Ou seja, uma espécie de progresso, este
nosso, da marca “vira o disco e toca o mesmo”. É o que resulta deste confronto
de períodos nestes 46 anos de pós 25 de Abril, segundo a narrativa bem sarcástica
de Helena Matos.
O presépio da Torre Bela ou o triunfo dos javalis /premium
No Portugal, presépio pagão
de renas, luzes e bolas, a carrinha das vacinas foge dos buracos na estrada mas
viaja com escolta de aparato e a morte dos javalis choca mais que a dos velhos.
HELENA MATOS
Colunista do Observador
OBSERVADOR, 27
dez 2020, 08:3955
Sete motos de polícia e dois carros escoltavam a carrinha que
transportava para o Hospital de São José as vacinas contra o Covid. Luzes a
piscar, aparato policial dos grandes momentos e um tremendo buraco na estrada:
é isto o Portugal presépio da Torre Bela, um país que grita para esconder que
mendiga e em que pode faltar tudo menos o aparato.
Na herdade da Torre Bela, em 1975, o
revolucionário ocupante de terras gritava ao camponês que tudo, da roupa às
ferramentas, era da cooperativa. Em 2020,
as redes sociais que assistem mudas à morte dos velhos em lares sem visitas nem
tratamento adequado gritam “Chacina!” perante os veados abatidos numa caçada na
mesma herdade da Torre Bela. Em resumo,
a gritar é que se manda no povo. Em
1975 gritava-se pela Reforma Agrária. Em
2020 pelo fim da carnificina dos animais. Quanto
mais se grita menos espaço há para se perguntar. por exemplo, quantas
portugueses morreram por causa da recusa do Governo em recorrer aos privados
para prestar os cuidados de saúde que o SNS deixou de prestar?
Em
1975 a enxada era da cooperativa. Em
2020, ninguém quer saber de enxadas. Aliás em 2020 antes de se usar a
enxada há que analisar se a enxada tem as dimensões homologadas, se a enxada
veio acompanhada dos respectivos selos e se o vendedor e o utilizador da enxada
têm a sua situação fiscal regularizada. Em 1975 não sobrou muito
tempo para cavar pois a maior parte das horas era ocupada em reuniões. Em 2020 cavar é um verbo que simboliza a decisão de milhares de portugueses de
deixar o país. Não é que os
portugueses não acreditem nos avanços e milagres constantemente anunciados por
quem os governa, simplesmente não têm capacidade para acompanhar tanto
progresso, tanto avanço e tanta conquista.
Na
Torre Bela de 1975 a caça era do povo e a GNR reaccionária. No presépio da Torre Bela 2020 em que Portugal se
tornou a GNR anda de dia com
colete à prova de bala por temor das represálias (de quem?). À noite a Guarda fecha-se nos quartéis, quiçá com
medo do escuro, pois mais não se explica e também parece mal perguntar. Mais umas décadas e os agentes da GNR acabarão
reconvertidos em assistentes sociais. Aliás visitar idosos é uma das raras actividades a que por
agora os agentes da autoridade perdida se
dedicam sem temor das balas nem medo dos inquéritos. Como é óbvio a
Venezuela é o destino que marca a nossa hora.
Em
1975, na Torre Bela acontecia a utopia da terra a quem a trabalha. Em 2020 a
utopia passou da terra para a energia.
Idêntico foi o assombro dos urbanos que a si mesmos se definem como conscientes
perante o falhanço das suas utopias: em 1975, descobriram estas almas sempre
em frenesi libertador que a terra não só não foi para quem a trabalhou como que
na cooperativa da Torre Bela em vez de se guardarem produtos agrícolas se
armazenavam armas (algumas das tais que, como explicava Otelo, estavam em boas
mãos porque à esquerda). Já em 2020, descobriram os sucessores destes obreiros
dos amanhãs que hão-de cantar que a utopia da energia verde, sustentável, sem
cheiro a petróleo, amiga do ambiente… afinal tem impactos ambientais. Por
exemplo, pode implicar o abate dos veados pois afinal, e ao contrário do que
afiançam os desenhos animados, o facebook e os discursos fofinhos sobre a
sustentabilidade verde (e os anúncios, santo Deus, aqueles xaroposos anúncios
que parecem uma antiquíssima aula de catequese!), os javalis e os gamos não
podem andar aos pulinhos no meio dos painéis solares. É lindo e
telegénico um veadinho a espreitar entre os painéis mas na prática não pode
ser. E agora? Agora preparem-se para outra utopia. Invariavelmente tudo nos
será apresentado como perfeito. Mais invariavelmente ainda, nunca serão
prestadas contas pelo lado pesadelo daquilo a que os activistas chamam sonhos.
