De Alexandre Homem Cristo e seus comentadores, com razões de sobra para assim se sentirem, como bem explicitaram. Mas vamos vivendo, nesta quadra natalícia, e noutras anteriores, é certo, escutando histórias de gente que tem histórias para contar, geralmente tristes ou enternecedoras, nas televisões, que nos vão preenchendo os dias de triste confinamento, com histórias ainda mais acabrunhantes. E nós assim vivemos, parados na nossa piedade desconsolada. Quem pode sobreviver mentalmente saudável? Felizmente há o snooker, jogo de precisão e inteligência. Embora não sejamos nós a jogar, é claro. Desistamos, como Pessoa, mas ao menos no prazer e orgulho de o termos por nosso. E leiamos estes jovens – ou seniores - argutos que escapam a tanta pasmaceira despoticamente miserabilística em que nos movemos...
…Sinto urna
simpatia por essa gente toda,
Sobretudo quando não merece simpatia.
Sim, eu sou também vadio e pedinte,
E sou-o também por minha culpa.
Ser vadio e pedinte não é ser vadio e
pedinte:
É estar ao lado da escala social,
É não ser adaptável às normas da vida,
Às normas reais ou sentimentais da vida
—
Não ser Juiz do Supremo, empregado
certo, prostituta,
Não ser pobre a valer, operário
explorado,
Não ser doente de uma doença incurável,
Não ser sedento de justiça, ou capitão
de cavalaria
Não ser, enfim, aquelas pessoas sociais
dos novelistas
Que se fartam de letras porque têm razão
para chorar lágrimas,
E se revoltam contra a vida social
porque têm razão para isso supor.
Não: tudo menos ter razão!
Tudo menos importar-me com a humanidade!
Tudo menos ceder ao humanitarismo!
De que serve uma sensação se há uma
razão exterior para ela?
Sim, ser vadio e pedinte, como eu sou,
Não é ser vadio e pedinte, o que é
corrente:
É ser isolado na alma, e isso é que é
ser vadio,
É ter que pedir aos dias que passem, e
nos deixem, e isso é que é ser pedinte.
Tudo mais é estúpido como um Dostoievski
ou um Gorki.
Tudo mais é ter fome ou não ter que
vestir.
E, mesmo que isso aconteça, isso
acontece a tanta gente
Que nem vale a pena ter pena da gente a
quem isso acontece.
Sou vadio e pedinte a valer, isto é, no
sentido translato,
E estou-me rebolando numa grande
caridade por mim.
(Cruzou por mim... Álvaro de Campos)
O futuro é o passado /premium
Para eventual choque do líder da JS, a culpa do atraso
português não é do capitalismo, da “ganância do lucro” ou de um vilão
“bafiento”. É, sobretudo, de quem governou 17 dos últimos 25 anos — o PS.
OBSERVADOR 17 dez
2020
Há
dias, cometi a imprudência de escutar a intervenção do recém-eleito secretário-geral da
Juventude Socialista, Miguel Matos (26 anos), no encerramento do congresso que o elegeu
e no qual foi candidato único. Foi um
discurso arrasador, no pior sentido da palavra: fica-se arrasado por constatar
que a juventude do partido que governa o país projecta uma visão política e
ideológica que só em 1975, no fervor do PREC, se toleraria. Lamento, mas se este discurso representa o
futuro, devo avisar que já o conhecemos: foi o passado.
Antes
que me acusem de exagerar, cito as palavras do novo secretário-geral da
Juventude Socialista. Sobre o modelo económico que vigora
nas sociedades livres: “Somos,
como geração, vítimas contínuas de um sistema capitalista, que nos hipoteca os
sonhos, que nos aumenta as rendas, que nos paga mal e aumenta as desigualdades.”
