Sugerido por Alberto Gonçalves, sobre que alguns comentadores se debruçaram com clareza, ficando alguns por
transcrever, para não sobrecarregar este texto. Mas para mim foi um prazer, a
leitura de um e outros.
Porque é que a direita se deve demarcar
de Ventura, mas a esquerda não se demarca de Louçã? /premium
A que propósito a esquerda “exige” que a “direita” se
“demarque” do dr. Ventura se a esquerda não se demarca de um populista
semelhante e de um fanático mais perigoso como, digamos, o dr. Louçã?
ALBERTO GONÇALVES Colunista do Observador
OBSERVADOR, 26 set
2020
Contaram-me,
não vi. Há dias, num debate televisivo, um sujeito, naturalmente de esquerda,
mencionou as pessoas de direita, ou os conservadores (não sei ao certo), que
se “demarcam” de André Ventura. E citou um ou dois exemplos. E de seguida mencionou
as pessoas de direita, ou os conservadores, que não se “demarcam” de André
Ventura. E citou-me a mim.
Há
aqui uma imprecisão, uma intrujice e uma demonstração de petulância. A
imprecisão é situar-me na direita apenas porque não sou – Deus me livre – de
esquerda. Se o termo usado foi conservador, mais disparatado ainda: não quero
conservar nada, excepto o meu sossego.
A
intrujice, particularmente descarada, é sugerir a minha simpatia pelo dr.
Ventura. Por acaso, e não por directiva da esquerda, não gosto do indivíduo, um
oportunista com fogachos de Messias, não gosto das ligações públicas do
indivíduo, assaz desaconselháveis, e não gosto da maioria das opiniões
políticas do indivíduo, crescentemente amalucadas. Felizmente, no “site” do
Observador encontram-se diversos comentários, escritos e falados, que deixam
claro o que penso sobre o líder plenipotenciário do Chega – e todos eles
anteriores às propostas do partido para castrar os homens e as mulheres que se
portam mal. Não esperei pela obsessão com os órgãos reprodutivos da espécie
para perceber que aquela gente não regula.
O principal ponto, porém, é a
petulância. A que
propósito a esquerda “exige” que a “direita” se “demarque” do dr. Ventura se a
esquerda não se demarca de um populista semelhante e de um fanático mais
perigoso como, digamos, o dr. Louçã?
Todos os dias vemos gente de “direita” manifestar genuíno ou falso horror pelas
ideias (pronto, pronto) do dr. Ventura. Tirando três ou quatro casos, não
vejo ninguém do famoso “espaço socialista” tratar o dr. Louçã por aquilo que
ele afinal é: um demagogo, um mentiroso compulsivo e principalmente um
poço de apetites totalitários.
Não há comparação entre um e outro?
Talvez não, se se considerar que a capacidade do dr. Louçã em infligir danos ao
país é imensamente superior à do dr. Ventura. E a vontade não é de certeza
inferior. Não
sabemos muito bem que regimes o dr. Ventura toma por modelos (suspeito que nem
ele sabe). Mas
sabemos demasiado bem os regimes que inspiram o dr. Louçã, e nenhum é
democrático. Não sabemos muito bem até que ponto o
dr. Ventura acredita nas patetices que profere (espero que pouco). Mas sabemos
que a intolerância é o alimento do dr. Louçã. Não sabemos muito bem se o dr. Ventura se vai
convencendo gradualmente de uma grandeza que não possui (suponho que um
bocadinho, sim). Mas sabemos da maníaca superioridade moral que
eleva o beato Louçã acima dos mortais que despreza.
Não sabemos muito bem se o dr. Ventura chegará a ter poder (imagino que
não). Mas sabemos que o dr. Louçã tem um poder imenso, um
poder que construiu ao longo dos últimos 20 anos e que não se limita aos cargos
oficiais que absurdamente desempenha. Para efeitos eleitorais, o dr. Ventura
finge-se alheio ao “sistema” e o “sistema”, curiosamente, parece dar-lhe razão.
