Mas não basta isso para uma mudança. A semeadura
putrefacta resultou e cresce viçosamente. Não importa descobrir a careca, como
o faz esplendorosamente Alberto
Gonçalves e até muitos comentadores, irados como ele. Era necessária uma real
acção de luta contra. Mas deixemos o menino, assim torcido.
Já o dissera António Nobre: “O João dorme. Ó Maria, diz àquela cotovia que fale mais devagar, não vá o João acordar!...” Afinal, a dormir andamos nós, há muito tempo. Criou-se este status que convém a muitos, de paralisia, enquanto a putrefacção avança, de vez em quando arrebitando, em aparência de sanidade, mas só para inglês ver…
«Na Vida que a Dor povoa,
Há só uma coisa boa,
Que é dormir, dormir, dormir… Tudo vai sem se sentir.»- «SÓ»
A Nova Mocidade Portuguesa: de pequenino se torce o menino /premium
Se “neutra” e “consensual”, a
“Cidadania” não seria louvada pelos que a louvam. Dos que vi, não vi um só
sujeito habilitado a ensinar fosse o que fosse a um hipotético miúdo.
ALBERTO
GONÇALVES Colunista do Observador
OBSERVADOR, 05 set
2020
Há muitos motivos para simpatizarmos
com a luta de um cidadão para que os seus filhos não frequentem a “disciplina”
de Educação Para a Cidadania, ou Cidadania e Desenvolvimento (as fontes
variam e, dada a cretinice do tema, não serei eu a torturá-las para apurar a
verdade: fica “Cidadania”).
O primeiro motivo, um tanto
aborrecido, é constitucional:
“Os pais têm o direito e o dever de educação e manutenção dos filhos” e
“O Estado não pode atribuir-se o direito de programar a educação e a cultura
segundo quaisquer directrizes filosóficas, estéticas, políticas,
ideológicas ou religiosas”, diz o
Texto, Sagrado para umas coisas e absolutamente desprezível no que
toca a outras. Parece
uma questão de bom senso. Para os
estatistas, é um ultraje. Um secretário de Estado, o sr. Galamba, acha que os
pais decidirem o que é melhor para os filhos é delírio de “libertários”, e que
compete ao Estado, leia-se a vultos do gabarito do sr. Galamba, a tarefa de
corrigir a péssima influência de certos progenitores. No mundo real, suspeito
que até progenitores alcoólicos, xenófobos e praticantes da bisca são
preferíveis à catequese de frei Galamba.
Aqui
chegamos ao segundo motivo. Não há
regime sem tentação de educar as massas. Nos
regimes democráticos, o esforço é subtil e, na pior das hipóteses, um bocadinho
traumático. Nos regimes de tendência autoritária, como o vigente neste lugar
sem sorte, o esforço é brutal. E perigoso. Da
Juventude Hitleriana ao Komsomol soviético, nenhum governo totalitário
dispensou a criação do “jovem ideal”, ou seja, de encher as cabecinhas das
crianças com restolho doutrinário. O objectivo era a produção de cidadãos
exemplares, naturalmente incapazes de questionar os crimes dos seus superiores
e capazes de lhes obedecer com alegria. As
ditaduras moderadas (ver “salazarismo”) tinham versões moderadas disto (ver
“Mocidade Portuguesa”). Sucede que nações decentes não ambicionam modelar súbditos,
e sim constatar a coexistência livre de pessoas livres. E por “livres”
entenda-se a faculdade de, caso queiram, detestar zulus ou admirar o dr. Costa
– a liberdade não se mede pela sensatez.
Eis o terceiro motivo. Dado
que, num membro da UE e em 2020, seria talvez excessivo enfiar farda nas
crianças e pô-las aos “vivas!” ao governo, em marcha acesa e punho erguido, o
“ensino”, ou o conjunto de atrocidades que passa por “ensino”, serve para
compensar esse desagradável revés. Já há trinta e tal anos, tive professoras de
liceu que tocavam discos de “Zeca” Afonso nas aulas (o
“tiriririri” de “Venham Mais Cinco” é fundamental à fruição da língua). Imagino as palhaçadas que hoje acontecem por aí.
