terça-feira, 17 de novembro de 2020

Topaze antes da mudança

 

A propósito deste “negócio de contas mal paradas” deveríamos voltar aos tempos do professor primário “Topaze”, da peça de Marcel Pagnol, que na sua sala de aulas, em destaque por cima dos mapas e quadros expressivos de vícios humanos malfeitores do corpo, tinha inscrições morais de grande calibre formativo da alma, a saber: PAUVRETÉ N’EST PAS VICE. IL VAUT BIEN MIEUX SOUFFRIR LE MAL QUE DE LE FAIRE. L’OISIVETÉ EST LA MÈRE DE TOUS LES VICES. BONNE RENOMMÉE VAUT MIEUX QUE CEINTURE DORÉE, coisa que a cartilha também ensina. E bem no centro, por cima da sua cadeira de professor primário, o provérbio de excelência para uma penúria não isenta de espiritualidade, segundo os clássicos, que a alatinavam em “aurea mediocritas”: “L’ARGENT NE FAIT PAS LE BONHEUR”.

É certo que o Topaze mudou muito, percebeu que os provérbios serviam apenas para os tolos, e é também o que devem ter sentido todos esses das nossas trapaças variadas, tão engenhosos como o tal Topaze, nas suas mudanças pessoais. O caso é que o fizeram à conta da nação e de outros créditos alheios, como o demonstra Helena Garrido e alguns dos seus muitos comentadores, e não sei se teremos que voltar aos bancos da escola primária para nos recompormos na questão das exigências, já que nem sempre os que nos têm apoiado poderão estar pelos ajustes para assim continuarem. Tornemos, pois, à cartilha, sejamos menos exigentes, apesar da electrónica...

A sina de não ter um Estado Social quando precisamos /premium

Os primeiros danos da catástrofe começam a mostrar-se. O turismo garantiu a saída da anterior crise, agora será a grande vítima. São pelo menos dois anos. Nem todos vão aguentar. E podia ser diferente

HELENA GARRIDO

OBSERVADOR, 16 nov 2020

A manifestação da restauração, de sexta-feira no Porto e de sábado em Lisboa, mostra bem como a situação é desesperada. De repente, abateu-se sobre o sector do turismo e lazer um maremoto de mas há muito sofrimento em perspectiva..fuga, a curto prazo. Só o desespero pode explicar a violência na acção e na linguagem – no Porto a polícia teve de intervir – e do ataque que fizeram aos jornalistas do Observador em Lisboa.

No pouco que pode fazer, o Governo não tem ajudado. Atirar grandes números, óptimos para títulos, não são a melhor forma de dizer com rigor como está o sector a receber os apoios. O ministro da Economia Pedro Siza Vieira anunciou, por exemplo, que os apoios já concedidos ou anunciados atingem os mil milhões de euros. Dito assim é muito dinheiro. Mas está a chegar? Como já tínhamos percebido, os testemunhos revelam que os apoios são poucos e chegam depois de muita burocracia e muitos papéis, quando chegam.

Além disso, é compreensível a irritação dos restaurantes quando o Governo promete compensar o encerramento nos fins-de-semana tendo como referência a facturação de 2020. Valia mais dar menos de 20% e usar como referência a facturação de 2019.

Estamos a falar de um sector, o do turismo, que, com base em números de 2018, correspondia a quase 15% do PIB e empregava mais de 400 mil pessoas (ver aqui conta satélite do turismo). Vai ser, se não estiver já a ser, muito grave, com efeitos particularmente catastróficos no centro das grandes cidades como Lisboa e Porto onde essas actividades dependem do turismo externo.

De acordo com a Organização Mundial de Turismo, espera-se que a recuperação chegue no terceiro trimestre de 2021, ainda que 20% dos especialistas inquiridos aponte para 2022. Ou seja, estaremos nesta situação, de falta de turistas, no melhor cenário, durante um ano e meio. E a reabertura, que pode até ser rápida se a vacina de facto se vier a confirmar, nunca nos fará regressar ao ponto em que estávamos no início de 2020.