O dr. Louçã, que também utiliza a lenda do “outsider”, é o “sistema”
literalmente cuspido e escarrado.
O dr. Louçã é conselheiro de Estado e passou recentemente pelo
conselho consultivo do Banco de Portugal, pormenores que, só por si, colocam
Portugal ao nível da Nicarágua e da Eritreia em matéria civilizacional. O pior,
desgraçadamente, não é isso. Nem é o dr. Louçã ter espaços de opinião em não
sei quantos jornais e televisões. O pior revela-se em situações à primeira
vista insignificantes. Esta semana aconteceu uma.
Na
Sic Notícias, o dr. Louçã referiu as propostas para o IRS do Chega e da Iniciativa
Liberal, jurando que ambas prejudicariam os mais pobres. A aritmética básica
permitiria compreender que, ao contrário de prejudicar, a proposta da IL
beneficiaria quem ganha menos (a não ser quem já não paga IRS, e que assim
continuaria). O dr. Louçã manteve a patranha no Facebook, e insistiu
que ambas as propostas são “uma vigarice”. A
Sic Notícias organizou um confronto entre o deputado da IL e o dr. Louçã,
perdão, um moço de recados que o dr. Louçã lá mandou para ser enxovalhado.
No Facebook, à revelia da realidade, o dr. Louçã teimava, fugindo do
contraditório e ciente de que os seus seguidores são melhores em facciosismo do
que em contas. O Polígrafo,
uma coisa que estrangula os factos para agradarem aos senhores que mandam,
sentenciou que a falsidade das afirmações do dr. Louçã, elas sim uma vigarice
pegada, era “inconclusiva”. No final, o dr. Balsemão não despediu o dr. Louçã e
o prof. Marcelo não o enxotou.
Lenine abominava a verdade: não se argumenta com o adversário,
destrói-se o adversário. O pior não é o dr. Louçã, leninista aplicado, mentir,
sempre, sempre, sempre. O pior é mentir sem ser exposto à humilhação e às
consequências da mentira. O pior é a vasta protecção e a ampla impunidade de
que goza. E ele goza. Uma ocasião,
o dr. Louçã acusou-me de elogiar um livro que eu classificara de “lixo” e
“porcaria”. Nunca reconheceu o erro, mesmo porque não houve erro: houve um
desejo deliberado de enfiar uma fraude nas cabecinhas permeáveis dos
respectivos fiéis. O caso não tem importância? Apenas na medida em que se dá
importância ao dr. Louçã. Com a honestidade e os escrúpulos do
revolucionário médio, o dr. Louçã é o exacto oposto de um homem respeitável.
Apesar disso, suscita respeito. O respeito inexplicável de uma esquerda que se diz moderna e
democrática e não se importa de conviver jovialmente com o dr. Louçã e os seus
bonequinhos do BE, inimigos óbvios da modernidade e da liberdade. Na medida em
que não se demarca de um tiranete de tamanho calibre, é possível que essa
esquerda não seja o que diz ser, e seja o que o tiranete é. Falta falar na
“direita” que se demarca do dr. Ventura e não se demarca do dr. Louçã. Nem se
demarca da esquerda que não se demarca do dr. Louçã.
