Faz parte de um instinto de
pusilanimidade, este apontar de dedo acusador – tal como na infância, por
vezes, os meninos fazem, com o apelo aos adultos. Rui Ramos descreve e historia, recorrendo ao
passado, quando tudo começou, para confronto com o presente, das Marisas
acusadoras, a ver se pega, se extirpam o furúnculo. O certo é que “Há sempre alguém Que nos diz “tem cuidado” - eram os Trovante que o informavam então, adeptos de Marisas e C.ia, nesses
tempos áureos das conquistas da liberdade que, todavia, faz que o Chega não possa ter lugar hoje, segundo o dedo
acusador potente e esquecido das Marisas espremidinhas. Um excelente texto de Rui Ramos, com, de resto, inúmeros apoiantes - que nos lembra
tudo o que passou, e que chegou aqui...
Com estes amigos, a liberdade dispensa inimigos /premium
Em 1980, Sá Carneiro percebeu que
perante uma esquerda como a de Ana Gomes e de Marisa Matias, a direita, para
governar, precisava de um governo, uma maioria e um presidente. Continua a
precisar.
RUI RAMOS , Colunista
do Observador OBSERVADOR,
18 dez 2020,
Ilegalizar o
Chega? Recusar a posse a um governo assente numa maioria parlamentar de que
faça parte o Chega? Do PS ao BE, estas ameaças parecem ser agora de bom tom.
Fizeram-nas, pelo menos, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando
Medina, e as candidatas presidenciais Ana Gomes e Marisa Matias. É um
disparate? É, sem dúvida que é.
O Chega
é um partido cujo programa e estatutos,
como já agora todos deviam saber, não violam nenhum preceito da Constituição. Em nenhum lugar do programa, o Chega “perfilha a ideologia fascista”
(motivo de proibição, segundo o artigo 46 da Constituição de 1976). O Chega também não é “uma associação armada nem de tipo militar,
militarizada ou paramilitar” (mais um motivo de proibição, segundo o citado
artigo), nem assume a violência como um dos meios de atingir os seus fins – o
que, aliás, deveria ser o único critério de ilegalização de um partido ou
organização política (ser uma associação armada ou de tipo militar com vista à
prática de actos violentos). Logo, a ilegalização do Chega só poderia
estar fundada na apreciação judicial das opiniões de alguns dos seus dirigentes
e activistas. Lembremos que em 2017, já André Ventura fazia as
declarações que tem feito como presidente do Chega. Lembremos ainda que Ventura era, então, candidato autárquico do PSD.
Se o Chega tem de ser ilegalizado por causa
das opiniões de Ventura, deveria o PSD também ter sido ilegalizado em 2017? Mas lembremos também ainda que, por causa dessas
opiniões, Ventura chegou, em 2017, a ser chamado à
polícia, que nada lhes notou de ilegal. Logo, a única razão que
Medina, Gomes e Matias têm para ilegalizar o Chega é uma divergência de opinião. Mas se a divergência de opinião
bastasse para ilegalizar um partido, então a política em Portugal passaria
desde já para as secretarias dos tribunais, com todos os partidos a tentarem
iniciar o processo de ilegalização uns dos outros.
