domingo, 24 de janeiro de 2021

“Apanhados”


Com a categoria de sempre.

OPINIÃO

Paradoxos e disparates

A campanha eleitoral foi miserável. De conteúdo, de forma, de assistência, de clareza de argumentos, de confrontos de ideias e de personalidades…

ANTÓNIO BARRETO

PÚBLICO, 23 de Janeiro de 2021

O boletim de voto desta eleição presidencial vai transformar-se numa raridade documental, uma peça única na história política do mundo. Quase vale a pena ir buscar o boletim, não votar e trazer para casa tão singular espécie! O dito objecto tem oito nomes, oito fotografias e apenas sete candidatos! Como de costume, a logística, o procedimento administrativo e a regra jurídica levaram a melhor sobre a inteligência, a clareza e a sensatez. Houve tempo para rever, mas não se corrigiu. Sabia-se que estava estragado, mas não se reparou. Preferiu-se enganar, desnortear eleitores desatentos e encenar uma comédia bufa para salvar uma honra burocrática. Se houvesse um grupo de advogados atrevidos, teríamos talvez um processo de impugnação destas eleições! Felizmente, não vivemos na América…

Mais uma vez, um “dia de reflexão”! Novamente, dois dias em que não se pode falar de política, escrever sobre política ou conversar publicamente sobre política. É talvez o dia mais político na vida de uma democracia, o dia de eleições! É seguramente o dia de mais intensas discussões políticas, de expressão de mais sólidos argumentos e de maior necessidade de informação e confronto, o dia em que vamos às urnas! Pois bem, em nome de princípios obsoletos, de regras despóticas, de medos covardes e de receios infantis, é nesses dois dias que não se pode falar, discutir, escrever, ler, ouvir e ver política e políticos! Nem realizar ou publicar sondagens, evidentemente. Não há maior atestado de menoridade passado aos portugueses.

A expressão “dia de reflexão” é duplamente ofensiva e idiota. Por um lado, pressupõe que todos os outros dias não são de reflexão! Por outro, implica que a reflexão dispensa conversa e leitura, exige mesmo silêncio e olhos fechados.

Uma tentativa de esclarecimento, junto da Comissão Nacional de Eleições, não resultou. Tratava-se de saber se a reflexão, o silêncio e a reserva se aplicavam apenas a matérias “presidenciais” ou se envolvia toda a política. Era necessário saber se os partidos com candidatos presidenciais tinham um tratamento diferente dos partidos sem candidatos. E se todas as questões políticas de que os candidatos falaram durante a campanha estavam abrangidas pela lei do silêncio… Ninguém aclarou tão fundadas dúvidas.

A campanha eleitoral foi miserável. De conteúdo, de forma, de assistência, de clareza de argumentos, de confrontos de ideias e de personalidades… Todos os assuntos actuais e urgentes (pandemia, educação, saúde e emprego, por exemplo) estavam fora da ordem do dia e dos debates, a não ser por evidente ardil demagógico. Ao mesmo tempo, a maior parte dos candidatos falavam justamente disso, das matérias que não dependem do chefe de Estado. Foram reuniões macambúzias de candidatos taciturnos!

Rituais, entusiasmo, vivacidade, liberdade de movimentos, acesso aos meios digitais, facilidade de acompanhamento pela Net e interesse por uma campanha deste género: em qualquer destes tópicos, a campanha foi um desastre. Não serviu para nada. As hipóteses de tratar destas dificuldades eram todas, como se deve, proibidas. Alterar o dia das eleições? Não se pode, nem por uma questão de vida ou de morte. Permitir que os cidadãos votem durante três ou quatro dias? Nem pensar, é ilegal. Alterar a lei das eleições? Só depois de alterar a Constituição. Rever a Constituição, mesmo por causa de uma emergência nacional? Proibido! Recorrer a métodos excepcionais por motivos excepcionais? Interdito pela lei. Tudo previsto na lei, tudo previsto na Constituição, tudo preferivelmente proibido, tudo preparado pela melhor casta de portugueses, a dos advogados que se ocupam de política! Feliz o país que tão bons juristas tem!

A votação antecipada ou em mobilidade foi mal organizada. Foram filas de espera de horas, ao frio e ao ar livre. Houve poucas mesas de voto, poucas salas, poucos locais e poucos dias de eleição, um só, neste caso. Houve muita gente que se deslocou e, depois de espera, se retirou.

