De Henrique Salles da Fonseca, com excelentes comentários de resposta – de Francisco Gomes de Amorim, de Carlos Traguelho e de Adriano Lima..
Consta o
desenho, caricatural, é claro, de um islamita, quem sabe se jihadista - de
sapatas e traje brancos, bem assim o lenço envolvendo-lhe a cabeça, com o nariz
destacado, pés assentes nos degraus de um escadote encostado a uma bandeira
azul – cor da bandeira francesa, juntamento com o branco do traje árabe, mas com
exclusão do vermelho, substituído este pelo amarelo dos crescentes lunares que arabicamente
vai pintando em redor das estrelas dispostas em círculo no mesmo pano azul – onde
o branco do traje árabe sobressai simbolicamente, como já frisei - as estrelas
que se percebe são mesmo de David, no contexto em causa …
Quanto ao comentário do Dr.
Salles nele aposto, - “Abrindo o caminho de Marine Le Pen até ao Eliseu”... -
percebe-se-lhe a justeza irónica, com o
respectivo repúdio, na interrogação seguinte.
Sim, a gente nem
gostava da M. Le
Pen, mas ante os escândalos de
tanta infiltração islamita perigosa, até pensamos duas vezes, desejando a
tranquilidade anterior - embora passageira, já que o marxismo da fraternidade
universal - ou esquerdismo apenas, não somos ambiciosos – se vai espraiando
tranquilamente pelo mundo europeu – por todo o mundo – e agora até compreendemos
melhor o nacionalismo da Marine
Le Pen, e de vários outros patriotas
europeus, o qual bem pode implicar a extinção da chucha da U.E. - para responder
à pergunta do Dr. Salles …
HENRIQUE SALLES DA FONSECA A BEM DA NAÇÃO,04.11.20
O Desenho: (aqui subentendido,
substituído pela descrição, embora imperfeita…)
O Comentário:
Abrindo o caminho de Marine Le Pen até ao Eliseu...
E depois? H.S.F
Tags: "política alheia"
COMENTÁRIOS:
Francisco G. de Amorim
04.11.2020: Depois? Bélgica, Holanda, Suécia e Espanha,
no primeiro tempo. Se alguém reagir, o que duvido, vêm os chineses, tiram o
crescente amarelo e pintam o fundo de vermelho.
Anónimo 04.11.2020: É sabido que, em situações de crise, o eleitorado, em geral, refugia-se na
Direita ou mesmo na Extrema-Direita. Nunca me esqueci que na sequência de
maio/68 e do “desaparecimento” por alguns dias do Presidente da República, que
muitos pensaram que se tinha confinado em Colombey-les-Deux-Églises,
potenciando ainda mais a crise, ele viu a confiança reforçada pelos franceses,
embora de forma efémera, pois decorrido um ano Charles De Gaulle, por vontade
própria, mas na sequência do resultado desfavorável dum referendo, pôde fazer o
seu confinamento definitivo. Os eleitorados, por norma (há, todavia, excepções
gritantes), têm alguma racionalidade nas votações. Acompanhando eu
superficialmente a vida política francesa, não me escapou que Macron foi eleito
Presidente, em maio de 2017, com cerca do dobro dos votos da Senhora Le Pen,
que o partido desta, nas Legislativas de junho do mesmo ano, ficou muito atrás
das suas ambições, o que não impediu que ganhasse as eleições europeias no ano
transacto. É preciso sempre ter em atenção as conjunturas em que as eleições se
processam, a natureza destas, e saber interpretar os resultados, muito
especialmente a influência do chamado “voto de protesto”. Não creio que a atitude criminosa de alguns extremistas islâmicos possa pôr
em causa valores essenciais da vida política francesa. França é ainda o berço
da República da História recente. Quando
Macron foi eleito ele recebeu as congratulações das comunidades judaica e
muçulmana, tendo esta última, através da Grande Mesquita de Paris, apelado ao
voto em Macron. Tampouco se pode confundir aquela atitude extremista com a postura
da comunidade islâmica no seu todo. Há, porém, aspectos preocupantes,
reconheço. E um deles é a inserção (ou falta dela) da comunidade muçulmana
na vida francesa. Pelo que se lê, assim
como pelo que se vê em imagens (e garantem-me que não são fake news) há défice
de integração dos imigrantes islâmicos na vida social francesa, e a História
ensina-nos que, em geral, esse défice é gerador de perturbações, com maior ou
menor gravidade. O tema das “minorias” está frequentemente presente em
conflitos armados. França tem um problema e tem que o resolver e, para o
efeito, há que o assumir previamente bem como possuir vontade política para o
solucionar. Não é tempo das avestruzes. Abraço amigo. Carlos Traguelho.
Adriano Lima, 05.11.2020: O
problema é, de facto, o que afirma o Dr. Carlos Traguelho: o défice de inserção
das comunidades muçulmanas na sociedade francesa. Eles não o querem e não creio
que alguma vez venha a modificar-se esta realidade. E não o querem porque o
islamismo, mesmo sem revestir o radicalismo, pressupõe uma cultura e uma
filosofia de vida que não se concilia com a essência da civilização ocidental e
cristã. Acontece em França como em toda a Europa. Portanto, estamos perante um
problema bicudo e a porta se escancara cada vez mais aos prosélitos da
extrema-direita.
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