Pelos vistos, não aconteciam as suficientes e houve que inventar a cadeira
de “Cidadania”, para as palhaçadas se explanarem com à-vontade. Convém notar
que o cenário para as ditas não é a escola, mas o Chapitô.
E cá está o quarto motivo. Como
a função da escola, a verdadeira, é fornecer conhecimentos
técnicos e rudimentos para pensar, ao contrário de evangelhos para repetir, as “matérias” devem ser o mais impermeáveis possível
à subjectividade, a do professor e a das criaturas que concebem os programas. Claro que isto é relativamente simples de
conseguir nas ciências de facto, Matemática, Física, etc., onde os discos do
“Zeca” ou do padre Fanhais soariam esquisitos. E menos simples de assegurar nas
aulas de Português, História ou Economia, onde os docentes podem,
ocasionalmente, emitir palpites que ninguém lhes pediu. Na
disciplina de “Cidadania”, porém, a subjectividade é o programa completo e a
“matéria” inteira. Os
alunos não saem dali prontos a debater: sobretudo se não beneficiarem de
contraponto caseiro, saem prontos a reproduzir uma cartilha, para cúmulo
uma cartilha pensada por “activistas” de esquerda ou ociosos sortidos. É a religião deles, e a moral idem.
Vamos ao quinto motivo. Os
“conteúdos” da “Cidadania” oscilam entre o mofo das regras de trânsito (e da
economia doméstica) e o “progressismo” beato da “identidade de género” (e das
“alterações climáticas”). Um
pirralho de 12 anos precisa que a escola o ensine a atravessar a rua ou a
ponderar uma mudança de sexo aos 16? Não precisa. Precisa de saber ler,
escrever e contar e, com sorte, raciocinar, tarefas que os espécimes
entusiasmados com a tralha das “causas” não dominam – donde o entusiasmo por
“assuntos” simples. Um senhor João Costa, sec. da Educação, escreveu a
propósito um artiguito no “Público” onde evidencia as carências citadas: se
devidamente educado, nem o pirralho de 12 anos assinaria tamanha miséria
lexical e argumentativa. Segundo o indivíduo, quem discorda da
“Cidadania” não é bom cidadão, no sentido em que quem não janta no Petiscos da
Avó morre de fome. Uma das Manas Mortágua defende a “Cidadania” a pretexto da
defesa dos “direitos humanos”, também incluídos naquilo. Lembro que, no que
respeita aos “direitos humanos”, as Manas Mortágua partilham o conceito de
Lenine.
Olhem o sexto motivo, para mim
decisivo e bastante. Se “neutra” e “consensual”, a “Cidadania”
não seria louvada pelos que a louvam. Autoritários e intolerantes, os
partidários da “Cidadania” são os cidadãos de que o país se poderia livrar sem
qualquer prejuízo. Dos que vi, não vi um só sujeito habilitado a ensinar fosse
o que fosse a um hipotético miúdo (excepto a título preventivo, para que o
petiz aprendesse, com o susto, os resultados da ignorância e do fanatismo). De
matarruanos socialistas aos transtornados do BE, passando pelo espectacular
Nogueira sindical, juntou-se aqui o exacto tipo de gente de que uma família
consciente mantém a prole à distância. Puros resíduos, desgraçadamente não
recicláveis. O bolor dos Grandes Educadores tem um cheirinho a sacristia que
nem vos digo. Eles dizem.
Resta
um pormenor: o homem que impediu os filhos de engolir a gosma do
“pensamento” único e
que, sozinho, enfrenta as garras prepotentes deste Estado chama-se Artur
Mesquita Guimarães. Vive em
Famalicão e é um raríssimo herói. E, ele sim, um cidadão a sério.
