É este um princípio caseiro que, por ser
aplicado em mudanças estapafúrdias, desta vez me levou de alma e coração a
concordar com Pacheco Pereira, na sua
indignação contra o pedantismo das mudanças de nomes, que escondem tantas vezes
a míngua da resolução rápida dos assuntos. Mas ao ler os comentários, de
adeptos e de opositores, deixei-me enlevar pelos seus saberes visíveis ou por
ocasionais rebeldias contra o colunista, e preferi deixar expressas as opiniões
dos experientes, não sem condenar, naturalmente, os discursos de pretensão
acéfala como o do primeiro comentador, filipe palha, que realmente não passa
disso, de palha para refocilar, tal a magreza e inépcia de ataque puramente
deselegante e oportunista, talvez. Mal do país que se deixa orientar por
argumentistas de tão soez calibre.
Mas, apenas para referir um argumento
concordante com a opinião justamente exaltada e impecavelmente traduzida de PP, essa do “Ministério da Economia e da Transição Digital” não lembra ao Diabo,
que para mais é suficientemente esperto para ver logo uma anomalia nessa de “transição
digital” associada a um termo abrangente e permanente, como é a Economia, quer
caseira quer pública quer ministerial.
No que eu discordo, sim, de PP, é na questão da lei das beatas, que conspurcam
o chão e os recipientes de plantas dos recintos, plantas que vão morrendo,
pelos efeitos nocivos das piriscas, chão pejado das mesmas às portas dos cafés
e não só… É bom que se comece a respeitar o ambiente, mesmo por aí, pelas
piriscas…
OPINIÃO
Felizmente que o ridículo não mata…
Dois surtos de ridículo assaltaram-nos
nos últimos tempos: os novos sinais de trânsito e os nomes dos ministérios do
novo governo.
JOSÉ PACHECO PEREIRA
PÚBLICO, 26 de Outubro de 2019
…
porque senão caminhávamos por um campo de mortos. Mas se não mata, mói. E, pior
ainda, em certas áreas da vida social e política é perverso e negativo. Dois
surtos de ridículo assaltaram-nos nos últimos tempos: os novos sinais de trânsito e os nomes dos ministérios do novo governo.
Em ambos os casos eles vêm somar-se ao cada vez maior número de exemplos de
“oficialização” da linguagem politicamente correcta com o seu inevitável
corolário de policiamento de linguagem. Trata-se de um crescendo censório, que
introduz na linguagem expressões da moda política e mediática que depois, na
sua vacuidade ou, pior ainda, na sua implícita interpretação, representam programas
que entram, por assim dizer, pela porta do cavalo da democracia. Um dos melhores exemplos é a utilização da palavra
“climático/a”, que na sua origem tem uma expressão sem sentido, a da “greve
climática”, e depois contagiou programas eleitorais nas últimas eleições,
palavras de ordem em outdoors e, de um modo geral, uma submissão
acrítica a conceitos ambíguos e politicamente radicais.
Temos
agora um ministério “do Ambiente e da Ação Climática”, escrito
nessa linguagem do anti-português que é a do pseudo-Acordo. O meu corrector de
texto, ainda preso ao saudável e bom português, anuncia um erro no “ação”. Mas
a luta pelo ambiente e pela ecologia não constitui também uma acção pelo clima?
Pelos vistos não.
Nos novos nomes e na reciclagem dos
antigos continua o ridículo que mói.
Por exemplo, temos agora um ministério e uma secretaria de Estado da “Economia
e da Transição Digital”, nome que nos vai sair caro, no papel
e em árvores, com a necessária mudança de centenas de milhares de impressos,
deste e dos outros ministérios mutantes.
Eu sei o que é a “transição digital”, ou pelo menos o que eles pretendem que
seja, mas a ascensão ao nome do ministério esconde os inúmeros problemas…
analógicos da nossa economia. Por exemplo, nenhuma secretaria de Estado
neste ministério “digital” tem no seu nome a indústria, que está a definhar na
economia e no vocabulário. Pelo contrário, o Turismo, o Comércio, os
Serviços, estão lá. É esta a realidade da desindustrialização? É, mas
vão explicar a “transição digital” aos têxteis, ao calçado, à indústria que
sobra, onde trabalham milhares de portugueses que, pelos vistos, são invisíveis
face ao modismo e ao brilho mediático do “digital”.
