segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

Mudança em círculo

 

Ou seja, uma espécie de progresso, este nosso, da marca “vira o disco e toca o mesmo”. É o que resulta deste confronto de períodos nestes 46 anos de pós 25 de Abril, segundo a narrativa bem sarcástica de Helena Matos.

O presépio da Torre Bela ou o triunfo dos javalis /premium

No Portugal, presépio pagão de renas, luzes e bolas, a carrinha das vacinas foge dos buracos na estrada mas viaja com escolta de aparato e a morte dos javalis choca mais que a dos velhos.

HELENA MATOS Colunista do Observador

OBSERVADOR, 27 dez 2020, 08:3955

Sete motos de polícia e dois carros escoltavam a carrinha que transportava para o Hospital de São José as vacinas contra o Covid. Luzes a piscar, aparato policial dos grandes momentos e um tremendo buraco na estrada: é isto o Portugal presépio da Torre Bela, um país que grita para esconder que mendiga e em que pode faltar tudo menos o aparato.

Na herdade da Torre Bela, em 1975, o revolucionário ocupante de terras gritava ao camponês que tudo, da roupa às ferramentas, era da cooperativa. Em 2020, as redes sociais que assistem mudas à morte dos velhos em lares sem visitas nem tratamento adequado gritam “Chacina!” perante os veados abatidos numa caçada na mesma herdade da Torre Bela. Em resumo, a gritar é que se manda no povo. Em 1975 gritava-se pela Reforma Agrária. Em 2020 pelo fim da carnificina dos animais. Quanto mais se grita menos espaço há para se perguntar. por exemplo, quantas portugueses morreram por causa da recusa do Governo em recorrer aos privados para prestar os cuidados de saúde que o SNS deixou de prestar?

Em 1975 a enxada era da cooperativa. Em 2020, ninguém quer saber de enxadas. Aliás em 2020 antes de se usar a enxada há que analisar se a enxada tem as dimensões homologadas, se a enxada veio acompanhada dos respectivos selos e se o vendedor e o utilizador da enxada têm a sua situação fiscal regularizada. Em 1975 não sobrou muito tempo para cavar pois a maior parte das horas era ocupada em reuniões. Em 2020 cavar é um verbo que simboliza a decisão de milhares de portugueses de deixar o país. Não é que os portugueses não acreditem nos avanços e milagres constantemente anunciados por quem os governa, simplesmente não têm capacidade para acompanhar tanto progresso, tanto avanço e tanta conquista.

Na Torre Bela de 1975 a caça era do povo e a GNR reaccionária. No presépio da Torre Bela 2020 em que Portugal se tornou a GNR anda de dia com colete à prova de bala por temor das represálias (de quem?). À noite a Guarda fecha-se nos quartéis, quiçá com medo do escuro, pois mais não se explica e também parece mal perguntar. Mais umas décadas e os agentes da GNR acabarão reconvertidos em assistentes sociais. Aliás visitar idosos é uma das raras actividades a que por agora os agentes da autoridade perdida se dedicam sem temor das balas nem medo dos inquéritos. Como é óbvio a Venezuela é o destino que marca a nossa hora.

Em 1975, na Torre Bela acontecia a utopia da terra a quem a trabalha. Em 2020 a utopia passou da terra para a energia. Idêntico foi o assombro dos urbanos que a si mesmos se definem como conscientes perante o falhanço das suas utopias: em 1975, descobriram estas almas sempre em frenesi libertador que a terra não só não foi para quem a trabalhou como que na cooperativa da Torre Bela em vez de se guardarem produtos agrícolas se armazenavam armas (algumas das tais que, como explicava Otelo, estavam em boas mãos porque à esquerda). Já em 2020, descobriram os sucessores destes obreiros dos amanhãs que hão-de cantar que a utopia da energia verde, sustentável, sem cheiro a petróleo, amiga do ambiente… afinal tem impactos ambientais. Por exemplo, pode implicar o abate dos veados pois afinal, e ao contrário do que afiançam os desenhos animados, o facebook e os discursos fofinhos sobre a sustentabilidade verde (e os anúncios, santo Deus, aqueles xaroposos anúncios que parecem uma antiquíssima aula de catequese!), os javalis e os gamos não podem andar aos pulinhos no meio dos painéis solares. É lindo e telegénico um veadinho a espreitar entre os painéis mas na prática não pode ser. E agora? Agora preparem-se para outra utopia. Invariavelmente tudo nos será apresentado como perfeito. Mais invariavelmente ainda, nunca serão prestadas contas pelo lado pesadelo daquilo a que os activistas chamam sonhos.