Dito isto, por muito horrível que seja a mensagem, há empresas do sector do turismo, dos eventos à restauração, passando pelo alojamento, que não vão aguentar. Por muito que o Estado ajude, não conseguirá manter todas as empresas ligadas aos apoios durante quase dois anos. A sobrevivência, para muitas empresas do sector, é encontrarem uma via de se manterem vivas, identificando outros mercados. O que obviamente não é fácil para restaurantes nos centros das cidades sem população residente e muito menos para o alojamento. Os restaurantes em zonas residenciais ou em vilas e cidades, para onde os portugueses se deslocam no fim-de-semana, têm muito mais condições de sobreviver e este confinamento parcial terá um efeito transitório.

É fácil de dizer, mais difícil é fazer, mas quanto mais depressa começarem a procurar alternativas, menor será a dor. Sendo certo que esta crise tem muitíssimo menos alternativas de fuga do que a anterior, quando se podia emigrar. E que temos uma economia baseada nos serviços, um dos sectores mais negativamente afectados por esta crise, limitando ainda mais as vias de fuga.

Como se pode ver neste retrato divulgado pelo Banco de Portugal, três em cada quatro empresas pertenciam ao sector dos serviços, em 2019. E as microempresas correspondia a 89% das 419 mil sociedades não financeiras registadas em Portugal. Sendo certo que há serviços que podem ser prestados em teletrabalho, boa parte deles requerem interacção social, como é o caso do comércio (23% do total). São estas características da economia portuguesa que levaram a Moody’s a apontar Portugal como um dos países que maior destruição económica vai sofrer por causa da pandemia.

Em termos gerais, é importante que esta crise nos sirva de lição para a importância não só do papel do Estado, mas especialmente para vermos a relevância que tem o Estado ser financeiramente disciplinado, mantendo excedentes orçamentais nos tempos de prosperidade para ter o dinheiro necessário para nos ajudar quando precisamos. É esse o compromisso do Estado Social, pagamos impostos e contribuições para o Estado nos ajudar na doença, na velhice, em momentos de pobreza e no desemprego.

Legitimamente, ouvimos nas manifestações as pessoas a dizerem que pagaram os seus impostos e, por isso, consideram que têm o direito a serem apoiadas. Independentemente da questão da fuga fiscal – que, hoje, é manifestamente inferior à do passado –, esta é a oportunidade para todos percebermos como é importante cumprir as obrigações fiscais e, ao mesmo tempo, exigir que os governantes façam uma gestão inteligente dos recursos públicos, numa perspectiva de médio e longo prazo.

Enquanto continuarmos a premiar governantes que fazem uma gestão de curto prazo do dinheiro dos contribuintes, usando-o para comprar votos, garantir o seu mercado eleitoral, estaremos condenados a não ter o Estado quando precisamos dele ou a ter de pedir ajuda quando, repentinamente, ficamos sem quem nos empreste dinheiro. A era da troika foi uma óptima oportunidade perdida para percebermos a importância de poupar nos tempos de prosperidade. Mas o governo de António Costa preferiu não o fazer.

Vivemos quase cinco anos em que as mensagens de política económica foram “virar a página da austeridade” e “reverter” medidas passadas. As “contas certas” foram obtidas à custa da degradação dos serviços públicos e cortes em investimentos de manutenção. Sim, ninguém previa uma crise destas. Mas fosse qual fosse a crise que nos batesse à porta, não tendo estes efeitos catastróficos, veríamos seguramente o que estamos a ver: quase cinco anos em que se foi gerindo o que existia e distribuindo dinheiro pelos mercados eleitorais do PS, do PCP e do BE.

Se a política económica tivesse sido menos “politics” e mais “policy”, não teríamos o dinheiro da Alemanha para nos ajudar a superar esta crise, mas teríamos seguramente mais dinheiro e certamente um SNS com mais recursos. Enquanto não formos exigentes, vai ser esta a nossa sina. Não ter dinheiro para, de facto, o Estado desempenhar a sua função social em tempos de dificuldades.

