Sim, por via dos discursos paternalistas e monocórdicos de gente chamada a depor, com carinho e autoridade, mandatada para tal, por um governo bem instalado e amigo que faz de todos nós os atrasados mentais que parece proteger e de quem, de facto, se ri, no seu inchaço autoritário. Mas o discurso de Alberto Gonçalves, ao relatá-lo, não nos faz rir, tal a indignidade de todo este processo. Pior que a Covid, é, de facto, a pobreza espiritual que nos envolve, com a autoridade dos poderes que governam, espiritualmente pobres, falsamente amistosos, imparavelmente redutores. Como se fôssemos todos criancinhas de chucha. Sim, estamos condenados. Mais do que à covid, à verborreia mansa e fedorenta, de tão pueril - que nos vai reduzindo astutamente a toda uma inércia necessária para ignorar, talvez, as actividades de superior transcendência, como essa dos fundos monetários, que cabe ao governo digerir. Iludindo, como de costume.
O médico das compotas: uma comédia de enganos /premium
Se a trupe no poder tem nojo de nós,
convinha termos nojo deles. Enquanto não retribuirmos o sentimento, a
humilhação não cessará de aumentar. Rir do médico das compotas não nos redime
desta vergonha.
ALBERTO
GONÇALVES, Colunista do Observador
OBSERVADOR, 19 dez 2020
Após nove meses diariamente expostos à ministra que
ouve o “Hino da Intersindical” no chuveiro e se comove com as maravilhas
estatais, do secretário de Estado que começa as frases por “Dizer que…”, da
senhora da DGS que não sabe o que diz e diz o que lhe prescrevem, e de um
rapazinho que em tempos a DGS lançou para arriscar um “póssamos” e um
“fáçamos”, Portugal descobriu enfim Portugal. Não, não é a solução do
problema identitário da nação. É apenas um dr. Rui Portugal, que substituiu
a dra. Graça para que esta pareça menos absurda. Fisicamente, é memorável, um
boneco do Monopólio sem cartola nem dentista. A retórica dele, língua de
trapos incluída, é incomparável.
Há dias, o dr. Rui Portugal apresentou as “regras”
(juro) para a quadra, “em que temos que
nos adaptar aos novos tempos e à situação pandémica em que vivemos. E por isso
mesmo é que devemos ter o cuidado de planear com cuidado juntos dos nossos no
sentido de melhor sabermos as condições de cada um, das regiões em que
habitamos e das especificidades daqueles em que nós mais queremos, daqueles em
que nós mais amamos.”
A clareza não carece de comentários.
“Em
primeiro lugar, considerar que devemos cumprir todas as regras que estejam em
vigor e em vigência nesses dias e nesta quadra que irá já realizar-se na
próxima semana.” É engraçado a primeira regra incluir, logo dispensar, todas as seguintes.
Mas quem tira aos senhores da DGS a verborreia, tira-lhes tudo. Literalmente: é
que não sobra mesmo nada.
“Uma
regra muito básica: se estiver doente, se conhecer ou algum dos seus familiares
estiver doente (…), essas pessoas todas deverão cumprir as regras que lhes
foram estipuladas.” Tradução: a segunda regra, que não é uma regra, repete a primeira
regra, que também não é uma regra, e torna inúteis as oito regras posteriores,
que não obstante o dr. Rui Portugal descreve em pormenor porque lhe pagam e ele
gosta de fingir que serve para alguma coisa.
Reduzir os contactos. “Em vez de eu ter o meu número normal de contactos
de 10 ou 15 pessoas, vou passar a ter um grupo durante esta temporada de 4 ou 5
pessoas.” Não se impede os contágios, mas pode-se orientá-los – e concentrar a
respectiva carga viral – para os familiares e amigos que abominamos com maior
empenho. Curiosamente, não há problema com o “número normal de
contactos” mantidos diariamente nos transportes públicos, as 197 pessoas que
nesta quadra encolhem para 196.
