Que as fotos da notícia mostram. Os tais
jihadistas tenebrosos, encapuçados e ameaçadores. Pobre Moçambique que desejou ser
livre, por doutrinação alheia, quem o socorrerá, nestes tempos de contaminação em
que estamos todos encerrados, excepto os tais, de longo tempo “religiosamente”
encapuçados, fabricantes do seu próprio vírus.
NOTÍCIA: Moçambique.
Grupo "jihadista" exibe fotos e reivindica ocupação de vilas
Elementos armados com a bandeira do
grupo jihadista Estado Islâmico reivindicaram a segunda vila em menos de 48h,
publicando quatro fotografias na Internet em edifícios da vila de Quissanga.
OBSERVADOR, 26 mar 2020
Elementos
armados com a bandeira do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) distribuíram esta quarta-feira quatro fotografias na
Internet em edifícios ocupados da vila de Quissanga, a segunda invadida com disparos no Norte de
Moçambique em menos de 48 horas.
O
EI reivindicou ainda, em comunicado, a invasão de Mocímboa da
Praia, na segunda-feira.
As fotografias desta quarta-feira
mostram um grupo que chega a 16 pessoas em pose com uniformes militares, armas
de fogo e de cara tapada no comando distrital da polícia – com sinais de ter
sido incendiado –, e no edifício da administração local de Quissanga.
Alguns
elementos aparecem sempre nas diferentes fotos, algumas do mesmo local, tiradas
de diferentes ângulos.
Uma
das imagens foi republicada pelo embaixador da União Europeia em Moçambique,
António Gaspar, na sua conta da rede social Twitter: “Consternados
com a escalada da violência em Cabo Delgado”, referiu, depois de na
segunda-feira ter expressado “apoio em todas as frentes para acabar com esta
instabilidade no Norte do país”.
While we help fight COVID we
shouldn't forget about the other crisis in Mozambique. Appalled at the
escalation of violence in Cabo Delgado but also at the discovery of 64 dead
Ethiopian migrants in a sealed container in Tete
Além
das fotos que mostram a bandeira em Quissanga, o EI reivindicou através dos
seus canais o ataque e ocupação da sede de distrito de Mocímboa da Praia durante quase todo o dia de segunda-feira, desde as
primeiras horas da madrugada.
Os
soldados do califado atacaram cinco posições de elementos do exército e polícia
moçambicanos em Mocímboa da Praia”, referiu o grupo jihadista num
comunicado em que fez referência a dezenas de mortes e feridos e exibiu as
alegadas armas apreendidas.
O
grupo conseguiu apanhar “armas, munições e múltiplos veículos, regressando
depois em segurança às suas posições”, concluiu.
O
governo moçambicano confirmou na terça-feira o ataque a Mocímboa da
Praia, para onde se deslocaram os ministros
do Interior e da Defesa e onde parte da população voltou a sair à rua para
tentar retomar a actividade e a rotina, enquanto outros engrossaram a lista de
deslocados, em busca de zonas seguras, segundo testemunhos ouvidos pela Lusa.
Não
houve mais informação, nem sobre vítimas ou prejuízos em Mocímboa da
Praia, sendo que residentes relataram ter
encontrado corpos pelas ruas, além de vários edifícios incendiados.
As
autoridades moçambicanas ainda não se pronunciaram sobre a ocupação de Quissanga desde a madrugada desta quarta-feira, que levou à
fuga generalizada da população para locais seguros, como a Ilha do Ibo e Pemba,
capital provincial.
Bartolomeu Muibo, administrador
de Quissanga, disse à Lusa a partir de Pemba que desconhece se a vila continua
ocupada por grupos armados ou se há residentes que já tenham regressado devido
a dificuldades de comunicação com a zona. O dirigente encontrava-se na ilha do Ibo quando o
ataque aconteceu e dali viajou para a capital provincial, sem mais detalhes
sobre o sucedido.
Outros
contactos telefónicos efectuados pela Lusa ao fim da tarde revelaram-se
infrutíferos.
A província de Cabo Delgado tem sido
alvo de ataques de grupos armados que organizações internacionais classificam
como uma ameaça terrorista e que em dois anos e meio já fizeram, pelo menos,
350 mortos, além de 156.400 pessoas afectadas com perda de bens ou obrigadas a
abandonar casa e terras em busca de locais seguros.
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