A vontade de definir a realidade
dando nomes às coisas, para não deixar de ter um ministério ou uma secretaria
de Estado com um rótulo pomposo, conduz a uma enorme confusão de autoridades e competências
que tornam os nomes ainda mais ridículos.
A “descentralização” está num ministério, a “coesão territorial” noutro, a
“valorização do interior”, outro nome cheio de empáfia, numa secretaria de
Estado. Por aí adiante.
Mas
esta manipulação da linguagem institucional pela moda, pelo mediatismo e pela
política, cada vez mais um contínuo, chegou aos novos sinais de trânsito, cá e
lá fora. Temos agora
um sinal de trânsito para os veículos com alta ocupação. De acordo, o wishful
thinking fica sempre bem. Quantas faixas, nas estradas com mais trânsito, vão
ser construídas para este novo sinal? Vão ser alargadas, vão poder usar as
faixas de transporte público, ou terá sempre que haver pelo menos três faixas,
cada uma para a sua categoria? Todos sabemos que o sinal não resolve coisa
nenhuma a não ser complicar. Mas o seu autor ou autores ficam de bem com a sua
consciência ao punir o transporte individual. Tenham juízo.
Já
os sapos e os linces ibéricos passaram a ter um sinal próprio, o que é
um sério upgrade para os linces que se contam pelos dedos da mão.
Quantos sinais para os linces vão ser colocados no país? Um, dois? E com os
sapos está muito bem, as estradas portuguesas são atravessadas por multidões de
sapos e, com o novo sinal, pode acontecer que algumas senhoras (convém fazer
vénia ao politicamente correcto, e alguns senhores) podem parar para beijar o
sapo na esperança que ele se torne num príncipe, ou princesa encantados. Na
verdade, devia ser proibido atentar contra a animalidade dos anfíbios, mas
disso o PAN tratará. Tenham juízo.
E
depois temos as zonas residenciais ou de “coexistência”. O que é isso da
“coexistência” que não cabe nos sinais de trânsito já existentes? E uma criança
a jogar a bola na rua com um adulto a ver, não deveria ter também um sinal de
“é proibido jogar a bola na rua”? Como devia ser proibido “coexistir” muito
junto das estradas. Já há sinais para tudo isto. Tenham juízo.
Tudo
isto é relevante do ponto de vista social ou é apenas folclore? Não é isto tudo
inócuo? Não. Não é inócuo nem irrelevante. Tem dois efeitos perversos que eu
não desejo para o meu país: cria cada vez mais um espaço policiado e contrário
à liberdade, invade a privacidade e ajuda a criar um Estado monstro que se
imiscui em tudo, com o benevolente objectivo de criar uma sociedade de
autoritarismo higiénico, pretensamente ideal e sem fragilidades, onde tudo é
belo, limpo, respeitador e assente na ordem e na lei. Vem na continuidade de absurdos como a lei das beatas ou o novo
imposto sobre os animais domésticos, verdadeiros monumentos à
distracção das coisas essenciais, como a desigualdade, a exclusão, a violência
social, a falta de direitos sociais, a pobreza, o incremento da nova ignorância,
o tribalismo. É um mundo feito pelos Facebooks mentais e reais, com o sólido antecedente do Estado de Singapura.
Eu não quero isto para o meu país.
Colunista
COMENTÁRIOS:
filipe.palha610, 26.10.2019: A qualidade do pensamento intelectual português está
mesmo numa profunda crise. Uns são ofendidos por uma jovem com convicções
ambientais, outros são ofendidos por festivais de verão e depois há quem se
ofenda com a aplicação do AO no nome de um ministério e com um sinal de
trânsito sobre linces (que já existia, só agora foi oficializado, criado por
uma câmara socialista com tradição de caça) Mas o "intelectual"
desonesto cola o sinal ao PAN. E ainda remata com o argumento dos fracos.
