sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Hasta cuando?


Se vai ziguezagueando, por entre o labirinto do Brexit, qual o de Creta, donde Ícaro, fugindo pelos ares, não deixou de se enfiar no mar, derretida a cera das asas, por se ter aproximado demais do sol, naqueles tempos rudimentares em protecção e iguais aos de hoje em desobediência filial. Mas mais uma vez Teresa de Sousa se debruça sobre um Brexit tramado, tentando alertar. E Miguel Esteves Cardoso deixou-se dos seus pratos e dos seus amores favoritos, para nos dar parte da sua opinião sobre um assunto que o desgosta, como a todos nós, mau grado a opinião contrária dos adeptos da arrogância, como é a de alguns comentadores que fingem cuspir no benefício monetário que foi, para todos nós, a União Europeia.
I - OPINIÃO  A norte da Irlanda
Há cada vez mais jovens protestantes a verem-se livres dos preconceitos reinantes e a pensar que se importavam menos de alinhar com a República da Irlanda (e a UE) do que continuar com um Reino Unido isolado.
MIGUEL ESTEVES CARDOSO
PÚBLICO, 17 de Outubro de 2019, 18:55
Na borrasca que tem sido o “Brexit” será que se avista o alívio? Os dirigentes do DUP, unionistas inteligentes e desconfiados, bem torcem o nariz. Têm razão. Sabem que vão ter regras diferentes do resto do Reino Unido.
A diferença e a desunião são o pesadelo dos unionistas. Sabem que são pequenos e que são poucos e que o futuro está contra eles. Sabem que o resto do Reino Unido, fora o unionismo de fachada dos políticos ingleses, leva a mal depender duma parte tão pequena (e largamente indesejada) do Reino Unido.
Sabem que em 2022 é provável que a maioria dos irlandeses do Norte seja católica. Embora nem todos os católicos sejam nacionalistas, as tendências demográficas, políticas e culturais vão contra as actuais expectativas dos unionistas e, grosso modo, dos protestantes.
Enquanto há bastantes católicos que se consideram britânicos, são muito mais raros os protestantes que se dizem irlandeses. Seja como for, há cada vez mais jovens protestantes a verem-se livres dos preconceitos reinantes e a pensar que se importavam menos de alinhar com a República da Irlanda (e a União Europeia) do que continuar com um Reino Unido isolado.
A esta lenta mas certa viragem some-se o facto de uma maioria dos eleitores da Irlanda do Norte ter votado a favor de permanecer na União Europeia. Considere-se também a vizinha Escócia, igualmente desejosa de ficar na União Europeia, que já sonha com um segundo referendo com vista à independência.
O DUP pode ser um partido reaccionário – mas não é estúpido. Nem falso.
II - ANÁLISE: O “Brexit” pode ser apenas um sintoma
Para aqueles que se agarram à ideia de que, sem o Reino Unido, os europeus ficariam mais unidos, chegou talvez o tempo de acordarem.
Teresa de Sousa      PÚBLICO, 17 de Outubro de 2019
1. Quando tudo parece indicar que, finalmente, um acordo está ao alcance da mão entre a União Europeia e o Reino Unido, depois de um desgastante processo negocial, vale a pena deixar de olhar apenas para as árvores e tentar abarcar a floresta. Há três anos o resultado do referendo britânico apanhou toda a gente de surpresa. Até então, a hipótese de um país sair da União não era sequer considerada. David Cameron não tinha pensado dois minutos sobre a possibilidade de um resultado negativo. Nesse ano e quase em simultâneo, a Europa somou ao choque do “Brexit”, o choque da eleição de Donald Trump. Nada voltou a ser igual, mesmo que os governos e as instituições europeias tenham sempre bastante dificuldade em reconhecer a realidade. A estratégia europeia resumiu-se a um objectivo central: negociar de tal forma que dissuadisse qualquer outro país de seguir as pisadas do Reino Unido. Inicialmente, o debate foi sobre uma saída suave, à norueguesa, em que o Reino Unido se manteria no Mercado Único, tornando mais fácil a resolução da fronteira entre as duas partes da Irlanda. Rapidamente se verificou que não era essa a intenção da maioria do Partido Conservador, desejoso de cortar todas as amarras com o continente. Prevaleceu um hard Brexit que tornou mais difícil a questão irlandesa. Theresa May conseguiu negociar o backstop, que Boris Johnson tratou de pôr imediatamente em causa, passando a brandir a ameaça constante de uma saída sem acordo. A União Europeia também se mostrou intransigente, em nome da inviolabilidade do Mercado Interno e na defesa dos interesses de Dublin.
