quarta-feira, 2 de março de 2022

A nossa guerra de estimação


Enquanto lá fora se batem seriamente, nós por cá temos o bater verbal acalorado e manso, com algum saber argumentador de mistura.

Afinal como estamos de linhas vermelhas?

E agora? O que dizem todos aqueles que acharam que o PCP e o BE eram bem-vindos ao sistema democrático? Os que se desfaziam com a simpatia de Jerónimo e com o aggiornamento de Louçã e Catarina?

RAQUEL ABECASIS , Jornalista e ex-candidata independente pelo CDS nas eleições autárquicas e legislativas

OBSERVADOR, 01 mar 2022

 “É preciso traçar linhas vermelhas” ou “há que fazer um cordão sanitárioforam as frases mais ouvidas nos últimos tempos na política nacional.

Concordando com os princípios, sempre disse e escrevi que essas “linhas vermelhas” e “esse cordão sanitário” não deviam ser só usados quando se falava do Chega. Há outras duas forças políticas em Portugal que vestem pele de cordeiro, mas são lobos tão perigosos como o Chega: Bloco de Esquerda e Partido Comunista. Sempre que o afirmei deparei-me com olhares de surpresa e até censórios. Diziam-me que estava a comparar o que não era comparável. Infelizmente a história que se repetiu nos últimos dias veio provar que os que queriam normalizar o que não é normalizável enganaram-se redondamente.

Ainda há pouco tempo Francisco Louçã quis ridicularizar uma deputada municipal, Aline de Beuvinck (Luso-Ucraniana), por se ter atrevido a relembrar uma velha e trágica história que deu origem à expressão de que os comunistas comem criancinhas ao pequeno-almoço. Aline de Beuvinck recordava o genocídio do seu povo pela fome, perpetrado pela então União Soviética de Estaline entre 1932 e 1933. O normalizado fundador do Bloco de Esquerda gozava, no seu espaço de opinião de um canal de televisão, com a evocação feita pela deputada municipal. Era tudo ilusão. A deputada estava a evocar fantasmas inexistentes.

23 de Fevereiro de 2022, eis que os fantasmas acordaram, invadiram a Ucrânia e estão a dizimar um povo que só queria viver de acordo com as regras da democracia ocidental. Perante os factos, o que fazem PCP e BE? Culpam as democracias ocidentais por não terem compreensão pelas dores do ditador Putin. E agora? O que dizem todos aqueles que acharam que o PCP e o BE eram bem-vindos ao sistema democrático? Os que faziam juras de que nem um nem outro partido representavam uma ameaça à democracia? Os que se desfaziam com a simpatia de Jerónimo e com o aggiornamento de Louçã e Catarina? Os mesmos que, diante da dura realidade, escolhem o lado errado da História e culpam a Europa e os Estados Unidos por não darem o devido desconto ao imperialista russo. Onde está agora a normalização da extrema-esquerda? Será que ser contra a NATO e as regras da União Europeia continuam a ser questões laterais?

As pessoas são o que são. Os princípios são o que são. E os ditadores, ou os que defendem tais ideias, jamais serão democratas. É tudo uma questão de poder e, em democracia, quem decide quem tem poder é o povo. Por isso nunca podemos dar por adquirido que o povo escolhe de acordo com o que pensamos. É por isso que não se podem normalizar forças políticas que, se pudessem, transformavam esta democracia numa ditadura comunista, como o PCP tentou até ao 25 de novembro, ou como muitos dos dirigentes do Bloco de Esquerda tentaram nos anos oitenta através das FP-25.

Ver Catarina Martins tratar com arrogância André Ventura, tratando-o como o candidato da extrema-direita, dá-me vontade de rir e ao mesmo tempo de chorar, porque quem a ouve e não se inquieta acha que ela defende ideias melhores do que as que defende André Ventura. Puro engano. Os extremos à direita e à esquerda estão vivos e a fazer estragos no mundo, como podemos agora constatar com uma guerra no coração da Europa. Na hora da verdade, os extremos tocam-se. O bem-estar e a felicidade dos povos são a última das suas preocupações. O que verdadeiramente lhes interessa é o poder e o domínio dos povos. Nada de novo no horizonte, as ditaduras sempre assim foram e sempre assim serão.

O que me preocupa é dar-me conta de que mais uma vez caímos na canção do bandido. Trouxemos a extrema-esquerda para o arco da governação. Achámos que as ideologias marxistas tinham deixado de ser um perigo. Aceitámos conviver com o senhor Putin como um de nós. Tornámo-nos dependentes dele. E agora estamos impotentes diante de um ditador poderoso, contra o qual pouco ou nada podemos. A não ser que, como sempre acontece, os Estados Unidos se assustem e venham em nosso auxílio.

