quinta-feira, 28 de maio de 2020

Não há machado que corte a raiz da justa Indignação


Como a expressa por Helena Matos. Contra a obscena realidade da nossa subserviência interesseira e agachada às manhas de uma esquerda famélica de dinheiro para distribuir piedosamente, insolentemente alheia às origens desse dinheiro, que se não trabalhou para obter e se não pensa trabalhar para repor. É a realidade deste governo que o aceita sorridentemente - como o PM - e melosamente - como o PR. E que as notícias fluidificam, imunes a tudo o que não seja Covid-19, economia arruinada e mão estendida, com os respectivos protestos dos que se informam esquecidos, ou prejudicados.
Não há dinheiro que pague a raiz deste pensamento /premium
Tal como acontece com a felicidade, o dinheiro ajuda mas não chega para explicar que o socialismo, ou melhor dizendo,  o progressismo, sejam o pensamento quase único das redacções.
OBSERVADOR, 24 maio 2020,
Enquanto escrevo prossegue a saga dos universos paralelos do governo português. Este é bom porque internamente avisa que na TAP “Se é o povo português que paga, é bom que seja o povo português a mandar”. Mas é ainda melhor quando exige precisamente o seu contrário aos contribuintes alemães ou holandeses, ou seja que mandem dinheiro sem condições.
Enquanto escrevo aconteceu mais uma rixa na praia de Carcavelos. Pese as rixas na praia de Carcavelos terem-se tornado um item obrigatório de cada Verão o detalhe noticioso sobre o caso nunca vai além das expressões “grupos rivais” (qual será a rivalidade?) e a “arma branca” (será a faca de fazer sandes?) usada nas rixas entre os ditos grupos rivais.
Enquanto escrevo a Bélgica está a chegar aos 800 mortos por coronavírus por milhão de habitantes. Onde estão as notícias? (Por favor não me venham com a explicação que os números grotescos da Bélgica se devem a uma forma mais rigorosa de contabilizar os mortos porque então o assunto ainda é mais complicado porque isso, a acontecer, pressupõe que de uma forma continuada e sistemática todos os outros países os estarão a contabilizar sem rigor, o que seria um problema ainda maior).
… Foi preciso o apoio do governo aos media para que isto fosse assim? Não. Há muito tempo que a linguagem dos jornais, rádios e televisões é a versão mediática do socialismo, ou melhor do progressismo. Nesse léxico em vigor nas redacções qualquer medida apresentada pela esquerda ou seus derivados, como agora são os ditos ecologistas, chega com o rótulo da opção correcta mesmo quando completamente disparatada: recordo que até o Covid ter colocado o turismo a zeros e a economia numa quebra-catástrofe mais que anunciada, éramos inundados com reportagens sobre o turismo que estava a matar as cidades. E agora? Agora fazem de conta que isto nunca aconteceu ou fazem-se eco das declarações sobre a necessidade de uma “nova normalidade” (entendendo-se por “nova normalidade” a imposição do socialismo sanitário) proferidas por actores, milionários e demais gente que usufruiu e usufrui o que há de melhor na velha normalidade.
Enquanto escrevo chegam-me notícias de casais em que ambos se viram de um momento para o outro sem trabalho ou sem receber.Mas as notícias dizem que isto não é austeridade. O que será? Miséria? Ou só existe austeridade quando os ordenados mais altos dos funcionários públicos sofrem cortes?
Enquanto escrevo passo os olhos por sites, revejo programas informativos de rádios e televisões e em todo o lado deparo com essa espécie de Momentos Chuck Norris ,agora na versão Trump ou Bolsonaro. Estou em crer que fazer a notícia do dia sobre os actuais presidentes do Brasil e dos EUA se deve ter tornado num certificado de bom comportamento jornalístico. Não pondo eu em causa que muito há para relatar sobre Trump ou Bolsonaro, não deixa de ser espantoso que esta fixação nestes dois protagonistas seja acompanhada de uma desatenção crescente sobre o resto do mundo e muito particularmente sobre a nossa parte do mundo. Não há verba em Portugal, e estou em crer no mundo conhecido e por conhecer, que explique que os mesmos jornalistas, sites, rádios e televisões que fumegavam de horror com a transcrição das escutas aquando do escândalo Casa Pia ou com a divulgação das declarações de José de Sócrates ao juiz Carlos Alexandre (na verdade a indignação até ia mais longe pois nem sequer se admitia que pessoas como Paulo Pedroso, Ferro Rodrigues ou José Sócrates fossem alvo de escutas e inquéritos) defendam agora a destituição do presidente do Brasil com base numa gravação.