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COMENTÁRIOS:

Mario Areias: Excelente artigo e muito assertivo. Põe o dedo na ferida. Governar à vista e distribuir dinheiro pelos mercados eleitorais.     Joaquim Moreira: A nossa sina não é não ter um Estado Social quando precisamos, é termos políticos como estes do PS que são uns grandes bacanos! Quando em 2015, Pedro Passos Coelho, depois de ter ganho as eleições, percebeu quem se preparava para assaltar o poder, teve uma atitude, que convém não esquecer. Ofereceu ao PS, a possibilidade de fazer parte do poder. Não para o distribuir, pelo tão mal-fadado Bloco Central, mas para continuar a melhorar a situação económica do País, que é Portugal. Tendo chamado à atenção para a necessidade, do Estado se preparar para uma eventual situação de grande gravidade. Até porque tinha bem presente a situação que herdou, e que acabou por ter de assumir, como se tivesse sido ele o culpado da situação a que Pais chegou! A partir daí todos nós sabemos o que se passou. Por isso, este é o momento de responsabilizar, quem aquela oferta não quis aceitar, e todos aqueles que fizeram questão de também isso achar. Portanto, Helena Garrido, não pode continuar a não falar e a esquecer, a "sina" que agravou a situação que estamos a viver!       josé maria: Em complemento do meu anterior comentário, acrescento: Já agora, Helena Garrido, porque é que não escreve sobre a pouca-vergonha da fuga aos impostos, representada pela economia paralela, que, ao longo dos anos, e passando por vários governos, chegou a atingir quase 50 mil milhões de euros, qualquer "coisinha" como cerca de 30% do PIB?  A economia paralela pagaria 5 orçamentos da Saúde. É poucochinho, HG ?      Joao Figueiredo > josé maria: Fala com os espanhois que eles têm tb economia paralela mas menos impostos sobre as pessoas e empresas e repara como estão muito mais atrasados que nós ...      josé maria > Joao Figueiredo: Investidores espanhóis refugiam-se em Portugal por causa da subida dos impostos - Expresso, 29/1/2020 - Interessa ?     Joao Figueiredo > josé maria: Não ... Foste a Espanha? Eu trabalhei lá alguns anos e falo com os espanhóis      Joao Figueiredo > Joao Figueiredo: Achas que vou assim facilmente nos diz que disse ou no 1. Link que envias ?        Gabriel Moreira > josé maria: Olha o José Maria ainda por cá anda. Os argumentos dele fazem-me lembrar o de alguns brasileiros que se queixam do ouro roubado pelos portugueses.      antonyo antonyo > josé maria: Tem razão ,nunca ninguém fala da economia paralela . Que aliás que sempre fez viver milhares de famílias. Mas H.G. não pode falar de tudo ... só da incompetência e manobras propagandísticas deste governo dava para encher todo o espaço dos comentários.       Filipe Paes de Vasconcellos: Portugal é governado pela metade! Pois é. Enquanto Portugal for (des) governado por um populista e apoiado por um popularucho, os Portugueses continuaram a não ter respostas do Estado quando mais dele precisam. O actual regime socialista e apoiado pela extrema esquerda não sabe governar em tempos de crise. No que este regime é mesmo bom é distribuir pelos seus, insisto pelos seus, o que não foi gerado por eles, mas sim pelas forças reaccionárias, fascistas e de direita. O governo português governa para metade da população, os trabalhadores do Estado. Veja-se o caso da Saúde. A ministra é ministra do SNS e mesmo assim quando é preciso não acerta, quando deveria ser, e é paga para isso, para todo o sector da saúde. Seria importante que se estudasse o impacto financeiro das reversões que Costa decidiu introduzir. Quantos milhares de milhões que saíram do orçamento e foram desperdiçados por estas medidas populistas. Nacionalização da TAP, 35h na fp, etc. Quando o Estado FALHA aos portugueses que ainda por cima se encontram desesperados, com esta crise, com os incêndios, etc. é porque o regime socialista, apoiado pela extrema esquerda e por Marcelo Rebelo de Sousa levaram Portugal a poder ser considerado um Estado falhado!        Alfaiate Tuga: O mercado alvo do governo tem um estado social do melhor que há, começa logo enquanto patrão, garante emprego até à reforma com horário de expediente de 35 horas semanais, como não chega ainda garante acesso a um salário mínimo diferenciado positivamente que só se aplica a eles. O SNS no caso deles não interessa nada, pois tem acesso a um seguro de saúde sem concorrência ao nível de prémio/cobertura, pois 3.5% do salário ou pensão por mês para as coberturas que a ADSE proporciona, não existe em mais lado nenhum. Depois com o Covid manda parte dos seus funcionários para casa sem cortes no salário, sim e não estou a falar de teletrabalho, estou a falar de espelho, conheço câmaras municipais em que os funcionários trabalham só meio horário por mês sem qualquer corte de salários. Portanto os clientes do governo estão bem servidos, os outros estão f...., é a vida. Os que agora estão em vias de ir para a rua, ou não tem acesso a cuidados de saúde, podem continuar a ficar em casa no dia das legislativas, ou a votar nos xuxas ou BE ou PC . Precisamos de administração pública, claro que sim , mas se fosse escrutinada , avaliada e mais bem paga, poderia sem bem menor e servir-nos muito melhor. A tugalhada não aprendeu nada nos últimos 10 anos, tem o governo que elegeu ou deixou eleger.     Franco Abrava > Alfaiate Tuga: Nos últimos dez anos? A nossa constituição diz que nos tem que conduzir ao socialismo. Já falta pouco para sermos os mais pobres da uE. Isto depois de vários países da antiga cortina de ferro, com menos tempo de adesão, nos terem passado a frente, como é maravilhoso o socialismo. Vendemo-nos por pouco. Isso diz bem o que somos.          Maria Augusta > Alfaiate Tuga: 100% Razão !         Armando Heleno: Não sou nada nem ninguém perante estes senhores comentadores encartados. No entanto, basta-me olhar para o título e sentir-me mal. Afinal o que quer esta gente? Milagres? Querem que o estado dê o que não tem? Querem um quarto no hospital para cada português com médico à cabeceira 24/24 h ? Pedir o razoável, é razoável. Querendo melhor, vão para países do primeiríssimo mundo: Suíca, EUA, etc,mas não se esqueçam da carteira em casa..     Patrícia Mira Ferreira Armando Heleno: Mas o estado não tem para dar porquê, se temos uma das mais altas tributações fiscais da Europa? Para onde foi o dinheiro dos nossos impostos? Começo a perceber que milagre será pedir aos portugueses que raciocinem, que parem de acreditar no que a televisão diz, bolas, somos pobres porque somos assim, pouco exigentes, uma tristeza...    Fernando Gaspar > Armando Heleno: Claro que quero um milagre. Como aquele que houve há uns meses, já não se lembra? Até deu direito a termos uma futebolada à maneira e tudo! Então o estado não pode dar o que não tem? Ainda não vi nenhum fp a queixar-se, antes pelo contrário. E não é só não deixar a carteira em casa. É levá-la mesmo vazia para lá caberem as notas desses sacanas que não têm milagres, e por isso têm que pagar os milagres dos outros.         Franco Abrava: Helena Garrido, finalmente! Foram precisos quase 6 anos. Infelizmente só a vejo pronunciar-se assim no observador. Na RTP não vejo isto. Porque será? Pedro passos coelho foi vilipendiado, ofendido, até com a sua tragédia familiar, gozado, da forma mais infame, pelos humoristas do regime, quando falou verdade aos portugueses. Preferimos apoiar um ilusionista irresponsável, gostaria muito que esta crónica fosse verbalizada para os 10 milhões de portugueses. Mas o subsídio a comunicação social fala mais alto. Uma pena de facto! 