Os nossos filhos não mereciam e um dia vão perguntar-nos como foi possível que isto tenha acontecido.

GUERRA NA UCRÂNIA   UCRÂNIA   EUROPA   MUNDO   PCP   POLÍTICA   BLOCO DE ESQUERDA   VLADIMIR PUTIN   RÚSSIA

COMENTÁRIOS:

João Alves: E não só, Raquel Abecasis. Não esqueçamos o PS de Costa, ao qual se aplica na sua plenitude a sabedoria popular que afirma ‘amigo do meu amigo, meu amigo é’. Miguel Eanes: O Putin é tão comunista como é o André Ventura. Aliás o Putin é líder de um partido que faz parte da família politica internacional do PSD; do CDS e da CDU (Alemanha). O líder do partido comunista russo é Guennadi Ziuganov, que nada tem a ver com Putin ou com o partido que fundou.            Grreite Rissete: A posição do PC não surpreende! Sempre estiveram do lado da opressão e nesse sentido, são coerentes. Quanto aos hipócritas do BE, dizem-se defensores dos direitos das mulheres mas também apoiam ditaduras onde o papel da mulher é subalternizado. E, segundo a jornalista espanhola Cristina Segui, esses apoios parecem ter, digamos, contrapartidas assim do tipo…”fotocópias”.              Clarisse Seca: Artigo muito assertivo da Sra. Abecasis. Sempre acreditei que PCP e bloco são radicais antidemocráticos da mesma espécie, embora o bloco seja mais hipócrita. Não podemos ser governados por mentiras como a do Sr. Louçã, que até foi nomeado Conselheiro do Estado Português e quis gozar com o  sofrimento alheio no horror soviético ao provocar o  Holodomor na Ucrânia. Vergonha para um radical da espécie do Sr. Putin, qual lobo no meio do rebanho, com as mentiras e imperialismo ridículo no século XXI. Ninguém para um sanguinário, que qual ave de carniça esperou o momento certo para atacar um país soberano, querendo desmembrar as suas entranhas. Cobardia pura.            Luís Miranda: Em 1975 tinha 17 anos , vi o modelo de sociedade que o PCP  e outros partidos de extrema - esquerda queriam instaurar em Portugal. Basta ver os regimes que apoiam Correia do Norte, Venezuela,  Cuba , China etc .           Óscar Alhinho: Agora imaginem ter no Governo um (ou dois) partido(s) que apoia(m) a Rússia.        José Santos > António Afonso: O risco da sua visão é que assume que vai ser você a definir quais são os partidos intoleráveis. Não me entenda mal, detesto os partidos em causa, mas não sou ingénuo a ponto de pensar que quando a censura começar vão ser os meus gostos a definir o que vai e o que fica. Veja o mundo anglo-saxónico, e quem são os censurados.  Experimente trabalhar em Wall Street ou Silicone Valley e definir-se como conservador (centro direita). Pois.. É preferível estabelecer como regra não censurar.         Maria1: De resto, não pertencendo a qualquer partido, já não prescindo do programa Linhas Vermelhas em que Mariana intervém. É brilhantissíssima. Culta, com ampla visão, maturidade e equilibro no juízo. É tudo o que estes artigos sectários e pequeninos não são. Parece-me que li neste mesmo jornal uma notícia sobre os esforços de Mariana Mortágua para levar a sério e concretamente as sanções económicas contra a Rússia. Devo ter percebido mal.             José Santos: O facto de não gostarem de partidos de extrema esquerda não devia isentar os colunistas deste jornal de serem intelectualmente honestos. Também não gosto, e considero tais partidos danosos para a luta que o ocidente vai ter de travar contra a Rússia e a China (principalmente a China). Ainda assim não chego ao ponto de colocar BE e Livre na lista de apoiantes de Putin, tal seria desonesto. Enquanto o PCP olha para a Rússia e continua a ver a velha união soviética, e continua a achar que o bom e velho comunismo é a solução para os males da humanidade, BE e Livre têm uma linha ideológica muito diferente, bastante mais próxima da new left americana, esquerda mais obcecada