Com tanta dependência económica da
China, como se pode já regredir? Afinal, a democracia não possibilitou uma
fraternidade universal? Só podemos dar os braços, no caso da China… Essencialmente
para suplicar ajuda, é certo, pelo menos nós, os do “Reino Lusitano, Onde a Terra se acaba e o Mar começa E onde Febo
repousa no Oceano…” Para mais, parece que a China não reconhece essa coisa
da democracia, e se internamente tem o seu Tiananmen a comprová-lo, com os seus
próprios naturais, externamente, pelo menos aqueles chineses que conheço das
muitas lojas de utilidades que brotaram como cogumelos em redor do meu espaço habitacional,
apresentam um ar macio – digo os chineses, não as lojas - de uma superioridade
ou indiferença própria da sua nação poderosa e dominadora – e perfeita, pelo
menos nos espectáculos do circo de Monte Carlo que vi ontem e que me encheu as
medidas, sobretudo o bailado com os chapéus, mas outros números houve no circo
(as conversas são como as cerejas) – o número dos cavalos, creio que não era
chinês, nem o dos cãezinhos… e tantos outros de cortar a respiração… Mas tudo
isso é passado reposto (pela Sic), que para já temos o vírus, ao que parece,
proveniente da mesma China alastradora … Mas esses assuntos ficam por conta do
Dr. Salles e os seus pares, que eu ainda estou sob o efeito do número dos
chapéus, providencial para o sofá da quarentena …
CLAUSURA – 4 – O LIMITE
DO MAL
HENRIQUE SALLES DA
FONSECA A BEM DA NAÇÃO, 06.04.20
Autênticas
chacinas, os flagelos que estão em curso em Itália e em Espanha. Todos os
crepes que possamos vestir são de menos para expressar o peso que nos vai na
alma.
O
que é que eles fizeram ou deixaram de fazer para terem chegado a tal
descontrole? E nós, o que é que fizemos ou deixámos de fazer para não termos
(ainda) descontrolado a nossa situação? Espero que os técnicos de saúde pública
saibam e que concluam com precisão onde se localiza a fronteira entre as boas e
as más políticas. Entretanto, à falta de melhores procedimentos,
fiquemos em casa por muito penoso que isso possa ser.
Na situação actual, há duas coisas
que não consigo fazer: humor e uma leitura tecnocrática das ocorrências. A primeira é axiomática mas a segunda carece de
explicação.
Há
quem diga que esta desgraça é regeneradora da Humanidade pois mata os
velhos e o confinamento provocará um «baby boom» lá por Dezembro-Janeiro.
Poderá ser que sim mas à custa de
quantos dramas pessoais, de quanta perda de afectos familiares, de quanta
sabedoria perdida? Quanto ao acréscimo da natalidade, acho que todos devemos
saudar os concepturos e os nascituros assim como louvar os autores do
acontecimento.
Não
perco a minha visão humanista.
Mas
há duas coisas que considero positivas: a aceleração científica na busca da
vacina e da terapêutica de combate ao mal; o recrudescimento da produção de
tantos bens transaccionáveis que nós (portugueses e demais europeus) nos
habituáramos a mandar vir da China.
Temos
que voltar a…
produzir
o que consumimos,
criar
(finalmente) a transparência nos mercados,
racionalizar
a formação dos preços,
acabar com a sino-dependência em que
estávamos a cair desde a compra de quinquilharia aos tão importantes
ventiladores, à electricidade, aos seguros…
… sob pena de perdermos esta
oportunidade para corrigirmos alguns dos erros que sucessivamente nos têm
levado à bancarrota.
(continua) Abril
de 2020
Henrique Salles da
Fonseca
COMENTÁRIOS:
Francisco G. de Amorim, 06.04.2020: A
primeira coisa que já fiz foi cortar tudo que é chin. O que precisar vai
custar-me mais caro e vou fazer figura de idiota porque raros o farão. O perigo
amarelo vai até derribar o islão. Uma desgraça será o suficiente
Henrique Salles da Fonseca,
06.04.2020: Nestes temas q
vc hoje aborda, qto ao retorno a casa, no fazer "aquilo q
consumimos", nunca tive dúvidas e sempre, em privado ou em público,
combati, com os meus modestos meios. É q tive a noção exacta disso por duas
viagens feitas entre 2008 e 2010. Uma à Califórnia e outra ao Uzbequistão. Na
1a, tomei conhecimento da morte do sector automóvel em Detroit e de tudo o q se
comprava no stok tinha a etiqueta "made in china". Na 2a, havia a
ordem de Merkel de abertura total à Ásia para a Europa. Entrava pelos olhos
dentro! Mas os "gulosos " da globalização não resistiram à tentação.
Agora, ai ai q me dói o dente! António Barros
Adriano Miranda Lima. 06.04.2020: Eu
não podia estar mais de acordo. Oxalá esta pandemia nos obrigue a uma pausa
para reflexão, deixando entrar luz nas consciências. Não basta estancar a
progressão do vírus, importa repensar a nossa civilização. Que a clausura seja
do corpo mas que tenha o condão de libertar o espírito.
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