A votação por correspondência, prevista há anos, experimentada em dezenas de países, não foi suficientemente utilizada, nem devidamente preparada. Há décadas em estudo, o voto digital, presencial ou não, continua a ser pouco ou nada utilizado.

Parece que apenas se verificou progresso e eficácia nalguns casos de voto a domicílio de pessoas infectadas devidamente registadas e previamente anunciadas. Salve!

Dois autarcas arranjaram maneira de serem vacinados ao arrepio de todos os critérios, prioridades e regras! Invocaram, um, a sua qualidade de presidente de uma fundação, outro, uma sobra de vacinas! Os excessos provocam sempre as excepções ilícitas

Em reflexo de populismo barato e idiota, o chefe de Estado, o primeiro-ministro e o presidente do Parlamento não foram vacinados, nem sequer considerados prioritários. Num país onde reina a cunha e o privilégio, falta coragem, por sentimento de culpa, para tomar decisões acertadas que impliquem diferença e distinção.

Dois autarcas, um de Reguengos de Monsaraz e outro de Arcos de Valdevez, arranjaram maneira de serem vacinados ao arrepio de todos os critérios, prioridades e regras! Invocaram, um, a sua qualidade de presidente de uma fundação, outro, uma sobra de vacinas! Os excessos provocam sempre as excepções ilícitas.

De acordo com o Ministério da Educação, os professores das escolas públicas estão proibidos de manter em aberto seminários, aulas por Zoom, grupos de diálogo sobre assuntos escolares e discussões sobre matérias escolares.

Segundo o Ministério da Educação, os colégios privados estão proibidos de manter aulas, mesmo informais, pela Internet. Ou de organizar formas improvisadas de telescola da exclusiva responsabilidade de cada escola. Tal como os professores estão proibidos de manter e desenvolver, pela Net ou por telemóvel, conversas com os seus alunos, organizar actualizações, dar explicações e realizar debates.

De acordo com o Ministério da Saúde, os médicos, enfermeiros e outros profissionais dos hospitais e clínicas privadas não foram nem serão tratados e vacinados de modo igual aos médicos, enfermeiros e profissionais dos hospitais públicos.

Ao fim de um mês de vacinação, os centros de saúde não estão prevenidos nem ainda sabem o que os espera, não começaram a preparar-se para as tarefas mais difíceis, dos idosos, dos doentes prioritários e dos casos especiais. Quem se dirige a um centro de saúde fica sem resposta. Quem deseja saber em que grau de prioridade ou em que escala se encontra, fica ignorante. Os funcionários dos centros de saúde estão dependentes de uma estrutura muito centralizada, que se compreende, mas burocrática, o que não se aceita. Silenciosos, recatados, seguramente envergonhados, médicos, enfermeiros e funcionários dos centros de saúde respondem, a quem se lhes dirige: “Ainda não sabemos.”

Sociólogo

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COMENTÁRIOS:

Fowler Fowler INICIANTE

Todas as crónicas do autor poderiam ter este título “Paradoxos e disparates”. Não tem feito outra coisa senão espremer pústulas, agora ao som tonal de André Ventura.           Carlos HP Ribeiro INICIANTE: Como sempre uma tristeza. O nosso Dantas do comentário político.            cisteina EXPERIENTE: Bom retrato do que temos, ainda há uns cronistas com ousadia e coragem, um deles escreveu anteontem que "o PS está a destruir o Estado" que colonizou a seu favor, integrando nele incompetentes recrutados pela maçonaria e outras máfias que nos apoquentam e esmagam. O MAI e a CNE fazem parte do sistema, são o exemplo vivo da indecência e incompetência, um rol de tolices mil vezes denunciadas mas que ninguém corrige, uma lei eleitoral que há muito deveria ser alterada e modernizada, uma CRP construída em tempo de raiva e revolta, afunilada e longa nos seus artigos, fala de tudo e mais alguma coisa, cintos e suspensórios, não há coragem para lhe mexer, uma vergonha, todos a assobiar para o lado e o país cano abaixo, no fundo da Europa. Que falta de orgulho!           Mario Coimbra EXPERIENTE: Caro AB, parabéns por mais uma crónica perfeita.          asampaioemello.895910 INICIANTE: Acrescento o abandono em que se encontram milhares de emigrantes. Ao tentar votar nas eleições presidenciais constatei que a única forma seria deslocar-me pessoalmente 1350 quilómetros ao Consulado de Portugal em Washington. Portugal oferece cada vez menos oportunidades de vida e muitos de nós estamos há anos a trabalhar no estrangeiro e a mandar remessas. Em troca, temos serviços consulares distantes, sem pessoal e sem a capacidade de nos mandar boletins de voto pelo correio para participarmos na vida política do país. Quando forem contadas as abstenções, lá estaremos, como estatísticas falsas de uma democracia reduzida. Tudo se poderia ter evitado. Agora, nada pode atenuar a mágoa de nos tomarem como Portugueses de segunda. mariaestela.rodriguesmartins EXPERIENTE: Concordo consigo no que diz respeito ao dia de reflexão, tanto mais que nas redes sociais se pode falar de tudo e mais alguma coisa, nomeadamente de política e não há polícia que chegue para ir atrás dos "prevaricadores". Quanto à proibição de publicação de sondagens enquanto as secções de voto estão abertas, sou completamente a favor. A publicação dessas sondagens poderia dar azo a joguinhos eleitorais de última hora, que me parecem totalmente incorrectos e antidemocráticos.         mpro EXPERIENTE: Cada vez mais senil. A bílis que destila a tudo que o rodeia e que não faça parte do seu meio, dá para perceber a esterilidade da sua acção na sociedade, enquanto queimador de oxigénio.               Mario Coimbra EXPERIENTE: Que desagradável o seu comentário. E mal educado. Pfff          3AM INICIANTE: Desagradável e injusto. Muito lamentável sua apreciação mpro !           danielcouto1100 EXPERIENTE: Miserável é não ter havido coragem do PR à AR, governo, partidos e candidatos em adiar as eleições dentro desta grave pandemia, pondo em causa a seriedade de fechar escolas, igrejas, teatros, estádios, comércio e insistir na mobilização e saída para a rua de milhões de portugueses confinados a ir votar. Obsoleto não é o dia de reflexão, silêncio útil em campanhas estridentes, ou nesta sem nexo a beneficiar um ou dois candidatos. Miserável é a persistência obsoleta de políticos e constitucionalistas contra o voto electrónico quando a tecnologia é segura e existe um cartão de cidadão electrónico. Miserável é não haver um PR, CE que estimule a tempo o entendimento dos políticos para aquilo que é essencial, previsível, como alterar, melhorar a lei eleitoral.         Gualter Cabral INFLUENTE: Acabo de verificar, sem muita surpresa, que à proposta de eleições adiadas para uma data mais segura, como há meses venho proclamando, à resistência dos Partidos e candidatos, seguiu-se-lhe a concordância, cada vez mais consistente, dessa evidência. do seu adiamento. Abrir o País à circulação indiscriminada para proporcionar o voto presencial (depois do que se passou no Natal) é de uma irresponsabilidade gritante e um desprezo completo pela vida que tanto, hipocritamente, dizem quer preservar. Jose MODERADOR: Marcaram as eleições para o último dia que a Constituição admite. Podiam ter dito logo que as eleições deviam ter sido em Outubro quando todos se preparavam para regressar às aulas, trabalho, vida social de regresso das férias no Algarve, nas Serras e nos Campos. No tempo em que os lares voltavam a receber visitas, etc. Esses inteligentes que são únicos e sábios podiam ter dito. Não disseram nada. Ficaram à espera de fazer o Natal, o grande Natal que celebra o nascimento da família da civilização cristã, a tal, a Ocidental! Agora celebram furtivamente os funerais desse Natal que quiseram e fizeram gozando com quem lhes dizia para fazerem, no máximo, troca de compotas a partir do quintal ou da entrada do edifício. Foi um gozo delirante. Fie-se nesses inteligentes e será comido de cebolada.         Gualter Cabral INFLUENTE_ José - Como te é peculiar a meteres os pés pés pelas mãos, esqueces que a pandemia não respeita constituições e em Outubro ela já andava à solta. O que havia a fazer era adiar as eleições, aliás, proposto por Marcelo - como ele afirmou - dizendo: "Nenhum partido aceitou o adiamento. São mais conservadores que eu" Agora é o que se vê. "Não saia de casa" é o aviso para todos; logo vem a CNE: "Saia de casa, não deixe de cumprir o seu dever cívico" São autênticas baratas tontas: Sair ou    Jose MODERADOR: Caro Gualter Cabral o Senhor não assistiu à tomada de posse, na passada quanta feira, do Presidente dos EUA. Pois esse Presidente foi eleito no país que mais vítimas da pandemia acumula. As eleições decorreram tranquilas apesar das milícias trumpistas. É o último exemplo dos muitos que ocorreram e ocorrem no mundo em pandemia. Esse discurso de pânico é o que Trump adoptou para fazer o assalto ao Capitólio. Os portugueses escolheram matar-se uns aos outros nas compras de prendas, no natal e ano novo. Tudo se paga. Estão a pagar com a vida e as sequelas. Distância social é simples, barato, está ao alcance de todos. Amanhã use máscara ou duas máscaras, álcool gel, caneta e Distância Social! Se faz favor!