Em 1975, a herdade da Torre Bela foi ocupada. Os ocupantes viraram as gavetas das roupas, remexeram os móveis, vasculharam os papéis dos donos da herdade, enquanto uma voz de fundo declarava “hábitos burgueses” face ao interior da casa. Em 2020, especula-se sobre a identidade dos proprietários da Torre Bela. Rumores vários apontam os incensados libertadores do povo angolano em 1975 como os novos senhores da Torre Bela. Para quem não se recorde os libertadores de Angola são os dirigentes do MPLA que se caracterizaram por ter instaurado uma terrível ditadura no país que libertaram. Contraditório? Talvez mas a coerência não faz parte desta história. Afinal da Torre Bela a Angola, a dita libertação não foi mais que um jogo de submissão a um poder inquestionável.

Nos tempos em que a Torre Bela era uma cooperativa para onde cantores revolucionários confluíam em busca de experiências únicas, da Ucrânia vinham apenas grupos de danças interpretadas por dançarinos que sorriam sempre. Saltos vertiginosos, danças em roda, coreografias épicas… nada perturbava aquele ar de felicidade inquebrantável que as cabeças mais ilustres do nosso país diziam ser a prova do futuro a que devíamos aspirar. Quarenta e cinco anos depois, um ucraniano foi morto à pancada nas instalações do Estado português por agentes do Estado português. O médico legista que denunciou a morte de Ihor Homeniuk foi primeiro “chamado à atenção” pelo seu relatório e em seguida despedido pelo Instituto Nacional de Medicina Legal (INML). Os agentes do SEF acusados da morte de Ihor Homeniuk culpam os vigilantes do aeroporto por não terem socorrido o cidadão ucraniano (e, acrescento eu, certamente por estes vigilantes não terem desatado à bastonada aos inspectores do SEF enquanto estes agrediam Ihor Homeniuk ) e o ministro da Administração Interna (não da Galhofa Interna como se possa pensar) auto-elogia o seu procedimento em todo este caso. Em resumo, tal como em 1975 uma realidade sinistra se escondia atrás daqueles sorrisos estampados nas caras dos dançarinos da Ucrânia, também em 2020 um país bruto e medíocre, dirigido por um conjunto de irresponsáveis, espreita a cada evento governamental. Esse país é Portugal.

PS1. Onde estão as almas ofendidas com a expressão vírus proveniente da China a propósito do Covid? É que nos últimos dias usa-se e abusa-se da “variante britânica do vírus” e não dei por que alguém tenha achado tal referência despropositada, xenófoba ou ignorante.

PS2. Enquanto escrevia este texto, chegou a notícia da morte de Wilson Filipe, um dos protagonistas da ocupação da Torre Bela. É ele um dos intervenientes no célebre diálogo sobre a propriedade enxada. Mas a vida de Wilson Filipe não começou nem acabou na ocupação da Torre Bela como aqui se dá conta e na verdade tinha muito para ser conhecido.

CRÓNICA    OBSERVADOR  AMBIENTE  CIÊNCIA  NATAL   SOCIEDADE

COMENTÁRIOS:

Mário Rui Martins: é sempre interessante ler Helena Matos. A sua visão clara sobre a sociedade e a forma como é vivida pelas facções politicas. Os crimes são sempre relativos, dependo do que se acredite.        Luisa Lourenço: Esta crónica merecia não ser para premium e poder ser partilhada até cada português a poder ler. Carlos Monteiro: HM faz bem em lembrar 1975, num país acusado, e bem, de cidadãos de memória curta, nunca é demais. A propaganda continua na estrada com resultados brilhantes, (as sondagens mostram) isso não impede que os atentos tenham de se calar, mesmo sabendo que os líricos continuam aturdidos com tantas benesses apregoadas.         Joaquim Moreira: Mais uma crónica de Helena Matos muito assertiva, num país perfeitamente à deriva. Os casos aqui citados, demonstram muito bem a situação em que estamos atolados! Pior que "o presépio da Torre Bela ou triunfo dos javalis", são os dois casos que lembrou e que são a verdadeira demonstração da falência desta "governação". E digo falência, quando devia dizer, uma completa indecência. Pela simples razão, que está falida desde nascida. Os casos são: o crime do SEF no aeroporto e o crime na Saúde por falta de atitude. O que se passou com o SEF no aeroporto, é uma prova clara de negligência e incompetência de um verdadeiro aborto. Com a cobertura, do amigo que está à altura. O mesmo que mantém na Saúde, quem, por uma questão de ideologia, deixou morrer uma dezena de milhar, à revelia. Só porque achou que o SNS era suficiente para acudir a tanto doente. Aos doentes COVID, pelos vistos, unicamente. Esquecendo todos os outros, e que até são mais, por não utilizar o potencial de muitos outros meios e de profissionais. Um triunfo dos que são "todos iguais"!        josé maria: A caça lúdica e as touradas, contra as quais a Helena Matos nunca se insurgiu, e muito menos se indignou, são simplesmente abjectas, mas a chacina de Torre Bela, como ela bem sabe, mas faz de conta que ignora, explica-se à "luz" das mãos invisíveis do Adam Smith e dos princípios desumanos e liberais do capitalismo selvagem.      Rui Rodrigues: > «Para comandar aquela tropa mista de camponeses, delinquentes e bêbados, aterrou na herdade ribatejana o revolucionário Camilo Mortágua, já grávido de ideias bloquistas.» > «O processo ficou documentado no filme “Torre Bela”, de Thomas Harlan (filho do cineasta Veit Harlan, com ligações ao regime nacional-socialista). Militante da extrema-esquerda, o alemão quis filmar a utopia socialista, mas dormia no quarto do duque. Era o único que tinha casa de banho privativa.» > «As imagens são divertidas e esclarecedoras: Mortágua e Wilson, outro ladrão de bancos, a doutrinar as massas sobre “latifundiários” e “cooperativas”; Zeca Afonso, Vitorino e o padre Fanhais, este também membro da LUAR, a cantar o Grândola de megafone, diante do povo aparvalhado; o inesquecível diálogo entre Wilson e o camponês avesso à “comprativa” [sic] sobre a enxada que “passa a ser de todos”; a inenarrável reunião em que o oficial do MFA incita à ocupação do palácio: “primeiro vocês ocupam e depois a lei há-de vir”; e os camponeses a experimentar as roupas dos patrões, remexendo-lhes as gavetas com um misto de culpa, curiosidade e desejo.» > «Camilo Mortágua: o revolucionário anti-fascista da LUAR (movimento de esquerda não leninista). Assalta bancos para financiar a luta contra a ditadura. Continuando a militar, já noutra época em que a liberdade se respira, tudo faz para dar vida à Torre Bela e nela poder viver.» > «Wilson, o líder popular da ocupação: «pulseira de ouro, dois aneís de ouro, sapato bicudo». Preso por ter assaltado o banco Pinto Magalhães, na Avenida de Roma, Lisboa, em 1971, é liberto com a Revolução dos Cravos. Personagem contraditória. Encerrada a cooperativa, torna-se vendedor de camiões.»

Cipião Numantino: Estonteante! É este o primeiro pensamento que me ocorre após a leitura desta espécie de libelo acusatório com que a excelente HM nos presenteia. E fico zonzo, aflito, acabrunhado, angustiado até pelas consequências que se avizinham. Um país de brincadeira, gerido por autênticos bandalhos que tem tudo para terminar mal. Tenho por vezes a sensação de que vivo num mundo paralelo. Uma espécie de vórtice aglutinador onde todos acabaremos por ficar centrifugados. Uma rábula discursiva da enxada da Torre Bela em que nada parece fazer sentido. Polos invertidos de uma bateria gigante prontos a fazerem faísca à mínima distracção, fazendo estourar em avassaladora explosão todo o labor de tantas gerações de conquistadores e descobridores do mundo. HM apontou decididamente o nosso destino. A Venezuela, pois claro, que é o indício mais claro que todos temos à mão. Este povo tonto e desprovido de uns meros resquícios de senso comum tudo aceita, numa lassidão ética e moral que acabrunha e constrange os que de entre nós estão mais atentos. Fazem bem. Terraplanem a Torre Bela assim como se terraplenaram as consciências e boa fé da maioria de nós, em especial aqueles que suportam e aturam este estado de coisas. Depois, pois depois, como se usa dizer, o último que feche a porta e apague a luz. E as enxadas que sobraram das Torres Belas desta vida, que sejam em ritual esquerdoso atiradas definitivamente ao mar. Que o que sobra para este país será o parasitismo de uns quantos e a servidão humana dos demais!...

