sábado, 12 de setembro de 2020

A Voz de um cidadão


Num espírito de uma cidadania de autenticidade, assente em princípios que analisam os parâmetros definidores do verdadeiro cidadão, e que a Internet define como «Indivíduo que, por ser membro de um Estado, tem os seus direitos civis e políticos garantidos, tendo de respeitar os deveres que lhe são conferidos». Daí que caberá a essa disciplina escolar definir tais preceitos de direitos e deveres para a formação moral e cívica dos seus cidadãos. Tudo o resto parece puro folclore para gáudio das muitas e muitos Moreiras brincalhões da nossa paisagem cultural. Eis a voz do cidadão José Augusto V. Oliveira Simões, de Oeiras:

 Cartas ao director

PÚBLICO, 12 de Setembro de 2020

Cidadania e Desenvolvimento

Li com atenção ambos os artigos inseridos no PÚBLICO de 10/9 sobre a Disciplina de Cidadania e Desenvolvimento. A Dra. Rita Lobo Xavier, defensora da liberdade de consciência, considera-se “profundamente incomodada com a forma que alguns encontraram para descredibilizar” os que pensam como ela e que, como sabemos, expressaram o seu pensamento num manifesto subscrito por altas personalidades e amplamente divulgado. O incómodo mencionado acima leva-nos directamente ao texto da autoria da Dra. Isabel Moreira que, no estilo truculento a que já nos habituou, afirma que circulam mentiras abjectas sobre o que se lecciona em concreto” na disciplina. Será que está a acusar o seu pai, o Prof. Adriano Moreira, um dos autores do manifesto, de subscrever “mentiras abjectas”? Aproveito para dar um exemplo do que é efectivamente ensinado no âmbito da disciplina em questão. Numa visita de estudo com 54 alunos do 6.º e 8.º anos, realizada em 7/3/19 no auditório da Escola 2/3 Quinta da Lomba, um dos objectivos era “sensibilizar os alunos para as diferentes orientações sexuais”. Estamos a falar de crianças do 6.º ano, ou seja, com 11 anos! A cereja em cima do bolo vem nas “Observações”, onde se estipula que o produto da visita de estudo, no valor de 0,50€ por aluno, deverá reverter para uma associação LGBTI! Imagino que a “sensibilização” aos alunos tenha sido efectuada por um membro desta associação. Será que a Dra. Isabel Moreira concorda com o que descrevi?

José Augusto V. Oliveira Simões, Oeiras

 

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