Sobre as grandes empresas:
“A ganância do lucro tritura-nos os sonhos.” Sobre a
economia de mercado: “A
tendência do mercado nunca foi tão visível, não há cá essa história da mão
invisível”, até porque “a mão invisível do mercado não pode comandar a
nossa vida”. Sobre como resolver os nossos desafios
económicos e sociais: “o
socialismo democrático é mesmo a resposta para as crises”, pois “o capitalismo
desenfreado, a acumulação de riqueza e a ganância do lucro têm mesmo de ter um
fim”. Sobre o caminho a percorrer: é
preciso “um Estado interventivo e forte”, como consta da sua moção global.
E, para abraçar o estilo discursivo dos anos 70, estas
tiradas foram precedidas de alusões emotivas aos “17 mil dias” que passaram
desde que “os capitães enfrentaram a noite”, na luta de Abril que é sentida
pela actual geração.
Poderá ser surpreendente que o
discurso do líder da Juventude Socialista se apoie nas muletas retóricas dos
discursos mais inflamados da Festa do Avante!, mas isso apenas o torna caricato. Mais grave, o que impressiona mesmo, é sermos
confrontados com esta percepção de que os socialistas não aprenderam nada com
os seus erros e que os mais jovens fixaram como meta repeti-los. No contexto europeu, Portugal é um país
cada vez mais pobre, economicamente estagnado e a divergir. Actualmente, fomos já ultrapassados por países
que, há 20 anos, tínhamos como exemplos de atraso económico e social —como a Estónia ou a Lituânia. Em breve, seremos ultrapassados
pela Roménia. E, de resto, em paridade de poder de compra, o
valor médio recebido em Portugal por hora de trabalho já só é superior ao da Bulgária. A nossa
história, desde 2000, conta-se através de uma sequência imparável de
empobrecimento relativo e de oportunidades desperdiçadas para abrir a sociedade
e modernizar a economia. Perante este fracasso, só pode gerar estupefacção
explicarem-nos que, afinal, o problema se encontra no modelo capitalista.
Para eventual choque da Juventude
Socialista e do seu líder, a culpa deste atraso português não é do mercado, do
capitalismo, da ganância do lucro ou de qualquer outro vilão “bafiento” que
satisfaça narrativas partidárias. A
responsabilidade deste atraso português é de quem fechou a economia, em vez de
a abrir; de quem centralizou sempre o poder no Estado, em vez de libertar
sectores estratégicos das amarras estatais; de quem colonizou a administração
pública e dela fez um centro de emprego, em vez de profissionalizá-la e
recompensar o mérito com recrutamentos exigentes.
E, nestes departamentos, mesmo não havendo inocentes, há quem seja mais culpado
do que os outros: desde 1995 (25 anos), o PS governou 17 anos. Seria
oportuno que a Juventude Socialista pensasse nisto.
No
célebre livro “1984”, de
George Orwell, há uma
passagem marcante em que o protagonista Winston Smith (já capturado e
sob interrogatório) resiste à manipulação do seu torturador, agarrando-se a uma
réstia de esperança. No seu íntimo, acreditava que, no futuro, haveria
sempre alguém com coragem para resistir e que, por isso, o regime acabaria
eventualmente derrotado. É então que o seu torturador o
esclarece: se ele quisesse uma imagem do
futuro, que imaginasse uma bota a esmagar um rosto humano, perpetuamente.
Winston percebe: o futuro seria igual ao passado e ao presente — um estado
permanente de controlo, poder e manipulação, sem luz ao fundo do túnel, sem
razão para esperança. Ora,
nos dias em que ouvimos discursos como os do congresso da Juventude Socialista,
acontece que também nós, portugueses, somos lembrados dessa bota que nos esmaga
perpetuamente, assim desafiando a nossa réstia de esperança num futuro que não
seja igual ao passado.
COMENTÁRIOS:
Francisco Correia: O futuro é mais uma bancarrota patrocinada pelo PS. Andrade
QB: Contraditoriamente
a este discurso obscurantista do líder da juventude socialista, os dados
disponíveis mostram que não é compartilhada pela maioria dos jovens. Qual o
porquê de só se ouvir, e na prática só existir, este activismo minoritário?
