Um texto – positivo para MRS - de MARIA JOÃO MARQUES, análise bem estruturada, apoiada em leituras e não somente em parecer subjectivo; uma pequena crónica simpática, de MIGUEL ESTEVES CARDOSO, bem subjectiva e corajosa nas afirmações de empatia por um PR actualmente mais zurzido, sobretudo pelo seu dispêndio descontraído de afectos sorridentes que grande parte do high life intelectual -ou puramente burguês – repele como de mau gosto sensaborão, mas não só por esse motivo mais visível. O terceiro texto – de MARIA JOÂO AVILLEZ - exprime a mesma repulsa, com o seu requinte e a ironia habituais, em promessa de ausência eleitoral, verdadeira ou falsa, da sua autora. Acrescento apenas um comentário a cada um dos textos que, naturalmente, mereceram diferentes pontos de vista.
Quanto a mim, suponho que os votos em MRS, que espero que ganhe, apesar de tudo, resultarão de um sentimento de receio por um desastre ainda maior, caso fosse eleito outro qualquer pretendente ao cargo. Apesar de tudo, Marcelo serviu, um pouco, de travão, numa triste geringonça – o que não iria suceder com nenhum outro candidato.
I- OPINIÃO: Marcelo Rebelo de Sousa, caso
de estudo
Aparentemente
nas próximas décadas os líderes preferidos serão os mais genuínos e com uma
relação mais afectiva com os eleitores.
MARIA
JOÃO MARQUES 9 de
Dezembro de 2020
Aqui
o alucinante ano de 2020 não surpreendeu: Marcelo
Rebelo de Sousa vai ser novamente candidato à presidência da
República.
Marcelo
Rebelo de Sousa é um produto político muito curioso. Vivemos – já foi repetido
à exaustão – num tempo propício a líderes populistas, onde têm proliferado
espécimes do mau ao execrável, com pulsões antidemocráticas, promovendo o
abandalhamento das instituições dos seus países, atacando ou engolindo os
sistemas judiciais, minando a liberdade de imprensa. E, no entanto, o
presidente português, o contrário de tudo isto, tem sucesso.
Julgo
que tal não se deve a nenhum excepcionalismo português. Tenho para mim que Marcelo
Rebelo de Sousa é
bem-sucedido precisamente porque interpreta tão bem o ar do tempo quanto os (de
maus a execráveis) líderes populistas. Percebe bem o que muitos dos eleitores
procuram nos políticos. Só que o faz em prol de valores positivos. E, nesse
sentido, MRS é um caso de estudo que devia interessar os que procuram uma
resposta política eficaz aos populismos perniciosos.
E
o que procuram, então, os eleitores nos políticos? Actualmente, acima de tudo,
procuram representatividade e autenticidade. E mais: a convicção de que, para
aquele político em concreto, contam. Não, não procuram seres impolutos e
incorruptos (o descaso com que se apoia a corrupção dos populistas é a prova A
disto mesmo). Também não procuram quem lhes traga prosperidade económica – ou
procuram, porém, em boa verdade, tirando ressurgimentos de nostalgias
marxistas, prontamente e resolutamente repudiadas pelos eleitores – como
sucedeu com Corbyn, por exemplo
– as diferenças das propostas económicas actualmente são mais de grau que de
natureza. Já não é a economia que mais diferencia os políticos.
Marcelo
Rebelo de Sousa é uma pessoa afectiva e afectuosa. Nota-se. Claramente aprecia o folclore dos beijinhos
e das selfies. Até pode ser uma encenação – mas é uma encenação de que retira
tanto prazer quanto os que partilham os auto-retratos. Todos nós conhecemos os
calções de banho azuis claros lisos preferidos do presidente. Vimos uma
quantidade de vezes numerosa o presidente trocando os ditos calções molhados
enrolado numa toalha de praia.