"Com tanto pobrezinho na rua a passar fome queres mesmo legislar
"X" assunto?" Fico eu, o leitor, a questionar-me: "Com
tanta instituição que ajuda os mais necessitados a precisar de dinheiro, porque
andará o Público a desperdiçar o seu dinheiro em mais um colunista do
PSD?"
rafael.guerra, 26.10.2019: Este artigo, JPP borrou-o todo quando escreveu que o
novo imposto sobre os animais domésticos é um verdadeiro monumento à distracção
das coisas essenciais, como a exclusão, a violência social, o incremento da
nova ignorância ou o tribalismo. Um burro velho não aprende línguas nem mesmo
com Gandhi: A grandeza de um país e seu progresso podem ser medidos pela
maneira como trata os seus animais.
hlnalves, 26.10.2019: Eu também não quero isto para o meu País.
Colete Amarelo, 26.10.2019: Concordo que o seguidismo em relação ao que se faz lá
fora nunca conseguiu anular a falta de profissionalismo dos portugueses, que os
modismos nunca substituirão a imaginação. Que o resultante seja um código
autoritário e os tentáculos de um estado policiador, acho um exagero,
precisamente pela falta de profissionalismo, que foi o que nos separou, no
tempo da velha senhora, de viver num regime facho hardcore. Os sinais H46 são
necessários. Existem demasiadas terras em Portugal onde as estradas locais são
o "playground" natural de jovens e cães, e com razão. As casas ficam
ao lado. É correcto que em aldeias, por exemplo, no Alentejo, seja o condutor
ocasional a respeitar a forma de vida das pessoas que lá moram, e não o
contrário. Isto também vem do estrangeiro, mas coincide bem.
Daniel Azevedo, 26.10.2019: Por um lado critica o acordo (que eu também crítico),
por outro usa várias palavras em inglês que poderia perfeitamente dizer em
português sem perder o sentido. Quanto ao resto é uma não questão. Sempre se
mudaram o nome às coisas e não houve problema nenhum nisso, são actualizações
que se vão fazendo ao longo dos tempos. Para o JPP ainda se devia de chamar
Ministério da Fazenda ou Ministério da Guerra e coisas do género.
Marafarrico, 26.10.2019: Começo a ver um padrão naqueles que criticam o
politicamente correcto: cada vez que uma medida que visa proteger alguém
chateia o comportamento usual dos instalados, estes queixam-se do politicamento
correcto e exigem ter o direito a continuar com a sua bestialidade.
"E
depois temos as zonas residenciais ou de “coexistência”. O que é isso da
“coexistência” que não cabe nos sinais de trânsito já existentes? E uma criança
a jogar a bola na rua com um adulto a ver, não deveria ter também um sinal de
“é proibido jogar a bola na rua”? Como devia ser proibido “coexistir” muito
junto das estradas. Já há sinais para tudo isto. Tenham juízo." Ficava bem
ao JPP informar-se antes de disparar. Obviamente que o que o JPP não gosta a
coexistência, especialmente quando esta o obriga a retirar um pouco o pé do
acelerador. Fazia-lhe bem visitar cidades europeias que já passaram ao séc XXI.
O que você chama de oficialização do politicamente correcto trata de não deixar
que o seu comportamento (e o da sua geração) que se institucionalizou em
Portugal por demasiado tempo continue a colocar em risco a vida das minhas e
das outras crianças deste país. A sua geração tornou a vida nas nossas cidades
impossível. As ruas passaram a ser estradas, se não mesmo vias rápidas.
Desenvolvimento passou a ser ter um carro maior que o do vizinho. E claro, nas
suas palavras "devia ser proibido “coexistir” muito junto das
estradas" . O que na prática passou a significar que uma criança, a partir
do momento que saia da porta de casa, está em sério risco de vida
(atropelamento). Você acha que alterar isso é uma palermice. Pois se assim é,
tem a minha oposição. A vida dos meus filhos não é uma palermice. Desampare a
loja e deixe-os crescer em paz (como você cresceu mas, obviamente, já se
esqueceu)!
