terça-feira, 22 de setembro de 2020

A propósito do menino Tonecas

 

Que foi livro da minha infância, lembro José de Oliveira Cosme cuja biografia encontro na Internet. Os comentários a Helena Matos sobre o seu magnífico texto ficam por conta dos comentadores.

Uma data de datas – XLVI – José de Oliveira Cosme

Posted on 29 de Setembro de 2013

29 de Setembro de 1906 – Nasce José de Oliveira Cosme

«José de Oliveira Cosme merece o cognome de “o homem dos sete instrumentos“. Nascido a 29 de Setembro de 1906 em Almoçageme, Colares, Sintra, bem cedo dominou os segredos da guitarra e integrou por isso diversas orquestras ligeiras. Chegou mesmo a participar no filme A Severa, de Leitão de Barros.

«Com muito jeito para a escrita criativa, com agora se diz, produziu programas radiofónicos e colaborou em diversos jornais, sobretudo infanto-juvenis, entre os quais O Senhor Doutor, Rim-Tim-Tim e, sobretudo, ABC-zinho. Aqui, foi responsável pela criação de uma das suas personagens mais populares: o detective Metonarizentudo. A convite de Mário de Aguiar foi chefe de redacção e logo depois director de um dos mais importantes semanários de BD nacionais, O Mundo de Aventuras. Seria promovido a director literário da poderosa Agência Portuguesa de Revistas. Neste lugar, teve decisiva intervenção na edição de sucessivos títulos de êxito deste grupo de publicações, como Condor, Condor Popular, Rato Mickey, Tigre, Policial, Espaço, Guerra, Selecções, Tarzan, Roy Rogers e outros.

«Fez parte do restrito grupo que, sob a forma de Comissão, preparou e oficializou nos anos 50 um diploma censório dirigido à Literatura Infantil, particularmente à banda desenhada. Isso acarretou-lhe algumas justas críticas, sobretudo da parte de um considerado jornal da especialidade, O Mosquito, que ficou arredado dessa responsabilidade. Escreveu, sob diversas dedicatórias, alguns romances policiais.

«Outra intervenção de Oliveira Cosme pouco conhecida respeita à coordenação de muitas cadernetas de cromos de grande sucesso, que criou ou adaptou, redigindo por vezes os seus textos. Polivalente, a sua mais perene intervenção no mundo da comunicação social diz respeito a uma série que teve até agora versões em diversas modalidades, rádio, televisão, imprensa escrita e desenhada, teatro, etc. Trata-se de As Lições do Tonecas, aventuras de um cábula espirituoso e do seu (im)paciente mestre.

«Sob a forma de diálogos radiofónicos, esta carismática dupla estreou-se aos microfones do antigo Rádio Clube Português, em 9 de Julho de 1933, com uma frequência dominical que depressa passaria para dois dias por semana, como resposta a um êxito quase instantâneo e crescente. Um jovem e talentoso actor que faleceria pouco depois, Henrique Samorano, desempenhava então o papel de Tonecas, enquanto o professor era protagonizado pelo próprio Cosme. O texto das diversas lições, arrumadas tematicamente, seria publicado em volumes da Colecção Pequenina, editada pela Empresa Literária Universal, obras que tiveram sucessivas tiragens. «As capas originais procuraram “retratar” o próprio autor, no papel do mestre. Mais tarde, outras editoras patrocinariam novos relançamentos da obra. Tonecas seria intérprete de outros diálogos humorísticos noutros cenários ou situações, fora da sala de aulas, como o barbeiro ou o dentista. O Mundo de Aventuras publicaria uma sua adaptação sob a forma de banda desenhada, com bonecos de fraca qualidade da autoria de José Antunes, e mais recentemente, em 1996, a televisão (RTP) popularizaria ainda mais esta já “clássica” relação escolar entre um professor e um menino tão cábula como simpático e comunicativo. Quase todos os espectadores se lembrarão ainda dos protagonistas, Luís Aleluia e Morais e Castro, este também já falecido.

José de Oliveira Cosme manteve sempre uma modesta discrição, ainda que a sua polivalência tivesse provocado uma positiva e popular intervenção cultural cujos efeitos permaneceram ao longo das diversas gerações. Um seu filho, Raul, ainda ensaiou prosseguir a carreira literária do pai, sem no entanto atingir o mesmo invulgar e quase enciclopédico sucesso. José de Oliveira Cosme morreu em Lisboa, onde residia, a 11 de Maio de 1973.»

