domingo, 13 de outubro de 2019

É de quem, afinal, este país?



São 163 Comentários ou mais ainda, que mereceu a crónica de AG, embora alguns adeptos dos sofismas piedosos embrulhados em ódio real, vazem apenas excrescências desse seu ódio contra a lucidez e o destemor - a maioria das quais não transcrevi. Não vou comentar o texto, não excepcional porque o são sempre, os textos de Alberto Gonçalves. Os comentadores o fazem, a multiplicar o prazer. Ou simplesmente o desprezo pelos tais, os dos sofismas. Mas seria bom que um sopro de inflamado e sensato patriotismo começasse a varrer tanta sujeira de deformação moral neste país, que assim se verga à tirania do ódio, gaguejante embora.
Quem fala assim é de extrema-esquerda /premium
No fundo, e à superfície, o Livre mistura os horrores do BE com as abominações do PAN, mantendo o ressentimento, o moralismo, o revisionismo, a vocação proibicionista e a natureza totalitária de ambos
ALBERTO GONÇALVES, Colunista do Observador
OBSERVADOR, 12 oct 2019
Houve quem achasse escandaloso que Joacine Katar Moreira festejasse a eleição para o parlamento junto à bandeira da Guiné. Eu achei ridículo, mas sou suspeito. Acho sempre ridículo que alguém exalte o país a cuja miséria fugiu em detrimento do país que lhe permitiu prosperar. E sim, isso inclui aqueles portugueses e descendentes de portugueses que agitam o estandarte do Partido Republicano ou celebram o Bacalhau à Brás enquanto gozam dos níveis salariais da Suíça, dos EUA ou da Austrália. Suponho que muitos dos que assinam petições contra a dra. Joacine se comovem imenso com as manifestações de patriotismo dos nossos compatriotas emigrados. Não querendo ser picuinhas, a incoerência tira-lhes razão.
Aliás, as razões de certos críticos da dra. Joacine são tão absurdas quanto as razões dos simpatizantes da senhora. O êxito dela, segundo uma sondagem a candidata mais popular, fez-se sobre critérios totalmente alheios aos que deviam influenciar a escolha dos deputados. E foi a própria dra. Joacine a submeter esses critérios à avaliação do público, activa ou passivamente.
No primeiro caso, a dra. Joacine declarou que as “legislativas” iriam medir a capacidade do eleitorado em aceitar uma mulher negra na Assembleia da República. Com o devido respeito, hã? A que título é que o eleitorado, que já “aceitou” em S. Bento resmas de mulheres brancas e dois ou três homens negros, não estaria preparado para uma mulher negra? A presunção tem graça. Por um lado, porque é mentira: a primeira deputada negra aconteceu ainda antes de 1974, chamava-se Sinclética Soares Santos e vinha de Angola (e a primeira deputada negra da democracia, Nilza Mouzinho de Sena, pertence ao PSD e chegou à AR em 2015). Por outro lado, porque a presunção é estúpida. Depois das quotas singulares, faltava-nos entrar na era das quotas combinadas: de futuro, convém reservar uns banquinhos no proverbial “hemiciclo” para transsexuais nórdicos, esquimós pernetas e anões que fazem bolinhas em cima dos “ii”. Ou para mulheres negras e gagas.
A dra. Joacine não precisou de explicitar o último critério. De resto, é justamente a incapacidade de o fazer que o torna evidente. Não existe maneira diferente de o dizer (ou existe, mas nunca mais saíamos daqui): a dra. Joacine é gaga. Às vezes, é um bocado gaga. Às vezes, é bastante gaga. Às vezes, é gaga para lá de qualquer hipótese de comunicação. Por causa da referida característica, alguns gozam com a dra. Joacine, e alguns acreditam que a dra. Joacine goza com eles. Não são melhores nem piores do que os que lhe elogiam a “coragem” por “assumir”. A propósito disto, gostaria de informar os deslumbrados que não há coragem em se assumir um defeito impossível de ocultar. Um sujeito com 15 dioptrias não é um herói: é um pitosga.
Não me entendam mal. Eu votaria num zulu cego e cocainómano empenhado na redução drástica dos impostos, na abolição de dois terços dos ministérios e no sagrado princípio de que a vida dos cidadãos é assunto deles. Salvo prova em contrário, a dra. Joacine viu-se eleita apenas por ser mulher, negra e gaga, tudo em simultâneo, tudo enfiado num bonito pacote de atributos “minoritários”. Se acumulasse com uma orientação sexual esdrúxula, seria o “jackpot” da vitimização. Nos sifilíticos tempos que correm, o estatuto de vítima, real ou imaginária, é uma proeza e uma virtude. Por azar, é uma virtude que não esclarece coisa nenhuma acerca do que a dra. Joacine pensa e, principalmente, do programa que defenderá na AR.