Colete Amarelo, 26.10.2019: Concordo com o seu comentário. Para passar uma
mensagem ideológica JPP deforma o que for preciso. O trânsito automóvel é mais
importante do que a vida local de um pacato bairro ou de uma aldeia.
AndradeQB, 26.10.2019: Eu sabia que JPP chegaria lá, mas também sabia que
atrasado. Faz muitos anos que a política que ele apoia subsidia a intermediação
em vez da produção, Subsidia os projectos em vez dos seus resultados e a
resposta dele foi sempre a que o défice era uma invenção artificial devendo
despejar dinheiro para resolver os problemas. Identifica agora, com
propriedade, os ridículos da formação deste governo, mas as bases para a
passividade e acrítica aceitação desse ridículo são anteriores, surgiram na
ridícula propaganda de que a falta de dinheiro é algo artificial e de arbítrio
de quem governa.
Jose, 26.10.2019: O dinheiro é só uma ferramenta para facilitar a troca
de bens, não é riqueza! Riqueza é o esforço humano acrescentado às matérias-primas
pelas quais a natureza cobra zero. O que falta em Portugal e no mundo é a
divisão equitativa da riqueza para conforto de todos e redução do potencial de
inveja, cobiça e a agressão que resulta da desigualdade. A desigualdade resulta
de ser o patrão a recolher toda a riqueza e ser também o patrão, com a sua
assinatura, a fazer a redistribuição por seu arbítrio. Quem parte e reparte
fica sempre com a maior parte.
AndradeQB, 26.10.2019: Caro José, estou de acordo consigo, mas, na minha
opinião, falta uma parte ao seu raciocínio. Alguém que não trabalha, ou até uma
criança sem apoio, podem, no caso das crianças sempre, ser consideradas
injustiçadas, mas não exploradas. A exploração também acontece quando alguém
saudável não trabalha porque o corpo não se dá com isso e, mesmo sem fazer
nada, sobrevive. Essa sobrevivência só acontece à custa do trabalho de outros,
da mesma maneira que acontece quando os patrões se apossam de parte do valor
acrescentado dos seus trabalhadores. Resumindo a minha opinião, um discurso,
centrado sempre nos direitos e nunca nas obrigações, não leva a lado nenhum e é
o discurso de que se aproveitam os oportunistas. A defesa dos frágeis teria
mais sucesso se se lhes defendesse o direito a participar.
barbosa de almeida, 26.10.2019: É interessante, como JPP enuncia no final, uma série
de males de que carece a sociedade mas, esquecendo-se da mais importante e que,
influencia todas as outras: a corrupção.
Joao Garrett, 26.10.2019: Muito bem! Inteiramente de acordo. Faz falta dizer
isto alto e bom som e falar das coisas realmente importantes.
Luis Morgado, 26.10.2019: Mais do que os nomes dos ministérios, são as
alterações constantes que são um disparate. Indica que se está em constante
experimentação e que a estrutura de ministérios anterior não era boa. O mais
ridículo é alterar as estruturas e nomes que os próprios (ou do mesmo partido)
definiram. Lembro-me que Santana Lopes fez o mesmo depois de Durão Barroso. É
revelador de uma pulsão criativa incompetente. Sobre os sinais de veículos de
alta ocupação (high occupancy vehicle) conheci-os no Canadá e são associados a
faixas de bus em determinadas vias. Fazem todo o sentido, nomeadamente em vias
que ligam a periferia ao centro das cidades. Sobre os sapos, lembro-me do filme
Magnólia em que a certa altura caíam sapos do céu, um fenómeno que exigiria um
sinal próprio, a bem do humor dos automobilistas.
OLIVIER POURBAIX, 26.10.2019: Muito bom.
DNG, 26.10.2019: O politicamente correcto não é só o racionalismo moral
pós-moderno a colmatar o declínio da influência cristã e a organizar tensões
historicamente não resolvidas da nossa sociedade como o género e o racismo, o
politicamente correcto é, para já, o modus operandi da suposta superioridade moral
da esquerda agnóstica mas corre o risco de ser o grande instrumento de formatação
de massas de uma ditadura ecológica nas mãos de um capitalismo científico. Um
mundo supostamente perfeito onde a liberdade é uma irresponsabilidade.
