLÍTICOS DIREITA RUI RIO PSD CDS INICIATIVA LIBERAL
COMENTÁRIOS:
Pedro Fernandes INICIANTE: Pelos comentários infra o politicamente correto diz que
o senhor Pereira é um homem da direita civilizada e que todos os outros ...
homens de Direita que não professam da mesma elegância são xenófobos abusadores
misóginos e racistas. Este tipo de raciocínio primário é semelhante àquele que
todos os homens de esquerda são mandriões. Eu cá quando vejo um homem de
esquerda como os senhores Costa o Pedro Nuno o Galamba do brinco na orelha como
os carneiros o Robles dos Bosques a Catarina e as manas Mortágua e o Jerónimo e
seus muchachos da CGTP lembro-me sempre não do Staline mas do Triunfo dos
Porcos. chagas_antonio MODERADOR: Portanto, o seu problema é com homens com brincos na
orelha. salteadores de collants e outros muchachos. Não vá mais longe; isso
trata-se facilmente. Ahfan Neca INICIANTE: Diz Pacheco que o Observador é um órgão da direita
radical financiado por lóbi obscuro (deve ser o grande capital monopolista e
tudo) cujo objectivo é mobilizar a tribo (deve ser a tribo dos Mau-Mau) pelos
comentários. O Pacheco aprendeu estas coisas com aquele senhor chamado Marques
Lopes. A parte melhor do artigo vem no fim quando chama a esta gente machistas,
xenófobos,, racistas, autoritários. Uma peça notável de desespero amarelo. Tristão Bretão EXPERIENTE: Pode ser uma peça notável do que quer seja, mas o ponto
é que, mutatis mutandis, a caracterização da coisa melosa feita por JPP não
difere muito da que fez Maria João Marques numa crónica aqui do Público. E já
lhe será muito mais difícil falar de desesperos de qualquer cor no caso dessa
crónica. E também não é intuitivo que haja assim muitas semelhanças entre a
senhora cronista em causa e o JPP que tanto o incomodou. miguelc EXPERIENTE: Acerca do financiamento do observador nada sei. Que
parece ser uma coisa encomendada, desde o 1º dia que não tenho qualquer
dúvida... DemocrataXXI EXPERIENTE: Na mouche. Quanto ao PSD, Rio, está a ser usado para abrir
caminho, ao que por enquanto, ainda têm vergonha de assumir, mas que com as
próximas legislativas, ficará claro para todos. carlos.falcao.960803 INICIANTE: O MEL não convida o centro-esquerda no poder e aquilo
que chama de extrema-esquerda, mas convida um dos ministros mais emblemáticos
dos governos de José Sócrates, o Dr. Luís Amado. Afinal a tese que todos os
ministros dos governos do ex-PM sabiam das actividades ilícitas do Engº
Sócrates sustentada pelos letais do Observador tem excepções. Muito curioso. Mario Coimbra INFLUENTE: Caro Falcão, convida quem sempre fez pontes com o PSD.
Amado é e foi um deles. carlos.falcao.960803 INICIANTE: Caro Mário Coimbra, tresleu o meu texto, O PSD é
comandado pelo Dr. Rui Rio que nunca sustentou a tese que o PS é comandado por
corruptos. O clã do Observador (Helena Matos, Rui Ramos, José Manuel Fernandes)
secundados pelo Chega é que anda há vários anos com essa tese, dizem eles por exemplo
que António Costa quando foi ministro sabia de tudo e nada fez. Se António
Costa saiu para a CM Lisboa em 2007 e sabia de tudo o que dizer de Luís Amado
que foi ministro dos Negócios Estrangeiros nos dois governos de Sócrates e só
saiu em 2011. Se houver alguma coerência de raciocínio o Dr. Luís Amado seria
completamente corrupto (na tese deles claro!) e sendo essa pessoas os guardiões
da decência, serão capazes de estar no mesmo evento com alguém que acham que
devia estar preso? JPR_Kapa INFLUENTE: Muito bem evidenciado - é só um exemplo da motivação
reles e trauliteira de uma direita que não tem escrúpulos e que se serve de
tudo, mentira, manipulação e fake news, para "derrubar" adversários,
mas que na primeira curva mostra a "careca": são eles é que se acham
no direito (divino, deve ser...), para designar quem é bom ou mau. Maior
exercício de cinismo político e hipocrisia, só mesmo de algo como o M(F)EL. Mario Coimbra
INFLUENTE: Pois, essa
lógica é óptima para quem não pensa pela sua cabeça. Misturar na sua resposta
Chega e Rio e Observador e Costa só demonstra confusão e uma linha muito
repescada de criar uma lógica sem pés nem cabeça. Claro que Kappa vê um luz e
uma clarividência sem paralelo. Penso ser por causa do FEL que nutre por certas
pessoas. Daniel A. Seabra INICIANTE: Felicito o Dr. Pacheco Pereira por este texto. Rui Ribeiro EXPERIENTE: A lucidez e clareza habituais. Muito bem! José Cruz Magalhaes MODERADOR: Uma lúcida antevisão do que poderá resultar de uma
convenção que pretende congregar as várias direitas. Uma jornada de simples
propaganda, o desfiar habitual de ressentimentos e acusações de perversões da
democracia e asfixias da esquerda e uma sublime incapacidade de análise, debate
e propostas acerca de qualquer um dos assuntos que o JPP refere que serão
ignorados na reunião e que são preocupações diárias de cada português.