POLÍTICA PARTIDO CHEGA FRANCISCO
LOUÇÃ PAÍS EXTREMA
DIREITA EXTREMA
ESQUERDA
COMENTÁRIOS:
Romeu Francisco: Bravo, Alberto
Gonçalves. O Francisco Louçã usa e abusa da desonestidade intelectual, para não
lhe chamar "mentir com os dentes todos". Subiu à custa de uma
retórica recheada de ódio por quem trabalha e consegue poupar, apesar desta
carga de impostos socialistas que suportamos, algo que me deixa siderado e para
mim funciona como atestado de doença profunda da sociedade Portuguesa. O
curioso é ver esta malta de esquerda que fica acicatada e em completo reboliço
assim que se fala de reduzir impostos de forma transversal na sociedade,
beneficiando todos, os mais pobres, os menos pobres, a classe média alta, e
sim, também os mais ricos. Para a esquerda, não interessa que se folguem os
mais pobres. Interessa é continuar a fustigar todos os restantes, que, não
estando tão dependentes de esmolas, merecem, segundo a esquerda, ser
castigados. Para a esquerda, venham mais pobres. Um país de pobres é um país de
esquerda, como se está farto de ver pela história mundial fora. Gera-os,
apaparica-os, multiplica-os, e enfia os países num buraco de miséria e tirania
que depois mantém todos na pobreza. Quando todos dependem do Estado, quando
todos são pobres, todo o poder está concentrado nesse mesmo Estado.
Acabam-se as divergências, acabam-se as oposições, acaba a Democracia. Quem
defende a Democracia, tem de defender uma maior liberdade e autonomia dos seus
cidadãos. E isso só acontece quando os cidadãos têm dinheiro. Quando sim, existem mais ricos, mas daqueles ricos
que não vivem dos contratos com o Estado. Por mim, nada tenho contra mais
ricos. Venham com força. Invistam. Uma sociedade com mais riqueza acaba por
beneficiar todos. mais dinheiro a fluir, mais emprego, mais oportunidade geram
menos miséria. E, só por si, a dinâmica gerada é suficiente para contribuir
para uma redistribuição de riqueza. Prefiro de longe uma sociedade Democrática,
liberal e capitalista à alternativa anti-democrática, iliberal e socialista. Post-scriptum: uma sociedade capaz de acumulação de capital não
será preferível a outra que acumula dívida? Maria Augusta > Romeu Francisco: Concordo totalmente consigo.
josé maria > Nisia Silva: Gente
com dois dedos de testa facilmente percebe que as propostas fiscais do Chega e
da IL beneficiam claramente os mais ricos e agravam substancialmente os mais
pobres, como o Polígrafo, por duas vezes, confirmou e Louçã claramente também
demonstrou.
Von Galen > josé maria: Mas
o Chega, um partido "fascista" tem pontos coincidentes com o partido
mais liberal? Acaso alguma vez leu o Mein Kampf? Leia e veja o que Hitler pensava das privatizações e
da liberdade económica. As pessoas ignorantes tendem a comer aquilo que a
ideologia do poder lhes põe na gamela.
Gil Lourenço Lourenço >josé maria: pois
claro. Os irlandeses e alguns países de leste é que têm dois palmos de testa.
Nós os portugueses somos tão inteligentes que estamos à frente desses países.
Artur Trindade
Um escroque é um escroque. Ponto final. Que este, em
particular e no presente, entre nós, constitua a maior ameaça à liberdade e à
democracia, às quais, aliás, causou já dano irreversível, também não pode
oferecer dúvida a qualquer ser pensante. Por falar em canalha e em demarcação,
quando é que os democratas que ainda restam neste país questionam um tal de
Balsemão, vendedor de sabonetes, que, com as suas lavandarias de lixo humano e
agora proselitismo do extremismo totalitário, foi progenitor do criminoso
guterrismo, que, até hoje, rouba, empobrece e destrói o nosso país; e é agora
pai do abjecto neo-totalitarismo louçãnista, que assalta Portugal?
Faisal Al Meida: Bravo, Alberto Gonçalves!. Nem sequer concordo com alguma da argumentação
mas que a sova ao Louçã já há muito era devida, isso era! E que sova! Que razão
tinha Churchill quando disse que se podia enganar muita gente durante algum
tempo e que até se podia enganar muita gente durante muito tempo. Mas não se
conseguia enganar toda a gente durante todo o tempo. Louçã, burro, continua a
achar o contrário.