Reduzir o tempo de exposição. “Em
vez de estarmos juntos 3 ou 4 ou 5 horas, vamos tentar estar juntos mas num
tempo mais limitado de 2 ou 3 horas, ou de 1 hora, o tempo que for aprazível em
termos dos contactos.” Além disso, há que aproveitar “os jardins”, ou “os magníficos espaços exteriores, com
o clima que este país é privilegiado relativamente a muitos outros nessa nossa
Europa”. Dado que, de Chelas a Rio
Tinto, quase todos os portugueses vivem em domicílios similares a Seteais, a
questão dos jardins não será problema. E a questão do clima também não: para a
noite de 24, prevê-se no interior do país o privilégio de 5 graus negativos,
por contraponto a Estocolmo, com uns temíveis - 1 ºC. Lá se vai a estratégia sueca.
Reduzir os contactos com a família alargada: “Devemos reduzir, o máximo
que pudermos, os contactos com nossos familiares, mas que não são nossos
habitantes.” O universo em causa contempla “irmãos, pais, sobrinhos, tios”,
além de “amigos que, eventualmente, possamos
ter e deveremos ter”. Suspeito que os senhores da DGS têm tantos
amigos quanto noções do seu idioma nativo. E não é à toa que se fartam de
prescrever o “confinamento”: essas criaturas são tão estimulantes que só por
força da lei os familiares os aturam. Já os familiares que não são “nossos
habitantes” fogem deles há décadas, numa demonstração exímia de redução de
contactos.
Limitar os contactos ao “agregado familiar com quem se
habita”, talvez para o distinguir do agregado familiar que mora longe de nós.
Os demais contactos devem acontecer por “meios
digitais, computador, por telefonemas, por visitas rápidas no quintal de uns e
de outros, no patamar das escadas do prédio, com uma troca simbólica de uma
compota que um fez ou de algo que seja aprazível.” Compotas? Têm de ser
compotas? E caseiras? E os sabores, ficam ao nosso critério ou a DGS publicou
uma lista? Alguém, excepto os conhecidos do dr. Rui Portugal, oferece compotas
de prenda natalícia? Se calhar são um progresso evidente face às peúgas, ou
algo aprazível, que em criança lhe davam. Agora o dr. Rui Portugal deu-me
pena. Antes pena que peúgas.
Manter sempre o “distanciamento
físico” (distância, em português). E, atenção, há que ter especiais
cautelas com as cozinhas, que “nesta
altura serão locais de alto risco, visto que são os grandes espaços de convívio
entre pessoas e familiares.” É triste a distinção entre “pessoas” e
“familiares”, decerto uma referência velada àquela cunhada cuja conversa vai
sempre, sempre, sempre parar aos jogos de cama, e nunca, nunca, nunca envolve
traquinices sexuais, mas paleio alusivo a lençóis. Mais triste é o
progressivo encolhimento dos cenários: dos jardins passamos aos quintais, dos
quintais ao patamar do prédio, e entretanto já estamos todos empilhados na
cozinha, fatal antecâmara da marquise.
Fazer circular o ar e
desinfectar as superfícies, “mais uma forma de estarmos um pouco melhor
protegidos.” Grandes ideias. Abrir as janelas modera a sudorese do
primo Arlindo, que tipicamente irá violar inúmeras regras e descarregar as
compotas na mesinha do televisor. De brinde, o ar fresco, aliás gelado,
presenteará os convivas com uma pneumonia comum, conquista que enxovalha o
vírus da Covid. Quanto a espalhar álcool-gel pela aletria e pelo bolo-rei,
só pode incrementar o sabor de semelhantes mixórdias.
Lavar as mãos, respeitar a “etiqueta
respiratória” e, não esquecer, andar de máscara “em espaços fechados e mesmo em espaços
interiores”. Um espaço fechado e exterior é exactamente o
quê? Uma ilha?
