sábado, 5 de setembro de 2020

Gente que sabe e pensa

Mas não basta isso para uma mudança. A semeadura putrefacta resultou e cresce viçosamente. Não importa descobrir a careca, como o faz esplendorosamente Alberto Gonçalves e até muitos comentadores, irados como ele. Era necessária uma real acção de luta contra. Mas deixemos o menino, assim torcido.

Já o dissera António Nobre: “O João dorme. Ó Maria, diz àquela cotovia que fale mais devagar, não vá o João acordar!...” Afinal, a dormir andamos nós, há muito tempo. Criou-se este status que convém a muitos, de paralisia, enquanto a putrefacção avança, de vez em quando arrebitando, em aparência de sanidade, mas só para inglês ver…

«Na Vida que a Dor povoa,
Há só uma coisa boa,
Que é dormir, dormir, dormir… 
Tudo vai sem se sentir.»- «SÓ» 

A Nova Mocidade Portuguesa: de pequenino se torce o menino /premium

Se “neutra” e “consensual”, a “Cidadania” não seria louvada pelos que a louvam. Dos que vi, não vi um só sujeito habilitado a ensinar fosse o que fosse a um hipotético miúdo.

ALBERTO GONÇALVES Colunista do Observador

OBSERVADOR, 05 set 2020

Há muitos motivos para simpatizarmos com a luta de um cidadão para que os seus filhos não frequentem a “disciplina” de Educação Para a Cidadania, ou Cidadania e Desenvolvimento (as fontes variam e, dada a cretinice do tema, não serei eu a torturá-las para apurar a verdade: fica Cidadania”).

O primeiro motivo, um tanto aborrecido, é constitucional: “Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos” e “O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas, ideológicas ou religiosas”, diz o Texto, Sagrado para umas coisas e absolutamente desprezível no que toca a outras. Parece uma questão de bom senso. Para os estatistas, é um ultraje. Um secretário de Estado, o sr. Galamba, acha que os pais decidirem o que é melhor para os filhos é delírio de “libertários”, e que compete ao Estado, leia-se a vultos do gabarito do sr. Galamba, a tarefa de corrigir a péssima influência de certos progenitores. No mundo real, suspeito que até progenitores alcoólicos, xenófobos e praticantes da bisca são preferíveis à catequese de frei Galamba.

Aqui chegamos ao segundo motivo. Não há regime sem tentação de educar as massas. Nos regimes democráticos, o esforço é subtil e, na pior das hipóteses, um bocadinho traumático. Nos regimes de tendência autoritária, como o vigente neste lugar sem sorte, o esforço é brutal. E perigoso. Da Juventude Hitleriana ao Komsomol soviético, nenhum governo totalitário dispensou a criação do “jovem ideal”, ou seja, de encher as cabecinhas das crianças com restolho doutrinário. O objectivo era a produção de cidadãos exemplares, naturalmente incapazes de questionar os crimes dos seus superiores e capazes de lhes obedecer com alegria. As ditaduras moderadas (ver “salazarismo”) tinham versões moderadas disto (ver “Mocidade Portuguesa”). Sucede que nações decentes não ambicionam modelar súbditos, e sim constatar a coexistência livre de pessoas livres. E por “livres” entenda-se a faculdade de, caso queiram, detestar zulus ou admirar o dr. Costa – a liberdade não se mede pela sensatez.

Eis o terceiro motivo. Dado que, num membro da UE e em 2020, seria talvez excessivo enfiar farda nas crianças e pô-las aos “vivas!” ao governo, em marcha acesa e punho erguido, o “ensino”, ou o conjunto de atrocidades que passa por “ensino”, serve para compensar esse desagradável revés. Já há trinta e tal anos, tive professoras de liceu que tocavam discos de “Zeca” Afonso nas aulas (o “tiriririri” de “Venham Mais Cinco” é fundamental à fruição da língua). Imagino as palhaçadas que hoje acontecem por aí. Pelos vistos, não aconteciam as suficientes e houve que inventar a cadeira de “Cidadania”, para as palhaçadas se explanarem com à-vontade. Convém notar que o cenário para as ditas não é a escola, mas o Chapitô.