com questões de identidade que propriamente com a luta de classes. A ideologia do BE, vê em Putin tudo o que existe de mau no mundo, e frequentemente o criticam por questões LGBT, por "masculinidade tóxica", por não abraçar as "maravilhas" do multiculturalismo, e da mesma forma não olham para a China com bons olhos. Se por um lado gostam de qualquer força que ataque a NATO, e o modo de vida ocidental, jamais os ouvi referirem-se a Putin de forma positiva. O problema do BE e das Ocasio Cortez deste mundo, é promoverem o tipo de fantasia verde, que arruína as nossas economias e favorece a China e Rússia (que podem poluir à vontade), apoiarem toda a insanidade identitária e intrusão no ensino de ideias que colocam os miúdos a odiarem a própria civilização em que vivem, são de um modo geral ideias que destroem a nossa sociedade por dentro. Dito isto, duvido que de uma forma consciente achem que estão a apoiar Putin, e dizer que simpatizam com ele parece-me desonesto. Colocar o Chega no mesmo cesto, é só a cereja em cima do bolo.           Fernando Prata: A SIC devia rescindir imediatamente o contrato com esse comentador, que se dá pelo nome de Francisco Louçã,  que é contra o imperialismo ocidental, mas que se governa à conta de todas as vantagens desse mesmo "imperialismo". Na mesma senda do Robles, que achava que os senhorios eram uns malandros, mas que se andava a governar à grande. Louçã devia ser já expulso do Conselho de Estado.           Alberico Lopes: Raquel: mais um artigo brilhante e que traduz uma realidade inquestionável! Essa de alguns suporem que o Chega é o papão e os PCP e BE uns anjinhos papudos, é história que tende a ser cada vez menos admitida! O que ainda me assusta é o poder que o BE mantém na C.social, designadamente nas Tvs  e em muitos jornais ditos de referência! O sr. Louçã, é preciso não esquecer, que além de doutrinador na SIC/N é consultor(?) no Banco de Portugal e, para cúmulo, Conselheiro de Estado, dum PR que foi eleito por pessoas que acreditaram que ele fosse um  farol para o País! Mas, permita-me discordar de si quando afirma que se espera que os EUA nos venham ajudar!! Com este presidente, de 84 anos e a lamber as feridas do conluio do filho com o Putin, acredita mesmo nisso? O que nos devia incomodar é termos como dirigentes em todo o mundo ocidental verdadeiros  tigres de papel, sem carisma, sem rumo, enfim, sermos governados por bananas!            Fernando Prata: Excelente artigo. Penso que é o momento para ilegalizar o PCP e o BE. Este povo precisa de perceber, uma vez por todas, quem são as pessoas que militam nestes partidos e quais as ideias que defendem. Sempre disse que, comparado com o BE e o PCP, o Chega é um menino de coro, que não mete medo a ninguém.         josé maria: Porque é que as raqueis abecassis e os nunos poças não criticam o Rússia Unida ? Por ser um partido de direita liberal ? Porque é que o PSD, o CDS, a IL e o CHEGA não tecem uma única linha de crítica contra o Rússia Unida, liderado pelo abjecto Putin ? Porque é que toda a direita portuguesa não se insurge contra o Rússia Unida ?  Afinal, onde ficam as suas linhas vermelhas ? Joaquim Rodrigues > josé maria: Para os zés Marias deste País, filhos legítimos e ilegítimos de Salazar/Cunhal, tudo o que sirva para atacar o Liberalismo, serve. Nem que seja a “ideologia” que o Putin, nascido e criado no KGB, quer que o seu partido (também ele nascido e criado no KGB) tenha. Tal como Salazar/Cunhal, os zés marias fogem do que lhes cheire a “Liberalismo” como o Diabo da Cruz. Os zés marias deste País, levam a sério o Putin e acreditam seriamente na “ideologia” que o Putin diz que o seu partido tem e quer que o seu partido diga que tem. Coitado do zé maria! Vou dar uma novidade ao zé maria que o vai deixar contente! O Partido do Putin descreve-se a si mesmo, ideologicamente, como: 1). Centrista e Conservador. Ou seja, anti-liberal. Salazar diria o mesmo da União Nacional. 