O menino Tonecas, mestre de Cidadania e Desenvolvimento Socialistas /premium

O problema não está na disciplina mas sim naquilo em que ela se transformou num país em que um partido, o PS, se comporta como dono do Estado e faz dos serviços públicos uma extensão do seu poder

HELENA MATOS, Colunista do Observador   OBSERVADOR, 20 set 2020, 09

Lição n.º 1. O primeiro-ministro integra a comissão de honra de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Não há incompatibilidade. É o chamado direito à sua “contradição íntima” explica a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem.

Luís Filipe Vieira retira o primeiro-ministro da sua comissão de honra. A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, não explicou mais nada mas deve tratar-se do exercício do direito à coerência pública por parte de Luís Filipe Vieira, como diria, não duvido, o menino Tonecas.

O menino Tonecas, aquele que nunca cumpria com o seu dever mas arranjava uma resposta ardilosa para todas as situações e validava uma coisa e o seu contrário, tornou-se na figura tutelar do momento.

 A ministra da Justiça, com a sua desastrada referência a Mitterrand para dar conta das contradições de António Costa, é apenas mais um protagonista a confirmar o que se me foi tornando uma evidência perante as palavras e os actos dos nosso governantes, Presidente da República e dra. Graça Freitas incluídos: todos eles, tal como o menino Tonecas, estão imbuídos de uma lógica imbatível que não serve rigorosamente para mais nada, a não ser, claro, para justificar o respectivo protagonismo.

Lição n.º 2. Para atalharmos caminho convém que fixemos um ponto à laia de sumário: a escola é, em Portugal, neste momento, um local de transmissão de algum conhecimento e de muita ideologia. Em caso de dúvida, a ideologia prevalece. Como não podia deixar de ser, a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento tornou-se um espaço por excelência de doutrinação.

Mas o invólucro ideológico está longe de se restringir a esta disciplina. Do Português à História, e com particular destaque para os estudos ditos do meio, as crianças e adolescentes são doutrinados num ranço maçónico-progressista que os leva a papaguear sem pensar frases como esta retirada de uma manual de Geografia de 12.º ano, no caso intitulado Visão do Mundo mas que não está de modo algum solitário nesta sua perspectiva política: “A questão principal do processo de globalização é que ela corresponde a uma forma de capitalismo ultra-liberal. Os Estados dos países pobres não garantem níveis salariais justos, fazendo com que o nível económico não se traduza em melhorias apreciáveis nas condições de vida”.

A situação também não é nova, os exemplos do fervor ideológico não faltaram ao longo do século XX na escola portuguesa: as questões da identidade de género sucedem-se aos anúncios do apocalipse por causa da industrialização (capitalista, naturalmente), que por sua vez sucedeu ao homem que havia de ser novo na sociedade igualitária, que por sua vez fora antecedido pelo combate à sociedade de consumo…

A diferença está portanto não no uso da escola para transmitir ideologia mas sim em agora a doutrinação se ter transformado numa das suas principais prioridades, ultrapassando a própria transmissão de conhecimento. Como logo se viu em 2016, quando o PS, BE e PCP reduziram em 57 por cento o financiamento dos contratos de associação que mantinham com vários colégios privados a qualidade do ensino não era a questão prioritária do governo das esquerdas. Agora, em 2020, face ao caso da família que não autoriza os seus filhos a frequentar a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, a vertente ideológica do Ministério da Educação tornou-se mais óbvia. Afinal, o problema não está na disciplina mas sim naquilo em que ela se transformou num país em que um partido, o PS, se comporta como dono do Estado e faz dos serviços públicos uma extensão do seu poder. Parafraseando Elisa Ferreira e o seu inesquecível “Esqueceram-se de vos dizer que o dinheiro é do Estado, é do PS”  esqueceram-se de vos dizer que a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento é do PS.

Lição n.º 3. A idiotia a que nos está a conduzir a desvalorização do conhecimento está bem estampada naqueles cartazes da EDP em que uns jovens apresentados como “Geração Zero” apelam sorridentes a um mundo com “Zero CO2”. Ou seja a um mundo em que estariam mortos eles e as árvores que alegadamente querem defender. Não interessa não saber para que serve o CO2 e como ele é indispensável à vida, o que conta é que dizer “Zero CO2” é um bom slogan.

ESCOLAS    EDUCAÇÃO

COMENTÁRIOS

Gavião dos Mares: Pois pode a HM protestar à vontade mas o programa vai- se cumprir. Isto funciona melhor que nos campos de lavagem ao cérebro dos maoistas. E enquanto vier dinheiro para manter a festa o povo não se importa, nem quer saber disso. O PS está às ordens do PCP.