Recentemente
observámos o Presidente meio nu tomando a vacina da gripe. Fez lembrar as fotografias
de Putin também de
tronco nu que o Kremlin divulga. No entanto, Putin usa-as para projectar a
imagem de macho alfa e líder vigoroso e forte. O presidente português
para promover a saúde pública (que as vacinas da gripe este ano tenham sido
insuficientes são outros quinhentos.)
Este
à vontade consigo próprio, a descontracção, a facilidade e o manifesto apreço
no relacionamento com os eleitores tornam Marcelo Rebelo de Sousa alguém que
estes vêem como autêntico. E que
lhes tem afecto. Ora, tendo afecto pelos eleitores, deduzem que se preocupa,
cuida do seu bem-estar.
Num
mundo de políticos coreografados, pouco espontâneos, contidos, que se mostram
da forma que estão convencidos que os eleitores querem um líder, em vez de se
mostrarem como são, com imagens artificiais, claramente a encarnar uma persona
de que não fazemos ideia do que está por trás, onde até as imagens alegadamente
descontraídas são extremamente estudadas, não devemos estranhar um político
espontâneo e afectuoso ser bem-sucedido. Porque a coreografia, a
plasticidade e a artificialidade geram desconfiança. O político não é exactamente
o que está a mostrar. Por que será? O que será, afinal?
Viajemos até Trump. Os seus eleitores adoravam-lhe as gaffes, os insultos,
a linguagem sem nexo nem frases funcionais, o temperamento trapaceiro. Adoram
que não se faça passar por institucional. Trump não vai fazer fretes à
Metropolitan Opera para parecer culto. Não colecciona arte. Nem se esforçava
sequer para parecer decente. Donde,
muitos eleitores concluem que, pelo menos, Trump não mente sobre si próprio
para caçar votos. É aquilo que mostra. Pode-se confiar. Por outro lado,
claramente Trump delira com as multidões dos seus comícios. Gosta dos seus
eleitores (e odeia os que não votam nele). Há uma relação de afectividade entre
Trump e os seus eleitores sem qualquer dúvida. As pessoas só alucinam a ponto
de não acreditar em claros resultados eleitorais, ou de perdoar um mentiroso
compulsivo, quando há doses grandes de paixão envolvidas.
Nos
anos 1990, a característica que mais distinguia os líderes emblemáticos era o carisma. Muito se escrevia sobre carisma, essa qualidade
indefinível. A maioria dos políticos não tinha, era demasiado cinzenta. Vários
tentavam fabricar carisma, mas debalde, já vem de nascença.
Actualmente
o carisma desvaneceu-se. Os estudos sobre a autenticidade dos políticos e os
seus efeitos eleitorais começam a surgir. Um deles, do ano passado, Candidate Authenticity: ‘To thine own self be true’, concluiu
que somente os traços autenticidade e liderança se sobrepunham às fidelidades
partidárias na avaliação dos políticos. O que dá uma ideia de quanto é
valorizada.
Curiosamente,
estas eleições presidenciais trouxeram-nos três candidatos autênticos. Não é
coincidência. Ana Gomes é
uma política desabrida, corajosa, conhecida por dizer verdades inconvenientes
(até para o seu partido) e por puxar assuntos que outros queriam debaixo do
tapete. Marisa Matias é empática, também agradável no contacto com os
eleitores, calorosa. (Já André Ventura é muito coreografado como líder
populista-nacionalista. Mas as limitações de Ventura como líder populista eficaz ficam para outras
calendas.)
Claro
que nenhum dos candidatos é só autêntico e/ou afectivo. Marcelo Rebelo
de Sousa é inteligente (cognitivamente e
emocionalmente, daí ler tão bem a população e as tendências mundiais),
incansável, também com a sua dose de maquiavelismo. Ana Gomes tem uma carreira respeitável e vários temas
incontornáveis no CV, desde Timor aos voos ilegais da CIA. Marisa
Matias é articulada, com ideias sólidas e
experiência. Têm, igualmente, muitos pontos negros no
percurso ou no discurso, qualquer um. Mas a autenticidade de todos é o que os
torna bons candidatos.