2. Ao longo do tempo, somaram-se os cenários e os prognósticos, quase todos de mera incidência económica. Previram-se catástrofes para a economia britânica, que nunca aconteceram e não se espera que venham a acontecer. Chegada a hora da verdade, convém olhar para as coisas com distância e realismo. Em primeiro lugar, a previsão da catástrofe era manifestamente exagerada. A economia britânica aguentou bem as consequências da saída, que foram sendo antecipadas nas decisões de empresas e de consumidores. Evitou a recessão. Mantém uma taxa de desemprego muito baixa e o problema das empresas é a falta de mão-de-obra e não a necessidade de despedir, mesmo que isso tenha acontecido em alguns sectores específicos como a indústria automóvel. O investimento continua a fluir e a City continuará a contar como uma das maiores praças financeiras do mundo. O Reino Unido é a quinta economia mundial, empatada com a França. O sector dos serviços é dominante e tem, em boa parte, dimensão mundial. O comércio com a Europa representa cerca de 50% das importações e das exportações – um valor bastante inferior ao da generalidade das economias europeias, muito mais dependentes do mercado interno. Os britânicos vão atravessar momentos difíceis, mas os cálculos sobre a perda de poder de compra a dez anos não são, longe disso, assustadores. Vão ter de negociar novos acordos de comércio com as grandes economias mundiais, mas a sua economia continua a ser atractiva – pela dimensão e pela flexibilidade. Têm algumas das universidades mais prestigiadas do mundo e lideram em muitos domínios da I&D.
3. Mas a questão fundamental não é a economia, mesmo que seja ela que domina a maioria das análises. O “Brexit” não é um fenómeno isolado, atribuível apenas ao proverbial eurocepticismo britânico. É um sintoma. Se correr relativamente bem, haverá provavelmente outros países a equacionar a mesma possibilidade. Não é uma fatalidade. Mas se a Europa não conseguir vencer a crise interna que a está a destruir aos poucos, reencontrando um propósito comum, o caminho da fragmentação dos últimos anos agravar-se-á. A fractura Leste-Oeste não pára de aumentar. O desafio migratório não encontra uma resposta conjunta. O abandono americano da liderança mundial e da aliança transatlântica deixa-a indefesa perante um mundo que é cada vez mais o resultado da relação de forças entre grandes potências. A retirada dos EUA do Médio Oriente, abre espaço à Rússia e deixa a Europa sem capacidade de resposta. A saída do Reino Unido enfraquece ainda mais a sua capacidade de defesa, deixando a França sozinha, enquanto Macron tenta pressionar Berlim a assumir maiores responsabilidades – tarefa quase sempre inglória. Sem os EUA e o Reino Unido, os países do arco atlântico – como Portugal, Dinamarca ou Holanda – perdem influência, obrigando-os provavelmente a terem de fazer das fraquezas forças para recriar um eixo atlântico que compense em parte a ausência britânica. A Alemanha preocupar-se-á cada vez mais com a sua vizinhança no Leste e no Centro da Europa. A França tentará preservar o seu papel de charneira. Mas encontrar novos equilíbrios de poder não será fácil
4. Basta olhar para a intervenção militar da Turquia contra os curdos da Síria, aproveitando a retirada americana, para se ter a antevisão de um futuro que é bastante assustador. Sem capacidade para pressionar Ancara, os europeus assistem impotentes ao avanço do eixo Moscovo-Damasco-Teerão para ocupar o espaço deixado vazio pela América. Mas o que veremos a partir de hoje em Bruxelas, numa cimeira europeia dedicada ao “Brexit”, será uma Europa profundamente dividida e impotente perante o que a rodeia. Da Síria ao Irão, passando pela Rússia e incluindo as negociações ferozes sobre como distribuir um orçamento comunitário que pode nem chegar a ser um por cento do PIB europeu. Para aqueles que se agarram à ideia de que, sem o Reino Unido, os europeus ficariam mais unidos, chegou talvez o tempo de acordarem.