E cá está o quarto motivo. Como a função da escola, a verdadeira, é fornecer conhecimentos técnicos e rudimentos para pensar, ao contrário de evangelhos para repetir, as “matérias” devem ser o mais impermeáveis possível à subjectividade, a do professor e a das criaturas que concebem os programas. Claro que isto é relativamente simples de conseguir nas ciências de facto, Matemática, Física, etc., onde os discos do “Zeca” ou do padre Fanhais soariam esquisitos. E menos simples de assegurar nas aulas de Português, História ou Economia, onde os docentes podem, ocasionalmente, emitir palpites que ninguém lhes pediu. Na disciplina de “Cidadania”, porém, a subjectividade é o programa completo e a “matéria” inteira. Os alunos não saem dali prontos a debater: sobretudo se não beneficiarem de contraponto caseiro, saem prontos a reproduzir uma cartilha, para cúmulo uma cartilha pensada por “activistas” de esquerda ou ociosos sortidos. É a religião deles, e a moral idem.

Vamos ao quinto motivo. Os “conteúdos” da “Cidadania” oscilam entre o mofo das regras de trânsito (e da economia doméstica) e o “progressismo” beato da “identidade de género” (e das “alterações climáticas”). Um pirralho de 12 anos precisa que a escola o ensine a atravessar a rua ou a ponderar uma mudança de sexo aos 16? Não precisa. Precisa de saber ler, escrever e contar e, com sorte, raciocinar, tarefas que os espécimes entusiasmados com a tralha das “causas” não dominam – donde o entusiasmo por “assuntos” simples. Um senhor João Costa, sec. da Educação, escreveu a propósito um artiguito no “Público” onde evidencia as carências citadas: se devidamente educado, nem o pirralho de 12 anos assinaria tamanha miséria lexical e argumentativa. Segundo o indivíduo, quem discorda da “Cidadania” não é bom cidadão, no sentido em que quem não janta no Petiscos da Avó morre de fome. Uma das Manas Mortágua defende a “Cidadania” a pretexto da defesa dos “direitos humanos”, também incluídos naquilo. Lembro que, no que respeita aos “direitos humanos”, as Manas Mortágua partilham o conceito de Lenine.

Olhem o sexto motivo, para mim decisivo e bastante. Se “neutra” e “consensual”, a “Cidadania” não seria louvada pelos que a louvam. Autoritários e intolerantes, os partidários da “Cidadania” são os cidadãos de que o país se poderia livrar sem qualquer prejuízo. Dos que vi, não vi um só sujeito habilitado a ensinar fosse o que fosse a um hipotético miúdo (excepto a título preventivo, para que o petiz aprendesse, com o susto, os resultados da ignorância e do fanatismo). De matarruanos socialistas aos transtornados do BE, passando pelo espectacular Nogueira sindical, juntou-se aqui o exacto tipo de gente de que uma família consciente mantém a prole à distância. Puros resíduos, desgraçadamente não recicláveis. O bolor dos Grandes Educadores tem um cheirinho a sacristia que nem vos digo. Eles dizem.

Resta um pormenor: o homem que impediu os filhos de engolir a gosma do “pensamento” único e que, sozinho, enfrenta as garras prepotentes deste Estado chama-se Artur Mesquita Guimarães. Vive em Famalicão e é um raríssimo herói. E, ele sim, um cidadão a sério.

ESCOLAS   EDUCAÇÃO

COMENTÁRIOS:

Adelino Lopes: Hoje vou usar uma citação: “Boa parte de uma boa educação é treinar-te para pensares”. … Foi assim que, “sem saber, estava a aprender competências de como trabalhar numa equipa, com outras pessoas, tornar ideias em realidade e a falhar muito”. Paddy Cosgrave, fundador da Web Summit In Estudantes e com licença para esmiuçar o cérebro de Paddy Cosgrave, “Dinheiro Vivo TV, 04.11.2018 / 07:45”. Nesta frase, é evidente que falta adicionar as componentes da liberdade e do respeito pelos outros (democracia), incluídas noutras partes da entrevista. Mas, é tudo isto que a tal disciplina quer contornar. Tal como em todos (não conheço excepção) os países socialistas, o que interessa é o pensamento único baseado em palavras-chave (slogans), adjectivos e afins, que as pessoas têm de repetir até à exaustão. Querem um exemplo? A propósito da eleição do Bolsonaro questionei um brasileiro porque defendia que o Bolsonaro era racista? Afinal em que é que ele baseava tal ideia? Não só não sabia definir “racismo” (nada, nem uma forma errada sequer), como foi capaz de defender até à exaustão que toda a gente deveria saber que o Bolsonaro era racista. Aquilo que eu defino como um cordeiro obediente. Tratava-se de um estudante universitário com 5 anos de universidade. Com boas notas. Mas era incapaz de pensar. Conhecem exemplos aqui nos comentários?   Luis Eduardo Jardim: Perfeito!       ZLV: Muito boa crónica! Obrigado ao Artur Mesquita Guimarães pela coragem que demonstra. Eu não sei se a teria se estivesse em Portugal. Sei que tenho de ver os desenhos animados no Netflix com os meus filhos dada a desproporcionalidade de personagens lgbtuvxz que aparecem de fininho para as contextualizar como fora da norma. Não lhes basta enfiar a doutrina do género em todo o lado que ainda têm de a tornar obrigatória no programa...     Paulo Silva > ZLV: Tem razão. A disciplina ECD é só mais uma ferramenta complementar para a implementação de coisas como a Ideologia de Género. Uma ponta do iceberg; de um iceberg por baixo de nós que já apresenta muitas outras pontas no horizonte à nossa volta… A começar na legislação concreta que já existe há mais tempo, como o casamento e adopção gay por ex… ou os projectos legislativos de controlo da linguagem. No mundo da informação temos de facto os conteúdos da Netflix que a população mais urbana já não dispensa. Mas na nossa produção televisiva também há certos concursos por ex. Todas estas coisas em conjunto, e as mais que virão, vão começar a apertar o cerco e a dominar o nosso espaço… Se não se agir vamos ser cercados e esmagados, porque a preparação do terreno já foi feita há muito tempo, e nunca nos apercebemos.      ZLV > Paulo Silva: Talvez eu esteja  a ser optimista demais, mas penso que pais responsáveis e ponderados reparam nestas situações e conseguem explicar que há diferenças mas também há a estrutura familiar normal, e que as crianças entendem e valorizam mais o que lhes é transmitido em casa do que num manual qualquer. Mas obviamente isto exige um esforço adicional dos pais que há tempos era despendido em assuntos como o respeito pelos professores e colegas, a criação de rotinas de estudo em casa entre outros. Não dá para relaxar!    Ping PongYang: Ooops... quando se fala destas coisas dos antigamentes, o FeelBad costuma ter arrebatamentos de entusiasmo e começa logo a tirar os soldadinhos de chumbo TODOS da caixa... Catarina A: Vivemos o tempo mais sombrio – de ratos, tiranetes, opressores e ignorância de estatuto religioso – que a minha memória pessoal alcança. Com licença do Alberto do Gonçalves, gostaria de poder interpretar o seu magnífico texto como homenagem colectiva da sociedade portuguesa civilizada, que entendo ser devida à família Guimarães. Espero bem que a justiça portuguesa não venha a pregar o último prego no caixão da sua credibilidade, denegando-lhes a justiça óbvia que se impõe.

Paulo Silva: diz o Texto, Sagrado para umas coisas e absolutamente desprezível no que toca a outras." Excelente. Os arautos da emancipação da criança parecem ter descoberto agora que em idade infantil não temos capacidade para tomar (muitas, a maioria das) decisões sozinhos. Cabe então a responsabilidade a quem? Qual não é o espanto que os que eram contra a ‘propriedade’ parental da educação das crianças, porque sim, vêm agora defender a propriedade estatal ou colectiva… Qualquer dia estamos em casa do socialista utópico Charles Fourrier. O nefelibata que defendeu a retirada das crianças aos pais a partir de tenra idade, e a divisão da sociedade em falanges de indivíduos organizadas em falanstérios… (interessante nomenclatura). Educar para a cidadania é preparar as crianças para os valores consensuais da Democracia e do funcionamento do Estado de Direito, dar-lhes ferramentas, e em especial ensinar a usá-las. As únicas ‘ideologias’ aceitáveis. O que não é consensual é Ideologia e fica de fora da Escola pública. Os advogados da ECD, (mais uma medida fracturante filha da geringonça), querem apenas usar este expediente como um facilitador que contribua para a entrada de um certo conjunto de ideias feitas nas consciências, para a criação de novos costumes e uma nova moral, ao serviço dos seus projectos de Poder. A “nova mocidade”, mas eu diria antes os ‘novos pioneiros’ e o ‘novo Komsomol’, cujos modelos originais ensinavam crianças e jovens a colocar o Partido e a Ideologia acima de tudo e de todos, até da família - o parente pobre da sociedade soviética. De menino a homo sovieticus… neste caso a homo sexualis...