mariaestela.rodriguesmartins EXPERIENTE: Excelente artigo!
Mas há uma questão que não ficou bem explicada. Sendo o autor militante do PSD,
por que razão não faz uma análise aprofundada sobre a presença de Rui Rio nesta
convenção? Sendo eu da chamada "extrema-esquerda", tinha um certo
respeito por Rui Rio, sobretudo pelo que enfrentou e enquanto autarca. Mas
ultimamente, as posições que tem tomado levaram-me a perder o respeito que
tinha por ele. É que em política não vale tudo para deitar abaixo o adversário. Jose
MODERADOR: MEL,
Movimento Europa e liberdade é uma contradição nos termos. 1.° o movimento é
marcha-atrás à procura dos tempos que já foram enterrados desde o fascismo à
idade média da inquisição; 2.° Europa não se refere ao continente europeu do
Atlântico aos Urais, mas aos poderes autoritários eleitos e não eleitos que
emergem da contra natura UE; 3.° Liberdade é o que pretendem ter em exclusivo
asfixiando as liberdades consignadas na Constituição da República Portuguesa. A
tendência para mentir sobre tudo levou à institucionalização da mentira no
próprio nome escolhido para agregar a direita em fase de estratificação. Há um
equívoco nas mentes destas pessoas habituadas a repetir mentiras, ignorar a
realidade em movimento contínuo para a frente e acreditar que a realidade lhes
está mora na cabeça.
Roberto34 MODERADOR A UE não tem nem
poderes autoritários nem poderes não eleitos e também não é contra natura de
certeza. É um projecto de construção de paz, liberdade e democracia. Filipe
Nascimento.886215 INICIANTE Um bom e certeiro artigo. Pedro de
Souza EXPERIENTEQuem morou fora não se espanta de ver a direita
"liberal" acabar sendo engolida pela extrema-direita. Para além desse
Sérgio Sousa Pinto há ainda graúdas figuras ex-socialistas que aderiram a esse
processo, na incapacidade que estão de ver que o mundo está a mudar. No
entanto, apesar dos perigos para a democracia de ver essa gente chegar ou
regressar ao poder, são na realidade restos das direitas inconformadas com as
medidas que vão ter de ser tomadas para que este mundo se salve. Acho que até o
Biden já percebeu isso, ou viu a necessidade disso. Aqui o povo amorfo confia
nas elites, que nunca perdem o poder dos euros, deixando as dívidas para o povo
pagar, mas o país, com os 50 anos de atraso, vai acabar seguindo o caminho
daqueles que querem salvar a Europa dos novos fascismos. viana EXPERIENTE: Caro JPP, lamento
o seu desapontamento quando, mais tarde ou mais cedo, acabar por concluir com
Rui Rio é, na verdade: um político, com p muito pequeno, que fará tudo o que
for necessário para chegar ao Poder, incluindo dar a mão ao que há de mais
odioso na sociedade portuguesa, tão bem descrito por si; um político
autoritário e profundamente conservador, como se viu durante os seus mandatos
de autarca, a quem por isso não faz grande confusão juntar-se a essa gentalha
ressentida pela perda de "estatuto" e Poder, social e económico. Mario Coimbra
INFLUENTE: Viana,
continua contente com o país que tem e por quem nos governa. Óptimo para si.