Joaquim Zacarias: Alberto Gonçalves critica, e bem, a esquerda, por esta querer que a direita
se demarque de Ventura. Mas então por que carga de água, é que o Alberto
Gonçalves o faz? Os cronistas apoiantes do IL decidiram juntar no mesmo texto, criticas
à esquerda e ao Chega. Afinal,quem é o inimigo principal? Não dá para entender.
Lúcio Cornélio: Uma formidável tareia no abominável dr. Anacleto Louçã e, provavelmente, a
tareia mais merecida da década. Há muito que Anacleto, o trotskista de Arroios,
deveria ter sido posto a nu, coberto de pez e penas e passeado pela Almirante
Reis e adjacentes. A primeira parte está feita. As outras, talvez prejudiquem
seriamente o ambiente. Luís Martins: Louçã é o retrato fiel deste regime, mentiroso,
falacioso, antidemocrático, sectário, censório, corrupto.
António Duarte:
A razão por que a
esquerda não se demarca do Louçã é óbvia: hoje em dia não existiria sem ele.
Claro que é só por cá, não será algo de ideológico, claro, pois quem pense que
o Costa o considera está muito enganado, limita-se a dar-lhe um osso para roer
e não o aborrecer, como o Jerónimo se prepara para fazer expor isso, será mais
importante que nunca. Ou seja, tudo se resume à detenção e exercício do poder.
Herr Mando: Louçã, o anti-sistema que vive a custa do sistema. Joaquim Moreira: Pode-se concordar em parte ou
na totalidade, mas não se pode dizer que estas crónicas de Alberto Gonçalves
tenham falta de qualidade. E há uma que não posso deixar de apreciar, pensa
pela sua cabeça, sem nenhuma preocupação em agradar. Que demonstra bem da sua
independência, em relação a qualquer partido, e à elite detentora de toda a
sapiência. Mas, como é habitual, não posso deixar de dar a minha opinião mais
pessoal. Estou completamente de acordo com esta excelente explicação sobre a
questão que levanta no título e que reproduzo: Porque
é que a direita se deve demarcar de Ventura, mas a esquerda não se demarca de
Louçã?, e a que respondo já! Porque existe um longo trabalho feito
pela esquerda ao longo de vários anos, de transformar a direita, num conjunto
de bacanos. Não é por acaso que nos bas
fonds de Lisboa, se encontram e convivem como gente boa. Mas há mais uma
razão, que não me canso de alertar. O ainda termos uma Constituição, que
mantém "o caminho do socialismo", como um fim ou a solução para esta
velha Nação! Rui
Fernandes: Excelente artigo. Bravo AG! julio
Almeida: Sempre de leitura
obrigatória, ainda que aqui ou ali possa não se concordar.
A originalidade, o poder de análise ,o destemor
relativamente ao poder etc tornam-no um dos melhores para se ler. Gil Lourenço Lourenço: Diziam que Trump era e é
fascista. Mas o que é que Trump fez nos EUA que se poderá considerar fascista?
Que eu saiba nada. Mas continua-se a considerar tanto na esquerda como na CS
que é fascista. Essa é a mesma lógica que se aplica a André Ventura, embora
este ainda não tenha governado. O que há de fascista em André Ventura? Não é
André Ventura que anda a dividir a sociedade portuguesa ou a espalhar o ódio.
Não é André Ventura que anda a impingir o medo na sociedade. É Francisco Louçã
e a extrema esquerda e a esquerda e também alguma direita que o fazem. E é
destes que devemos ter medo. Gosto muito de AG mas já me pareceu que ele é um
adepto da IL. E a IL apenas faz voz grossa quando se trata de questões
económicas, mas quando se trata de outras questões mais polémicas cala-se ou
foge com o rabo à seringa para não se comprometer nem com Deus nem com o Diabo.