2). Atribuindo ao Estado o Papel Preponderante na Economia. Ou seja, nos antípodas do Liberalismo! Salazar e Cunhal aplaudiriam (tal como os zés marias seus afilhados). 3). Defensor dos Valores Tradicionais e Identidade Nacional. Ou seja, completamente fora do que é o Liberalismo! Salazar aplaudiria e o Cunhal não deixaria de apoiar. 4) Devolução à Rússia dos Poderes de Superpotência. Esta a principal “bandeira” ideológica do Partido de Putin. Nos antípodas do que é o Liberalismo. Conclusão: Mesmo que acreditássemos na “ideologia” que o Putin diz que o seu Partido diz que tem, ela é profundamente anti-Liberal e, acima de tudo, Imperialista. Os zés Marias deste País, afilhados legítimos e ilegítimos de Salazar/Cunhal, se fossem russos, e ao contrário do que dizem, se não estivessem no PC Russo, estavam todos no partido antiliberal do Sr. Putin.            josé maria > Joaquim Rodrigues: Toda a direita portuguesa - PSD, CDS, IL e CHEGA - não censura o partido Rússia Unida, do execrável Putin. É um facto objectivo, incontestável e deplorável. Putin não está só, ele actua em representação desse partido. Porque é que a direita portuguesa não denuncia e se demarca do mesmo? O Rússia Unida está filiado na Internacional Democrata Centrista, anteriormente designada Internacional Democrata Cristã, e que apenas abrange partidos políticos de direita. Porque é que essa Internacional também não se demarca e expulsa o Rússia Unida ? Porque é que as raqueis abecassis e quejandos não levantam essa questão extremamente relevante? Porque se calam perante o Rússia Unida? Porque é que não reclamam a expulsão desse partido do grupo internacional, democrata cristão, em que ele se insere? Afinal onde ficam as suas linhas vermelhas, quando se trata de não denunciar o Rússia Unida e exigir a sua expulsão do respectivo grupo internacional? O Rússia Unida, liderado pelo abjecto Putin, é um partido de direita liberal, que fixou a taxa única de IRS, de 13%, exactamente como a IL e o Chega propõem para Portugal, e que também, promoveu a redução da taxa de IRC, de 35% para 24%, como forma de incentivar o capitalismo liberal. Contra factos não há argumentos. O partido de Putin é a versão liberal russa da IL e do CHEGA portugueses. E é também a versão russa da ideologia de Pinochet.           Joaquim Rodrigues > josé maria: Como já lhe mostrei acima com o enunciado das suas linhas programáticas principais, o partido do Putin é, como você gosta, Salazarista/Cunhalista. Deixe-se de tontarias!          josé maria > Joaquim Rodrigues: Ó homem, o meu anterior comentário demonstra, sem a menor hipótese de refutação que o Rússia Unida, no plano do seu programa político económico, é o e equivalente russo liberal da IL ou do Chega, não vale a pena tentar contestar o óbvio, isso só comprova a sua desonestidade intelectual. O tirano Putin é um liberal convicto de direita, cristão ortodoxo, que apoia vários movimentos europeus de extrema-direita europeia e até nazis. É ainda o equivalente russo do tirano e católico Pinochet, que, como toda a gente sabe, também foi um indefectível liberal, apoiado pela sua amiga Thatcher e pelos Chicagos Boys. Se quiser eu venho aqui, mais uma vez, demonstrar, é só pedir. E você está mesmo a pedi-las. Quer?          Joaquim Rodrigues: Neste momento é o povo ucraniano que está a dar o peito às balas, na primeira linha da defesa da Europa, dos direitos humanos, da liberdade e da democracia, naquela "linha vermelha" que nos separa dos oligarcas russos, com o Putin à cabeça. Senhores do PCP, BE e derivados, escutem bem: quem vai tratar da saúde ao Sr. Putin vai ser, mais tarde ou mais cedo, o "povo russo".