Eu tenho uma interpretação é a de que alguém que se atreva a dizer o contrário
fica automaticamente submetido a acusações do que mais ignominioso se pode
ouvir por parte do rolo compressor do politicamente correcto. Leonardo d'Avintes: Os efeitos de 25 anos de socialismo já não podem ser corrigidos no tempo de
uma geração, se é que poderão ser corrigidos de todo. O líder da JS, e genericamente
toda a juventude, estão irremediavelmente condicionados em termos ideológicos,
quer pela "educação", quer pelos mass
media e o meio cultural. Portugal é hoje uma sofisticada ditadura de esquerda. Sofisticada porque
formalmente não parece que é uma ditadura (o Tribunal Constitucional ainda
existe?), mas a realidade económica e social não deixam lugar a qualquer dúvida. Bernardo Vaz Pinto: Assustado , a única solução é
votar contra, nas autárquicas, nas presidenciais, nas legislativas. António Reis: Excelente artigo. Mete pena ver
jovens com esta perspectiva de futuro. Que tristeza. Tromba Rija: Os Xuxa querem uma sociedade
empobrecida e manipulada por eles que ostentaram a riqueza pelos outros
produzida. Fernando
Prata: Não fora o
facto de estarmos na Comunidade Europeia, já seríamos a Venezuela da Europa. De
qualquer modo, como "ainda" somos uma democracia, acho que a
principal culpada é a parte do povo que vota no PS, BE e PCP. Esses sim, que se
contentam com aumentos de cêntimos, acham que os "ricos" devem pagar
a crise, sem perceberem que o problema é mesmo a falta de mais ricos, ou seja
eles próprios. Não me canso de lembrar que o PCP e o BE (e o PS de hoje) nunca querem
acabar com os pobres, mas simplesmente "ajudá-los" a continuarem
pobres. No dia em que tivermos um vencimento suficiente para todos poderem
viverem com dignidade, esses partidos deixarão de existir. Infelizmente, com
apoio de grande parte do povo, esse dia nunca chegará. Manuel
Magalhães > Fernando Prata: Bem dito!!! Português Indignado: Uma vergonha imensa é aquilo
que os dirigentes políticos portugueses deviam sentir...Já só estamos á
frente da Bulgária em rendimento por hora e poder de compra....que
horror...Este modelo socialista é um falhanço completo, um verdadeiro desastre.
Portugal precisa muito de mais
liberalismo e menos socialismo ou ainda se arrisca a tornar na Venezuela da
Europa !!!! Leonardo
d'Avintes: Português Indignado: Ainda se arrisca?! Mas Portugal
é a Venezuela da Europa!
Caça Fantasmas: Para ajudar a ultrapassar isto devia acabar a subserviência de certa
comunicação social ao poder socialista ou devia haver eleições e o dr. Costa
ganhar com maioria absoluta para se libertar dos pesos mortos da geringonça que
só nos atrasam ou devia haver eleições e haver alternância (que é sempre a
melhor solução). Obviamente temos que excluir um bloco central. d f: O gráfico do Eurostat é impressionante. Já
estamos abaixo da cauda da Europa. Uma tristeza, a pobre retórica destes
"jovens", completamente ultrapassados pela globalização e
enriquecimento generalizado do mundo lá fora. A JS, BE e PC só descansam
quando o último dos últimos países europeus nos ultrapassar definitivamente -
para não falar de todos os asiáticos. josé maria: No tempo de Cavaco, do homem
que " sabia governar", a taxa de intensidade de pobreza, quando saiu
do poder, em 1995, estava fixada em 26,0. Quando Guterres, o homem que
"não sabia governar", deixou de ser PM, essa taxa baixou para 22,0, o
número mais baixo de sempre. Contra factos, não há argumentos, AHC.... Luiz Ginja > josé maria: isso de fazer copy cola é pouco clarificador . este
discurso já o vi por aí.