Mas suponhamos
que sim, que mesmo assim, Medina, Gomes e Matias conseguiam que uns quantos
juízes amigos ilegalizassem o Chega. Como é que, depois dessa decisão do
tribunal, se proporiam Medina, Gomes e Matias resolver o problema da
ilegalização de um partido com um deputado e, segundo fontes do próprio
partido, uns milhares de militantes? Que fariam se a direcção do Chega e os
activistas do partido insistissem, como já prometeu André Ventura, em continuar
a reunir-se, a dar entrevistas, a escrever artigos, a publicar nas redes sociais? Estariam Medina, Gomes e Matias dispostos a
restabelecer a polícia política e a censura à comunicação social, de modo a
parar e a calar o ex-Chega? Segundo André Ventura, o Chega tem 20 000 militantes. Admitamos que pelo menos 5 000 são gente convicta e
determinada. Estarão Medina, Gomes e Matias
decididos a mandar prender 5 000 pessoas? Faria sentido uma democracia com
5000 presos políticos (o Estado Novo, quando caiu, em 1974,
tinha 85 presos no Forte de Caxias e 43 no Forte de Peniche)? A
verdade é esta: enquanto os cidadãos, por eles
próprios, não decidirem esvaziar o Chega, deixando de votar ou de militar no
partido, não há democracia em Portugal sem o Chega, porque qualquer outra
maneira de eliminar o partido implicaria alguma forma de regime autoritário e
policial. A este respeito, fazia bem a Medina,
Gomes e Matias lerem um livro antigo, de Cornelius Castoriadis. Chama-se Devant la Guerre, e o
seu primeiro volume (Les Réalités) foi publicado em 1981. Aí, Castoriadis examina as
implicações da proibição de um partido como o Partido Comunista Francês. Sim,
era um partido ao serviço da União Soviética, em que a democracia francesa, no
caso de um confronto entre a França e a União Soviética, não poderia confiar, e
cujas actividades lhe conviria restringir a bem da defesa nacional. Mas a
conclusão de Castoriadis não permite ilusões: ao proibir o PCF, o governo teria de prender, de vigiar e
de restringir os direitos de tanta gente, que a França deixaria de ser uma
democracia.
Um disparate,
portanto, para encolher os ombros e não levar a sério? Não, de modo nenhum. A
proibição do Chega não ocorreu a Medina, a Gomes e a Matias por acaso. Na
tradição política em que se anicham, festeja-se com carinho o tempo em que os
seus antecessores podiam exigir e conseguir a proibição de partidos. Porque não
foi só no Estado Novo que houve partidos proibidos. Em Setembro de 1974, foram
proibidos vários partidos políticos ditos de “direita”, como o Partido do
Progresso, ou o Partido Liberal. Como era costume na época, foram acusados de organizarem um “golpe da
reacção”. Porquê? Porque participaram numa manifestação de apoio ao
Presidente da República, o general Spínola, por sua vez suspeito do crime
hediondo de querer honrar o compromisso do MFA de que haveria eleições livres em todos os territórios sob administração
portuguesa (não
houve). Muitos dos
seus dirigentes foram presos e mantidos na prisão meses a fio sem culpa
formada, sem visitas e sem acesso a advogados.
Mas o que aconteceu então? O país ficou, finalmente,
sem partidos de direita? Não, porque no momento em que o Partido do Progresso e
o Partido Liberal foram proibidos, o PSD (então PPD) e o CDS, que então faziam
todos os esforços para ser, respectivamente, um partido de centro-esquerda e um
partido do centro, tornaram-se os partidos de direita. Não havendo outros, tiveram de ser eles. E
passaram também imediatamente, apesar dos seus compromissos com a revolução,
até pelas posições que ocupavam ou tinham ocupado no Governo Provisório ou no
Conselho de Estado, a ser tratados pelas esquerdas como tinham sido os partidos
antes proibidos, isto é, como agentes abomináveis do golpismo reaccionário.
Nunca mais o PPD e o CDS, onde a esquerda tinha força, tiveram licença para
fazer um comício ou, sequer, terem uma sede. A sede do CDS em Lisboa foi
assaltada e incendiada duas vezes. O CDS nem conseguiu concluir o seu primeiro
congresso no Porto, em Janeiro de 1975, sob as pedradas e os ataques dos
Medinas, Gomes, Matias e demais anti-fascistas da época. Nunca valeu a pena ao
CDS dizer que a direita tinha sido o Partido do Progresso e o Partido Liberal,
já proibidos, e com os seus dirigentes presos. A revolução precisava de uma
extrema-direita para perseguir, proibir e prender. Nunca uma verdadeira
revolução esquerdista pôde dispensar a invenção constante de
“contra-revolucionários” e “fascistas”: na União Soviética, Estaline acabou por
os encontrar já entre os próprios camaradas que tinham feito a revolução de
1917 com ele.