Um estádio? Uma piscina? Um campo de reeducação para insubmissos do
confinamento e do internamento profiláctico? Qualquer explicação remete-nos
para “os vídeos da DGS, que tão bem explicam
e portanto revisitem estes vídeos nesta quadra em que muitos de nós poderão ter
um pouco mais de tempo”. Eis uma boa sugestão para ocupar o ócio
dos feriados. Entre aturar parentes mascarados à entrada de casa e passar uma
tarde no sofá a “revisitar” vídeos educativos da DGS, a escolha é óbvia.
Evitar a partilha de talheres e copos, incómodo que
obriga ou à mariquice de distribuir um conjunto de utensílios por cada conviva,
ou a comer com as mãos e beber pela garrafa. Beber, vírgula: “Escusado será dizer que se pretende
nestes convívios uma utilização moderada e racional de tudo o que possam ser
substâncias que possam trazer maiores afectividades.” Ou seja, a DGS sabe,
imagina-se que por experiência própria, que na consoada o pessoal tende a
enfrascar-se e terminar aos abraços, aos apalpões ou aos tabefes, actividades
que naturalmente estimulam o vírus. A alternativa implica suportar o serão
e os familiares a seco, o que, pelo menos no caso
dos familiares do dr. Rui Portugal, será um suplício muito superior ao
internamento em UCI.
(regra de bónus) “Não
é obrigatório que o Natal se comemore, neste país, na ceia de Natal. Pode-se
comemorar, num momento de excepção, num almoço de Natal.” É como o Ano
Novo, que pode ser comemorado num lanche a 19 de Março. E como os aniversários,
cujas velas podem ser sopradas cinco ou seis anos depois. E os enterros, a
realizar em data aleatória que os cadáveres não têm pressa.
O discurso do dr. Rui Portugal prosseguiu indefinidamente, a ironia fica
por aqui. Peço desculpa, mas não me apetece continuar a legitimar figuras de
urso com figuras de estilo. Não falo do médico das compotas. O dr. Rui
Portugal, coitadito, é um mero sinal, um sinal que os donos disto enviam para
nos esclarecer de que já não há limites para a prepotência. Atiram o homem,
suposto representante da ciência (desculpem), para brincar connosco e provar
que somos um brinquedo nas mãos dos que de facto mandam. O povo costuma usar a
palavra fantochada, embora raramente perceba quem são os fantoches.
Não se trata da Covid nem do SNS nem da saúde pública
nem das festanças, não por acaso permitidas aos titulares do regime. Trata-se
de pura exibição de
autoritarismo. Há muito que as experiências empreendidas por
Costa, Marcelo e Companhia Ilimitada excedem o ridículo, inevitável e
compreensível em nulidades, e assumem o descaramento. Ridículo é por exemplo o
dr. Costa tropeçar na língua e na lógica (“Devemos procurar evitar estar à mesa o tempo
estritamente necessário…”). O descaramento é tropeçar no direito e achar-se habilitado a decidir o
comportamento dos cidadãos. E o pior é os cidadãos consentirem. Os cidadãos
consentem e aplaudem o enxovalho e a punição dos resistentes ao enxovalho. Não deviam: se a trupe no
poder tem nojo de nós, convinha termos nojo deles. Enquanto não retribuirmos o sentimento, a humilhação não cessará, e não
cessará de aumentar. Rir do médico das compotas não nos redime da situação
vergonhosa em que caímos. Na comédia proporcionada por gente grotesca, os
espectadores são o alvo da chacota. E essa é a tragédia.
COMENTÁRIOS:
Miguel Sanches: Uma pérola da crítica que se faz em Portugal, e às criaturas que,
supostamente, deveriam orientar os cidadãos em momentos difíceis da nossa vida
colectiva. O efeito desta prosa e da
actuação dessa gente é provocar repulsa. Muita! carlos costa: Oh, Alberto Goncalves, confesse
lá que todo o artigo não passa de uma criaçäo da sua fértil fantasia! Se não é
(e acredito que não seja!), cada vez tenho mais pena de não viver em Portugal
para poder ouvir tais pérolas declamatórias! Muito obrigado, este texto
"made my day"! Um abraço de um "forreta fruga" (talvez
repugnante). André
Ondine: Não vi a prestação certamente memorável do
médico em questão (vou já procurar ver a seguir, após a leitura deste texto
extraordinário de AG), pelo que não posso comentar. Mas não quero deixar de
saudar a denúncia do hábito recente, e incontinente, de começar as frases com
"Dizer que". Não é só o referido Secretário de Estado.
