E aqui andamos a investigar, a ciência e
criação policiais procurando pistas incriminatórias num crime – se o for – de tal
magnitude terrena. Bem faz o Dr. Salles em nos alertar, ao seu modo perspicaz.
Ao menos vamo-nos distraindo, neste far
niente mistificatório, que nos vai conduzindo, talvez, para o abismo…
CLAUSURA – 2 A GUERRA DO PING-PONG
HENRIQUE SALLES DA FONSECA
A BEM DA NAÇÃO, 04.04.20
Ilibado
que ficou Putin no meu escrito anterior de qualquer maldade no processo
pandémico em curso, esperemos pela pancada quando isto passar e ele quiser
lembrar-nos de que existe.
Mas, entretanto, nós, as vítimas inocentes do flagelo, assistimos ao
ping-pong das culpas estaminais entre a China e os EUA. Quem, neste
processo, nunca pecou, que atire a primeira pedra. Pois bem, somos todos os
espalhados pelo mundo menos aqueles dois. Só nos falta saber qual dos dois
apedrejar.
Nesta
guerra do empurra, os mais activos são, como de costume, os esquerdistas que
chegam mesmo a levar à dúvida quem, prevenido, não abocanharia as suas
cenouras. Uma das «coisas» que veio agora à ribalta foi um vídeo de 2015 em que
Bill Gates previne a respectiva audiência do perigo que representaria um vírus
que por aí viria e a todos apanharia desprevenidos. Curiosamente, em 1981 foi publicada uma novela de Dean Koontz
intitulada «OS OLHOS DA ESCURIDÃO»[i] em que o Autor especula, no âmbito da
ficção científica, essa mesma hipótese de um vírus que assolasse o mundo
desprevenido. E, das
duas, uma: ou ele estava dentro dos segredos de algum laboratório mais ou menos
maligno que estivesse a trabalhar num vírus desse calibre e arriscaria a
própria cabeça ao pôr a boca no trombone ou era apenas uma ficção que acertou
«na mouche» 39 anos depois. Ora, o
Autor está vivo no momento em que escrevo estas linhas pelo que é fácil
concluir nada de temeroso ter revelado pois fizera apenas uma especulação.
Seria interessante perguntar a Bill Gates – e eu não o farei apesar de ter o
endereço da respectiva Fundação[ii]
– se leu o dito livro e se ali se inspirara para a palestra de 2015. Pela
mesma razão, também o famoso Bill poria a cabeça em risco se delatasse algum
segredo de tal calibre. Nova especulação e, neste caso, se não revelada a
fonte, plágio.
Portanto,
tudo mentira quanto à autoria americana da perversão inicial. Os pró-chineses
vão ter que engendrar nova balela.
Antes
desta, era a dos soldados americanos que, afinal, não comeram o pangolim que
por lá andou a envenenar chineses residentes a grande distância de Pequim e
mais longe ainda de Xangai onde nada acontece. Pois é: curiosamente, só há
virose longe dos grandes chefes comunistas e dos maiores capitalistas chineses.
Nestas
últimas horas, vi outro vídeo em que certas Autoridades americanas (cuja
identidade não consegui verificar) anunciavam a detenção de um cientista que
vendera o vírus aos chineses. Não
faltará quem agora diga que foram os americanos os causadores da desgraça. Ao
que eu respondo que se se tratava de um caso de espionagem chinesa e de traição
de um americano, este deverá pagar pela traição mas os chineses é que terão
libertado a «besta» sendo, portanto, eles, os grandes causadores da pandemia.
Venham
novos argumentos contra os americanos porque estes não me convencem. Daqui por
30 ou 40 anos talvez se venha a saber a verdade sobre quem atirou a tal
primeira pedra pelo que, agora, desligo-me dessa polémica e passo a outros
temas. O mundo que gire lá fora que eu fico aqui em clausura à espera que a tormenta
passe. Só porque não lhes dou hospedaria, deve haver milhões de vírus que
morrem sós e abandonados - este, o meu contributo para a causa da Humanidade.
(continua)
Abril de 2020
Henrique Salles da Fonseca
COMENTÁRIOS:
Miguel Magalhães 04.04.2020: Henrique,
libertado por um chinês amante de morcegos, ou engendrado por conluio de
laboratórios chineses e laboratorios americanos, a verdade é que o virus foi
contido na China e não chegou a atingir as cidades centros de poder da China.
Em contrapartida atinge, e de que maneira, países situados a milhares de km de
distancia...Eu tenho uma teoria (catastrofista) que os chineses a medio prazo
não vão ter meios para alimentar a sua população. Então encarregam-se de ir
"abrindo clareiras" no resto do Mundo, onde possam no futuro colocar
os excedentes populacionais. Abraço.
Francisco G. de Amorim 04.04.2020: Americanos,
para que? Para destruírem a sua hegemonia? Não parece. Mas chineses que tudo
planificam com décadas de avanço e não produzem nem metade do necessário para
alimentarem os 1,5 bilhões... e não são santinhos e desprezam todos os outros
povos....
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