–
da efeméride citada por Salles da
Fonseca e esplendidamente resumida por Carlos Traguelho, em dados fundamentais – (gasta a noite com o
magnífico espectáculo de vozes e malabarismos dramáticos dos graciosos e
competentes elementos do júri do “The
Voice Portugal”) - aqui coloco os
textos referentes à Batalha do Buçaco e suas consequências em Portugal e
ailleurs: 27/9/1810.
EFEMÉRIDE –
27 DE SETEMBRO DE 1810
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 27.09.20
BATALHA DO BUÇACO
A Batalha do Buçaco foi travada na
Serra do Buçaco durante a Terceira Invasão Francesa a Portugal, no decorrer da
Guerra Peninsular, a 27 de Setembro de 1810.
De um lado, em atitude defensiva, encontravam-se as forças anglo-lusas sob o
comando do Tenente-general Arthur Wellesley, visconde Wellington. Do outro lado, em atitude ofensiva, as forças
francesas lideradas pelo Marechal André Massena. No fim da batalha, a vitória mostrava-se nitidamente
do lado anglo-luso.
Passam hoje 210 anos.
Para
saber mais, continuar a ler em «Batalha
do Buçaco – Wikipédia»
27 de Setembro de 2020
Henrique Salles da Fonseca
Tags: história
COMENTÁRIO
Anónimo 27.09.2020: Mais uma vez
grato, Henrique, pelas tuas oportunas efemérides a “obrigar-nos” a reflectir um
pouco sobre elas. Pois fica sabendo que fui, como sugerias, revisitar a
Wikipédia, e não só. As invasões francesas, particularmente a primeira, têm
muito que se diga, como a saída da Família Real para o Brasil, as revoltas, os
roubos e as atrocidades, estas últimas bem protagonizadas pelo general Louis
Henri Loison (o “maneta”, cuja expressão “ir para o maneta” chegou até aos
nossos dias, com o significado conhecido) e a vergonhosa Convenção de Sintra a
amnistiar todos os crimes e roubos napoleónicos. Mas focando a atenção na batalha de Buçaco de que
hoje se comemoram os 210 anos, deixa-me fazer duas ou três considerações
breves. Segundo Steven Englund, no seu livro sobre Napoleão, este tinha a intenção, depois de a campanha austríaca
vir até à Península Ibérica, mas não o fez e enviou o “filho querido da
vitória” – Massena
– com um exército de 70 a 80 mil homens (encontrei números divergentes, daí o
intervalo), integrando
oficiais de alta patente com sobejos conhecimentos do estado militar do país. Mas
“o menino da vitória” mostrou-se incapaz de desalojar Wellington de Portugal e
de resolver o problema em Espanha, e assim o Imperador ficou impossibilitado de
libertar 300 mil homens para outros objectivos. Pergunto
eu: se o tema ibérico tivesse ficado
resolvido a contento daquele, seria que Tchaikovsky teria tido a oportunidade
de compor a sua “Abertura 1812”? Possivelmente
não, e teríamos ficado privados de ouvir, além do mais, os sinos russos da
vitória… Não quero deixar passar esta ocasião sem referir que, segundo José
Mattoso (História de Portugal), no exército de
Massena incorporavam-se o Marquês de Alorna e
o general Martins Pamplona. Também
segundo aquela fonte, a vitória do Buçaco foi acompanhada por um recuo
estratégico do exército anglo-luso até às linhas de Torres. A guerra
de usura que se seguiu, para além da fome e da política de terra queimada, bem
como a defesa intransigente de Lisboa, não esquecendo a presença de uma
população hostil, contribuíram para apressar a derrota da tropa napoleónica. Massena viu-se confrontado com
dificuldades de aprovisionamentos, com deserções de soldados e de oficiais, bem
assim com desaires sucessivos até sair de Portugal em outubro de 1811, tendo
sido retido em Espanha até à Primavera de 1814. Então aí, já tinha ocorrido o
1812!...
Uma nota final para te dizer que, embora há muitos anos não vá ao Buçaco, ainda
tenho presente a árvore (oliveira?) próxima do Palace Hotel onde, ao que
parece, Wellington descansava à sua sombra.
Forte abraço. Carlos Traguelho
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