Ia ficar tudo bem! !: Não sabia do despedimento do médico que denunciou o assassinato do Ucraniano. A República foi tomada por um sindicato do crime informal. Não me refiro apenas ao governo. Tudo o que é expressão do poder público funciona numa lógica mafiosa. Em todo o caso, nesse sindicato pontifica o PS dos dias de hoje e na sombra, transversal a todos os partidos, a maçonaria.          Angelo Lemos: Entretanto no Alentejo a GNR foi escorraçada de um casamento com centenas de pessoas-cuja-etnia-não-se-pode-dizer que já dura há 5 dias. O Estado sem autoridade e sem vontade de impedir que este país se afunde cada vez mais.     Maria Campos: Parabéns pelo artigo!       Paulo Nunes Do Rosário: Excelente crónica, revela a coragem que nos falta.: Graciete Madeira: Excelente artigo.       Nuno Luis Morgado: É um prazer ler esta Senhora Jornalista. Mulher de coragem e Portuguesa.         O Pereira: Parabéns Helena, mais uma vez exímia a desmontar as incoerências e hipocrisia dos autointitulados bem pensantes da sociedade vigente. As pessoas são manipuláveis e esquecem-se que não há soluções mágicas. A energia verde é tão verde como os hidrocarbonetos. Só a poluição gerada pela massificação das baterias de lítio deveria ser razão mais que suficiente para desmontar esse logro. Mas as Grettas cegas dos dias de hoje não falam nisso estranhamente....         Maria Nunes: Bravo HM. Admiro-a muito pela sua coragem e independência.          Meio Vazio: Esta mulher consegue desmontar o ridículo de quem nos governo e do povo que assim se deixa governar. Povo que rasga as vestes pelo abate de animais sem ser no matadouro (mas que se está nas tintas para outro abate), povo que se embevece com o aparato marcial em torno do transporte de umas frasquetas (serão urânio enriquecido?), povo que delira com o "directo" de todas as estações de TV a mostrar uma primeira vacinação, como se observasse uma câmara de execução. Mereceremos mais?...           Carlos Quartel: Esperava outro tema. O estranho desprezo dado aos mais vulneráveis, aos que morrem como moscas, aos que contribuem com 60 ou 70% dos que morrem com covid. Refiro-me aos idosos, com mais de 80 anos. Os ingleses começaram com uma senhora de 97 anos, os alemães com uma de 100, nós começamos com uma enfermeira de vinte e tal. Pressão da ministra de solidariedade, desejosa de se livrar de uns milhares de pensionistas ??? Um tique marxista, quem não produz não é rentável, há que suprimi-lo ?? Como habitual, nem Cardeal nem Presidente se ouvem, especialmente um PR  que faz gala de ir à missa e de ser um grande devoto. Aqui lhe deixo a sugestão, para a semana não deixe cair esta barbaridade. Será que o governo junta também aos eugénicos, será que a urgência na lei da eutanásia é mesmo uma necessidade ideológica ??     Domingas Coutinho: Bem conseguido o paralelismo entre os acontecimentos de 1975 e 2020. Certeiro o destaque do cinismo do excesso de preocupação com os animais e o pouco valor atribuído à vida humana. E agora vamos assistir ao esbanjar do dinheiro que vem da União Europeia em tudo menos no relançamento da economia e em ajudar os coitados dos pequenos empresários o que vai engrossar a fila dos desempregados. Vai todo para os mesmos papões: o monstro Estado e seus servidores. E iremos assistir à geringonça a alimentar-se, o Presidente a aplaudir e o Tribunal Constitucional a assobiar para o lado deixando tudo ao critério deste fraco governo o qual por questões ideológicas vai afundando o País.         T R: Nunca se cale Helena. Desconhecia a suprema ironia de a Herdade da Torre Bela, depois de vilmente ocupada em 74, ser agora propriedade dos que "libertaram" (nos roubaram) Angola. Tudo isto apenas demonstra que os "ideais" da esquerda não são mais do que uma forma de "legalizar" o assalto, o esbulho, da propriedade alheia.            José Paulo C Castro > T R: Não é ironia. O objectivo era esse desde o início. Tal como em Angola. Só acha irónico quem acredita na treta da colectivização tal como a vendem e acha que aquilo funciona. Não: o objectivo é os donos serem outros, um colectivo de outros. Como a China, que afastou o imperador para a entregar ao povo e agora é do PC local. Como a Venezuela, que em nome do povo é agora dos militares da camisa vermelha, de Cuba na prática. Como Portugal, que em nome da democracia, está quase todo nas mãos dos mesmos do PREC. Será que algum dia saem de lá ? Keep it Simple: Ontem e hoje a comunicação social dedica-se alegremente ă propaganda. Só faltam os carros a circular com megafone em toda a parte avisando: "o governo é fantástico! Tem algumas vacinas! Quase dão para o pessoal das UCIs! Fique em casa! Veja!"           