Rio é que temos e espero que ganhe. Agora faça contas se faz favor. A não ser
que o PSD tenha outra vez maioria, com quem é que vai governar?? Se calhar vai
ser possível uma geringonça á direita sem o Chega. Mas acredita nisso???. Vai
votar no PSD para lhe dar maioria??? Não me aparece. Por isso deixe-se de
chavões como JPP e pense um pouco. Costa abriu um caminho que não tem retorno,
percebe. viana EXPERIENTE: Não, não estou
contente com o país que tenho. Aparentemente nem tem a honestidade intelectual
para reconhecer que não há apenas PS ou partidos da Direita a quem entregar o
voto, e que tal tem um impacto no país que temos e queremos ter. Também
aparenta não perceber, ou não querer, que pior é possível. Muito pior. Se é
possível à Direita governar sem o apoio do coiso? Não sei, nem me interessa.
Governa-se para se implementar uma visão. Se essa visão não é maioritária na
sociedade é um problema do PSD. Devia tentar perceber por que é assim. Em vez
de aceitar deturpá-la para poder governar. E não, não é a mesma coisa o que o
PS fez. Ainda agora se viu, quando houve apenas um único voto contra a distribuição
de exemplares da Constituição Portuguesa nas escolas. Adivinhe de quem?... Mario Coimbra INFLUENTE: Viana o Bloco e o
PC deixaram de contar. Com o apoio que deram a Costa, estão condenados a
fazê-lo sempre. A alternativa é ter a Direita no poder o que é ainda pior.
Portanto o caminho que Costa trilhou não tem retorno para ninguém. Quanto ao
coiso tem a importância que lhe querem dar. A Constituição vai ser distribuída
não vai. Seria relevante ter contado para algo. Assim... orion INFLUENTE: O afastamento de
Rui Rio faz parte da abertura do caminho para Passos Coelho. Passos é
preferível a Costa? João Miguel Tavares e companheiros dizem que sim. Só que,
meus caros, quem manda cá no burgo é Bruxelas, pois este país carrega às costas
um dívida de todo o tamanho e, Leão, mesmo defronte de uma calamidade pública
provocada inesperadamente pelo Covid, não se comoveu e fez de Portugal um país
que pouco gastou para ajudar empresas e famílias aflitas. Daí, na prática, o
que pensar da alternativa entre Passos e Costa? As diferenças serão mínimas.
Bruxelas manda. Se Costa não baixa impostos, Passos não aumentará certamente os
montantes necessários para dar mais pão e tecto e acudir milhões. Daí a
inutilidade desta crónica. Venha o diabo e escolha entre Passos e Costa.
Jose MODERADOR: Caro orion O
diabo mandou Passos para a caverna e o Povo mandou Costa para S. Bento.
Rita_Laranjeira EXPERIENTE: Ainda há quem
leve o Pacheco a sério e acha que ele percebe muito do que se passa no mundo!
Pacheco é um cadáver intelectual. Urge ser autopsiado. A sua pretensiosa e
sensaborona prosa padece de rigor e profundidade. Pacheco não gosta de números
e lógica. Para Pacheco Pereira tudo gira à volta de "vontades" e
"estilos". Pacheco Pereira é movido não pela Razão, mas pelo
ressentimento. Daí não se incomodar pelo advento das políticas identitárias já
que estas assentam no ressentimento. E pensar que há meros 15 anos o mesmo
Pacheco Pereira atrevia-se a apoiar a invasão do Iraque, acusava os espanhóis
de cobardia ao elegerem Zapatero após os atentados de 11 de Março, via a
cultura islâmica como uma ameaça, defendia os salários milionários dos gestores
e até criticava a obsessão pelo futebol! viana EXPERIENTE: "rigor e
profundidade"! Ver alguém da extrema-direita ressabiada com a perda de
controlo da narrativa histórica da supremacia do homem branco, que tudo faz
para manter ou Chagar ao Poder, incluindo mentir descaradamente, utilizar tais
termos comprova que ou estamos perante gente infelizmente alucinada ou gentalha
cobarde que é incapaz de dizer ao que vem, como JPP tão bem mencionou. Alexandre Pinto-Fernandes INFLUENTE: JPP escreveu de
forma equilibrada e educada a sua opinião sobre um tema quente: a direita
portuguesa e as suas tendências e grupos de pressão. Pois esta direita, estes
grupos sentiram-se ofendidos e vai daí os comentários que aqui se publicam são
quase todos a atacar pessoalmente o cronista. Ninguém rebate as suas ideias.