Quanto ao que, sob o culto da “discriminação”, a dra. Joacine de facto pensa, não tenciono alargar-me. Por motivos que é escusado repisar, ouvi-la falar não é uma experiência particularmente elucidativa. Lê-la também não ajuda: a escrita da dra. Joacine não se distingue da do académico indígena médio, logo é insuportável após três parágrafos. Resta o programa do partido que a dra. Joacine representa. O partido é o Livre, criado pelo grande pensador Rui Tavares para arranjar um emprego ao grande pensador Rui Tavares. Em sucessivas eleições, a empreitada falhou. Funcionou agora, embora com o emprego atribuído à dra. Joacine. E o que fará a dra. Joacine no emprego?
Não queiram saber. O programa do Livre, que espreitei na diagonal e na vertical, consta de 53 páginas divididas em 21 temas. Os temas incluem “Economia circular”, “Igualdade, Justiça Social e Liberdade” e “Soberania Digital”, além de 6 ou 7 capítulos “ambientais” (“Emergência climática”, “Desenvolvimento ecológico e solidário”, etc.). Ou seja, marxismo clássico e marxismo “moderno”. No fundo, e à superfície, o Livre mistura os horrores do BE com as abominações do PAN, preservando o ressentimento, o moralismo, o revisionismo, a vocação proibicionista e a natureza totalitária de ambos. Parece-me impecável.
E parece-me justo dar um exemplo enternecedor: “Limitar o transporte aéreo às ligações onde é efectivamente necessário”. A pequena frase reúne todos os predicados acima, e deixa uma pessoa a pensar. Uma pessoa pensa na ingenuidade das companhias aéreas que mantêm ligações pelos vistos desnecessárias. Uma pessoa pensa na incúria dos viajantes que rumam a destinos que não necessitam visitar. Uma pessoa pensa na comissão de génios que decidiria a necessidade das ligações. Uma pessoa pensa na necessidade da rota bidiária Lisboa-Bissau. Uma pessoa pensa se estas ideias ocorrem a adultos ou são produzidas por metástases da pequena Greta. Quando uma pessoa não pensa, acaba a eleger a dra. Joacine, mulher, negra, gaga e parlamentar da extrema-esquerda, uma entre três ou quatro dezenas. Naturalmente, por estes dias, o país dedica-se a recear, exorcizar e promover o único deputado da extrema-direita.
COMENTÁRIOS
Alfaiate Tuga: A dita está farta de saber que muitos dos que nela votaram apenas querem circo no parlamento é motivo para umas boas gargalhadas.
Liberal Impenitente > Alfaiate Tuga: Errado, até por que circo é providenciado pelos burguesinhos de esquerda em contínuo. Mas eu suspeito de voto racial na Joacine. Antes nela do que no Mamadu!
Pedro J.: O que é surpreendente e aterrador é que existem mesmo muitas pessoas que, lendo o claríssimo texto do Alberto Gonçalves, vão espumar e gritar "Olhó racismo!" e ainda "Neo-liberal" ou mesmo "Porco de extrema-direita". Para estas, só me ocorre a receita do comediante inglês Ricky Gervais, que sugere tirarmos os alertas de perigo das embalagens de lixívia, esperar dois anos, e então sim ir a eleições.
josé Maria: A propósito de moralismo, os direitistas que se opõem ao aborto, à eutanásia, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à adopção por casais homossexuais, à procriação medicamente assistida, à gestação de substituição, já escapam à sua fúria anti-moralista, Alberto ? Já não possuem feição proibicionista e totalitária ? A sua desonestidade intelectual é muito feia, sabia ?
Jay Pi > josé maria: O problema nesta vida é o marxismo não é o rigorismo moralista de uns poucos... Porque o marxismo arruína a vida das pessoas com fome, doença, guerra e morte. O moralismo não. 
josé Maria > Jay Pi: Bom proveito:
Jay Pi > josé maria: Nem os EUA são um país dominado pelos rigoristas morais, nem a pobreza dia EUA se compara com a dos países marxistas. A tua falta de inteligência e o teu grau de prostituição são mesmo uma coisa muito feia...