Por isso, não
haja ilusões: neste momento, uma hipotética ilegalização do Chega, que só se
pode conceber, como em 1974, num ambiente de alarmismo revolucionário
esquerdista, teria como único efeito fazer o CDS voltar a ser a
“extrema-direita”, o partido do “fascismo”, como já várias vezes foi no passado,
em 1975, com Freitas do Amaral, ou em 2002, com Paulo Portas. É que os Medinas, as Gomes e as Matias não
sabem viver sem fascistas: basta-lhes que haja quem não pense exactamente como
eles.
Quanto
a uma presidente Gomes ou Matias recusar dar posse a um governo apoiado na
Assembleia da República por uma maioria de direita de que fizesse parte o
Chega, como é o caso na Região Autónoma dos Açores, teria dois efeitos óbvios:
o primeiro era a necessidade de a presidente Gomes ou Matias dissolver a
Assembleia da República e convocar novas eleições, dispondo-se, no caso de a
maioria ser renovada, a demitir-se, como Jorge Sampaio confessou que estava
mentalmente preparado para fazer em 2005, no caso de se repetir a maioria
PSD-CDS; o segundo efeito seria a direita, depois de
ter percebido, em 2015, que para voltar a governar precisa de uma maioria
absoluta no parlamento, perceber que também precisa de um Presidente da
República. Mas
já Sá Carneiro em 1980 compreendera que, perante uma esquerda do mesmo tipo da
que hoje é representada por Fernando Medina, Ana Gomes e Marisa Matias, a
direita, para governar, precisava de uma maioria, um governo e um presidente.
Pelos vistos, continua a precisar.
PARTIDO CHEGA POLÍTICA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA CDS-PP PSD ANA GOMES PAÍS ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS ELEIÇÕES
COMENTÁRIOS
Há um artigo do NYT que sugere não vacinar as
populações mais velhas pois são desproporcionalmente compostas por brancos.
Aonde chegámos, Meu Deus...Agora, escolhe-se quem recebe a vacina consoante a
cor da pele. Aonde chega a Esquerda radical. https://www.nytimes.com/2020/12/05/health/covid-vaccine-first.html
Maria Narciso: Um
homem que renega a Constituição Portuguesa , mas diz sem pudor algum que
prestaria juramento de honra de a cumprir , felizmente que não será Presidente
, pois seria um sacrilégio.
Carla Sequeira: Parabéns
Obrigada ! Luis
Carlos Marques Pereira: Muito
bom! Isabel Mª S.
Marques: Muito bom... Carminda Damiao: Muito bem. Parabéns. marcos graça: Parabéns, mostrou uma realidade esquecida
propositadamente por alguns e ensina aos mais novos um tempo conturbado de
gente obcecada, levada a desvarios impensáveis,,,, o que se passou no PREC?
,(muitos desconhecem, principalmente os mais novos), o ódio minou milhares de
cérebros, falou mais alto, tentaram o uso da força e impor a sua ideologia a
qualquer preço,,,, tempos,,que,,,felizmente ficaram para trás.
Myagui San: Não há
novidade nesse discurso de candidatos presidenciais. Na realidade, e devemos relembrar, que
Jorge Sampaio já dissolveu a AR de forma oportuna para seu partido, num
atropelo à democracia, e simplesmente com base num frenesim da imprensa lacaia.
Depois da entrevista
de André Ventura na RTP, está bem evidente o servilismo da comunicação social
lisboeta, e da alternância do seu criticismo, em função de quem ocupa a
governação. Tiago S:
O artigo da
constituição mencionado por RR sempre careceu de revisão desde a sua
formulação. Onde se lê " ...ideologias fascistas", dever-se-ia ler
"...ideologias fascistas, nazis, comunistas e maoistas", e assim
ficava completo o ramalhete das ideologias do mal. No parlamento europeu já se
chegou ao consenso que nazismo/fascismo e comunismo são ambas equiparáveis
ideologias do mal. Nessa declaração faltou-lhes a coragem para incluir o
maoismo chinês responsável por mais de 60 milhões de vítimas, and still
counting. Concluindo, já se percebeu que o Chega é um partido nacionalista e
não fascista, vulgar de Lineu como existem dezenas na Europa. E o PCP e o BE
são o quê? Não são respectivamente partidos comunista e maoista, que professam
aquelas ideologias ? ou são partidos criados e praticantes da tradição
democrática europeia como são os partidos sociais-democratas, trabalhistas,
conservadores e/ou liberais ? Quem é que esta gente quer enganar? Graciete Madeira: Excelente artigo. Completamente de acordo. Luis Barbosa Rodrigues: Magistral. old young: Excelente João Bilé Serra: Parabéns por esta análise política
objectiva e descomplexada.