COMENTÁRIOS:
Adelino Lopes: Hoje vou usar
uma citação: “Boa parte de uma boa educação é treinar-te para pensares”. … Foi
assim que, “sem saber, estava a aprender competências de como trabalhar numa
equipa, com outras pessoas, tornar ideias em realidade e a falhar muito”. Paddy
Cosgrave, fundador da Web Summit In Estudantes e com licença para esmiuçar o
cérebro de Paddy Cosgrave, “Dinheiro Vivo TV, 04.11.2018 / 07:45”. Nesta
frase, é evidente que falta adicionar as componentes da liberdade e do respeito
pelos outros (democracia), incluídas noutras partes da entrevista. Mas,
é tudo isto que a tal disciplina quer contornar. Tal como em todos (não conheço
excepção) os países socialistas, o que interessa é o pensamento único baseado
em palavras-chave (slogans), adjectivos e afins, que as pessoas têm de repetir
até à exaustão. Querem um exemplo? A propósito da eleição do Bolsonaro
questionei um brasileiro porque defendia que o Bolsonaro era racista? Afinal em
que é que ele baseava tal ideia? Não só não sabia definir “racismo” (nada, nem
uma forma errada sequer), como foi capaz de defender até à exaustão que toda a
gente deveria saber que o Bolsonaro era racista. Aquilo que eu defino como um
cordeiro obediente. Tratava-se de um estudante universitário com 5 anos de
universidade. Com boas notas. Mas era incapaz de pensar. Conhecem exemplos aqui
nos comentários? Luis
Eduardo Jardim: Perfeito! ZLV: Muito boa crónica! Obrigado ao Artur
Mesquita Guimarães pela coragem que demonstra. Eu não sei se a teria se
estivesse em Portugal. Sei que tenho de ver os desenhos animados no Netflix com
os meus filhos dada a desproporcionalidade de personagens lgbtuvxz que aparecem
de fininho para as contextualizar como fora da norma. Não lhes basta enfiar a
doutrina do género em todo o lado que ainda têm de a tornar obrigatória no
programa... Paulo Silva > ZLV: Tem razão. A disciplina ECD é só mais uma ferramenta
complementar para a implementação de coisas como a Ideologia de Género.
Uma ponta do iceberg; de um iceberg por baixo de nós que já apresenta muitas
outras pontas no horizonte à nossa volta… A começar na legislação concreta que
já existe há mais tempo, como o casamento e adopção gay por ex… ou os projectos
legislativos de controlo da linguagem. No mundo da informação temos de facto os
conteúdos da Netflix que a população mais urbana já não dispensa. Mas na nossa
produção televisiva também há certos concursos por ex. Todas estas coisas em
conjunto, e as mais que virão, vão começar a apertar o cerco e a dominar o
nosso espaço… Se não se agir vamos ser cercados e esmagados, porque a
preparação do terreno já foi feita há muito tempo, e nunca nos apercebemos. ZLV
> Paulo Silva: Talvez eu esteja a ser optimista demais, mas
penso que pais responsáveis e ponderados reparam nestas situações e conseguem
explicar que há diferenças mas também há a estrutura familiar normal, e que as
crianças entendem e valorizam mais o que lhes é transmitido em casa do que num
manual qualquer. Mas obviamente isto exige um esforço adicional dos pais que há
tempos era despendido em assuntos como o respeito pelos professores e colegas,
a criação de rotinas de estudo em casa entre outros. Não dá para relaxar! Ping
PongYang: Ooops... quando se fala destas coisas dos antigamentes,
o FeelBad costuma ter arrebatamentos
de entusiasmo e começa logo a tirar os soldadinhos de chumbo
TODOS da caixa... Catarina
A: Vivemos o tempo mais sombrio –
de ratos, tiranetes, opressores e ignorância de estatuto religioso – que a
minha memória pessoal alcança. Com licença do Alberto do Gonçalves, gostaria de
poder interpretar o seu magnífico texto como homenagem colectiva da sociedade
portuguesa civilizada, que entendo ser devida à família Guimarães. Espero bem
que a justiça portuguesa não venha a pregar o último prego no caixão da sua
credibilidade, denegando-lhes a justiça óbvia que se impõe.