Em 1975, a herdade da Torre Bela foi ocupada. Os ocupantes viraram as gavetas das roupas,
remexeram os móveis, vasculharam os papéis dos donos da herdade, enquanto uma
voz de fundo declarava “hábitos burgueses” face ao interior da casa. Em 2020,
especula-se sobre a identidade dos proprietários da Torre Bela. Rumores vários
apontam os incensados libertadores do povo angolano em 1975 como os novos
senhores da Torre Bela. Para quem
não se recorde os libertadores de Angola são os dirigentes do MPLA que se
caracterizaram por ter instaurado uma terrível ditadura no país que libertaram.
Contraditório? Talvez mas a coerência não faz parte desta história. Afinal da
Torre Bela a Angola, a dita libertação não foi mais que um jogo de submissão a
um poder inquestionável.
Nos
tempos em que a Torre Bela era uma cooperativa para onde cantores
revolucionários confluíam em busca de experiências únicas, da Ucrânia vinham
apenas grupos de danças interpretadas por dançarinos que sorriam sempre. Saltos
vertiginosos, danças em roda, coreografias épicas… nada perturbava aquele ar de
felicidade inquebrantável que as cabeças mais ilustres do nosso país diziam ser
a prova do futuro a que devíamos aspirar. Quarenta
e cinco anos depois, um ucraniano foi morto à pancada nas instalações do Estado
português por agentes do Estado português. O médico legista que
denunciou a morte de Ihor Homeniuk foi primeiro “chamado à atenção” pelo seu
relatório e em seguida despedido pelo Instituto Nacional de Medicina Legal
(INML). Os
agentes do SEF acusados da morte de Ihor Homeniuk culpam os vigilantes do
aeroporto por não terem socorrido o cidadão ucraniano (e, acrescento eu,
certamente por estes vigilantes não terem desatado à bastonada aos inspectores
do SEF enquanto estes agrediam Ihor Homeniuk ) e o ministro da Administração
Interna (não da Galhofa Interna como se possa pensar) auto-elogia o seu
procedimento em todo este caso. Em
resumo, tal como em 1975 uma realidade sinistra se escondia atrás daqueles
sorrisos estampados nas caras dos dançarinos da Ucrânia, também em 2020 um país
bruto e medíocre, dirigido por um conjunto de irresponsáveis, espreita a cada
evento governamental. Esse país é Portugal.
PS1. Onde estão as almas ofendidas com a expressão
vírus proveniente da China a propósito do Covid? É que nos últimos dias usa-se
e abusa-se da “variante britânica do vírus” e não dei por que alguém tenha
achado tal referência despropositada, xenófoba ou ignorante.
PS2. Enquanto
escrevia este texto, chegou a notícia da morte de Wilson Filipe, um dos
protagonistas da ocupação da Torre Bela. É ele um dos intervenientes no
célebre diálogo sobre a propriedade enxada. Mas a vida de Wilson Filipe não começou nem acabou na
ocupação da Torre Bela como aqui se dá conta e na verdade tinha muito para ser conhecido.
CRÓNICA OBSERVADOR AMBIENTE CIÊNCIA NATAL SOCIEDADE
COMENTÁRIOS:
Mário Rui Martins: é sempre interessante ler Helena Matos. A sua visão clara sobre a sociedade
e a forma como é vivida pelas facções politicas. Os crimes são sempre relativos,
dependo do que se acredite. Luisa
Lourenço: Esta crónica
merecia não ser para premium e poder ser partilhada até cada português a poder
ler. Carlos Monteiro: HM faz bem em lembrar 1975, num
país acusado, e bem, de cidadãos de memória curta, nunca é demais. A propaganda
continua na estrada com resultados brilhantes, (as sondagens mostram) isso não
impede que os atentos tenham de se calar, mesmo sabendo que os líricos
continuam aturdidos com tantas benesses apregoadas. Joaquim Moreira: Mais uma crónica de Helena
Matos muito assertiva, num país perfeitamente à deriva. Os casos aqui citados,
demonstram muito bem a situação em que estamos atolados! Pior que "o
presépio da Torre Bela ou triunfo dos javalis", são os dois casos que
lembrou e que são a verdadeira demonstração da falência desta
"governação". E digo falência, quando devia dizer, uma completa
indecência. Pela simples razão, que está falida desde nascida. Os casos são: o
crime do SEF no aeroporto e o crime na Saúde por falta de atitude. O que se
passou com o SEF no aeroporto, é uma prova clara de negligência e incompetência
de um verdadeiro aborto. Com a cobertura, do amigo que está à altura. O mesmo
que mantém na Saúde, quem, por uma questão de ideologia, deixou morrer uma
dezena de milhar, à revelia. Só porque achou que o SNS era suficiente para
acudir a tanto doente. Aos doentes COVID, pelos vistos, unicamente.