A maledicência pela maledicência. A contradição sucessiva para alimentar os pombos de todas as praças. Um chorrilho! Banalidades populistas ordinárias sem recurso a vocabulário do Ventura em quem vai votar. Se lhe faltar a coragem votará em Marcelo que abandonou a disputa desses votos desde o 25 de abril acantonados no PPD/PSD/CDS com bombista, burlões económicos e financeiros e subterrâneas golpistas. Votará no pior do sistema e bem esclarecido, apesar do que diz da campanha eleitoral. Francamente tenho pena de si. Parece um daqueles homens vestidos de escuro com chapéu que atemorizavam pela presença. Banalizou-se no tiro ao alvo como a corja de dependentes que opina nos media. Todos os candidatos são partidários: RIR, Chega, PS,PSD,CDS, PCP, PEV, BE, IL. Será tão difícil saber quem são?      A sério? INICIANTE: Desapareça! Crítica não fundamentada e ordinária. Como sempre recorrendo ao ataque pessoal porque não tem argumentos válidos para fundamentar a sua crítica. Não faz falta o seu comentário. O que faz falta são mais pessoas como António Barreto.           Por bom caminho e segue EXPERIENTE: Não tenha pena de Barreto, para que ele não tenha pena de si. As suas excitações pré-eleitorais estão a perturbar o seu raciocínio habitualmente escorreito embora parcial. Eu leio sempre o Barreto e desta vez concordei com ele em absoluto. Porquê? Porque tem toda a razão, a razão que só os românticos como o Jose não entendem.            Jose MODERADOR: Caro Por bom caminho e segue. Tenho pena de AB. Sei que há muitos anos houve um jovem com o mesmo nome, filho dos mesmos pais, nascido no mesmo Portugal amordaçado que se deslumbrava com a liberdade. Esse rapaz morreu há muito! AB que por aí anda é uma sombra, um fantasma desse jovem, uma assombração com as mesmas cores da mordaça que o jovem já, há muito, falecido, desafiava. Pouca sorte podia dizer-se. Porém a sorte não existe, faz-se! Este matou o jovem AB e escolheu ser servo dos que lhe põem medalhas ao pescoço. Escolheu os que afrontam a liberdade inscrita, com sangue, suor e lágrimas, na Constituição da República Portuguesa. Escolheu dar uma palavrinha a cada nicho de desorientados, somar alhos com bugalhos violando as regras da aritmética para juntar a turba contra a Constituição! Caro A sério? A sua receita é: "Desapareça!" é a receita dos que fizeram desaparecer Dias Coelho ou Humberto Delgado! "O que faz falta são mais pessoas como António Barreto." A sério? Caro A sério? Veja lá se me enganei. AB falou-lhe ao coração como Ventura? Pois claro! O que é preciso é abrir a revisão da Constituição sob qualquer pretexto, até serve o pretexto avançado em primeira mão pelo ignorante "Tino de Rans" e secundado por todos os populistas excepto pelo candidato firme e focado no objecto da candidatura: Jurar defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa. Incomoda-se com a única Constituição que resultou das primeiras eleições livres, sufrágio universal, voto secreto, livre e justo. Incomoda quem anda escondido nas hostes do PPD/PSD e CDS desde Abril74!          Mario Coimbra EXPERIENTE: O azedume com que comenta AB não é saudável José. É quase motivo para psicanálise. AB tem toda a razão José. Aceite.          3AM INICIANTE: Subscrevo, Mário Coimbra. AB é um homem livre, muito digno e excelente analista da realidade portuguesa. Tenho pena de o não conhecer pessoalmente.        graça dias INICIANTE: Como sempre um artigo de pensamento bem estruturado com um retrato desolador do nosso país, onde estes políticos de cheiro a "naftalina' e de trajes "bolorentos" insistem e reiteram a mediocridade.          Por bom caminho e segue EXPERIENTE: Absolutamente de acordo. O que fizemos todos nós em 46 anos de democracia para não termos de escrever/ler isto?          