Francisco Amaral: Muito
bem. Miguel Lima: Mas o PSD é de direita??? onde??
Leonardo d'Avintes: A nossa
"democracia" é propriedade destas figurinhas da esquerda. Sempre foi,
e a esquerda nunca se cansa de nos mostrar o quanto despreza a própria ideia de
democracia. O que admira é ainda haver tantos concidadãos que lhes dão mandato. Cidadão Comum: Aos poucos o Sr RR lá se vai revelando.
Segundo ele, o único critério de ilegalização de um partido ou organização
política deveria ser uma associação armada ou de tipo militar com vista à
prática de actos violentos, que é apenas a 1ª parte do artigo 8º da lei dos
partidos políticos, obviamente a 2ª parte não lhe interessa António
Reis > Cidadão Comum: Então vamos a isso, mas na sua completa extensão: pcp
e be ilegalizados já, sem demoras. Francisco Correia: Numa verdadeira
democracia, a extrema esquerda faz tanta "falta" como a extrema
direita (ou seja, não fazem falta nenhuma). Ora Portugal não é uma
verdadeira democracia porque a extrema esquerda tem muito mais poder que a
extrema direita. O entorse na nossa democracia não está no Chega! com 1
deputado eleito, está no PCP e BE com 29 deputados. Leonardo d'Avintes > Francisco Correia: Numa verdadeira democracia (tradução de
" governo popular"), o que faz falta é liberdade e respeito pelas
escolhas que o povo faz nas urnas. Tudo o resto são justificações de regimes
mais ou menos tutelados por oligarcas. Joaquim Rodrigues: Sá Carneiro conhecia melhor que ninguém os
atavismos da sociedade portuguesa e sabia que, para afrontar o
"Sistema" engendrado pelos afilhados de Salazar/Cunhal no pós-25 de
Abril, assente no "Estatismo" e "Centralismo", herdados do
Estado Novo e preservados no PREC pelo Cunhal, precisava de "um Governo,
uma Maioria e um Presidente". Sá Carneiro não foi assassinado por acaso. O Programa Político de
Sá Carneiro, de Libertação da Sociedade Civil, Liberalização da Economia,
Descentralização Política, desmame “das Oligarquias” da “mama do Orçamento de
Estado” e de redução do peso do Estado na economia, mantém plena actualidade. Foi por nunca, em
circunstância alguma, mesmo após traições várias, ter abdicado desse programa político,
que Sá Carneiro foi assassinado. Hoje, a simbiose entre a “Oligarquia DDT”
e os seus gestores de serviço, “as Oligarquias Partidárias”, está muito mais
“afinada”, no aproveitamento das oportunidades que o “Centralismo” e
“Estatismo” oferecem, depois de terem posto toda a Comunicação Social ao seu
serviço. Rui Rio, como o próprio vem constatando, ou
"amansa e colabora" ou continua a ser trucidado pela Comunicação
Social e vai para o seu lugar o Moedas. A
"Refundação" de um Regime verdadeiramente Livre e Democrático em
Portugal, onde verdadeiramente haja Liberdade, Democracia, Igualdade de
Oportunidades para todos os cidadãos e todo o território, de Norte a Sul do
País, passa pelo pensamento político de Sá Carneiro que, ao contrário do que os
escribas do Sistema nos querem fazer crer, continua a ter plena actualidade.
