E aqui se prova. O meu, faço-o
acompanhar de Nescafé ou Ovomaltine e o açúcar conveniente, à noite, como
jantar, sem esquecer a torrada. Virtuosamente lembrando os que não têm isso na
vida. Felizmente que me dizem que somos todos iguais, por isso dou um desconto
aos meus escrúpulos gulosos …
Beber leite é fundamental para a saúde dos ossos
Quem o defende é Pedro Cunha,
especialista em nutrição e orador do 3.º webinar promovido pela APO, para
assinar o Dia Mundial da Osteoporose. Sabe o que o leite pode fazer pelos seus ossos?
OBSERVADOR, 03 nov 2020,
15:33
Leite, desporto e estrutura óssea. Uma tríada que não pode ser vista como
variáveis isoladas, referiu Pedro Cunha, licenciado em ciências da nutrição e alimentação,
no terceiro webinar promovido pela Associação Portuguesa de Osteoporose (APO),
enquadrado no programa “Ama os teus Ossos”, que pretende alertar os portugueses
para a saúde óssea.
O profissional, que falou sobre a relação do leite aliado ao exercício
físico para uma saúde óssea de ferro, relembrou que a própria Organização
Mundial da Saúde (OMS) recomenda a ingestão de leite e a prática regular de actividade
física. “O leite é um dos alimentos
com especial destaque e importância na nossa alimentação, sobretudo quando
falamos num tema tão sensível como o osso, um tecido vivo onde se acumula 99%
do nosso cálcio”.
Normalmente,
associamos o osso a um tecido estático, um “mito” que Pedro Cunha
refuta, já que tem uma diversidade enorme ao
longo da vida. “É muito dinâmico, está constantemente a remodelar-se.”
Quanto
à dose diária de leite que deve ser consumida, o profissional fala em duas a
três porções por dia, ou seja, 250 mililitros de leite, “que na prática não é
mais do que uma chávena almoçadeira. Ou de um iogurte e meio ou duas fatias de
queijo até 40 gramas, ou meio queijo fresco”, isto associado a uma
diversificação da alimentação.
A importância de uma boa matriz óssea
Em
termos de composição, o leite é um alimento bastante complexo, mas Pedro
Cunha ajuda a simplificá-lo. “Destaco a proteína,
com alto valor biológico, assegurando assim todos os aminoácidos que
necessitamos para o nosso metabolismo. O cálcio é
igualmente destacável, a par das vitaminas,
nomeadamente do complexo B,
que são extremamente importantes para diversos processos fisiológicos do
organismo”, sem esquecer, claro os hidratos
de carbono presentes
no leite.
A ingestão de leite deve ser
feita durante toda a vida, até
porque, demonstram estudos citados por Pedro
Cunha, a
densidade mineral óssea constrói-se até aos 30 anos, aproximadamente, havendo
depois um inevitável processo de degradação da matriz óssea, o qual, no
entanto, pode ser prevenido.
E, mais do que prevenir, é possível tornar o processo tão lento ao ponto “de
não trazer qualquer malefício para a saúde”. Para isso, os primeiros anos
de vida, assim como a juventude, são fundamentais na construção de ossos
saudáveis, que irão sustentar a vida adulta. “Quanto
mais adequada for a nossa alimentação no que diz respeito à ingestão de cálcio,
melhor.”
A osteoporose é um tema cada vez mais crítico na nossa sociedade
que resulta em perda de anos e qualidade de vida, o que reforça a importância
de um aporte de cálcio ao longo da vida para que seja construída uma boa matriz
óssea. “O que os estudos nos indicam é que quando essa ingestão é correcta,
existe uma maior densidade mineral óssea, apesar de não podermos olhar para
esta variável isolada. Não nos podemos esquecer da vitamina D”, alerta o especialista em nutrição.
Leite:
vai sempre a tempo de o consumir
Mesmo
se no período definido como o mais importante para a ingestão de leite e seus
derivados — a
infância e juventude — o
consumo não tiver sido o adequado, nunca é tarde para começar, garante Pedro Cunha. “Quando somos idosos, uma correta ingestão de
cálcio continua a ser fundamental para que não haja tanta degradação. Ou seja,
nunca é tarde para tentarmos atrasar o desenvolvimento do problema. O ideal é
assegurar o consumo de cálcio ao longo de toda a vida, independentemente de
estarmos na fase de criar osso ou apenas de o proteger.”
A
par de uma alimentação equilibrada, a Organização Mundial da Saúde aponta a prática de exercício como algo com
evidência científica. “Não só por todas as vantagens que tem em termos de
saúde, mas em termos da própria estimulação do osso e a sua segurança”, adianta
Pedro Cunha. Nomeadamente, actividades de impacto. Aliás, o especialista refere
que o leite associado à prática de actividade física é muito importante:
primeiro, tão simplesmente por ser uma bebida, e desde logo fundamental na
reidratação, mais rico do que a água devido à sua complexidade em termos
minerais; depois, devido à proteína do leite, que ajuda à recuperação do
músculo; e para finalizar, é uma bebida com hidratos de carbono, essenciais
após o exercício físico, no qual gastamos as nossas reservas.
Resumindo: leite, desporto e sol são os ingredientes para uma boa
construção e manutenção de estrutura óssea.
Saiba mais em
https://observador.pt/seccao/observador-lab/ame-os-seus-ossos/
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