Esquecendo todos os outros, e que até são mais, por não utilizar o potencial de
muitos outros meios e de profissionais. Um triunfo dos que são "todos
iguais"! josé maria: A caça lúdica e as touradas,
contra as quais a Helena Matos nunca se insurgiu, e muito menos se indignou,
são simplesmente abjectas, mas a chacina de Torre Bela, como ela bem sabe, mas
faz de conta que ignora, explica-se à "luz" das mãos invisíveis do
Adam Smith e dos princípios desumanos e liberais do capitalismo selvagem. Rui
Rodrigues: > «Para comandar aquela tropa
mista de camponeses, delinquentes e bêbados, aterrou na herdade ribatejana o
revolucionário Camilo Mortágua, já grávido de ideias bloquistas.» > «O processo ficou documentado no filme “Torre
Bela”, de Thomas Harlan (filho do cineasta Veit Harlan, com ligações ao regime
nacional-socialista). Militante da extrema-esquerda, o alemão quis filmar a
utopia socialista, mas dormia no quarto do duque. Era o único que tinha casa de
banho privativa.» > «As imagens são
divertidas e esclarecedoras: Mortágua e Wilson, outro ladrão de bancos, a
doutrinar as massas sobre “latifundiários” e “cooperativas”; Zeca Afonso,
Vitorino e o padre Fanhais, este também membro da LUAR, a cantar o Grândola de
megafone, diante do povo aparvalhado; o inesquecível diálogo entre Wilson e o
camponês avesso à “comprativa” [sic] sobre a enxada que “passa a ser de todos”;
a inenarrável reunião em que o oficial do MFA incita à ocupação do palácio:
“primeiro vocês ocupam e depois a lei há-de vir”; e os camponeses a
experimentar as roupas dos patrões, remexendo-lhes as gavetas com um misto de culpa,
curiosidade e desejo.» > «Camilo
Mortágua: o revolucionário anti-fascista da LUAR (movimento de esquerda não
leninista). Assalta bancos para financiar a luta contra a ditadura. Continuando
a militar, já noutra época em que a liberdade se respira, tudo faz para dar
vida à Torre Bela e nela poder viver.» >
«Wilson, o líder popular da ocupação: «pulseira de ouro, dois aneís de ouro,
sapato bicudo». Preso por ter assaltado o banco Pinto Magalhães, na Avenida de
Roma, Lisboa, em 1971, é liberto com a Revolução dos Cravos. Personagem
contraditória. Encerrada a cooperativa, torna-se vendedor de camiões.»
Cipião Numantino: Estonteante! É este o primeiro pensamento que me ocorre após a leitura desta espécie de
libelo acusatório com que a excelente HM nos presenteia. E fico zonzo, aflito,
acabrunhado, angustiado até pelas consequências que se avizinham.
Um país de
brincadeira, gerido por autênticos bandalhos que tem tudo para terminar mal.
Tenho por vezes a
sensação de que vivo num mundo paralelo. Uma espécie de vórtice aglutinador
onde todos acabaremos por ficar centrifugados. Uma rábula discursiva da enxada
da Torre Bela em que nada parece fazer sentido. Polos invertidos de uma bateria
gigante prontos a fazerem faísca à mínima distracção, fazendo estourar em
avassaladora explosão todo o labor de tantas gerações de conquistadores e
descobridores do mundo. HM apontou decididamente o nosso destino. A Venezuela, pois claro, que é o
indício mais claro que todos temos à mão. Este povo tonto e desprovido de
uns meros resquícios de senso comum tudo aceita, numa lassidão ética e moral
que acabrunha e constrange os que de entre nós estão mais atentos.
Fazem bem.
Terraplanem a Torre Bela assim como se terraplenaram as consciências e boa fé
da maioria de nós, em especial aqueles que suportam e aturam este estado de
coisas. Depois, pois depois, como se usa dizer, o último que feche a porta e apague
a luz. E as enxadas que sobraram das Torres Belas desta vida, que sejam em ritual
esquerdoso atiradas definitivamente ao mar. Que o que sobra para este país
será o parasitismo de uns quantos e a servidão humana dos demais!...