Cipião de Numância: Portugal, após a dinastia de Avis é um autêntico falhanço. E já mesmo aí, no final desta, já andava aos trancos e barrancos e não foi aliás por acaso que os tercios do Duque de Alba entraram por aí mais facilmente do que faca em manteiga no verão. Mas (há sempre um mas) nunca faltou por cá gente inteligente e com coragem, que sempre soube denunciar o que as pasmaceiras dos Galambões e Mortadáguas, transversais às épocas, sempre nos quiseram impor. Um Padre António Vieira, um Eça, um Garret, um Fernando Pessoa como assaz tantos outros, foram nascendo mesmo que distanciados e espaçados no tempo, lembrando-nos que mesmo nesta fina flor de entulho a que chamamos país, ainda se consegue aproveitar algo de bom. Vem isto a propósito do artigo com que o nosso estimado AG hoje nos brindou. O homem, convenhamos, não brinca em serviço. A maestria com que trata o português, compele a que leiamos a sua prosa quase sustendo a respiração, tal o êxtase e entusiasmo que provoca. E, certamente, as criaturas visadas, se lerem estas espécies de libelos acusatórios, quase me provocam pena pela assunção de vergonhas alheias. Perdoem-me o vernáculo, mas se por exemplo o Galambão secretário de não sei de quê, ler hoje este magistral artigo ficará com os tomates mais mirrados (se os tiver) do que jerico obrigado a estar ao sol por duas semanas seguidas. O que AG explanou torna-se altamente preocupante. Este desgraçado país não está só entregue a perfeitos anormais, se não também a indivíduos que além de ultra perigosos para os demais, haverá que os enquadrar numa camisa de forças a fim de evitar que causem sérios danos a eles próprios. Todos nós sabemos a pulsão dos esquerdosos para o reviralho. A que acresce igual pulsão para tudo e mais alguma coisa controlarem. Saídos de universidades de vão de escada, onde frequentaram cursos da treta a que eles, pomposamente, apodam de Ciências Sociais (ahahaha ... desculpem mas não consegui escrever isto sem me rir). Autênticos falhados e destinados, no máximo, a serem caixas de supermercado (não quero ofender estes profissionais), julgam-se com direito e no direito de exigirem à sociedade lugares que do alto da sua despudorada estultícia julgam merecer. E é justamente aqui onde entronca a raiz do problema. Ociosos, calaceiros e parasitas, juntam-se aos bandos do tipo de pardais espantados e só lhes dá para fazerem disparates. E ninguém lhes vai lembrando que a ociosidade é a mãe de todos os vícios de que já os cônsules romanos e depois os imperadores, tinham disso absoluta noção e, justamente por isso, obrigavam as legiões a trabalhar e a fazer estradas e pontes, donde resultaram as maravilhas arquitectónicas de que todos temos conhecimento e das quais ainda hoje desfrutamos. E não há nada nem ninguém que controle ou pelo menos confine estes nefastos parasitas. Agora querem-nos educar os filhos, pensando na extrema ousadia de desviá-los igualmente para o seu sistema de parasitagem, onde só existem direitos e nunca por nunca deveres. Por arrasto, a ideologia do género vai fazendo o seu trabalho de sapa e, a deixá-los em rédea livre, daqui a umas dezenas de anos, já ninguém saberá quem é quem, ficando toda a juventude ao molho e fé em São Marx.  Infelizmente, o contribuinte tudo suporta. E toda esta gentuça tonta e alarve vive à sombra dos nossos impostos que já pairam e raiam os limites da obscenidade. Alguém tem que lhes dizer não. E eu, sou mais um, que se junta a AG para tão importante efeito!...    Anarquista Inconformado > Cipião de Numância: Olha o pagador de impostos. Oh boinas, deves de ser o único neste país e da tua laia que paga impostos. És impagável.

Ping PongYang > Cipião de Numância: Ainda não me tinha apercebido da gravidade da coisa, caro Cipião. Pelo que entendi o propósito do Dr. Galambini e da Dra. Motadágua é transformar as pobres criancinhas em Palermas, Parasitas e Calaceiros: em PPC's, portanto... Há que tomar extremo cuidado para que tal monstruosidade não possa ocorrer de novo !     José Paulo C Castro: Era inevitável que a aliança de activistas que apoiam este governo e os partidos dessa maioria tentassem passar as suas causas para o ensino. Já se via esse objectivo ao longe. Devidamente misturadas com outras coisas inócuas e consensuais, numa disciplina em que o rigor científico está afastado e os docentes são de grupos pedagógicos diversos e indiferenciados, as causas passam a ser debitadas como num qualquer workshop do BE. Depois vem a afronta: há quem objecte. Mas agora os temas das causas são defendidos oficialmente numa disciplina cujo nome é evidentemente consensual. Quem não quer cidadania? Já se lhe chamassem Educação Sexual, provocava logo revirar de olhos... Mas assim, Cidadania, quem a pode rejeitar senão bárbaros?... A estratégia de defesa é esta. Esquecem-se que as pessoas pensam. E isso não se aprende nesta disciplina de Cidadania. Por isso, quando questionarem porque não querem a cidadania convém lembrar que não é a cidadania que se rejeita mas os ativismos deles. Se insistirem que os activismos deles são bons, é dizer-lhes que os rejeitamos a eles e não nos deram outra opção. 