Luís Pombo > Luiz Ginja: Aonde?
josé maria > Luiz Ginja: Clarificador é também o facto de você não conseguir
refutar os dados que eu apresentei, isso sim é muito elucidativo... Leonardo d'Avintes > zé maria: Um milagre, José Maria, um milagre! Como é que depois de 25 anos de
socialismo e de deixarmos a pobreza para trás, no espaço europeu só os búlgaros
tenham salário/ hora mais baixo que o nosso, quando há 25 anos eram TODOS os
países do Leste europeu? Aonde é que se vai buscar o dinheiro para as prestações
sociais? Vc é um desonesto, e os seus comentários são uma ofensa. josé maria > Leonardo d'Avintes: Bom proveito: Taxa de Intensidade de Pobreza: 1995- 26,0 (Cavaco): 2000 -22,0 (Guterres); 2015 -26,7 ( Passos); 2018 -22,4 ( Costa ). Fonte : Pordata Francisco Correia > josé maria: Oh, Zé Maria diz-me lá se com essa tal "taxa de
intensidade de pobreza" é possível comprar melões. Ainda não percebeste que só os
búlgaros conseguem comprar menos melões que nós? Manuel Magalhães > josé maria: Onde é que já vai o Guterres e o seu pântano, depois
disso já houve a desgraça do Sócrates e a actual do Costa, haja pudor... e
Guterres beneficiou do trabalho feito pelo governo de Cavaco! josé maria > Francisco Correia: Taxa de Intensidade de Pobreza - UE – 2019 Portugal - 22,4, Espanha
- 29,1 Itália - 32,0, Áustria - 23.9 Grécia -27.0 Pordata. Os dados da Itália são
de 2018, por não haver ainda dados, desse país, relativos a 2019. josé
maria > Francisco Correia: Taxa de Intensidade de Pobreza
- UE – 2019: Portugal - 22,4; Espanha - 29,1;
Itália 32,0;
Áustria -
23.9 ; Grécia - 27.0 Pordata Ainda conseguimos comprar mais
melões do que países tão "miseráveis" como Espanha, Itália, Áustria e
Grécia ? Hel_Marques
Marques > josé maria E o sr Dr pode informar-me, se não se incomodar, como
estava a dita taxa na época do sr Eng. Socrátes? Seria interessante a
leitura. Joaquim
Zacarias: O que este jovem
socialista disse, é o que todos os socialistas pensam, e nem sempre dizem. António Sennfelt: Profético texto que só peca por
excessivo pessimismo! Não meus senhores, a verdade é que o futuro que nos
espera não irá ser igual ao passado! Com dirigentes da laia dessa auspiciosa
estrela ascendente do socialismo democrático - em boa hora eleita ao
estonteante cargo de secretário-geral da Juventude Comunista, perdão, queria
dizer da Juventude Socialista - podemos estar confiantes de que o nosso futuro
colectivo, entregue a tão magnificentes mãos, irá superar o brilho da
portentosa Venezuela! E nesse nosso tão radioso como merecido futuro iremos
suplantar em felicidade a alegria e gratidão sentidas por Winston Smith, herói
do 1984 de George Orwell, após a sua prolongada e bem sucedida lavagem ao
cérebro! Bem hajam, portanto, os nossos actuais e futuros dirigentes
socialistas! António
Duarte: Mentira, senhor
Cristo, a responsabilidade é do PS, do PSD, e do CDS, na proporção do tempo e
da representação que tiveram desde 1976 (até lá, é mais complicado, mas deverá
acrescentar-se o PCP e a respectiva ala militar). Deixe de branquear onde lhe
convém. Leonardo
d'Avintes > António Duarte: Sim, vc está certo. A
responsabilidade dos tempos em que a economia crescia entre 3,5% a 5% ao ano
são inteiramente do PSD e do CDS, e a responsabilidade do PS é a das bancas
rotas e da posterior austeridade e da inflação de 30% ao ano. josé maria: Portugal atinge o nível de desigualdade mais baixo de
sempre. Público, 1/12/2017 Foi com o actual governo, apoiado pelos partidos da esquerda radical, que