São os tais fofinhos do costume. Lourenço
de Almeida: Bravo! Isto é que é "falar"! Lenine Costa > JerónimoCatarina:
O taliban Louçã é o ódio, o terror e a
promessa de fome, tortura e morte encarnados numa só pessoa. Basta olhá-lo de
frente; dando-se o caso, até um ateu se benze e reza uma avé maria. Ele acha
que se tivesse poder bastante que faria melhor que o Estaline, o Mao, o Pol Pot
& Ca. Eu estou certo que faria…. Nunca se iludam com as caras aparentemente
inofensivas das meninas do BE, porque o perigo está no Ideal que professam. Uma
vez metidas aquelas ideias na cabeça e calhando misturar-se-lhe poder é o fim
do mundo anunciado. Antonio Sousa
Branco: Subscrevo em absoluto. A mentira e a
manipulação são a quinta-essência (ensinada até à exaustão), nos "jardim
escola" dos fascismos dos marxismos ou de todos os outros ismos, onde os
candidatos a tiranetes, como Louçã, fizeram as suas aprendizagens. Como
respirar, mentir e caluniar os adversários, são condições essenciais à sua
sobrevivência. Sem estas suas funções vitais - morreriam
Carminho Sottomayor: Contrariamente
ao que costuma acontecer, hoje a crónica do Sr AG deu-me alguma satisfação pela
opinião expressa sobre o AV e o Chega. Não, de facto AG não parece ser da ala
direita conservadora; ele é sobretudo anti-esquerda, toda a esquerda, passada
presente e futura. E esse é o drama de AG e de grande parte da direita
portuguesa; consumiram-se na demanda anti-esquerda e esqueceram-se dos
eleitores. Quando Louçã começar a propor castração química de pedófilos, pena
de morte, remoção de ovários e coisas dos género, talvez a esquerda se demarque
dele, digo eu! Maria
Augusta > Carminho Sottomayor: AG tem toda a razão. Eu também sou profunda, intrínseca e totalmente
anti-esquerda, a ideologia mais totalitária e genocida de sempre.
Com muito orgulho. Carminho Sottomayor> Maria Augusta: Cara Maria Augusta (Vieira), faça o seguinte exercício:
imagine que como por artes mágicas tudo o que são medidas e conquistas de
"esquerda" desapareciam da sua vida. Pense só naquelas coisas do dia
a dia, liberdades, garantias sociais, serviços públicos, regras laborais, etc.
Ah pois é...
Paulo Alves > Carminho Sottomayor: Existe uma alternativa ao Socialismo e às
extremas-esquerdas sem comprometer as conquistas sociais, que é a Social Democracia
defendida por Sá Carneiro Porém, e infelizmente, a "nossa"
social-democracia liderada por R. Rio não convence, porventura pelo seu perfil
de liderança e modo de comunicação quase sempre desastrada e palavrosa. E o que
Rio está a tentar fazer - amigar-se com o bando do PS - é um tiro no pé que tem
muito de oportunismo saloio. Em conclusão, temos muito fracos políticos, todos
eles oportunistas, não fôssemos nós um povo de oportunistas.
Maria Mendes:O Louçã é aquele indivíduo que deu nas "vistas" na faculdade,
pelas ideias estapafúrdias que já arvorava...professores
louco/deslumbrados/comunistas deram-lhe uma assistência que ele aproveitou para
catequisar alguns alunos (Mortágua) por exemplo, onde o ÓDIO pessoal é tão
intrínseco e visceral que lhe cai dos olhos e atitudes!!! Louçã não presta!
Viu-se o resultado eleitoral que conseguiu. Um canal televisivo dá-lhe palco e
o Conselho de Estado tem-no como membro para ser democrata. O canal está a
lutar para sobreviver com a ajuda do estado! O Concelho de Estado dá-nos o país
que temos: miserável!!! É o que temos! A Clara Ferreira Alves, costuma
classificar muito os políticos, de "burros" e "inteligentes".
Com certeza estamos a ser governados por "burros" e oportunistas!!m Maria
Augusta: Maria Mendes: Nem mais. antonio rosado: Muito bom !