Anarquista Inconformado: São crónicas como esta e os comentários que elas suscitam que mostram o atraso endémico a que o nosso país está condenado.    José Paulo C Castro > Anarquista Inconformado: Está a falar do seu, suponho.    Anarquista Inconformado > José Paulo C Castro: Supôs mal, porque eu sou português. Mas caso você seja galego, é compreensível ainda mais porque não conta para nada.     José Paulo C Castro > Anarquista Inconformado: Um dia explico-lhe que a diferença entre Portugal e a Galiza foi um mero torneio. Quando você souber porque é português e não galego, talvez lhe possa explicar o que é atraso endémico. E não tem a ver com a separação de resíduos nem a diversidade de género, mas com não saber porque não é galego...    André Ondine > Anarquista Inconformado: Infelizmente, o nosso país não está condenado a esse “atraso endémico” de que fala. Antes estivesse.  Está condenado ao vanguardismo parolo das nossas “elites”, que não é mais do que um vazio de referências politicamente correcto que nos está a minar como comunidade e sociedade.

Tiago Queirós: Quem dera que as máscaras cirúrgicas nos salvaguardassem diante do comunavírus!... É como sugere o caríssimo cronista: se a disciplina fosse coisa séria, seria, pelo menos quanto ao tema da «identidade de género», leccionada por biólogos ou médicos - e nunca por diplomados em Estudos de Género ou coisas afins...

Liberal Solidário com Cipião o-Censurado Nem percebo por que razão o monge Francisco Anacleto não está metido nisto, e saliento que o monge Francisco Anacleto é professor! Está mesmo retirado, coisa que se compreende bem ao lembrar-nos de que pessoas da qualidade da deputada Catarina e das gémeas Mortugas prosseguem implacavelmente a sua luta de sempre por socialismos radiosos e completos (dantes dizia-se totalitários, mas vamos ser caridosos para com o frade Francisco em retiro espiritual).

André Ondine: Um país que tem o irascível Galamba como Secretário-de-estado, o insuportável Pedro Nuno Santos como Ministro, a histriónica Isabel Moreira como deputada, todos eles a reportar ao inenarrável Habilidoso é, pelo menos, um país que precisa de aulas de boa-educação, para compensar os maus exemplos que nos desgovernam. Estes exemplos, claramente, não só não tiveram esta disciplina na escola, como também não era coisa que se praticasse nos seus lares socialistas. “António, gostaste do Bolo-Rei? Saiu-te a fava? Se conseguires roubar o brinde ao teu irmão e impingir-lhe a fava, é como se o brinde fosse mesmo teu...vá tenta, rouba lá o brinde...boa! conseguiste e ainda te vens a rir...vais longe António”. Lamentavelmente, João Galamba não é o único que decidiu que o Estado tem de evangelizar as nossas crianças de acordo com a ideologia do gangue, dada a incapacidade, ou falta de vontade, dos progenitores. Como em tudo o que ao gangue diz respeito, se for preciso vai à força. As gémeas Mortágua, o senhor que lidera a bancada bloquista e que parece ali meio deslocado, o sempre opinativo Marques Lopes, a comunidade Capaz em peso (que vê nesta mina uma possibilidade de empregar os seus membros, mestres na Cidadania e ex-apresentadores de TV), os comentadores da moda e a malta da esquerda trendy...todos viram nisto a luta das suas vidas. Agora é que vão dizer a um menino de 6 anos que ele não é um menino nem uma menina. É um ser-humano. Todos são, menos o Galamba, que é uma coisa indefinida. Género, aliás, também muito apreciado pelo gangue. Isto só pára quando a Sra. Moreira tiver um filho e a primeira palavra que ele diga seja LGBT. É coisa para tatuar a data no outro braço. Enfim, no mundo do gangue nunca houve “o novo normal”. O mundo do gangue sempre foi “anormal”. Infelizmente, a tragédia é que o mundo do gangue está a mandar no nosso. Volto a dizer, Portugal está a pagar, e continuará a pagar, um preço muito alto pelo facto de o Grande Habilidoso ter querido justificar a sua existência política. Está a atacar o país na sua identidade e nos seus valores. 

Miguel Oliveira: Meu caro Alberto, É um gosto lê-lo, semanalmente. Obrigado, pela sua lucidez e coragem. A sua coluna é uma das razões da minha assinatura.     Francisco Borges de Carvalho: Bom.

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