Ia ficar tudo bem! !: Não sabia do despedimento do médico que denunciou o assassinato do
Ucraniano. A República foi tomada por um sindicato do crime informal. Não me
refiro apenas ao governo. Tudo o que é expressão do poder público funciona numa
lógica mafiosa. Em todo o caso, nesse sindicato pontifica o PS dos dias de hoje
e na sombra, transversal a todos os partidos, a maçonaria. Angelo
Lemos: Entretanto no
Alentejo a GNR foi escorraçada de um casamento com centenas de
pessoas-cuja-etnia-não-se-pode-dizer que já dura há 5 dias. O Estado sem
autoridade e sem vontade de impedir que este país se afunde cada vez mais. Maria
Campos: Parabéns pelo
artigo!
Paulo Nunes Do Rosário: Excelente crónica, revela a
coragem que nos falta.: Graciete
Madeira: Excelente artigo. Nuno
Luis Morgado: É um prazer ler esta Senhora Jornalista. Mulher de coragem e Portuguesa. O
Pereira: Parabéns Helena,
mais uma vez exímia a desmontar as incoerências e hipocrisia dos autointitulados
bem pensantes da sociedade vigente. As pessoas são manipuláveis e esquecem-se
que não há soluções mágicas. A energia verde é tão verde como os
hidrocarbonetos. Só a poluição gerada pela massificação das baterias de lítio
deveria ser razão mais que suficiente para desmontar esse logro. Mas as Grettas
cegas dos dias de hoje não falam nisso estranhamente.... Maria
Nunes: Bravo HM.
Admiro-a muito pela sua coragem e independência. Meio Vazio: Esta mulher consegue desmontar
o ridículo de quem nos governo e do povo que assim se deixa governar. Povo que
rasga as vestes pelo abate de animais sem ser no matadouro (mas que se está nas
tintas para outro abate), povo que se embevece com o aparato marcial em torno
do transporte de umas frasquetas (serão urânio enriquecido?), povo que delira
com o "directo" de todas as estações de TV a mostrar uma primeira
vacinação, como se observasse uma câmara de execução. Mereceremos
mais?... Carlos Quartel: Esperava outro tema. O estranho
desprezo dado aos mais vulneráveis, aos que morrem como moscas, aos que
contribuem com 60 ou 70% dos que morrem com covid. Refiro-me aos idosos, com mais
de 80 anos. Os ingleses começaram com uma senhora de 97 anos, os alemães com
uma de 100, nós começamos com uma enfermeira de vinte e tal. Pressão da ministra de
solidariedade, desejosa de se livrar de uns milhares de pensionistas ???
Um tique
marxista, quem não produz não é rentável, há que suprimi-lo ?? Como habitual, nem Cardeal nem
Presidente se ouvem, especialmente um PR que faz gala de ir à missa e de ser um grande
devoto. Aqui lhe deixo a sugestão, para a
semana não deixe cair esta barbaridade. Será que o governo junta também aos
eugénicos, será que a urgência na lei da eutanásia é mesmo uma necessidade
ideológica ??
Domingas Coutinho: Bem conseguido o paralelismo entre os acontecimentos
de 1975 e 2020. Certeiro o destaque do cinismo do excesso de preocupação com os
animais e o pouco valor atribuído à vida humana. E agora vamos assistir ao
esbanjar do dinheiro que vem da União Europeia em tudo menos no relançamento da
economia e em ajudar os coitados dos pequenos empresários o que vai engrossar a
fila dos desempregados. Vai todo para os mesmos papões: o monstro Estado e seus
servidores. E iremos assistir à geringonça a alimentar-se, o Presidente a
aplaudir e o Tribunal Constitucional a assobiar para o lado deixando tudo ao
critério deste fraco governo o qual por questões ideológicas vai afundando o
País.
T R: Nunca se cale Helena. Desconhecia a suprema ironia de a Herdade da Torre
Bela, depois de vilmente ocupada em 74, ser agora propriedade dos que
"libertaram" (nos roubaram) Angola. Tudo isto apenas demonstra que os
"ideais" da esquerda não são mais do que uma forma de
"legalizar" o assalto, o esbulho, da propriedade alheia. José
Paulo C Castro > T R: Não é ironia. O objectivo era esse desde o início. Tal
como em Angola. Só acha irónico quem
acredita na treta da colectivização tal como a vendem e acha que aquilo
funciona. Não: o objectivo é os donos serem outros, um colectivo de outros. Como a China, que afastou o imperador para a
entregar ao povo e agora é do PC local. Como
a Venezuela, que em nome do povo é agora dos militares da camisa vermelha, de
Cuba na prática. Como Portugal, que em nome
da democracia, está quase todo nas mãos dos mesmos do PREC. Será que algum dia
saem de lá ? Keep it Simple: Ontem e hoje a comunicação
social dedica-se alegremente ă propaganda. Só
faltam os carros a circular com megafone em toda a parte avisando: "o
governo é fantástico! Tem algumas vacinas! Quase dão para o pessoal das UCIs!