Nuno Borges: O PS está às ordens do PCP.    Liberal Assinante do Local > Nuno Borges: Ah, aqueles preciosos deputados! E o que dizer daqueles dóceis sindicatos que o PCP traz no bolso como se fossem cães bem amestrados pela trela? A Helena foi a Évora chorar com o grande líder, ou está entretida no III volume da biografia do democrata salazar? Faça o que fizer, mas nunca deixe de ter tempo para estas magníficas (dores) crónicas.     Von Galen: Muito bom. A referência ao anúncio da EDP, do tal planeta zero, é 5 estrelas.

Carminda Damiao: Este cartaz a apelar para Zero CO2, é uma autêntica anedota. Infelizmente são estas coisas deturpadas (como a ideologia de género), que querem meter pelas "goelas" abaixo às crianças e aos jovens, até eles apenas repetirem o que os esquerdistas querem. A Helena Matos, já estava a fazer falta.

Carlos Monteiro: HM Continua alertando os cidadãos para as anomalias que existem na República. O domínio do poder está ainda enraizado no nosso povo. O PS sabendo disso aproveita. A prova maior é, que mesmo vendo todos os dias as trapalhadas que os governantas têm feito, dizendo uma coisa de manhã e outra à tarde, as sondagens continuam a permitir-lhes continuar. Carolina Nunes: A gerigonça percebeu que a sua perpetuação no poder depende da doutrinação marxista nas escolas, daí a imposição desta disciplina com conteúdo abertamente ideológico: marxismo cultural, anti-religião, ideologia de género... A continuar assim vamos acabar como a Venezuela: o povo na miséria e a elite corrupta no luxo, mas com propaganda nas TVs/doutrinação nas escolas grande parte do povo vai achar que a culpa é dos repugnantes holandeses (lá é os EUA)... 

José Monteiro: «Quando se raspa um socialista acaba sempre por se encontrar um tiranete. No meio do espectáculo pouco edificante das prisões de Sócrates, ninguém perdeu tempo a discutir, ou a investigar, o papel do cavalheiro na imprensa e na televisão. Mas nem Mário Soares, no fim, escapou à regra de interferir na política editorial do “Diário de Notícias” de Mário Mesquita» Vasco Pulido Valente 2015

pedro dragone: Outra vez a Cidadania??!! O tema já está um bocado requentado, fora da actualidade mediática. Eu fico espantado com a quantidade de gente, tanto à esquerda como à direita, obcecada com o que é ensinado às crianças na escola. Isto parece uma doença, uma epidemia, uma paranóia. Ou então falta de assunto relevante.Quando chegam à juventude e à idade adulta, a esmagadora maioria das crianças (as saudáveis) c*g*m literalmente em quase tudo o que aprendem tanto na escola como nos seio familiar. Ficam alguns princípios vitais que captam pelo bom ou pelo mau exemplo dos pais e de alguns professores. Tudo o resto vai pelo cano abaixo. Por isso deixem-nos lá ser doutrinados com as ideologias de género, ou com a moral católica, ou com outra treta qualquer, que eles vão mandar para o lixo em primeiro lugar tudo aquilo que lhes tentaram impingir. Excepto o que lhe possa ser útil, no dia-a-dia, para sobreviverem.

Liberal Assinante do Local > pedro dragone: O facto de haver, como há, até aqui mesmo, linhas de defesa contra lavagens ao cérebro, não significa que devamos apoiar ou sequer consentir tentativas de lavagem ao cérebro.     Carolina Nunes > pedro dragone: Mas se o doutrinamento nas escolas não é eficaz por que motivo tantas ditaduras insistiram/insistem em promovê-lo? Por algum motivo a gerigonça defende esta disciplina marxista como se a sua perpetuação no poder dela estivesse dependente...

pedro dragone > Carolina Nunes: "Mas se o doutrinamento nas escolas não é eficaz por que motivo tantas ditaduras insistiram/insistem em promove-lo?" Por não se aperceberem que esse doutrinamento era o cavar da própria sepultura. Onde mais tarde seriam enterradas..