Enquanto escrevo em várias cidades de Espanha, a começar por Madrid, registaram-se manifestações-marcha automóvel de contestação à política do governo. Onde estão as notícias? Falo de notícias mesmo sobre o que está a acontecer nas ruas de Espanha e não daquelas voltas a mote sobre o Vox. Como a contestação aos governos de esquerda acaba invariavelmente a ser apresentada como obra de radicais, no caso espanhol a responsabilidade por esse gesto contra-natura vai para o Vox, partido que os jornais portugueses apresentam como sendo de extrema-direita embora não tenham até agora explicado exactamente o porquê dessa classificação. De qualquer modo a contestação ao governo socialista e comunista de Espanha vai muito para lá do eleitorado do Vox que numas próximas eleições se arrisca até a perder eleitores para um PP em recuperação.
Mais uma vez pergunto: foi necessário o dinheiro do governo para chegarmos aqui? Mais uma vez respondo que não. Muito francamente os governos de esquerda não precisam de pagar para que o estatismo seja o pensamento dominante nas redacções. Tudo o que implique maior presença do estado traduz-se jornalisticamente falando nessa palavra sinónimo do Bem no mundo socialista e laico que é o nosso: o apoio. São os delirantes programas autárquicos na habitação traduzidos por apoio aos inquilinos; é o atropelo de regras e direitos elementares nos casos da violência dita doméstica mascarado de apoio às vítimas e sobretudo na fase em que nos encontramos vemos como qualquer contestação a essas medidas ditas de apoio é automaticamente apresentada como sinónimo do Mal. Assim quem contesta os programas de promoção de igualdade de género torna-se machista; quem questiona a razoabilidade da legislação dita de protecção aos animais ou denuncia o seu total desconhecimento do mundo rural vê-se tratado como um maltratador de cães e gatos; quem discorda das políticas ditas multiculturais é apresentado como racista…
Tal como acontece com a felicidade o dinheiro ajuda mas não chega para explicar que o socialismo, ou melhor dizendo o progressismo, sejam o pensamento quase único das redacções.
COMENTÁRIOS
Anarquista Inconformado: "Não há dinheiro que pague a raiz deste pensamento" Mas o número de votos, em comentários que reúnem mais consenso que outros dos alinhados com as ideias da cronista, são mesmo apagados.
antonyo antonyo: Há 5 anos que sofremos deste mal . A esquerda é culta  ,universalista, detentora da verdade , e quem se mete com ela leva ! Óptimo artigo , tudo o que escreve, há muito tempo que se mete pelos olhos dentro. Os jornalistas são realmente o 4.ºpoder . Ser “progressista” é obrigatório, a subvenção não era necessária, o importante já era estar de bem com o poder. Ser jornalista é “cool” !
José Carlos Lourenço: Muito bem Helena. Crónica corajosa e certeira. Os progressistas da treta (incluindo os bandos que tomaram de assalto a comunicação social) ainda devem andar, raivosos, a lamber as feridas induzidas pela sua magistral crónica.
José Gaspar: Bravo, Helena Matos, pela sua análise sobre o evidente "dois pesos e duas medidas" de que enferma quase toda a Imprensa. Mas não a acompanho no primeiro do seu artigo, quando mete no mesmo saco a situação da TAP e o projecto de construção europeia. Aí confunde, parece-me, alhos com bugalhos. 
Manuel Magalhães: Excelente artigo, tudo o que aqui está referido é a verdade pura e dura, o nosso jornalismo, salvo raríssimas excepções, envergonha-nos a todos (ou pelo menos devia) e é um dos principais cancros da decadência do país. Já agora perante a afirmação do ministro dos transportes (com letra pequeníssima) “que se é o povo português que paga, deverá ser o povo português (vide governo) a mandar” eu diria que haverá no Povo Português muita gente MUITO mais competente para “mandar” na TAP do que qualquer dos actuais ministros ou de seus compadres...