Fique em casa! Veja!" António Duarte:
Esta de se
utilizar as terras de cultivo para painéis solares ou para tudo menos
agricultura ainda nos irá custar muito caro (um corte exterior no abastecimento
seja lá por que razão for...), quando temos (infelizmente) terra em abundância
que não serve para quase nada (Mértola etc), merecia por si só um debate a
propósito conceito de Estado soberano e independente que todos gostaríamos que
Portugal fosse, mas ninguém se preocupa com isso como se não tivesse qualquer
importância.
Angelo Lemos > António Duarte: Não era uma terra de cultivo.
Era uma zona de mata. Acha que javalis e corças andam em terras de cultivo? Era
uma tapada em que parte importante do negócio era a caça. Decidiram acabar com
ela toda duma vez para instalar a central foto-voltaica. Esta, que ainda não
foi licenciada, devia ser proibida de vez. E o Estado - sim o Estado! - deveria
obrigar os proprietários (e os caçadores) a repor e a pagar o repovoamento e
reflorestação da quinta. Carlos Nicolau
> Angelo Lemos: Mata de eucalipto que de tempos a tempos é
parcialmente desbastada. Rute Reis: Estou igual ao cidadão comum,
perdi o interesse, é um artigo mastigado, já não "pega". Pode-se amar
e cuidar ao mesmo tempo idosos e animais, como crianças e animais. Este artigo
é a típica estratégia de manobras de diversão para tirar o foco na chacina dos
animais e cuja falta de frontalidade em resolver o problema e mudar
mentalidades, denota frieza, arrogância e muita falta de preocupação com os
Animais e o Ambiente. Keep it Simple
> Rute Reis: Não entender um texto também é pobreza. Deturpar e/ou
amesquinhar é típico dos que se recusam a encarar a realidade que alguém
aponta, sobretudo quando a realidade não obedece à ideologia. Maria
Augusta > Rute Reis: Se chama "amar e cuidar ao mesmo tempo" aos
10.000 portugueses que morreram a mais, negligenciados por este socialismo atávico,
estamos de facto conversados .Hoyo de Monterrey > Rute Reis: Rute Reis, a questão não é não se preocupar com os
animais, mas sim colocá-los à frente das pessoas. Também sou a favor da protecção
da natureza mas não de relegar os seres humanos para segundo lugar, que é
aquilo que este artigo aborda Adelino Lopes: Artigo sarcástico, mas
certeiro, infelizmente. A questão da utopia, que justificou a ocupação das
terras, deveria fazer parte do programa da disciplina de cidadania e
desenvolvimento. Tal como o valor da vida humana (mortes por causa da covid sem
estarem infectados) relativamente à vida animal; ~10000 mortes versus 540
animais. Hoje quero salientar uma parte pouco explorada: a questão das vacinas.
Relativamente às vacinas existe um grande número de questões que ainda não foram
respondidas, digo eu. 1ª) É verdade que a eficácia das vacinas para os mais
novos é inferior ao número dos assintomáticos? 2ª) É verdade que, para os que
precisam dela, ainda não foi provada a eficácia da vacina? 3º) Porquê este espectáculo?
Pelos vistos é único nos países desenvolvidos. Estou em crer que se trata de
esconder qualquer coisa, só pode. Será semelhante à do rei vai nu? Maria
Augusta: Mais um excelente
texto de Helena Matos que eu como cidadã agradeço.
Muito acutilante e cru na descrição da brutalidade e desumanidade dos
"amanhãs que cantam" e do socialismo serôdio com que nos apascentam………..
…O Pereira > Cidadão Comum: Se há um tipo de pessoas que abomino, são os
extremistas ambientais para os quais a morte de um animal é mais importante que
a morte de uma pessoa.... São mais perigosos que os comunistas, aliás não me
admiraria nada fossem a favor de um segundo "holocausto" e extermínio
em massa de seres humanos pelo simples motivo de permitir salvar o planeta e os
ecossistemas da "suposta espécie humana invasora". Essas ideias são
cada vez mais mainstream e têm sido veiculadas por vários elementos mais extremistas.
Tenho dito, tenham muito cuidado com essa ideologia. Espero que as pessoas
tenham bom senso e não cheguem a esse extremo.
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