Paulo Silva: diz o Texto, Sagrado para umas coisas e
absolutamente desprezível no que toca a outras." Excelente. Os arautos da emancipação da
criança parecem ter descoberto agora que em idade infantil não temos capacidade
para tomar (muitas, a maioria das) decisões sozinhos. Cabe então a
responsabilidade a quem? Qual não é o espanto que os que eram contra a
‘propriedade’ parental da educação das crianças, porque sim, vêm agora defender
a propriedade estatal ou colectiva… Qualquer dia estamos em casa do socialista utópico
Charles Fourrier. O nefelibata que defendeu a retirada das crianças aos pais a
partir de tenra idade, e a divisão da sociedade em falanges de indivíduos
organizadas em falanstérios… (interessante nomenclatura). Educar para a cidadania é
preparar as crianças para os valores consensuais da Democracia e do
funcionamento do Estado de Direito, dar-lhes ferramentas, e em especial ensinar
a usá-las. As únicas ‘ideologias’ aceitáveis. O que não é consensual é
Ideologia e fica de fora da Escola pública. Os advogados da ECD, (mais uma
medida fracturante filha da geringonça), querem apenas usar este expediente
como um facilitador que contribua para a entrada de um certo conjunto de ideias
feitas nas consciências, para a criação de novos costumes e uma nova moral,
ao serviço dos seus projectos de Poder. A “nova mocidade”, mas eu diria antes os ‘novos
pioneiros’ e o ‘novo Komsomol’, cujos modelos originais ensinavam crianças e
jovens a colocar o Partido e a Ideologia acima de tudo e de todos, até da
família - o parente pobre da sociedade soviética. De menino a homo sovieticus… neste caso a homo sexualis...
Cipião de Numância: Portugal, após a dinastia de Avis é um autêntico falhanço. E já mesmo aí,
no final desta, já andava aos trancos e barrancos e não foi aliás por acaso que
os tercios do Duque de Alba entraram por aí mais facilmente do que faca em
manteiga no verão. Mas (há sempre um mas) nunca faltou por cá gente
inteligente e com coragem, que sempre soube denunciar o que as pasmaceiras dos
Galambões e Mortadáguas, transversais às épocas, sempre nos quiseram impor.
Um Padre António Vieira, um Eça, um Garret, um Fernando Pessoa como assaz
tantos outros, foram nascendo mesmo que distanciados e espaçados no tempo,
lembrando-nos que mesmo nesta fina flor de entulho a que chamamos país, ainda
se consegue aproveitar algo de bom. Vem isto a propósito do artigo
com que o nosso estimado AG hoje nos brindou. O homem, convenhamos, não
brinca em serviço. A maestria com que trata o português, compele a que
leiamos a sua prosa quase sustendo a respiração, tal o êxtase e entusiasmo que
provoca. E, certamente, as criaturas visadas, se lerem estas espécies de
libelos acusatórios, quase me provocam pena pela assunção de vergonhas alheias.
Perdoem-me o vernáculo, mas se por exemplo o Galambão secretário de não sei de
quê, ler hoje este magistral artigo ficará com os tomates mais mirrados (se os tiver)
do que jerico obrigado a estar ao sol por duas semanas seguidas. O que AG explanou torna-se altamente preocupante. Este desgraçado país não
está só entregue a perfeitos anormais, se não também a indivíduos que além de
ultra perigosos para os demais, haverá que os enquadrar numa camisa de forças a
fim de evitar que causem sérios danos a eles próprios. Todos nós sabemos a pulsão dos
esquerdosos para o reviralho. A que acresce igual pulsão para tudo e mais alguma
coisa controlarem. Saídos de universidades de vão de escada, onde
frequentaram cursos da treta a que eles, pomposamente, apodam de Ciências
Sociais (ahahaha ... desculpem mas não consegui escrever isto sem me rir). Autênticos
falhados e destinados, no máximo, a serem caixas de supermercado (não quero
ofender estes profissionais), julgam-se com direito e no direito de exigirem à
sociedade lugares que do alto da sua despudorada estultícia julgam merecer.