Tive outro dia uma conversa assaz interessante. Dizia o meu interlocutor: - já viu que vão pagar 8 mil e tal euros por paciente ao sector privado? O que ingenuamente retorqui: e quanto é que você paga ao sector público? Por acaso não provém, na mesma, dos seus impostos? Se lhe sai mais barato, a quem você prefere pagar? E se fosse você a precisar de uma intervenção urgente? E não fosse acudido no sns ? Esse valor pago pelo estado aos privados era alto ou baixo? Ingenuamente pensei que vivia num país onde o mais importante é a vida humana. Percebi que o mais importante é impedir que os privados tenham lucro. O mais grave, isto vindo de um comerciante da restauração cujo lucro é a razão da sua subsistência. Vivemos num país sui-generis onde todos julgam que o estado é a salvação. Estamos, por isso, irremediavelmente condenados. Tenham um bom dia!   Paulo Guerra: Não há nada que custe mais dinheiro ao país que uma administração pública deficiente. Porque no limite pior que nem sempre decidir bem é não decidir. Porque numa economia global o tempo é muitas vezes tudo, na maior parte dos investimentos. Uma administração pública ineficaz, pelo tempo que demoram muitas tomadas de decisão como o aeroporto antes da pandemia, custa mais dinheiro ao país que o serviço da dívida já depois de inflacionado pelos próprios mercados financeiros depois do último crash. E só para dar um exemplo de competitividade, Cavaco Silva, que alienou dois dos três sectores da economia inteirinhos, quando chamou o gabinete do guru Porter para decidir o futuro da economia portuguesa, gabinete que entretanto abriu falência e foi quem direcionou o país inteiro para os serviços com algumas apostas nalguns sectores mais tradicionais pelo meio para disfarçar, se fosse o presidente dos EUA – uma das economias globais mais fortes do mundo - era julgado por alta traição.          Maria Augusta > Paulo Guerra: Não sejas aldrabão. Já te basta seres canhoto. E quantos julgamentos por alta traição seria preciso fazer a toda a cambada de xuxarecos que desgovernaram e desgovernam Portugal há várias décadas?     Paulo Guerra: No geral a HG faz um bom diagnóstico. Já nas causas e nas soluções é mais do mesmo da HG. A verdade nua e crua é que o país deixou degradar muito a sua administração pública e não vale a pena agora estarmos a direccionarmo-nos para algum sector muito em concreto. Claro que no meio de uma pandemia vem o sector da saúde mais à baila. Mas também faltam muitos recursos na escola pública e assim sucessivamente. E se as sucessivas crises financeiras tiveram o seu impacto nas contas públicas a verdade é que falta de investimento na administração pública e a sua consequente degradação já vinha muito de trás. Inclusive por ideologia porque continua a haver experts em Portugal que não percebem que nenhum país avança sem uma administração pública forte. Ao ponto de contratarmos expertises externas para delinearem a própria estratégia económica do país?! Muito sinceramente não consigo vislumbrar algum sinal de fraqueza mais forte. Por onde anda o Instituto Nacional de Administração e o Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública? Por onde anda o Departamento de Prospectiva e Planeamento de que o PTP fala tantas vezes inclusive aqui no Obs? Pois é e depois quando chegam as crises é tudo a chamar pelo Estado. Ainda vem aí a bazuca europeia e de certeza que vai ser um não parar de exigir mais rapidez na sua aplicação. E recursos para a implementar? Pois é! E a Helena Garrido quando também trata os fundos europeus como esmolas como alguns ignorantes também não ajuda nada. A UE é sobretudo um espaço económico comum com contrapartidas bem estabelecidas para os diferentes estados. Consoante beneficiam mais ou menos com o mercado comum. Chega de Demagogia e populismos nos media!