J. Carneiro:  “socialismo, o pensamento quase único das redacções” é consequência do dinheiro, da preguiça mental, do medo e da flagrante tendência para servir o Dono sem questionar o quer que seja! Mais, por Miguel Esteves Cardoso “o engraxanço e o culambismo são o desporto mais praticado em Portugal”!
Jorge Leite: Colocar em lugares-chave pessoas alinhadas. Meia dúzia de activistas a parecer muita gente nas redes sociais e nos comentários dos jornais. Muitos indivíduos úteis, que não pensam muito mas se deixam entusiasmar facilmente com a superfície dos assuntos. Muitos anos a imbecilizar e a doutrinar pessoas nas escolas. Nada que não seja conhecido e visto muitas vezes, porque o mundo já assistiu a muitas ditaduras. Essa é a táctica. Mas não chega. É preciso haver, nas redacções dos jornais, no parlamento e noutros lugares, gente que se curva, que não se importa de fazer aquilo que sabe ser errado, a troco de dinheiro ou de outras vantagens. E, também, nos sofás de tantas casas e no conforto de tantas vidas, muitos que vêem claramente o que se passa e não estão para se ralar.
Maria L Gingeira: A foto que faz a manchete do jornal Público deste domingo resulta de uma atitude jornalística de pura maldade e soberba. Um jornalista da RTP3 chamou-lhe “uma foto fantástica que representa o que se passa no Brasil”. Esta visão distorcida e difamadora do Brasil nas análises jornalísticas que por cá se fazem (e não falo do ponto de vista político) é desoladora e uma vergonha. Porque não foi o jornal Público aos bairros dos arredores de Lisboa fazer uma foto semelhante? Se calhar encontraria muita gente abandonada ao seu infortúnio e com fome. Começa a ser patológico a forma distorcida como se trata a realidade de um país como o Brasil, que mete Portugal em meia dúzia de bairros de uma só das suas grandes cidades, e tem muitas acima dos 2 milhõesde habitantes, além de mais de 100 acima de 500 mil. A pandemia no Brasil tem-nos sido mostrada, no selectivo critério português, em imagens de caixões amontoados. E agora na foto de uma criança sofrida numa rua de subúrbio. E por cá? Porque não nos mostram imagens igualmente realistas? Dos camiões brancos fechados a fazer a recolha? Seria bom que os directores dos jornais e TVs se liguem todos os dias à tarde à Globonews, canal que faz parte dos pacotes das operadoras nacionais, e aprendessem como se faz jornalismo quer na pedagogia sobre a pandemia, quer na crítica e análise política através de um painel de comentadores bem informados. O Brasil tem essa virtude de trabalhar bastante a auto crítica sobre o que dentro de si corre mal, ao contrário de nós, que vivemos numa constante fuga, tendo de nós uma imagem ideal, que é falsa. Foi Eduardo Lourenço, um estudioso dessa peculiar forma de vivermos enganados que titulou: “Portugal, uma mina para Freud...” talvez se explique sim a inveja que manifestamos pelo enorme Brasil e pelos brasileiros que são como são, sem os nossos pruridos.
Jack London Calling > Maria L Gingeira:  Nos dias de hoje, isso que reivindica (ou solicita) está ao alcance do mero cidadão. Vá você a esses bairros de que fala, tire as fotografias de que fala, e divulgue nas redes sociais ou envie para alguns jornais. Azias e resmungas nas caixas de comentários é para quem gosta de mandar mas por incúria ou incompetência não quer ou não sabe fazer. Não resolve coisa nenhuma!
oscar dewil: Aqui está uma das razões pelas quais assinei O Observador, outras são: Alberto Gonçalves, José Manuel Fernandes, Jaime Nogueira Pinto, Rui Ramos, padre Portocarrero De Almada, José Diogo Quintela e Gabriel Mithá Ribeiro. Só para ler estes articulistas já vale a pena assinar O Observador. Só uma pergunta: porque é que a Cristina Miranda não escreve mais neste jornal?