E é justamente
aqui onde entronca a raiz do problema. Ociosos, calaceiros e parasitas, juntam-se
aos bandos do tipo de pardais espantados e só lhes dá para fazerem disparates.
E ninguém lhes vai lembrando que a ociosidade é a mãe de todos os vícios de que
já os cônsules romanos e depois os imperadores, tinham disso absoluta noção e,
justamente por isso, obrigavam as legiões a trabalhar e a fazer estradas e
pontes, donde resultaram as maravilhas arquitectónicas de que todos temos
conhecimento e das quais ainda hoje desfrutamos. E não há nada nem ninguém que
controle ou pelo menos confine estes nefastos parasitas. Agora querem-nos educar os filhos, pensando na extrema ousadia de
desviá-los igualmente para o seu sistema de parasitagem, onde só existem
direitos e nunca por nunca deveres. Por arrasto, a ideologia do género vai fazendo o
seu trabalho de sapa e, a deixá-los em rédea livre, daqui a umas dezenas de
anos, já ninguém saberá quem é quem, ficando toda a juventude ao molho e fé em
São Marx. Infelizmente, o contribuinte tudo suporta. E toda esta gentuça tonta e
alarve vive à sombra dos nossos impostos que já pairam e raiam os limites da
obscenidade. Alguém tem que lhes dizer não. E eu, sou mais um, que se junta a
AG para tão importante efeito!...
Anarquista Inconformado > Cipião de Numância: Olha o pagador de impostos.
Oh boinas, deves
de ser o único neste país e da tua laia que paga impostos. És impagável.
Ping PongYang > Cipião de Numância: Ainda não me tinha apercebido
da gravidade da coisa, caro Cipião.
Pelo que entendi o propósito do Dr. Galambini
e da Dra. Motadágua é transformar as
pobres criancinhas em Palermas, Parasitas e Calaceiros: em PPC's, portanto...
Há que tomar
extremo cuidado para que tal monstruosidade não possa
ocorrer de novo ! José
Paulo C Castro: Era inevitável que a aliança de activistas que apoiam este governo e os
partidos dessa maioria tentassem passar as suas causas para o ensino. Já se via
esse objectivo ao longe. Devidamente misturadas com outras coisas inócuas e
consensuais, numa disciplina em que o rigor científico está afastado e os
docentes são de grupos pedagógicos diversos e indiferenciados, as causas passam
a ser debitadas como num qualquer workshop do BE. Depois vem a afronta: há quem
objecte. Mas agora os temas das causas são defendidos oficialmente numa
disciplina cujo nome é evidentemente consensual. Quem não quer cidadania?
Já se lhe chamassem Educação Sexual, provocava logo revirar de olhos... Mas
assim, Cidadania, quem a pode rejeitar senão bárbaros?... A estratégia de defesa é esta.
Esquecem-se que as pessoas pensam. E isso não se aprende nesta disciplina de
Cidadania. Por isso, quando questionarem porque não querem a cidadania convém
lembrar que não é a cidadania que se rejeita mas os ativismos deles. Se insistirem que os activismos
deles são bons, é dizer-lhes que os rejeitamos a eles e não nos deram outra
opção.
Anarquista Inconformado: São crónicas como esta e os comentários que elas
suscitam que mostram o atraso endémico a que o nosso país está condenado. José Paulo C Castro > Anarquista Inconformado: Está a falar do seu, suponho. Anarquista Inconformado > José Paulo C
Castro: Supôs mal, porque eu sou português. Mas caso você seja galego, é compreensível ainda mais
porque não conta para nada.