Portugal atingiu o nível de desigualdade mais baixo de sempre. Poucochinho, AHC
? Pedro Rodrigues
> josé maria: Nivelado por baixo. josé maria > Pedro Rodrigues: É exactamente isso, nivelado
por baixo. Desigualdade nivelada por cima foi em 2015. Caça Fantasmas > josé maria: Meu caro, juntaram pobres aos pobres que já existiam,
o que cria igualdade, ou seja, pobreza. Aliás, o vosso problema é sempre o
mesmo, que é acabar com os ricos. Quando acabarem os ricos ficamos todos
pobres, menos os chupistas e parasitas do Estado. Alexandre Areias > josé maria: Hilariante e um bom exemplo do que o socialismo e,
sobretudo, o socialismo atrasado que nós temos propõe: igualdade na pobreza
económica, educacional, cultural e anímica. Excepção feita, claro está, para os
amigos do PS que esses estão mais prósperos e gordos que nunca. Objectivo atingido,
sem quaisquer dúvidas josé
maria > Alexandre Areias: Hilariante é que você não
consiga refutar esses e outros dados estatísticos que eu tenho vindo a citar em
diversos artigos... Manuel
Magalhães > josé maria: Onde é que já vai o Guterres e o seu pântano, depois
disso já houve a desgraça do Sócrates e a actual do Costa, haja pudor... e
Guterres beneficiou de todo o trabalho feito pelo governo de Cavaco! advoga diabo: Para alguém, como AHC, habitualmente tão
preocupado com a Educação, desdobra-se em crónicas a este respeito, está a
prestar um mau serviço ao rapaz, assim o considera, da JS. Não só ao demonizar
tudo o que o PS fez, nem uma coisita positiva?!, mas sobretudo ao
"esquecer" que, depois do 25 de Abril, Cavaco foi o politico que mais
tempo governou. Fausto Amaral
> advoga diabo: Que pena não ter continuado +25 anos. Mario
Silva > advoga diabo: Qual foi o partido que mais tempo governou desde 1974?
E mais importante, qual foi o
partido que mais tempo governou nos últimos 20 anos? É que é desde 2000 que o
país começa a estagnar e a perder competitividade, poder de compra, etc em
comparação com o resto da EU João
Porrete > advoga diabo: Você é mesmo poucochinho ou está só a fingir? O
período de Cavaco Silva no governo é o de maior prosperidade do pós 25 de
abril. Como Presidente da República não tem poderes executivos por isso não
conta. Não adianta: a incompetência dos governos PS é insofismável MCMCA
A: Num país de analfabetos funcionais este tipo de
discurso é fundamental para conquistar votos e, esse moço e outros como ele,
que aprenderam a traficar influências nos bancos das universidades em lugar de
estudarem para serem bons profissionais, cultivam esta retórica porque é a
tábua de salvação dada a sua pouca mais valia técnica. Rui Guimarães: Impressionante! O discurso
deste "jovem" tresanda a mofo e a bafio. O futuro de Portugal, não
estará certamente nas mãos de "jovens" do calibre deste personagem. Adelino Lopes: Não me surpreende que existam
pessoas no PS com este tipo de discurso. Existem vários ministros assim. O que
abala a minha réstia de esperança é que a ignorância esteja presente de forma
genérica (na votação). De facto, esses que o elegeram não sabem que é exactamente
no seio dos países socialistas, com estados interventivos e fortes, que nascem
os gananciosos pelo lucro (ilegal) e acumulam riquezas imensas. Ou essa gente
duvida dos “mais iguais que os outros”, tipo vacina da amiga, ou mala de
dinheiro trazida pelo amigo? E dizem-me que isto é o futuro. Futuro amargo
portanto.
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