Como
referi inicialmente, há aqui uma lição. Aparentemente nas próximas décadas os
líderes preferidos serão os mais genuínos e com uma relação mais afectiva com
os eleitores. Talvez haja também este encanto com a autenticidade, e não
somente o encanto com o simplismo do populismo. A artificialidade na
política saiu de moda e a autenticidade é a nova tendência. Economista
TÓPICOS: OPINIÃO
PRESIDENCIAIS
2021 MARCELO REBELO DE SOUSA ANA GOMES DONALD TRUMP ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
COMENTÁRIO: Consulta Médica INICIANTE: Muito bem
analisado. Mais uma vez felicito a autora com quem, na grande maioria das
vezes, não me revejo nos seus escritos. Discuto ideias e não pessoas
II -CRÓNICA: Marcelo é uma sorte
É espantoso que um só indivíduo tenha
as qualidades que tem Marcelo. E ainda a qualidade de usá-las todas para ser um
bom chefe de Estado.
MIGUEL ESTEVES
CARDOSO PÚBLICO, 9 de Dezembro de 2020
É
difícil, por exemplo, percebermos a sorte que temos por Marcelo Rebelo de
Sousa se recandidatar. Mas nunca tivemos nem nunca teremos um Presidente da
República tão bom – tão enérgico, inteligente, educado, simpático, flexível,
gentil, eloquente, dedicado, generoso, capaz, racional e sábio – como Marcelo.
Ainda
o podemos ter por mais cinco anos. Já o conhecemos como presidente. Ele diz que
é a mesma pessoa – e é. Como tudo o que tem a ver com Marcelo Rebelo de Sousa,
isto é mais difícil e admirável do que parece. Ele não é um catavento: tem
confiança nele próprio que chegue para resistir às voltas da fortuna e da
vontade. Mas muda quando é preciso e, sobretudo, não tem medo de mudar.
Da
lista de qualidades que fiz aposto que “flexível” é considerada a menos
importante. Mas não é. A rapidez da resposta de Marcelo é uma coisa, mas a
conveniência e a utilidade dela é outra.
Faz
parte da ingratidão e da justiça julgar que Marcelo gosta de andar por aí a
“distribuir afectos”.
Pelo
contrário, encara esse trabalho como parte das funções dele. É um trabalho
difícil, arriscado e inovador que ele faz melhor do que ninguém – não por
entrar em piloto automático mas por se dedicar inteiramente à tarefa, com
tudo o que isso tem de humanismo, empatia, sensibilidade, optimismo e abertura.
Aposto
que, depois de “flexível”, foi “dedicado” o adjectivo que se considerou menos
importante do que os outros. É preciso lembrar que qualquer lista de qualidades
vale pela soma. É espantoso que um só indivíduo tenha as qualidades que tem
Marcelo. E ainda a qualidade de usá-las todas para ser um bom chefe de Estado.
TÓPICOS: OPINIÃO
PRESIDENCIAIS
2021 MARCELO REBELO DE SOUSA ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
COMENTÁRIO: Fugo EXPERIENTE: Sendo-se capaz de observar com
imparcialidade e objectividade, não tenho dúvidas nenhumas que Marcelo Rebelo
de Sousa é, sem qualquer sombra de dúvida, o melhor Presidente da República que
conheci em vida e, estou quase cem por cento seguro que é o melhor de todos os
tempos. Até por causa dos tempos. Ainda bem que o podemos ter por mais cinco
anos.
III -Os estafetas (ou viver como inabitualmente)/premium
Saí dos estúdios da SIC-N com a pesada
dúvida sobre quem estaria mais perturbado: se eu, ao ouvir as palavras do
Presidente da República, se ele, por as dizer. Ou melhor, por ter querido
dizê-las.