Elucidativo. JPP tocou na ferida, ou nas feridas… Eng. Jorge Simões INFLUENTE: O seus camaradas Daniel
Oliveira ou Louçã não escreveriam melhor. JPP continua perdido no labirinto
ideológico tendo uma ideia de democracia que não entendo. Democratas para ele
só na esquerda e extrema-esquerda. orion INFLUENTE: Sem dúvida, um
mundo pegajoso, este mundo das crónicas de Pacheco Pereira. Um homem perdido
nos labirintos da História, na paixão exacerbada pela História do PCP e do seu
líder marcante Álvaro Cunhal. E, em 2021, aos setenta e tal anos, mostra-se
neste "mal de vivre". Uma ruptura: compreenda ao menos o que é isso
da Quadratura do Círculo. No ano passado passei pela Feira do Livro do Porto e
comprei um livro editado pela sua Univ .Porto, uma colecção de textos
organizada por Carlos Correia de Sá e Jorge Rocha, intitulado "Treze
viagens pelo mundo da matemática". E figura o texto "Quadratura
Aritmética do Círculo". Pacheco Pereira lamenta a sua falta de
conhecimentos matemáticos necessários para poder compreender o mundo. Homem,
deixe-se de politiquices e use bem o tempo que lhe reste .Leia.O artigo citado
é da autoria da Profª. Maria Pires de Carvalho, da Universidade do Porto. viana EXPERIENTE: Ui, o texto
incomodou-o! Deve ter doído ouvir a verdade. O que quer dizer que JPP continua
arguto como sempre. Quanto ao senhor, parece-me que se perdeu nos seus livros.
Pois da realidade parece compreender muito pouco. Faça um favor a si próprio:
pouse-os e abra os olhos.
Mario Coimbra INFLUENTE: Eu acho que você
está acomodado á sua quadratura e barracos na margem sul. E está no seu
direito. Alguns pontos relevantes, o Observador foi criado para dar um espaço
próprio a uma franja da população que não estava a ser representada em nenhum
espaço comunicacional. A sua memória é excelente e espanta-me não ter falado no
Independente. O Observador não é mais do que um Independente "online".
Lembra-se do que escrevia de Paulo Portas e de quem escrevia para o Independente???
Tudo isto cheira a déjà vu. Daí me parecer que está acomodado aos seus chavões.
A sua análise é óptima, cria e identifica a tribo da direita radical. Diferente
da extrema. Esta é radical porque é neo liberal e tem como missão acabar com o
estado social. Seria super interessante fazer esta análise á esquerda. joaquim pocinho EXPERIENTE: As elites
conservadoras em Portugal são de esquerda. E é a esquerda a responsável pelo
estado actual do país . A esta esquerda cega, pedante e isolada na sua bolha
universitária medíocre só resta a desonestidade intelectual como argumento. E,
convenhamos, colar pessoas liberais, democratas à extrema-direita é também
sinal de desespero e, em si mesmo, de extremismo com que ataca os outros. Duarte Cabral EXPERIENTE: Concordo com a
sua leitura. Esse conservadorismo que refere, causa assimetrias na população
pela incapaz de reformar as instituições; que in fine é fonte de atraso e
pobreza, e, consequentemente, de desertificação do país. "O caso da justiça
é ilustrativo". Mas as políticas liberais da direita (sem falar na visão
mais racista de uma certa direita), já mostraram aonde nos levam: à
concentração da riqueza num pequeno número de pessoas (assimetrias gritantes);
e, à ausência de preocupação ecológica, essencialmente... É com esta realidade
"muito sombria", que os portugueses residente ou não residentes; já
nascidos, ou por nascer, vão ter de conviver. É triste! mamaciel INICIANTE: Um artigo
adorável para quem está do lado da tribo que o Senhor Pacheco Pereira pertence
e defende. O bizarro é que a tribo do JPP é a que sempre andou e ainda
continua, por aí, ou não?
joaquim pocinho EXPERIENTE: Tao triste ver a
figura ridícula das elites instaladas. “Direita radical”, quando se trata de,
na maior parte, liberais. Já “esquerda radical”, instalada no poder, fazendo de
força conservadora, imobilista, que mantém 20% da população na miséri , nada!