Pedro J. > Jay Pi: Olha, mantiveram o emprego ao José Maria... aquelas subvenções de campanha pagam depois estes desmiolados para virem traulitar desordenadamente.
Joao Rodrigues: Brevemente chegará a Ministra na Guiné e desampara-nos a loja
Ana Rebelo: Parabéns pelo artigo, muito bom.
Cláudio Silva: Gaga que tem.discursos sem gaguejar...
Marco Silva > Cláudio Silva: É a deficiência selectiva. Se der jeito, tem. Se não der jeito, não tem. Ela é do mesmo espectro politico que usa uma criança com Aspergers para propaganda politica...logo não espere moralidade ou princípios desta gente.
Carlitos Sousa: Excelente texto e corajoso por abordar sem complexos um assunto que desmonta a entrada de Joacine no parlamento pela mão do asqueroso Rui Tavares. Este dissidente bloquista descobriu que se encontrasse uma personagem preta, gaga e de discurso racista, conseguiria finalmente receber a subvenção partidária. Acreditou e acertou que haveria por aí uns milhares de eleitores que teriam pena da ave rara e lhe dariam o voto. É o país que temos e por essa Europa fora não se conhece caso de alguém ser eleito deputado sem que tenha mais capacidades para além da deficiência e cor da pele.
Marco Silva > Carlitos Sousa: Tem toda a razão, excepto na última parte. Pela Europa fora o que não faltam são exemplos disso mesmo. Só na Suécia há imensos novos "políticos" cujas qualificações são "ser muçulmano" ou simplesmente "não ser sueco"
Luís Teixeira Neves > Carlitos Sousa: Ah... Ela é que é racista... Você nem um pouco... Pois, pois...
VILAR DE MAÇADA: Um espectáculo, esta crónica! Pérolas a porcos Ninguém se incomodou com nenhum dos outros candidatos africanos, sejam de esquerda ou de direita. Esta lady gaga só incomoda por ser desonesta e oportunista.
Luís Teixeira Neves > Pérolas a porcos: Deve ser isso...
Joaquim Zacarias: Tenho um amigo gago, (aqui no alentejo também há gagos, embora haja cada vez menos comunas) que quando se enerva, não consegue expressar-se, e por isso recorre a um caderno e a um lápis, para se fazer entender. Como somos muito amigos dele, estamos sempre a enervá-lo. Espero que a senhora guineense, também tenha na AR, uns amigos, como nós somos do nosso amigo gago.
Ana Brito: Comparar portugueses no estrangeiro (que nunca foram apontados por problemas de integração), a honrar símbolos e costumes nacionais (talvez nalguma associação lusa), enquanto vivem no país de acolhimento e que nunca ergueram a bandeira nacional enquanto tomavam posse de cargos públicos, mas sim assumiram a honra confiada pelo país onde prosperaram com respeito, a uma candidata que festeja a sua eleição com a bandeira de um país (que pelos vistos nem é o seu, é senegalesa, conseguiu a nacionalidade da Guiné-Bissau e por esse meio a porta aberta para Portugal) e diz que vem fazer a guerra ao Parlamento, que no nosso país "há uma hegemonia branca", i.e., quer disputá-la e impor a dos negros (o que não será do nosso interesse, espero que seja evidente para a maioria de nós), é bastante desonesto.
Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador > Ana Brito: Algumas correcções ao que escreveu assumindo que está a falar de Joacine Katar Moreira. A senhora nasceu em Bissau, tem nacionalidade guineense e não senegalesa e não “tomou posse de cargo público algum ”. Nem ela nem ninguém na sequência das recentes legislativas. O que “lhe abriu a porta para Portugal ” não foi a “nacionalidade da Guiné-Bissau ”, mas sim ter dupla nacionalidade, guineense e portuguesa, condição sine qua non  para poder ser candidata a deputada à AR. Esta e outras condições são verificadas, candidato a candidato, pelo juiz presidente do tribunal de comarca com sede na capital do distrito que constitua o respectivo círculo eleitoral. Se Joacine K Moreira não fosse detentora da nacionalidade portuguesa seria uma cidadã estrangeira, que assim não é, sendo que nenhum cidadão estrangeiro mesmo residente em Portugal desde o minuto a seguir àquele em que nasceu noutro país, pode ser candidato a deputado à AR, tudo isto nos termos da Lei Eleitoral em vigor. Joacine K Moreira, está EXACTAMENTE NA MESMA SITUAÇÃO da ainda deputada do PSD Nilza de Sena, também detentora de dupla nacionalidade: moçambicana (nasceu lá em 1976) e portuguesa. E como a Lei é IGUAL para todos…
Antonio Fonseca > Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador: Joacine K Moreira, não está EXACTAMENTE NA MESMA SITUAÇÃO que Nilza de Sena. Esta nasceu em Moçambique em 1976 e por isso tem dupla nacionalidade. Já a Joacine K Moreira nasceu em Bissau em 1982 e se tem nacionalidade portuguesa é por outro motivo.
Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador > Antonio Fonseca: Será necessário escrever que para efeitos de interpretação da lei em apreço, o que está em questão é ter ou não ter a nacionalidade portuguesa e não se a mesma foi obtida pelo “motivo 1” ou pelo “motivo 2”? Vá lá. Faça um esforço para escrever qualquer coisinha com interesse para o debate.
Pérolas a porcos > Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador: Aí mesmo é que bate o ponto. Nunguém a contesta por ser preta. Nem de esquerda. Nem africana. Apenas por ser ressabiada.
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Antonio Fonseca > Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador: pelo “motivo 1” ou pelo “motivo 2”. Tal como disse não é a mesma coisa. E se não dizem qual o "motivo 2" é que aí tem coisa.
Armando AzevedoCombate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador: Perfeitamente de acordo. O cargo de deputado é um cargo político.
Luís Teixeira Neves > Ana Brito: E daí, querida?! Nós também estivemos no Senegal.
Ana Brito > Combate aos BURROS e ANALFABETOS do Observador: Combate burros? fratricida! Nasceu no Senegal. Entrou ilegalmente na Guiné Bissau. Adquiriu cidadania guineense. Imigrou para Portugal. Adquiriu cidadania portuguesa.
Vera Oliveira: Excelente artigo!
Luís Teixeira Neves: A alimentar o nacional-relismo.
José Ramos: Claro, implacável e justo. Sobretudo, razoável, no sentido de funcionar usando a Razão. Esta, a Razão, que iluminou o chamado século das luzes e produziu a Revolução Francesa e as diversas revoluções liberais durante o séc. XIX, anda muito afastada dos líderes e dos cidadãos actuais, não obstante estes viverem num mundo melhor e mais aberto graças a ela, a Razão. O que diria, o que escreveria Voltaire, se visse o processo de idiotização em curso? O que diria Voltaire, se visse a jovem Greta - uma Candide com um prof. Pangloss tão estupidamente castratofista quanto o outro era de um optimismo absolutamente imbecil - a ser ouvida e seguida pelo Sec. Geral da ONU, de calças ridiculamente arregaçadas, ou pelo inefável Papa Francisco, tão idolatrado pelos esquerdistas totalitários mais empedernidos, mas que execram a Igreja da qual o homem é o Pontifex Maximus? Se o deixassem, se as cacarejantes SA do "politicamente-correcto" o permitissem, Voltaire publicaria. E, no meio das gargalhadas dos lúcidos, ouvir-se-ia o gaguejar dos néscios clamando pela queima imediata (e "Livre") desses livros.
Liberal Impenitente > José Ramos: Não esqueçamos Kamarada Sparta o que significa a Razão no Ocidente, e logo a partir da sua fundação em Atenas. Lembro-me com saudade de José Hermano Saraiva no sopé do Parténon de Atenas explicar que os atenienses tinham escolhido Atena que lhes oferecia o azeite que iluminava em detrimento de Póseidon que lhes oferecia o cavalo com que podiam fazer a guerra porque "os gregos não tinham o instinto do poder, os gregos só tinham o instinto da inteligência". As Luzes do século XVIII foram o regresso da inteligência.
A. Carnide: Excelente, como habitualmente!
Gustavo Lopes: Fabuloso!!! Assertivo como sempre... mas como a Inteligência Colectiva é do nível que sabemos, somos governados por quem somos, e ouvimos bitaites de senhoras como esta!!!! Triste país. Obrigado AG.
Carminda Damiao: Óptimo artigo.
Marie de Montparnasse: Artigo belíssimo.
Ana Ferreira: Há coisas que não mudam. Para quem tinha a ilusão de que AG estava interessado em qualquer outra alternativa política, fica a prova da sua exclusiva função de animador mor de boa parte da clientela do OBS, que ao sábado saliva abundantemente com as alarvidades da personagem.
Marie de Montparnasse > Ana Ferreira: Comentário boçal e monocórdico.