Cipião Numantino: Se existem premissas que eu dou por adquiridas quando governado por xuxas ou xuxo-comunas, estas, consistem na infalibilidade de que sempre levo em cima com uma bancarrota ou, pelo menos, com um imenso pantanal. Por arrasto não me vai faltar um imbróglio, onde se deita tudo a perder e o recomeçar de novo é uma espécie de mantra que tenho garantido logo à nascença porque, as gentes da minha terra, nunca aprenderam nem certamente irão aprender que um vendedor da banha da cobra, pese embora a alternância dos vendedores de ocasião, vendem a mistela contando sempre, sempre mesmo, o mesmo conto do vigário. Outrossim, ninguém consegue alertar este povinho curto de discernimento, que o que deu desde sempre errado em todo o lado, leia-se o socialismo, só por autêntico milagre poderia dar por aqui certo confrontado com gentinha que vende o seu voto por 10 euritos a mais na sua miserável reforma. Até mete raiva! E, eu, pobre de mim, acabo mesmo sem querer, por ser sugado por este vórtice alarve e perverso, sem pena nem agravo. E à laia de frustração diria mesmo que me chateia, claro que me chateia, já ter mais dias de prisão domiciliária do que os verdadeiros artistas portugueses, o primeiro, licenciado ao domingo como Inginhêro de Demolições, de seu nome Socras e, o outro, um tal Ricardo Salgadinho especialista em marmeladas com que tanta gente se lambuzou e, a mim, tal como aos restantes contribuintes, nos fizeram rebentar a boca. Isto está fora de controlo. E ter a xuxalhada ao leme da coisa, tranquiliza-me tanto como tendo um urso tentando empurrar-me a porta de casa. A proverbial incompetência xuxo-comuna rebaldeira, em todo o seu esplendor! E como uma desgraça nunca vem só temos por aí o Marselfies, pronto para ser o cangalheiro-mor e enterrar de vez esta poorra de país que já deu mundos ao mundo. Mas que raio de sina!...

 

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