António Duarte: Esta de se utilizar as terras de cultivo para painéis solares ou para tudo menos agricultura ainda nos irá custar muito caro (um corte exterior no abastecimento seja lá por que razão for...), quando temos (infelizmente) terra em abundância que não serve para quase nada (Mértola etc), merecia por si só um debate a propósito conceito de Estado soberano e independente que todos gostaríamos que Portugal fosse, mas ninguém se preocupa com isso como se não tivesse qualquer importância.     Angelo Lemos > António Duarte: Não era uma terra de cultivo. Era uma zona de mata. Acha que javalis e corças andam em terras de cultivo? Era uma tapada em que parte importante do negócio era a caça. Decidiram acabar com ela toda duma vez para instalar a central foto-voltaica. Esta, que ainda não foi licenciada, devia ser proibida de vez. E o Estado - sim o Estado! - deveria obrigar os proprietários (e os caçadores) a repor e a pagar o repovoamento e reflorestação da quinta.          Carlos Nicolau > Angelo Lemos: Mata de eucalipto que de tempos a tempos é parcialmente desbastada.          Rute Reis: Estou igual ao cidadão comum, perdi o interesse, é um artigo mastigado, já não "pega". Pode-se amar e cuidar ao mesmo tempo idosos e animais, como crianças e animais. Este artigo é a típica estratégia de manobras de diversão para tirar o foco na chacina dos animais e cuja falta de frontalidade em resolver o problema e mudar mentalidades, denota frieza, arrogância e muita falta de preocupação com os Animais e o Ambiente.          Keep it Simple > Rute Reis: Não entender um texto também é pobreza. Deturpar e/ou amesquinhar é típico dos que se recusam a encarar a realidade que alguém aponta, sobretudo quando a realidade não obedece à ideologia.          Maria Augusta > Rute Reis: Se chama "amar e cuidar ao mesmo tempo" aos 10.000 portugueses que morreram a mais, negligenciados por este socialismo atávico, estamos de facto conversados .Hoyo de Monterrey > Rute Reis: Rute Reis, a questão não é não se preocupar com os animais, mas sim colocá-los à frente das pessoas. Também sou a favor da protecção da natureza mas não de relegar os seres humanos para segundo lugar, que é aquilo que este artigo aborda          Adelino Lopes: Artigo sarcástico, mas certeiro, infelizmente. A questão da utopia, que justificou a ocupação das terras, deveria fazer parte do programa da disciplina de cidadania e desenvolvimento. Tal como o valor da vida humana (mortes por causa da covid sem estarem infectados) relativamente à vida animal; ~10000 mortes versus 540 animais. Hoje quero salientar uma parte pouco explorada: a questão das vacinas. Relativamente às vacinas existe um grande número de questões que ainda não foram respondidas, digo eu. 1ª) É verdade que a eficácia das vacinas para os mais novos é inferior ao número dos assintomáticos? 2ª) É verdade que, para os que precisam dela, ainda não foi provada a eficácia da vacina? 3º) Porquê este espectáculo? Pelos vistos é único nos países desenvolvidos. Estou em crer que se trata de esconder qualquer coisa, só pode. Será semelhante à do rei vai nu?              Maria Augusta: Mais um excelente texto de Helena Matos que eu como cidadã agradeço. Muito acutilante e cru na descrição da brutalidade e desumanidade dos "amanhãs que cantam" e do socialismo serôdio com que nos apascentam………..

…O Pereira > Cidadão Comum: Se há um tipo de pessoas que abomino, são os extremistas ambientais para os quais a morte de um animal é mais importante que a morte de uma pessoa.... São mais perigosos que os comunistas, aliás não me admiraria nada fossem a favor de um segundo "holocausto" e extermínio em massa de seres humanos pelo simples motivo de permitir salvar o planeta e os ecossistemas da "suposta espécie humana invasora". Essas ideias são cada vez mais mainstream e têm sido veiculadas por vários elementos mais extremistas. Tenho dito, tenham muito cuidado com essa ideologia. Espero que as pessoas tenham bom senso e não cheguem a esse extremo.

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