COMENTÁRIOS:
Jonas Almeida, 17.10.2019: Tiro aqui o chapéu a Manuel Caetano que nos premiou com comentários judiciosamente informados antecipando em muito não só os acontecimentos como análises como esta de TdS. Ao Público deixo a nota que a qualidade da caixa dos comentários é um mais valia cada vez mais importante deste jornal como plataforma digital participada, e merece por isso a vossa crescente e atenta consideração. Talvez seja altura de adicionar um sistema de "likes" que nos permita colectivamente promover comentários a uma maior visibilidade por quem lê o artigo.
Armando Gonçalves, 17.10.2019: Discordo totalmente. Ou então ficamos como aqueles "gastrónomos" que ainda a colher não entrou na boca e já estão a tecer loas ao prato, ou os provadores que só comentam o vinho depois de verem o rótulo e ouvirem alguns comentários. Cada um deve pensar por si e, quando guiados apenas pelo sentido crítico intelectualmente honesto, todos os comentários se valem. Nada de leilões.
vinha2100, 17.10.2019: Muito realista. Não concordo com tudo, mas mais uma vez Teresa de Sousa proporcionou-nos uma excelente análise. É sem dúvida uma das colunistas indispensáveis do Público, pela qualidade.
Ricardo, 17.10.2019: " Quando tudo parece indicar que, finalmente, um acordo está ao alcance da mão entre a União Europeia e o Reino Unido": basta ler esta primeira frase para perceber que a opinião da Teresa de Sousa se baseia em devaneios. Isto é um acordo semelhante mas pior que o acordo negociado com a Theresa May que foi rejeitado 3 vezes no Parlamento Britânico por larga margem. «A economia britânica aguentou bem as consequências da saída, que foram sendo antecipadas nas decisões de empresas e de consumidores». O RU ainda não saiu da UE, continua a ser um membro de pelo direito da UE.
TM, 17.10.2019:  Sim já todos sabemos que a UE vai acabar há pelo menos 20 ou 30 anos! Mas se estão tão certos do seu fim porque não acabam já com ela? Adiar para quê? Estão com medo de quê? Dos movimentos pró UE? Acabem com isto de uma vez!
Armando Gonçalves, 17.10.2019: Todos sabemos de muita coisa. Afinal damos frequentemente com os burrinhos na água (apesar de o mundo estar em dinâmica permanente). Talvez, mas é um sintoma que dura há 46 anos. E ainda há quem duvide do remédio.
Jonas Almeida, 17.10.2019:  @Teresa de Sousa "haverá provavelmente outros países a equacionar a mesma possibilidade". A minha previsão é que teremos tv a Dinamarca ou a Suécia a seguir, países onde persiste intacta a Democracia das consultas directas para transferências de soberania. Ou talvez vejamos antes a primeira saída da ruinosa pocilga que é a eurozona, desafiando a premissa de Walter Funk que é com o monopólio de uma moeda única que se agrilhoa e açaima a diversidade do continente europeu.
TM. 17.10.2019:  O RU sai mas depois começa a campanha para voltar a entrar! Não existe nenhuma previsão que a UE vá acabar! E muito menos o euro! Tanto a Dinamarca como a Suécia são países extremamente pro UE! E são onde as pessoas mais confiam nas instituições Europeias! As suas previsões falham completamente ao lado como já é normal!
Jonas Almeida, 17.10.2019: Em menos palavras, o título que TdS equaciona aqui é afinal "O Brexit é apenas um princípio". Também é o que acho.