Pedro J.: O historial do Partido Socialista dos últimos 20 anos é grotesco. Inclui casos abafados de pedofilia ao mais alto nível, a falência de Portugal, a criação de duas crises económicas, um ex-Primeiro Ministro preso por aldrabices, condicionamento explícito da Comunicação Social, governos cheios de familiares, o abafamento de Tancos, o caso TVI Manuela Moura Guedes, o assalto socialista ao BCP, e antes disso as sacanagens de empréstimos na CGD, incluindo a palhaçada com Joe Berardo, o destruir da Portugal Telecom e bloqueamento activo da OPA da Sonae à PT, e tantos tantos mais, que até dói a alma fazer a lista. O PS é uma agremiação de ladrões, corruptos, pulhas, pedófilos e oportunistas sem espinha dorsal. O que os portugueses têm é uma tremenda falta de memória!
Amandio Teixeira-Pinto: A questão essencial é saber, ou tentar perceber, como é que tudo isto vai acabar? Será que vamos todos cair, definitivamente, e ceder o passo (então de ganso) aos novos SS, aos novos Goebells e Himmlers, que finalmente encontraram a sua Valhalla e as suas Valquírias e se preparam para concluir o extermínio, acabando connosco? Eles que são os herdeiros desse nacional socialismo dos trabalhadores (agora não apenas alemães)!!! Ou haverá forma de reagir, de reacordar as gentes e apenas pela força da razão promover a recuperação dos valores, das ideias, dos espaços abertos onde tudo se discute e aceita na busca incessante da Verdade? Quero acreditar que a razão tenha ainda suficiente força para que não se coloque como irremediável o recurso à razão da força...
Joaquim Rodrigues: O que sinceramente espero é que os Alemães mandem o dinheiro mas com CONDIÇÕES.
Mais importante que o dinheiro são mesmo as CONDIÇÕES.
José Paulo C Castro > Joaquim Rodrigues: As únicas condições que fariam diferença implicariam revisão constitucional. E por cá, o TC iria chumbar as condições, como em 2012. O TC alemão parece ter aprendido o truque e vai chumbar as ajudas. Por isso... nem vai haver dinheiro. Não há crédito a gente desta.
Liberal Não-Confinável > Joaquim Rodrigues: As condições virão com a bancarrota. E desta vez não vai haver sagrada "constituição" que as bloqueie.
antonyo antonyo > José Paulo C Castro: Nessa altura imagino o que vão chamar ao Tribunal alemão ...
Duarte Reis: Mais um exemplar de fanatismo ao pior nível, que pena a boa escrita seja usada para atitude de panfleto. Mas é assim, o extremismo trauliteiro Gosta.
Nuno Luis Morgado :Que pena eu tenho que os seus artigos e de alguns seus colegas Jornalistas não sejam de domínio público. É que a sua independência, clarividência e coragem têm que ser lidas por toda a gente porque, infelizmente, nunca irá ocupar um lugar nos canais de esgoto televisivos existentes porque têm horror às suas qualidades, virtudes e profissionalismo. Resta aos que são assinantes do Observador, deliciarem-se com a sua escrita. É pouco, para tanta necessidade de ar puro.
Graciete Madeira: Excelente artigo. É revoltante que dinheiro dos meus impostos vá para uma imprensa dominada por lambe-botas que distorce e  seleciona as notícias querendo fazer dos portugueses parvos (e infelizmente às vezes consegue).  Devem pensar por que razão vendem cada vez vendem menos jornais e não é devido só à crise e se ouvem menos noticiários. Em vez de se centrarem no que se passa em Portugal comprazem-se em ridicularizar o Trump e o Bolsonaro, matéria que não está certamente no cume das preocupações dos Portugueses.
Joaquim Moreira: Depois de elogiar a crónica de ontem de Alberto Gonçalves, sobre "As vozes do dono", agora, em complemento, não posso deixar de elogiar Helena Matos por esta, "Não há dinheiro que pague a raiz deste pensamento". Na verdade, o dinheiro entregue à CS, vem alterar muito pouco do que já era uma pecha nacional e até internacional. De facto, a esquerda, há muito que tem um plano bem estruturado, para dominar as "vozes do dono" e em geral o pensamento do Estado. E, esta crónica de Helena Matos, é um tratado, com vários exemplos claros do que acontece por todo o lado. Por isso, não posso, e não quero deixar de aproveitar mais esta oportunidade, para falar do político que mais tem sido acusado, de ser o Inimigo Público desta CS ao serviço do Estado. Do Estado socialista, digo claramente, não do Estado quando o socialismo não está presente. E o Inimigo Público de que falo, da CS, tem mesmo existência real. Trata-se dum suplemento de um jornal com o mesmo nome, em que o seu Director, no último Eixo do Mal, demonstrou o seu ódio figadal. O que permite tirar a conclusão: esse político, afinal, há muito que está cheio de razão! 