Liberal Assinante do Local > pedro dragone: Sabe bem que as lavagens ao cérebro de que falamos, "cidadania", e que vão muito além dessa "disciplina" como a Helena Matos se encarrega de demonstrar, são insidiosas, não dizem ao que vêm, não são feitas à frente do retrato do guru Francisco Anacleto grande farol da Nação e do retrato do barbas alemão, farol do mundo. Partilho a sua fé na capacidade da juventude se defender, mas essa capacidade é limitada pela ignorância e inexperiência normais nessas idades, e pela confiança que pelo menos muitos deles têm nos adultos. Além disso, não interessa que numa reacção inversa os jovens saltem da adesão a uma moral marxista para a adesão a outros produtos rançosos disponíveis, em vez de desenvolverem a sua própria capacidade de pensamento e crítica. O melhor seria mesmo acabar com as escolas do Estado, quase todos estes problemas desapareceriam, mas havendo escola do Estado, a propaganda, se não pode ser extirpada, pode ao menos ser denunciada. Nesse sentido, Helena Matos presta um serviço ao país com o seu artigo de hoje.

P.S. Para provar que aquilo que se passa nas escolas não é tão inócuo ou contraproducente como pretende, pense por um minuto como foi impingida às novas gerações, sem que elas se tenham apercebido da marosca, a moral do "ambientalismo" do fim do mundo. A escola do Estado é, como sempre foi, um campo de batalha.

José Luis Vieira Gomes:  Bem vinda Helena Matos. Lúcida como sempre. Bem hajam as suas excelentes crónicas.   Carlitos Sousa: Já valeu a pena vir ler o Observador e encontrar mais um excelente artigo de Helena Matos. Bem Vinda ! Que a inspiração não lhe falte e a mão não lhe doa...    julio Almeida: Os sucessivos artigos desta autora mostram, com uma grande simplicidade e clareza, os grandes danos que a actual ideologia dominante está a causar ao país.   JB Dias: Que enorme satisfação poder ler Helena Matos de novo!

José Afonso: É bom estar de volta com as suas crónicas. Obrigado!    Amandio Teixeira-Pinto: Bem vinda, Dra. Helena Matos, já se sentia a sua falta. Obrigado pelo artigo, certeiro como sempre.

Joaquim Moreira: Esta abordagem da Helena Matos é tão verdadeira e realista que devia merecer, de quem está em sintonia, uma análise séria do que se está a passar com esta democracia. Pela minha parte, que já não tenho idade para mudar o Mundo, tenho uma proposta de solução, que é um sentimento profundo. É preciso retirar do poder o PS, por toda esta realidade e não só pelo que parece. Na verdade, para "governar", além de tudo o que só por si faria, está a ceder aos arautos da extrema esquerda e à sua ideologia. E para o fazer, só apoiando um partido de poder, mas com uma liderança muito diferente da do Tonecas, que uma “contradição íntima” dizem ter. Depois de tudo isto que está a acontecer, não o perceber, é querer continuar a apoiar os que estão actualmente no poder. E, apesar de considerar necessário, não é o CHEGA que o vai conseguir fazer!

Romeu Francisco: Muito bem Helena. Tenho um filho a frequentar agora essa disciplina, pela primeira vez. Estou a preparar-me para muitas horas de argumentação, para desmanchar eventuais desvios educativos incitados pela ideologia dos professores, manuais e ministério. Vai dar trabalho, mas enfim, é a tarefa de um educador. Era escusado, certamente, mas teria de acontecer um dia. Num mundo normal, seria idealmente mais próximo dos 18 anos, e não dos 9. Comecei a preparar o terreno, e a trabalhar o pensamento lógico do meu educando, fazendo-o ver para lá das aparências, mas não existem garantias de sucesso. Provavelmente, será a tarefa de uma vida, mas o debate democrático é fundamental. Quanto ao spot publicitário da EDP, é simplesmente ridículo. Apelo a todos os pais que não se escusem a ridicularizar o spot à frente dos seus educandos, rebatendo-o com factos científicos (e lógica). Aproveitei a ocasião para ensinar ao meu filho que as plantas "comem CO2", isto é, transformam o CO2 em açúcares, que depois consomem para obter energia. Sem CO2, as plantas morrem de fome. E nós, também, dado que os herbívoros dependem delas e os carnívoros dependem da existência de herbívoros. É importante também chamar à atenção dos miúdos que não é o CO2 que é convertido em oxigénio, nas plantas. É a água. Nos animais ocorre o inverso. Sem CO2, os ecossistemas que conhecemos colapsam. Todos.   Antes pelo contrário > Romeu Francisco: Parabéns pelo seu comentário, lógico e equilibrado. Sugiro, na mesma linha, que ensine o seu filho a ler um gráfico, e que utilize para tal o das glaciações do Quaternário, com as temperaturas reconstituídas e as medições dos níveis de CO2 e de partículas efectuadas nas amostras de gelo que têm sido recolhidas pelos cientistas na estação de Vostok, na Antárctida (período do presente até -420.000 anos). Não só demonstram que as glaciações seguidas de aquecimentos já se verificavam, a intervalos regulares, muitas centenas de milhar de anos antes de aparecer o homem, como que estamos muito provavelmente é à beira de um arrefecimento. E também, se cruzarmos esses dados com os da arqueologia e da antropologia, podemos concluir que o homem é filho do aquecimento global que se seguiu à última grande glaciação. Nós não somos a causa: somos o efeito...    Romeu Francisco > Antes pelo contrário: Vou só acrescentar um pequeno facto curioso ao seu comentário (concordo com ele, são factos): todas as grandes extinções (à escala global) estão associadas a quedas abruptas de temperatura, e nunca devidas ao aquecimento. A Terra já foi mais quente, e ao contrário do que apregoam hoje, estava cheia de vida e a biodiversidade era considerável. Como disse e bem, foi sempre durante os aquecimentos que se seguiram aos períodos glaciares que a vida deu um pulo quantitativo e qualitativo.