MARIA JOÃO AVILLEZ OBSERVADOR, 09 dez 2020
1Já
se notou: é farta a quantidade de estafetas que o Presidente da República tem
na “media” a correr por ele. A troco de um pedaço de açúcar — um poderoso
telemóvel que zumbe de Belém, um elogio que mesmo que nunca sentido é
“distinção” inesquecível; um convite para almoçar que do dia para a noite,
transfigura um jornalista num comensal do Palácio, etc. Não sabemos quantos se
desvanecem com isto, suspeitamos que muitos, mas sabemos porém que foram
poucos os que se aperceberam da ocorrência de dois factos desagradavelmente
inabituais, assinados por Belém.
Facto um: o Chefe de
Estado achou, digamos, natural (?) informar o país através de um programa
televisivo da SIC Notícias que sim, na sua percepção das coisas, o
primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, o seu ministro da Defesa, Adelino
Amaro da Costa e o chefe de gabinete de Sá Carneiro, António Patrício Gouveia, tinham
sido assassinados no dia 4 de Dezembro de 1980. Ah bom? Foram? Foram
porque ele, Marcelo, acha que foram? Agora, em hora quase eleitoral? O
modus operandi desta intervenção presidencial permite dúvida e acalenta a
estranheza. Se as famílias não mereciam um reabrir da ferida e do desgosto
provocada pelo “achar” do mais alto magistrado da nação, interrogo-me sobre
como se terão os portugueses confrontado com tal desabafo presidencial? Saí dos
estúdios da SIC-N com a pesada dúvida sobre quem estaria mais perturbado: se
eu, ao ouvir as palavras do Presidente da República, se ele, por as dizer. Ou
melhor, por ter querido dizê-las.
Facto 2: o Chefe de
Estado, auto-dispensando-se da maçada de uma campanha eleitoral – está
há cinco anos a fazê-la com zelo e afinco diários – foi-se
auto-dispensando igualmente e até ao limite do entendível, de avisar os
portugueses sobre as suas intenções. Mesmo porém se já conhecidas de sobra
(apesar do extraordinário “se” deste próprio jornal, titulando “Marcelo anuncia
‘se’ se recandidata”…) o Presidente fê-lo desnecessariamente tarde. A
pátria teria apreciado tratamento menos leve ou mais discreta indiferença
presidencial pelas regras do jogo. O tão tardio anúncio relegou para segundo
plano não só costumes e normas como o próprio eleitorado a quem enquanto se
pede essa coisa poderosamente valiosa que é um voto, ao mesmo tempo se trata
com a indisfarçável condescendência do “já adquirido” ou da certeza antecipada
do êxito deste candidato-comentador de si mesmo. Nas marés fáceis
houve as selfies e a sacrossanta proximidade; nas tormentas – os incêndios, a
pandemia, as quase crises políticas – houve por vezes mas sempre perceptivelmente,
contradição, hesitação, aflição. Que é uma outra forma para designar alguém que
não nasceu para ser “de todas as estações”.
2Viver
como inabitualmente: malas que se fazem e desfazem. Talvez nos mudemos, talvez
não, bagagens sem data. Vamos para a semana?. Não afinal não, atordoados por
algarismos e gráficos que só sobem sem descer, projectados como dardos por
todos os écrans. Melhor não, adia-se o regresso a Lisboa. Uma nova forma de
vida, esta inabitualidade. E assim estamos, fora de portas desde março, e como
março vai longe. Mas há árvores e mar, um luxo de que me dei conta a cada
minuto da vilegiatura: uma via-sacra para tantos, generosa morada para nós.
Fomos estando, suportando a saudade, trabalhando, aspirando o campo ou o
Atlântico, primavera, verão, outono, e agora já com invernais intempéries.