Traveca Homofobico: O jornalismo é reflexo de um sistema de educação nas mãos de comunistas desde 74. Nunca fizeram nada para os tirar de lá, assim como nas empresas publicas de transportes agora aguentem
luis Pacheco O  jornalismo está podre e o povo está em estado vegetativo. O governo pode fazer o que quiser porque o povo não vai reclamar.
Mario Areias: Mais um belo texto. Pessoalmente não estou preocupado. Tento ler os sinais. -Não vi uma palavra de satisfação por parte do governo sobre a proposta Merkl/Macron. -Lançam as presidenciais na agenda política para ocultar a realidade. -Encharcam-nos com programas de apoio, rápidos na apresentação mas lentos na execução. -António Costa vai pedir a solidariedade dos outros partidos para, cito "os dois anos difíceis que aí vêem". E ainda há mais. Convém também lembrar que nas últimas eleições a esquerda radical perdeu votos, logo terá que fazer oposição forte (Jerónimo de Sousa já traçou a linha vermelha) e a partir de agora teremos um governo que vai entrar em desgaste com aumento de impostos (já o avisou Sec.de Estado dos assuntos fiscais e Paulo T. Pereira), um Presid. da Republica que vai fazer enorme oposição ao governo logo após a reeleição. Como sempre a esquerda só vive quando há para distribuir. Quando acaba só sobrevive e sobrevive porque os portugueses não têm a inteligência, os conhecimentos e a independência para os enterrar por muito e bons anos.
Anabela Faisca: Nestas duas décadas do séc. XXI afirmou-se a China que tinha começado a ganhar importância nos anos 80 do século passado. O financiamento da China é o cimento que segura o poder político eurocrático e a numerosa população que vive de subsídios do estado. Neste momento a China luta pelo lugar da liderança mundial. Será que o avanço das ideias "progressistas" não tem nada a ver com essa realidade?Poderia a China pretender ser só financiadora, enquanto politicamente continuava a ser criticada por ser uma ditadura comunista? Como seria, então, aceite como líder mundial?
Adelino Lopes: Claro que sim HM. Hoje existe uma narrativa que é necessário seguir; a dos progressistas que nos governam. E quem não a seguir será apelidado dos “istas” todos da lista. Ontem apareceu outra classificação de um dos troll’s que por aqui poluem os comentários: “traidor à pátria”. A propósito de Portugal também ser um paraíso fiscal, é obrigatório meter a cabeça debaixo da areia e calar; caso contrário, se pronunciar a realidade, então é traidor. E estamos nisto. Depois de termos a oposição caladinha (ou não temos oposição), depois dos órgãos de comunicação social controlados, só falta controlar a internet: estão a ver a oportunidade de negócio para o OBSERVADOR? Será possível salvar a democracia em Portugal?
oscar dewil > Adelino Lopes: não!
Madalena Magalhães Colaço: Mais uma vez agradeço à Helena o denunciar desta lavagem cerebral a que diariamente assistimos nos media. Deixámos há muito de ter sentido crítico e limitamo-nos a aceitar o que nos querem vender. Em Espanha, como a Helena aqui lembrou, tem havido enormes manifestações contra o governo de Sanchez e Iglesias. A direita não tem vergonha de dizer que é direita. Em Madrid as janelas estão cheias de bandeiras de Espanha. A esquerda diz que são fascistas quem coloca a bandeira do país nas janelas.
Carlos Quartel: Assunto para análise mais profunda. Vejamos a escola do Adelino Gomes, bastante ganga de 74/75, esses movimentos de "género" importados, o tradicional anti-salazarismo dos mais velhos e teremos alguns ingredientes que explicam o guisado em que se transformou a imprensa nacional. Se lhe juntarmos o comodismo, o oportunismo, o carreirismo como toques finais, mais saboroso fica o petisco. Isto são só algumas ideias por onde poderia passar um estudo aprofundado. De notar que não é fenómeno exclusivo português, aqui ao lado ainda andam a discutir as virtudes de Che, de Chavez, de Fidel, etc .....

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