Gens Ramos: O seu trabalho, Helena Matos, demonstra atitude e conhecimento; razão e apelo. Não é beato. Caminhamos para o obscurantismo, alegres e paranóicos.    Rui Lima: Muito lúcida, como sempre

O Pereira: Benvinda de volta Helena. Creio que todos sentimos falta dos seus textos durante uns tempos. É sem duvida um dos maiores motivos pelos quais sou assinante do observador. Um bem haja e excelente texto como sempre.   Carlos Quartel: Que isto está de rastos, que a pouca vergonha é rainha, já todos sabíamos. Mesmo os que estão agarrados à teta que a defendem de qualquer maneira. Agora vamos aos culpados: -A burrice popular, sustentada a bola, mexericos e novelas, cujo fornecimento nunca falha. -A demissão e indiferença das nossas elites. Temos universidades, temos gente com conhecimento, científico e filosófico, boas cabeças. Mas vivem nas suas torres de marfim, não se sentem na obrigação de intervir e dizer que o rei vai nu. Talvez lhes tenha faltado uma boa cadeira de cidadania e deveres cívicos, na sua juventude !!!

Portugal, 877 anos de existência: Bem vinda Helena. Tem razão, os manuais escolares estão inquinados, em História, afinal os últimos reis eram mesmo um poço de defeitos, já nem se diz que eram críticas dos adversários políticos republicanos, os historiadores já não querem saber de isenção e de fontes para nada, nas ciências naturais, na física, na química, na geografia, as alterações climáticas, o ataque às energias fósseis, a elegia das renováveis, o catecismo da igualdade, da abertura às migrações retiram importância ao verdadeiro conhecimento científico, a matemática é difícil de colonizar mas a codificação (programação com aplicações) há de ser dada como equivalente, está em curso o maior desastre educativo de séculos, comparável nos efeitos à invasão dos bárbaros no séc. V. Temos de ganhar as eleições, temos de expulsar esta gente desqualificada das instituições, antes que eles desgracem o país de forma a que seja impossível a recuperação.

Romeu FranciscoPortugal, 877 anos de existência: Uma limpeza só é possível com pelo menos 3 mandatos seguidos. Se não fora assim, hibernam e resistem até voltarem a poder ter "liberdade" para impor a sua visão do mundo. Bem-vinda HM. Relativamente ao(s) menino(s) Tonecas devo assumir que tenho admiração por aqueles que assumem as responsabilidades quando falham e um certo desprezo por aqueles que se desculpam; tipo “a culpa foi do árbitro”. O menino Tonecas apenas usou o humor para ironizar com esta forma desavergonhada que tomou conta da sociedade (política) portuguesa. E os políticos apenas usam e abusam dessa estratégia porque a falta de cultura do povo o permite. Esta desculpa da ministra da justiça é inaceitável, digo eu. Mas pronto, parece que o Costa prometeu aumentos do salário mínimo, para os outros pagarem, e lá se vai indo.

Força, Helena Matos. Precisamos da sua pena sintetizadora esclarecida de muitos pensamentos que passam pelas mentes de milhões de Portugueses como eu. E que não se sentem representados senão semanalmente em crónicas certeiras como as suas, essas sim, verdadeiras vacinas antivirais, contra o vírus do socialismo, da unicidade de pensamento, da religião esquerdista, do estadismo como doutrina de que tudo e todos ao estado pertencem. Precisamos da sua escrita, Helena, como da do Alberto Gonçalves, Rui Ramos e alguns (poucos) mais para mantermos a sanidade. E a civilidade, também.

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