José Paulo C Castro > Anarquista Inconformado: Um dia explico-lhe que a
diferença entre Portugal e a Galiza foi um mero torneio. Quando você souber
porque é português e não galego, talvez lhe possa explicar o que é atraso
endémico. E não tem a ver com a separação de resíduos nem a diversidade de
género, mas com não saber porque não é galego... André Ondine > Anarquista Inconformado: Infelizmente, o nosso país não
está condenado a esse “atraso endémico” de que fala. Antes estivesse. Está condenado ao vanguardismo parolo das
nossas “elites”, que não é mais do que um vazio de referências politicamente
correcto que nos está a minar como comunidade e sociedade.
Tiago Queirós: Quem dera que as máscaras
cirúrgicas nos salvaguardassem diante do comunavírus!...
É como sugere o
caríssimo cronista: se a disciplina fosse coisa séria, seria, pelo menos
quanto ao tema da «identidade de género», leccionada por biólogos ou médicos -
e nunca por diplomados em Estudos de Género ou coisas afins...
Liberal Solidário com Cipião o-Censurado Nem percebo por que razão o
monge Francisco Anacleto não está metido nisto, e saliento que o monge
Francisco Anacleto é professor! Está mesmo retirado, coisa que se compreende
bem ao lembrar-nos de que pessoas da qualidade da deputada Catarina e das gémeas
Mortugas prosseguem implacavelmente a sua luta de sempre por socialismos
radiosos e completos (dantes dizia-se totalitários, mas vamos ser caridosos
para com o frade Francisco em retiro espiritual).
André Ondine: Um país que tem o irascível Galamba como Secretário-de-estado, o
insuportável Pedro Nuno Santos como Ministro, a histriónica Isabel Moreira como
deputada, todos eles a reportar ao inenarrável Habilidoso é, pelo menos, um
país que precisa de aulas de boa-educação, para compensar os maus exemplos que
nos desgovernam. Estes exemplos, claramente, não só não tiveram esta disciplina
na escola, como também não era coisa que se praticasse nos seus lares
socialistas. “António, gostaste do Bolo-Rei? Saiu-te a fava? Se conseguires roubar o
brinde ao teu irmão e impingir-lhe a fava, é como se o brinde fosse mesmo
teu...vá tenta, rouba lá o brinde...boa! conseguiste e ainda te vens a
rir...vais longe António”. Lamentavelmente, João Galamba não é o único que
decidiu que o Estado tem de evangelizar as nossas crianças de acordo com a
ideologia do gangue, dada a incapacidade, ou falta de vontade, dos progenitores.
Como em tudo o que ao gangue diz respeito, se for preciso vai à força. As
gémeas Mortágua, o senhor que lidera a bancada bloquista e que parece ali meio
deslocado, o sempre opinativo Marques Lopes, a comunidade Capaz em peso (que
vê nesta mina uma possibilidade de empregar os seus membros, mestres na
Cidadania e ex-apresentadores de TV), os comentadores da moda e a malta da
esquerda trendy...todos viram nisto a luta das suas vidas. Agora é que
vão dizer a um menino de 6 anos que ele não é um menino nem uma menina. É um
ser-humano. Todos são, menos o Galamba, que é uma coisa indefinida. Género,
aliás, também muito apreciado pelo gangue. Isto só pára quando a Sra. Moreira
tiver um filho e a primeira palavra que ele diga seja LGBT. É coisa para tatuar
a data no outro braço. Enfim, no mundo do gangue nunca houve “o novo normal”. O
mundo do gangue sempre foi “anormal”. Infelizmente, a tragédia é que o mundo do
gangue está a mandar no nosso. Volto a dizer, Portugal está a pagar, e
continuará a pagar, um preço muito alto pelo facto de o Grande Habilidoso ter
querido justificar a sua existência política. Está a atacar o país na sua
identidade e nos seus valores.
Miguel Oliveira: Meu caro Alberto, É um gosto lê-lo, semanalmente. Obrigado, pela sua
lucidez e coragem. A sua coluna é uma das razões da minha assinatura. Francisco
Borges de Carvalho: Bom.
Nenhum comentário:
Postar um comentário