Miguel FernandesAna Ferreira: V@ Exa. nao falha. E dos clientes mais fieis. ainda há gente muito idiota
Armando Azevedo > Ana Ferreira: Há coisas que não mudam. Para quem tinha a ilusão de que Ana Ferreira estava interessada em qualquer outra alternativa politica, fica a prova da sua exclusiva função de xingadora mor de boa parte da clientela do OBS, que ao sábado tem de aturar as alarvidades da personagem.
Liberal Impenitente > Ana Ferreira: O senhor padre António Vieira manda-te esta, anãzinha:  «A inveja, como filha primogénita da soberba, pesa para cima, e todos seus tiros se assestam contra o mais alto.»
Cipião Numantino: Já poucas coisas me surpreendem nesta vida. E do alto das minhas vetustas cãs já timbradas de neve creio mesmo só me faltar ver andar o tal porco de bicicleta. Um excelso físico postulou que só a estupidez humana era infinita enquanto, um outro, teve que levar com uma maçã no toutiço para se aperceber daquilo que de tão óbvio se transformou numa universal verdade. Por sua vez muitos estarão lembrados do famoso anúncio do restaurador Olex, que não parecia natural um branco de carapinha e um preto de cabeleira loira. Mas parece que não e, isto, anda tudo mesmo ligado. Querem-me por a comer erva como se eu fosse uma vaca. E mandar-me fechar a matraca, sempre que alguma verdade comezinha se atrevesse e desfile pelos meus neurónios. É aqui que entronca a inefanda Drª. Joacine (nome de resto bonito, concordam?).
Pois é, a excelsa Senhora é gaga. E claro, nada daí advirá de mal ao mundo, se?...E é este "Se" que me faz espécie. Os Espartanos eram tidos como os mestres do lacónico. Que, de resto, lacónico significa que era oriundo da península da Lacónia de onde, claro, eram originários os Espartanos. Pois bem, um belo dia o sátrapa persa Mardónio (foi ele que comandou o ataque de Xerxes I na célebre batalha das Termópilas onde foram sacrificados o Rei Leónidas e os seus 300 espartanos, vindo depois a morrer na célebre batalha de Plateias às mãos dos Gregos), resolveu mandar uma embaixada a Esparta. Na declaração que os embaixadores eram portadores mandava dizer em tom de ameaça que SE os Espartanos não obedecessem seriam totalmente destruídos, Se, isto e aquilo e mais aquele outro. Muitos Ses de ameaças e de represálias. Pedida pelos embaixadores concomitante resposta aos Espartanos a tanta ameaça, laconicamente, os Espartanos escreveram uma única e singela palavra. Fácil será adivinhar, certo? E limitaram-se a responder SE?!...
Chegado aqui, não sei se a Drª. Joacine pretenderá utilizar tais e tão singelos vocábulos. Se assim não for, não percebo bem como, por exemplo o Dr. Rui Rio ou o Dr. Costa esperem até que a excelsa Senhora consiga terminar aquela espécie de traques vocalizados até expender algo de concreto verbalizado. E estou mesmo a ver o Dr. Rio e Dr. Costa, dizendo: oh Senhora Deputada, nós vamos ali tomar um cafézinho até a Senhora conseguir falar aquilo que se propõe. Ou melhor ainda, olhe vamos entretanto ali dormir uma soneca e depois voltamos!
Minha gente, a Drª. Joacine não é obviamente culpada nem, por interposta situação, posso perorar em termos de gozo sobre o seu estado de gaguez.As coisas são o que são e, neste como em tantos outros casos, não está nas nossas mãos alterá-las. O que me espanta a mim é escolher-se uma deputada de gaquez tão pronunciada já que, a fala e a consequente retórica, são justamente as ferramentas de trabalho de um deputado! No limite, meus caros, era como tentar seleccionar para o futebol pernetas. Ou para avaliador de diamantes, ceguetas. Estabelecer uma colónia de piolhos na cabeça de um careca também me pareceria um contra-senso. Um surdo também me pareceria pouco apropriado para espião. Estão a ver? Um branco de carapinha e um preto de cabeleira loira!.... E esta é mesma uma expressão. Nada tem a ver com racismos. O que não sou é gago, topam?...
Luiz Branco > Cipião Numantino: Longo mas muito bom
Jean valjean > Cipião Numantino: Grande, Enorme Cipião 🎩
Armando Azevedo >Cipião Numantino: Primeiro saboreamos um excelente artigo do AG, depois ainda temos direito a bónus com o refinado comentário do Cipião.
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