DNG, 26.10.2019 : Ter um acordo de vossa excelência é um estímulo a
favor dessa coisa rara chamada prazer de pensar e, o prazer raro de uma boa
conversa.
Animação e descanso, 26.10.2019: A definição do Velho do Restelo.
Jorge Sm, 26.10.2019: Estampou-se ao comprido (embora com bom humor) na
questão dos sinais. Mas compreende-se e este tipo de reacções é recorrente: são
muitos anos a achar normal que as cidades estejam dominadas pelo automóvel.
Quanto às zonas de coexistência, por ex., Portugal deve ter sido o último da
Europa a consagrá-las. Estão no código da estrada desde 2014. Ridículo era
estarem consagradas, mas não haver o correspondente sinal, impossibilitando a
sua aplicação prática...
OLIVIER POURBAIX, 26.10.2019: Isso mesmo. Em Lisboa (Capital Verde Europeia, entre
outros galardões...) falta ainda muita 'coexistência'. Há ainda muitas zonas
onde o carro continua dono disto tudo e muitos percursos pedonais e ciclistas
que se assemelham a experiências suicidas.
Convém
distinguir o 'politicamente correcto' do 'simplesmente correcto'. A crítica aos
novos nomes de alguns ministérios é acutilante e PP está cheio de pertinência:
impera o ridículo. Já em relação aos novos sinais de trânsito, não se percebe a
irritação. Esses sinais, aplicados nos sítios certos, não revelam autoritarismo
nem higienismo, mas sim incentivo ao civismo, ao traduzir uma tendência
positiva de maior consciência ambiental ligada também à promoção de quadros de
vida mais harmoniosos (simplesmente correcto, não?). Só os distraídos e os
indiferentes é que ainda não perceberam que o colapso da biodiversidade e os
múltiplos efeitos nefastos do 'tudo pó popó' (poluição, ruído, acidentes, gasto
de espaço...) são assuntos prementes.
Marco Veloso, 26.10.2019: Confesso que não compreendo este destilar da parte do
autor como dos comentários. Faz sentido. Sim, as questões climáticas estão embutidas
na componente ambiental, mas não só, porque as alterações derivam de vários
factores, e sendo um assunto premente - e um dos mais graves - deve ser
realçado. Sinalização faz igualmente sentido. Já existe sinalética para
protecção animal, mas zonas intensivas de sapos e considerando a ameaça de
extinção do lince ibérico faz sentido reforçar esses locais. Não compreendo
mesmo este azedume. É mesmo isto que frustra as pessoas? É isto que é grave? E
a frustração é tal que se designa um dos maiores partidos de centro (PS) como
esquerda radical? Lamento mas aparenta as pessoas estarem demasiado toldadas
por emoções e não conseguem analisar racionalmente.
DNG, 26.10.2019: Pode haver aqui uma mistificação excessiva quanto aos
perigos, nomeadamente na questão dos sinais. Já quanto aos ministérios o texto
é absolutamente acutilante. O grande problema da erosão dos valores
tradicionais é a sua substituição pela inconsistência. O politicamente correcto
é o substituto pós-moderno da moral e da ética. É um novo dicionário
comportamental que emerge do vazio. Uma nova ordem a emergir da decadência. Com
muita pena pois a ética é a consequência comportamental mais elevada da
filosofia. Boa leitura matinal. Estimulante caro, PP.
paulocarnaxide, 26.10.2019: A esquerda radical portuguesa está a copiar a agenda
dos seus homónimos anglo-saxónicos com algum sucesso, graças à ajuda de uma boa
parte do PS. O que acontece é que no Canadá, nos Estados Unidos, na Austrália e
na Inglaterra estão a ter bastante resistência, ao passo que cá está a haver
uma condescendência patética da sociedade em geral. Não abram os olhos a tempo
e depois vejam o resultado.
DNG, 26.10.2019: Embora concorde com uma análise histórica e sociológica
à bíblia dos novos códigos comportamentais, indexar o tema à extrema esquerda é
um mau começo.
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