Estações do ano que foram mais tateadas que vividas, na procura espantada de
novos hábitos. Fez-se uma horta, houve mais rosas que nunca, aprendemos a lidar
com as caprichosas neblinas matinais de que este Oeste tem o segredo e
certamente o exclusivo. Somos já quase resilientes na dureza incalculável que é
o viver longe dos “nossos”, no cultivar da “distância” como um mandamento, no
uso de fantasmáticas máscaras no rosto, no manuseamento dos zoom e outros
aparatos, enquanto o ofício conseguiu sair ileso (agradecerei sempre o enérgico
ano profissional que tive em mais do que uma sede jornalística).
3O
pior porém é este “agora”. Um terrível, temível remake. É que nos meses de
verão – lembram-se? – houve dias quase parecidos com a vida de dantes, chegámos
a pronunciar a palavra ‘férias’ e até a enfeitá-la com outras geografias.
Olhávamos para nós descobrindo com falso alívio vestígios da “normalidade” de
outrora. Ousávamos até desafiar amigo para o terraço, jantar fora, atravessar
uma avenida, pisar a rua, ver gente. Hoje, não. Como em Março, Abril, Maio,
voltaram restrições e proibições – recebidas com anómalo assentimento de resto;
polícia a vigiar horários, deslocações, viaturas, identidades. Para sair, só
com salvo conduto, menos mal que o concelho destino onde passei a morar está a
salvo do salvo conduto. Mas em Março, recordo-me bem, a inabitualidade era,
digamos, uma aprendizagem contínua, mesmo se aflita e hesitante. Não contávamos
que durasse, seria coisa de semanas, parecia até impossível, um absurdo, o
mundo ia lá aguentar muito mais tempo? Agora, uma eternidade depois, sabemos
que durará. Continuaremos encaixados numa inabitual incerteza, é difícil viver
em remake. Além de que a horta esmaeceu, as rosas escasseiam, a viagem do
inverno é sempre longa em demasia. E até a armação do presépio foi rara em
Natal raro: em vez de montado a várias mãos e gerações, foi feito
conjugalmente, uma estreia inabitual.
Mas
há sempre, inamovível o porto de abrigo das palavras, é com elas que tenho
contado e delas que me tenho abastecido nesta travessia. Encaixo-as na certeza
– a única que verdadeiramente tenho – de que o seu uso pode ser infinito. E
benévolo, se soubermos lidar com elas.
4Pelo
sim pelo não, deixo as malas feitas. Não tenho nenhuma pressa da capital mas
nalgum lado se há-de acolher a meta do fim do pesadelo. Mesmo que
melancolicamente ficcionada.
PS:
Tanto quanto me é possível uma afirmação assim, não conto, em princípio, tomar
parte activa nas eleições presidenciais. Não me calha pessoalmente, não me
inspiram profissionalmente. Reconheço a inabitualidade da confissão. Mas há
cinco anos passei um mês no Brasil pelo mesmo motivo, agora passarei um mês e
meio numa outra lonjura qualquer, mesmo que inventada. Ou meramente mental.
Sempre agradeci a Deus a intuição que me deu e com a qual me oriento, mesmo
tropeçando. É ela que me dita que neste eleitoral período onde entro mal como
num casaco apertado, o melhor é abalar e não maçar o leitor. E depois se verá o
que houver para ver.
MARCELO
REBELO DE SOUSA PRESIDENTE DA
REPÚBLICA POLÍTICA ELEIÇÕES
PRESIDENCIAIS ELEIÇÕES PANDEMIA SAÚDE
COMENTÁRIO:
Domingas Coutinho: Ridícula a
encenação do anúncio da candidatura como sempre a fingir que vai só. Ridículo
este tabu quando de facto mandou os arautos à frente. Ridícula a apresentação
da ideia de que o País precisa dele e de que agora é que vai ser. Ridículos e
duvidosos os apoios públicos que se lhe colam. Tem razão Maria João quando diz
que vai para longe. Eu também ia se pudesse.
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