TM, 17.10.2019:  O princípio de que? Do fim da Europa? Lol
joaocpedro, 17.10.2019: Como é que isso fica à luz do último Eurobarómetro, que mostra que o apoio à UE nunca foi tão alto como agora, desde que a estatística é recolhida? Sendo a Dinamarca o 2º país com maior índice de apoio, a seguir à Lituânia. Uma das principais razões para o aumento do apoio? Brexit. Toda uma embrulhada. E essa morada fiscal fictícia, como ficou?
Manuel Caetano, 17.10.2019: Durante muito tempo alguns (poucos) neste fórum, nos quais me incluo, chamaram a atenção para aquilo que agora Teresa de Sousa (uma europeísta de sempre com provas dadas) escreve neste texto, cito: "A estratégia europeia resumiu-se a um objectivo central: negociar de tal modo que dissuadisse qualquer outro país de seguir as pisadas do Reino Unida". Qualquer pessoa de espírito livre e liberto de facciosismos clubistas percebia que a irredutibilidade negocial do famigerado backstop (e o próprio) funcionavam como o esteio basilar da estratégia que TdeS agora expõe com tanta clareza. Fica à consciência daqueles que, ao longo dos anos, nos insultaram e achincalharam por revelarmos que "o rei vai nu" uma retratação. Este acordo revela que o Conselho já aceitou a saída do RU, ainda bem.
Jonas Almeida, 17.10.2019: Concordo! O tratamento punitivo que a eurocracia reserva para os povos europeus ficou no Brexit, como antes na Grécia, completamente exposto. O Manuel avisou-nos disto constantemente e TdS confirma-o aqui já sem as reservas. A Democracia e o modelo social europeu são incompatíveis com o desenho e propósito da UE. É o bem-estar e engordamento da eurocracia que esta máquina serve, não o alargar de horizontes para o sonho dos seus povos e comunidades. A UE é simplesmente anti-europeia. Basta ler anteontem a forma como "as regras" forçam o SNS para o ineficiente e predatório modelo de saúde "americano", ou a breve trecho ter a presidente do FMI ao volante do BCE, para não falar de tirarem da cartola uma fidalga alemã com a pasta da Defesa para ocupar a presidência do braço executivo da "união".
AndradeQB, 17.10.2019: O caminho da Europa é ilustrado pelo facto de já ter decidido aproveitar o Brexit para ocupar parte da bancada vazia para aumentar o número de deputados de outros países. O próximo passo é o de gastar mais dinheiro dos contribuintes dos países de doadores líquidos para operações de propaganda para nos explicarem porque é que isso é bom para os cidadãos. Por muitas campanhas de medo que promovam, não é difícil de adivinhar onde leva este caminho.
TM, 17.10.2019: Quais são as operações de propaganda?
Jonas Almeida, 17.10.2019:  Concordo. De Bruxelas só se ouve o fossar na gamela enchida com o nosso futuro sacrificado. E com os seus impostos, Jonas! Não se esqueça disso! Apesar de você estar a dever uns bons milhões aqui ao burgo!
AndradeQB, 17.10.2019: Caro TM, poderia enunciar muitas, mas aconselho a procurar uma recente relativamente ao Brexit que anda a ser reproduzida por todo o mundo. Onde pensa que eles vão buscar o dinheiro para o que fazem, por exemplo a EuroNews e etc?
Jonas Almeida, 17.10.2019: Andrade, não é só em propaganda que a UE gasta esses milhões dos nossos impostos. Começou este ano a ser também em censura. Fomos avisados por tanta gente, incluindo o britânico Tim Berners-Lee que inventou a Web, que o artigo 13 é um artigo que legaliza a censura da internet, primeiro por via regulatória, e de seguida pela via dos tais filtros obrigatórios à descrição da Comissão Europeia. O UK sai a tempo de não ver a sua criatividade e liberdade de imaginar o futuro aprisionado por mais regras sobre o que podemos ver. Tratam-nos como crianças.