Lamentavelmente, é uma moda que virou regra. Políticos, jornalistas
(inclusivamente apresentadores de notícias em horário - pouco - nobre),
comentadores, artistas....hoje em dia, começar a frase com "dizer
que" transmite (pensam os que a ela recorrem) uma certa seriedade e
credibilidade ao discurso, mesmo que a expressão preceda o maior disparate
imaginável. Não transmite. Transmite apenas a vontade de mudar imediatamente de
canal.
T R: Hahaha,
lindo! O que me ri. Grande A.G.! Desconhecia esta alocução do boneco do
monopólio (que lol!), porque há muito deixei de ver "notícias" e
coisas afins na televisão, mas parece que está em linha com o resto da tropa
fandanga que nos dita as "regras". Gil Lourenço: Já estou a imaginar o senhor Costa a
lambuzar-se em compotas que o seu amigo Portugal preparou para oferecer ao
maior governo da História de Portugal. De Verão são as Bolas de Berlim na
praia, no Natal são as compotas no vão de escada ou no quintal. De facto, agora
entende-se por que razão o governo tem um ar pegajoso e alguns estão
pegajosamente colados ao poder como acontece com o Cabrita. Este até devia
tatuar na testa com compota: "quem mente não engana ninguém". Luis Teixeira-Pinto: Hoje estou na pole position, para felicitar o Alberto Gonçalves por mais um
exercício em que se rebela contra a insidiosa campanha em curso de nos
controlarem, de nos rotularem de a-normais, de crianças ton-tas a quem só com
tolices se consegue falar. Para quem aguentou estoicamente 9 meses de gente
atrasada mental a perorar repetidamente das mazelas de uma doença que tem uma
taxa muito baixa de mortalidade (morreram nestes 9 meses, em Portugal, de
acordo com as estatísticas, sensivelmente 86,400 pessoas de todas as causas e
ninguém deu por elas, nem houve falta de féretros; é mesmo aceitável que muitas
das 5,600 que morreram de Covid teriam falecido de um dos seus problemas
crónicos (mais de 85% tem mais de 70 anos e tem uma ou várias doenças
associadas, cardiovasculares, doenças respiratórias, etc., ou simplesmente a
fraqueza da idade), sendo o Covid um vírus detectável mas que ainda não se sabe
muito bem como trabalha, sabendo-se sobretudo que ataca em lares e de noite
- daí a preocupação do recolher obrigatório à noite e de passar a ceia de Natal
para o almoço. Dirão que a luz prejudica o vírus, os ultravioletas diria que
sim, só que para isso teríamos todos de vir para o jardim (que na minha casa
teria de ser o jardim público pois vivo num andar) e arriscar-me a uma violenta
gripe, que de resto não é nada comparado com este malvado Covid-19.
Quanto aos lares, maior confinamento não se lhes pode
pedir, sendo da obrigação dos poderes constituir fazer o que não fizeram tomar
medidas preventivas sérias. As palavras do Dr. Rui Portugal só não me deram
para rebentar à gargalhada porque o momento é sério e eu não aceito que o
referido sub-director geral da Saúde se tenha atrevido a brincar com isto tudo.
Seria a sua remissão, mas perfeitamente indesculpável e indecorosa nesta
altura.
Cipião Numantino: Juro e
tresjuro pela rica saúde de um cão e de um gato (que não tenho) que vi e ouvi o
Dr. Rui Espanhol (ou seria Portugal?) a dar-nos indicações sobre qual deveria
ser o comportamento da maralha no Natal. Donde, pude retirar que o patusco Dr.