Você nem os vê, certo? E é também a “esquerda radical” dos projectos
totalitários , das afinidades com assassinos ( não literalmente) . Mas a esses,
nada! Tão triste a elite dos privilégios onde este escriba respira e come! Vá,
por favor, dar lições de moral a outros! JPR_Kapa INFLUENTE: Como MJM também
JPP escalpeliza bem o que hoje representa o FEL..., desculpem, o MEL, e qual o
seu significado instrumental. Não pretende um debate ideológico sério, mas
aprofundar uma trincheira em torno dos "slogans" da "nova-língua",
como o do "marxismo cultural" e outras amostras de banalidade e
preconceito reaccionário e mal-intencionado, que se apropria de conceitos
nobres, como a liberdade, para a converter numa fachada, já que para eles isso
é "propriedade" de uma elite conservadora e religiosa, para quem
existe uma verdade absoluta. Todo este teatro, a que algumas múmias emprestam o
seu estatuto, serve apenas uma causa: restaurar o neoliberalismo, subalternizar
a política e eternizar uma elite no poder, sem concessões ou obstáculos. José Bernardo Pinho Dias EXPERIENTE: Excelente análise sobre o MEL. rafael.costaUK INICIANTE Este artigo é um pouco desconcertante. São apontados
argumentos pela rama sem explicar o que querem dizer em profundidade; são
referidos problemas estruturais da economia portuguesa como se fossem culpa da
Direita portuguesa (problemas esses para os quais nunca se ouviu o JPP falar de
soluções) e acaba a pôr toda a gente de Direita no mesmo saco de racismo e
xenofobia. Parece uma dissertação de um miúdo do secundário que acabou de se
juntar ao BE. Não é um artigo digno das qualidades intelectuais que sabemos JPP
possui. Faça melhor sff. Ricardo Gomes INICIANTE: Talvez a exercer
o seu direito à liberdade que a arrogância intelectual do autor parece não lhe
querer conferir ele que pelos vistos é o identificador mor do reino dos puros
Acho que se enganou vezes de mais no seu percurso político para lhe
reconhecermos esse direito senhor autor Figueira da Foz EXPERIENTE: Excelente artigo.
Só comete um erro para esta direita herdeira do antigamente com cravo de
plástico na lapela: diz o que pensa! É esse o seu crime. E quem espalha ódio
não lhe perdoa, como se pode ler nos comentários aqui publicados. rodrigosl INICIANTE: Este artigo
tresanda a bufaria do antigamente, associando pessoas que nada têm em comum por
presumidas afinidades ideológicas...foi assim que se fizeram listas de inimigos
do Estado em muitos países. Pacheco Pereira ao nível de um André Ventura,
confesso que estou muito surpreendido. Desejo melhor Manuel Figueira.529114 EXPERIENTE: O JPP tem umas
saudades e teve uma prática de bufaria do EN que nem imagina. O sectarismo e o
fundamentalismo ideológico matam. A diferença entre o senhor e a pequena tribo
a que pertence (que o JPP identifica muito bem e situa na sua dimensão e
posicionamento político) e os fundamentalistas islâmicos é que esses matam
desalmadamente com armas; os senhores ainda só o fazem com ideias. Feio, torto e ignorante INICIANTE: Está muito bem.
Outro assunto: o Pacheco Pereira está preocupado, e bem, com
"desigualdade, injustiça, exploração, desequilíbrio nas relações laborais,
baixos salários, débil protecção social". Ora... o que está ele a fazer no
Conselho de Administração da Fundação de Serralves?! Jonas Almeida INICIANTE: Haaa, o núcleo duro da ditadura neoliberal prepara
convenção onde escolherá, cito do artigo, "a aceitação do poder
não-democrático da Europa, se lhes servir de reforço para a TINA". E é já
à luz do dia escolhe os mídia como carro de assalto. Obviamente daqui não virá
progresso nenhum, apenas a institucionalização das tais regras do novo
autoritarismo. Que atraso de vida este projecto. Uma importante chamada de
atenção, esta peça de Pacheco Pereira.
cidadania 123 EXPERIENTE: Parece-me ressabiado por não ter sido convidado...
……………OldVic1 MODERADOR: Pacheco Pereira de direita!? Se ele vos apanha...
Jose MODERADOR: Caro Pedro Fernandes Como o próprio declara José
Pacheco Pereira é militante de direita e é ideologicamente anti-comunista. Não
é tribal nem sectário como o grupo reaccionário do MEL. JPP conhece Portugal e
a Europa da UE por dentro e por fora. Conheceu o Império Colonial Fascista a
que se opôs como soube e pôde, mesmo sozinho! JPP sabe que o Capitalismo vive
mal só com Capital e vive ainda pior nas asas do Estado. JPP sabe que um Estado
nas mãos daquela gente fanática do Observador e satélites é uma ditadura em
três tempos. JPP está apreensivo com a presença de Rui Rio nessa tribo por
perceber que essa presença esconde e simultaneamente alimenta uma solução de
poder em Portugal igual ou pior que a actual dos Açores. JPP é conhecedor e
realista, não é um místico idealista filosófico.
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