E aqui o “Chega” não mete prego nem
estopa. Carlitos Sousa: O
receio, diria o pavor, que a esquerda revela quando se refere ao Chega! é um
excelente sinal. Mostra que o Chega! é uma real ameaça para a continuação da
ditadura de esquerda, e para a possibilidade do centro direita voltar ao poder
com a ajuda do Chega! Por
mim, CHEGA!, se com isso nos livrarmos dos xuxas. josé maria: A direita portuguesa está dividida entre:
1 - A direita decente de Miguel Poiares
Maduro e dos restantes subscritores do Manifesto dos 57, incluindo algums
colunistas do Observador, como Alexandre Homem Cristo, Sebastião Bugalho, André
Abrantes Amaral, José Diogo Quintela, Pedro Gomes Sanches;
2 - A direita xenófoba
e racista do Chega; 3 - A direita cúmplice daqueles que, como
Alberto Gonçalves ou Rui Ramos, contemporizam com a direita da versão nº 2 e
convivem muito bem com essa contemporização, ou como Cavaco Silva, que até veio
aprovar publicamente a coligação do PSD com o Chega. José
Paulo C Castro > josé maria: Esqueceu-se de 4 - a direita que gosta de ver o
marxismo encapotado a estrebuchar e que antes se abstinha mas agora acha
divertido usar as mesmas armas da esquerda.
Joao Mar > josé maria: "direita racista e xenófoba" no entanto é
num governo de esquerda que torturam e assassinam estrangeiros dentro de
instalações do Estado. Sem que ministro e primeiro ministro assumam
responsabilidades. Joaquim
Moreira: Ninguém melhor que
José Milhazes para falar destes rapazes! Na verdade, deste partido, conhece
muito bem a sua realidade. E dá-se ao trabalho de ler o Avante, e divulgar
afirmações que, pela CS passam despercebidas, quando não são ignoradas ou
esquecidas. Pessoalmente, sinto-me perfeitamente à vontade, para dizer que o
PCP, é inimigo da liberdade. Até porque concordei que, depois do “25 de
Novembro”, não fosse ilegalizado, como defendia muito português, bem informado.
O facto de vivermos em democracia e de termos, à EU, aderido, as ideias do PCP
não fazem qualquer sentido. A não ser para quem, ao fim de 46 anos de
democracia, ainda acredita em tão fanática ideologia. Mas, atenção, ao serem
uma influência do poder, encontraram a forma de, na prática, pelo menos uma
parte da ideologia, exercer. Graças a este PS, haver! Quanto ao Putin, apenas
uma coisa me apetece dizer. Prefiro de longe os USA, mesmo quando Ronald Trump
exercia o poder. Maria Alva: Excelente. A incongruência de Ana
Gomes é colossal, já que ela própria militou num partido antidemocrático e
anticonstitucionalista, o MRPP. Quanto à Marisa e ao Medina são
"rolhas flutuantes" que andam ao sabor das directivas que os chefes
lhes mandam fazer. Luís Rodrigues > Maria Alva: Na juventude muitos de nós somos (fomos) tontos. Mudar
de militância é normal. O problema é quando se muda e a tontaria continua. Joaquim
Moreira: Concordo muito com esta
análise, no essencial, e agradeço ainda o ter recordado uma parte da história
recente de Portugal. Além da evocação, do PCF e das implicações da sua eventual
proibição. No caso em análise, julgo que o maior problema reside no facto de,
depois do que aconteceu nos Açores, o PS e a outra esquerda, perceberam que vão
ter dissabores. Estavam convencidos que o modelo escolhido, depois de eleições
terem perdido, não permitia que, tão cedo, a direita lhe causasse qualquer tipo
de preocupação ou de medo. Mas ao verificar que há uma solução à direita, há
que fazer tudo, começando por tentar reunir a seita. Contando até com alguns
inteligentes, ditos de direita. Até porque sabem muito bem que muitos dos
eleitores do PS e até do BE, já votaram PSD. E sabem também que alguns
eleitores do Chega, já votaram no PCP. Portanto, a principal razão de ser, é
sentirem a fugir o seu poder! Manuel Magalhães: Excelente artigo onde claramente se
demonstra a democraticidade (inexistente) nas esquerdas em Portugal, quem não
pensa como eles, é acabar com eles... FME: A entrevista de hoje ao candidato
presidencial João Ferreira, e esta crónica do Rui Ramos fizeram-me lembrar uma
discussão de 1975, muito interessante, entre dois indivíduos sobre a
cooperativa na reforma agrária (pesquisar: excerto do documentário torre bela
1975 qual é o valor da tua ferramenta). Pois, parece que voltamos ao mesmo.