VivaViriatoLusitano EXPERIENTE: Muito bem dito "...O que fizemos todos nós em 46 anos", apesar da responsabilidade maior ser dos políticos e das elites, a meu ver...       isabel Vasconcelos.552326 INICIANTE: Um artigo excelente que responde com clareza a muitas das questões que todos os dias nos preocupam. Não nos deixa mais descansados, mas mais esclarecidos sobre o que se passa num país que está um caos.             AGC INICIANTE: Como sempre, uma análise abrangente, fundamentada e acutilante.           VivaViriatoLusitano EXPERIENTE: Lembrou bem a peça rara do boletim de voto com 8 candidatos, mas que só vale para 7. Eu próprio vou tirar uma fotografia para a colecção. Adjectivou bem o caso, mas faltou-lhe um: incompetência. E deveria ser obrigatório publicar quantos votos terá o 8.º candidato, porque creio que ultrapassaria outros candidatos...É uma boa questão para advogados, exigir essa divulgação e também a da impugnação das eleições que referiu... Outro facto importante que descreve foi a tentativa que fez junto da CNE de aclaração. Ficou sem resposta, como acontece muitas vezes com as nossas autoridades de supervisão e com os poderes políticos, fica-se sem resposta ou respondem para o lado. Já tive vários casos semelhantes, Isto é grave, porque se as autoridades de supervisão não resolvem, quem vai resolver?         Marcus INICIANTE: António Barreto , sempre lúcido . Totalmente de acordo. No tempo digital, votar presencialmente é idiota! E como custa aos políticos portugueses mudar ?! Estamos a perder tempo.          cidadania 123 EXPERIENTE: A campanha eleitoral foi efectivamente uma desilusão, porque sabendo-se que no fim o vencedor era o Marcelo, foi apenas aproveitada para promover os partidos. Os candidatos fizeram "fretes políticos " aos respectivos partidos. Obviamente que também havia uma oportunidade de promoção pessoal, e no caso do PS, um teste ao peso da oposição dentro do partido...      Jose MODERADOR: O resultado das eleições de amanhã ficaram ditados na Autoeuropa e por um homem só. PS, PSD, CDS são a base orgânica e de poder que elegerá amanhã o candidato da Direita MRS. MRS não vai à procura dos seis eleitores naturais do PSD e CDS, mas deixa esses votos para Ventura libertar os bombistas, os interesses económicos e financeiros que vêm do fascismo e são subterrâneos acantonado no CDS e PPD/PSD desde o 25 de Abril. Todos abrem a porta à revisão constitucional com pretextos falsos como adiar eleições até aos que propõe rasgar toda a Constituição e fazer a ditadura das pessoas de bem. Todos a malhar, de todas as maneiras, na democracia sob todos os pretextos, só João Ferreira se fixou nas funções que o eleito tem de jurar. Defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição.            cidadania 123 EXPERIENTE: Jose, a sério? O João Ferreira parecia uma testemunha de Jeová com a bíblia na mão, a jurar obediência cega à constituição, como se fossem as escrituras emanadas por deuses, que jamais podem ser mudadas. Ninguém quer rasgar a constituição. Mas acha que um documento com quase 50 anos não necessita de um update para o século XXI?         Jose MODERADOR: Caro cidadania 123 Quem vai Jurar sobre esse livro "defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição é MRS, actual Presidente da República ainda hoje Presidente Eleito. Vai jurar como jurou há 5 anos e não cumpriu em parte. A Constituição já foi revista 7 vezes e será revista quantas vezes for necessário, nos termos e nos limites físicos impostos pela própria Constituição. Se ocorrer uma revisão constitucional que viole os limites matérias que a Constituição impõe isso não será uma revisão constitucional. Será um golpe de estado constitucional como ocorreu na Hungria e, por exemplo, não ocorreu nos EUA nem no Brasil. 23.01.2021

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