TM, 17.10.2019: O que é que anda a ser reproduzido recentemente? Até agora não deu exemplo nenhum! Apenas mentiras! Onde está essa propaganda? Em censura Jonas? Onde é que está a censura oh trafulha? Não existe nenhuma censura! O artigo 13 não vai criar nenhuma censura! Protege aliás a criatividade! Foram os criativos que o pediram! Deixe de ser mentiroso oh trafulha!
Choninhas Chanfrado prof. Catedrático em New Iorque (exatamente 3 cátedras!), 17.10.2019:  Finalmente já se começa a perceber que a UE tem os dias contados e que o Brexit é uma realidade incontornável. Estou a transbordar de felicidade e vou dar um salto à marialva para beber uns canecos e festejar.
barbosa de almeida, 17.10.2019: Quando perguntaram a uma Brexiter, o que esperava do Brexit, ela não soube responder. Por isso, concordou que o Brexit é para obcecados, que querem saltar do precipício, no escuro.
TM, 17.10.2019: Que cenário mais fatalista. Mas há que ter em conta alguns factos sobre a economia Britânica. O PIB já perdeu cerca de 3 mil milhões de libras desde o referendo. A produção industrial tem vindo a cair há vários meses. A produtividade tem vindo a cair há 1 ano. O investimento das empresas que permite produtividade de longo prazo tem vindo a cair desde Janeiro. A única coisa que tem segurado a economia é os serviços que são menos dependentes das variações e o facto de mercado de trabalho continuar saudável o que permite manter poder de compra. As previsões do Brexit nunca foram de impactos imediatos mas de impactos de médio prazo. Os factores que permitem uma economia saudável como o investimento são os que estão pior e é isso que um acordo tenta evitar!
Darktin, 17.10.2019: Para mim, o que me desilude é a nossa falta de visão para caracterizar o problema. O Brexit não é um Sintoma. É a Causa. Logo, os problemas são combatidos na Causa. O europeu que não consiga ver isto, está a cavar a própria cova. E Putin e Trump a rirem-se da nossa falta de acção.
TM, 17.10.2019:  Sim também concordo consigo Darktin O problema são os ingleses e as suas escolhas. Sempre quiseram o melhor de dois mundos...estarem dentro da união sem qualquer obrigação. Como a de acolher refugiados que se atiram ao mediterrâneo.
Darktin, 17.10.2019: Quanto à Síria, se de facto ficamos com as orelhas a arder, fica a outra questão. Que raio de interesse tem aquela região para nós? Nós só lá estávamos devido a uma aliança de lealdade com os EUA para a promoção da liberdade e democracia. Os EUA quebraram esta aliança. Logo, temos pena, mas sem um consenso mundial, já não vale mais a pena gastar vidas a lutar contra moinhos de vento. O ónus está nos EUA e não em nós. Teremos é de pensar no futuro aquilo que for do interesse da UE e não mais dos EUA. É uma decisão tomada de fora para dentro. Só estamos a nos adaptar a esta decisão histórica dos EUA. Portanto, o Brexit chega na altura mais fcked que poderia ser desde a queda do muro. Neste futuro altamente incerto, os britânicos têm de ser mais burros que calhaus para avançar no escuro. Se o Brexit nem se deu, como é que sabe que o RU vai resistir economicamente? No meu micro clima por onde extrapolo estes dados, já verifico um desastre económico. E se ver aquilo que gera dezenas milhares de emprego (e a pagar bem), o futuro é muito negro para o RU. Estou a avisar porque ninguém fica num país para ter prejuízo. Vamos sair. Por outro lado, a City é um gigante na mão de poucas pessoas. O impacto está na distribuição de riquezas. E mais uma vez volto a perguntar, que alternativa existe para o backstop? Como é que um país fora da União Europeia pode ter as mesmas taxas de comércio do que os que estão dentro? Se for possível, para que serve a União Europeia? Para se ter uma bandeirinha com estrelas? O grande problema está na visão suicida de alguns políticos ingleses.

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