Cipião Numantino: Fiquei com uma
sensação, digamos agridoce, com a crónica do nosso AG. E se no caso do fradeco
Louçã as vergastadas vieram bem a preceito já, no que toca ao Dr. Ventura,
parece-me existir um manifesto exagero. Para que conste não sou um indefectível
do Dr. Ventura. E nem sei sequer, ainda, se irá merecer o meu voto. Gosto pouco
de excessos e reajo normalmente mal a quem usa e abusa de clichés que muitas
das vezes não são mais que arengas destituídas de seriedade ou razão. Mas (como
costumo dizer há sempre um mas), não nos podemos esquecer de uma situação
comezinha. Que, prova-nos a História, é sempre comum a quem na política
persegue um qualquer objectivo. Este consiste, desde sempre, em formular uma acção
bem concreta em que se defina igualmente um inimigo bem concreto. E lembro-me
de vezes sem conta que sucedeu exactamente isto na História, num seguimento
transversal a todas as épocas. Na história recente temos vários casos que o
confirmam. Lenine apelou ao ódio visceral ao czar e depois aos mencheviques e,
Estaline, acolitado por Beria e o Anão Sanguinário, inventou os célebres
traidores da classe operária, matando-os, ou enchendo inúmeros gulags com os
recalcitrantes. Mesmo, nesta precisa época, Bonoro indicou a Lulalhada corrupta
do Brasil como seus inimigos principais usando de um atrevimento desbocado que,
como todos sabemos, lhe deu um resultadão. E, mesmo aqui, no país a saque em
que vivemos, sabemos bem do que sucedeu ao Dr. Passos e do ódio gerado entre a
esquerdalha que catalizou a geringonça ao poder havendo, ainda hoje, muita
gentinha convencida que a bancarrota não foi causada pela governação venal e
desastrosa do PS, mas foi sim por culpa e artes misteriosas do Dr. Passos e
seus acólitos, numa vigarice de tal monta que irá ficar registada na História
como ficou a farsa da queima do reichstag que levou o malandrão do bigodaço ao
poder. Aproveite-se, aliás, para registar, que foi o ódio que o homem
conseguiu despoletar na Alemanha contra os judeus, que o alçaram à cadeira do
poder. Desta panóplia de exemplificações pode, assim, constatar-se um
denominador comum. E este é, sem quaisquer dúvidas, que as acções políticas
para terem qualquer hipótese de sucesso, têm SEMPRE, que ser organizadas contra
alguém em concreto. E parece-me que é justamente isto que o nosso estimado
AG não percebe ou tardará aparentemente a entender. Ao que parece, o Dr.
Ventura (como aliás parece ter sucedido com Bolsonaro), conhece bastante de
história. E se não conhece apostaria dobrado contra singelo, que alguém bem
entendido na matéria convenientemente lhe assoprou “como é que se enxofra”.
Talvez tanto Ventura como Bonoro tenham aprendido a máxima que diz “que para
construirmos uma escada que nos eleve até ao céu, o melhor mesmo, em vez de
consultar-se um padre, haverá que procurar a ajuda de um carpinteiro”! Ventura
fez, assim, o que tinha a fazer. Elegeu um inimigo principal. O mais óbvio e
entendido por toda a gente foi escolhido e, o resto, virá por acréscimo. Esperem
para ver, se ele porfiar e mantiver a passada! Quanto ao Dr. Louçã, pouco
terei a acrescentar já que AG tratou da sua completa implosão. Esta gente é
profundamente desonesta intelectualmente e nem sequer acredito que sinta um
simples pingo de vergonha mas, se fosse eu, trataria de me esconder num
buraquinho qualquer onde não dessem por mim. Sei que os Louçãs desta vida não
dispensam as tenças e conezias que o “odiado” capitalismo lhes proporciona, mas
uma estadia em Cuba ou Coreia do Norte, como penitência, deveria vir mesmo a
calhar. Tudo “bons rapazes”, afinal!...
………………………………
Nenhum comentário:
Postar um comentário