Rui aconselhava a que nas visitas não passássemos do quintal. Não sei, como é normal, onde vive o
homólogo do deus Asclépio. Mas sei, por inerência da vida quotidiana que a
maioria dos meus confrades tugas, vivem em apartamentos de tipo colmeias onde o
mais parecido que têm como jardins, são parques a alguns quilómetros de
distância ou, então, logradouros esconsos e mal cheirosos, coutadas próprias
para a canzoada defecar para gáudio dos respectivos donos que tudo fazem para
atazanar e emporcalhar a paciência dos demais cidadãos. Estamos, portanto, e quanto a isso, conversados.
E por mim, só lamento que tal émulo de Hipócrates não tivesse aconselhado o
povalhão tuga, a aproveitar para fazerem, ali e na hora, uma reunião de
condóminos que conferisse a tais actos um verdadeiro espírito natalício já que,
como bem se sabe, muitas destas reuniões acabam inevitavelmente à chapada que
começam em tricas de mulheres e acabam estrepitosamente no engalfinhamento dos
homens. Agora
mais a sério, pessoal. Este espírito da coisa xuxareca (peço desculpa à cara
comentadora Maria Augusta pelo plágio), nunca pára de me surpreender. E este
diletantismo tonto e aparvoado próprio dos prosélitos desta trupe dá-me um gozo
do caraças! Reparem
na extensão da tramonta. Começamos pelo capataz da banda, excelso
inventor de uma novilíngua que cada vez que o oiço falar fico sempre sem
perceber se é português ou uma espécie de mistura do crioulo cabo-verdiano com
laivos linguísticos indianos de concanim ou do tupi/guarani ainda hoje
utilizado por algumas tribos de ameríndios. Segue-se a avozinha da DGS a quem
nunca consigo perceber se está a falar a sério ou me está a parlapatear, como
dizem os zucas, num tipo de conversa para boi dormir. Temos depois aquele
secretário que resolveu peremptoriamente elucidar-nos que se tinha “virado para
o lado do inimigo”, como se interessasse a alguém o que um governante faça sob
os seus próprios lençóis. Finalmente, a Smarta Tremido. Tal como sucede com o
ministro Pedro Santinho Tremeliques, fico permanentemente a desconfiar que ou
são completos tontos ou me estão a mim próprio a fazer de tonto e, reactiva e
instantaneamente, fico a matutar que como diz a rábula “fico chateado, claro
que fico chateado”. Isto,
pessoal, já nem se trata de um país. E ultrapassando a ideia profiláctica que
Eça defendeu ao apodar isto de choldra eu acrescentaria que se trata de um
pardieiro ou, ainda mais, um autêntico kaggadouro mental onde sou obrigado a
viver, consistindo o dia de hoje o primeiro dia do resto da minha vida.
E pergunto-me, por vezes, que mal fiz eu
para aturar esta gentinha? E como resposta só me resta o acabrunhante e penoso
silêncio. E reactivo tal pergunta justificando, en passant, que eu não votei
nisto. E aqui já o silêncio não é tão ensurdecedor! Um povão boçal e videirinho escolheu esta
ofensa ambulante à minha inteligência e à de tantos e tantos outros que como eu
se amofinam com certas vergonhas alheias. Concluindo, vou morrer aturando esta gajada que os
meus concidadãos resolveram impor-me. E pressinto que não tenho escape
possível! Em
sentido metafórico sinto que uma eventual tentativa de fuga me colocaria entre
os dois monstros míticos, Caribdis e Cila. A única e exclusiva consolação que me
resta é que quem os lá colocou também é obrigada a suportar esta contumaz
desgraceira. E como
dizia o outro “ai aguentam, aguentam”!...
Maria Cordes: São 2h
da manhã, estou estoirada, mas ri, a bom rir, como há muito tempo não me
acontece, da encenação do Sr. Portugal, cuja fluência deve resultar de
passagens administrativas, ou da pedagogia do eduquês. Onde diabo vai o Sr.
Costa buscar estes cromos? Ia
ficar tudo bem!: Phodha-se!!! Isto está mesmo a
acontecer....abriram a caixa de pandora. Libertaram o leviatã. Agora sim, podem
ter medo, muito medo. Deus nos acuda...
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