Catarina Martins ontem falou sobre uma requisição civil aos serviços de saúde
privados para ficarem sobre o domínio da cooperativa SNS. Mas na realidade, a
questão não está no valor da ferramenta, mas sim, na lavagem cerebral que as
esquerdas continuam a praticar. Pegamos neste documentário, fazemos algumas actualizações
e estamos em 2020, com Medina, Ana Gomes, Marisa Matias e obviamente Catarina
Martins no papel do “revolucionário” que diz: “… isto não é teu, nem é meu nem
é deste, é da cooperativa!” O homem que não quer entregar a ferramenta à cooperativa,
porque, precisa dela para trabalhar, representa a social democracia e a direita
em Portugal. Mas a esquerda ganhou a discussão. Hoje a grande cooperativa é o
Estado que nos leva tudo o que temos, e que depois distribuiu a seu belo prazer
pelos apoiantes da cooperativa! Uma cooperativa gigantesca que depois não
consegue dar resposta no SNS e lá precisa de mais ferramentas, de todas as
ferramentas! Mas a cooperativa não funciona. Portugal está mais pobre, cada vez
mais pobre! F A: Um raro artigo que explica os primeiros
tempos pós 25 de Abril, em que muita gente boa e séria foi presa sem direitos.
Havia mais presos Políticos alegadamente de direita , nos meses seguintes ao 25
Abril, do que quando o 25 de Abril ocorreu. Artigos como este devidamente
divulgados como serviço Público Adelino
Lopes: Análise simples e
óbvia do Rui Ramos. Só acrescento um pequeno detalhe: o povo precisa de festas
para beber uns copos e ficar alegre. E como sabemos, os copos não servem apenas
para festejar; também servem para fazer esquecer, distrair, etc, etc. Será esta
a justificação à volta da ilegalização do Chega? Talvez sim, ou talvez não. Às
tantas jogam na divisão dos votos do PSD. Enfim, jogadas políticas dos
políticos profissionais da nossa praça. O que lhes interessa é manterem-se no
poder. O povo que se “divirta”.
VICTORIA ARRENEGA: Excelente crónica. José Pinto
de Sá: Excelente texto,
recorrendo à História que alguns se esforçam tanto por reescrever! Uma pequena correcção:
a 25 de Abril de 1974 os presos políticos não eram 85 em Caxias e 43 em Peniche
(totalizando 128), mas sim 86 em Caxias (82) e no seu Hospital (4), 9 no Porto,
e 36 em Peniche, totalizando 131. Claro que a diferença é residual. A partir do 28 de
Setembro de 1974 os números dispararam, e em Caxias, por exemplo, onde antes
estavam 4 presos por cela, passaram a estar 11 e 12, tendo sido montados
beliches para o efeito. JB Dias: Dentro
de um "socialista", seja em que versão seja, existe sempre um
espírito totalitário pronto a saltar à primeira oportunidade ... Lembrem-se
quando for hora de votar. Antonio Sousa Branco: Boa crónica. Excelente argumentação, que
desmonta por completo e faz um paralelo, entre os que actualmente se julgam os
"donos da democracia", e aqueles que em 1974/75, como o PCP, Vasco
Gonçalves, o MFA e restantes extremistas avulso, que certificavam quem eram os
"bons e os tenebrosos fascistas". Então, como agora, apesar de mais
polidos e com novas roupagens, estes " iluminados democratas",
convivem muito mal com a diferença.
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