O tempo de vida do Sr. Putin vai ser o tempo necessário até que o “povo russo” tome consciência de que o Sr. Putin não passa de um impostor ao serviço dos “oligarcas” russos. O Sr. Putin, nascido e criado no KGB, está a servir-se dos “mitos de grandeza imperial” inculcados, durante décadas, pelo regime totalitário soviético no povo russo, para esconder o fracasso económico e social e a miséria moral a que o dito “comunismo” condenou a Rússia. São, por isso, muito importantes, todas as manifestações civis, que por todo o Mundo se realizem, de repúdio à acção terrorista da oligarquia russa e do Sr. Putin, contra o povo ucraniano. Cada manifestação civil, qualquer que seja o local do mundo em que se realize, é mais um incentivo a que mais medidas sancionatórias, contra a oligarquia russa, sejam tomadas e é, acima de tudo, mais uma interrogação na mente de cada cidadão russo, acerca da bondade dos propósitos do Sr. Putin. O “povo”, de que os “iluminados” do PCP e BE, totalitariamente, se arrogam ter o direito exclusivo de representação, vai ser o “povo” e, em particular, neste caso, o “povo ucraniano e russo”, que vai "tratar" da saúde ao Sr. Putin e, por arrasto, de todas as "ideologias totalitárias", sejam elas de direita ou de esquerda. A guerra que o povo ucraniano heroicamente hoje trava contra o invasor Putin, é uma guerra pela Liberdade e pela Democracia, contra os Totalitarismos.           João Ramos: O artigo é bom excepto no que toca a meter no mesmo saco partidos como o PCP e o Bloco, com o Chega com o qual certa «elite » apenas especula e faz julgamentos de intenção apenas porque se deixam embalar no «politicamente correcto», o Chega é um partido muito novo mas democrático, as suas posições em relação à prisão perpétua e à castração química, apenas em situações extremas, existem em numerosas e respeitáveis democracias, quanto à tal xenofobia o Chega a única coisa que pretende é que todos sejam tratados por igual seja a que raça ou etnia pertençam, coisa que como sabemos não acontece. No que diz respeito à extrema esquerda, são partidos historicamente anti democráticos e contra todas as instituições que representam a democracia e a defendem, NATO, UE, EUA, etc, etc, e fora isso apoiam todas as ditaduras Marxistas que existem e como foi provado recentemente a ditadura Russa. Ora pôr tudo no mesmo saco até me parece desonesto!         António Reis: Indesculpável a tentativa da autora em querer pôr no mesmo saco o PCP e o BE e o Chega. Os dois primeiros já demonstraram e muito bem, que não são partidos democráticos e quando chamados a fazer uma prova de vida para suavizar o seu passado, falham redondamente. O Chega por sua vez, ainda não demonstrou nada e a vontade de o querer colar à extrema-direita é um mero achismo sem nada que o consiga comprovar. Defender a imigração islâmica controlada, a prisão perpétua, a castração química de pedófilos, o enquadramento legal da etnia cigana não são exclusivos de partidos da extrema direita. Ou será que os 41 países europeus (de um total de 51) que tem a prisão perpétua no seu ordenamento jurídico por exemplo, são todos de extrema-direita?             Pedro Simoes > L. G.: De facto, é preciso recuar 48 anos para nos lembrarmos de ver o PCP contra uma ditadura. O problema do BE e do PCP, é que perante esta situação da maior gravidade, escolhem desconversar. Escolhem o "whataboutismo". Escolhem tentar minimizar ou justificar o que se passa. A questão é que o PCP há 48 anos era contra uma ditadura. Mas nem nessa altura era contra as ditaduras, como continua a não ser.        L. G. > Pedro Simoes: Eu nem voto bloco ou PC, mas a questão não é essa, a questão é que no mundo não há só uma visão. Podemos não concordar com muita coisa que se passa na Rússia e na China por exemplo, mas não vamos por estes dois partidos no mesmo saco, são realidades completamente diferentes. O Bloco e o PC tem desconfiança da política americana que contamina a Europa e todos nós sabemos disto, não vamos "tapar o sol com a peneira". Por isso a posição do PC, agora dizer o que a senhora comentadora disse, é demais, é quase um insulto, grave demais numa democracia.          António Soares > L. G.: O PC estava contra o regime de Salazar, porque este o impedia de implantar cá uma ditadura mil vezes pior.           L. G. > António Soares: Não sei se era pior,era diferente. Ditaduras são todas más, venha da esquerda ou da direita. O que sei e compreendo é o posicionamento do Pc nesta questão. Porque eles no fundo estão a ser coerentes com o que sempre disseram, sobre a Nato, América e União europeia. Portanto nada de novo. A questão aqui é, estamos todos com as emoções ao rubro,a guerra não interessa a ninguém que ame a vida e estamos a entrar em histeria colectiva.           klaus muller > L. G.: É precisamente por termos memória que não nos podemos esquecer que os comunas lutavam para instaurar em Portugal uma ditadura muito pior que a do Salazar. Tu é que parece esqueceres-te do que não te interessa...           Paulo Silva > L. G.: Vou repetir o que já foi dito, mas que nunca é demais para a teimosia. O PCP nasceu em 1921 para instaurar uma ditadura vermelha em Portugal, à semelhança do que acontecia na Rússia bolchevique. Depois veio o Salazar que não deixou… uma chatice. Os comunistas são coerentes na defesa dos amos e dos seus crimes, e no ataque ignóbil aos seus ódios de estimação, a saber: as democracias ocidentais que capciosamente apelidam de “burguesas”, e que o Dr. Cunhal não queria ver em Portugal. Continuar a regurgitar teses falaciosas para atirar a esses ódios de estimação, quando, caro senhor, os únicos Impérios que restam estão na Rússia e na China, é um hino à cegueira e à má-fé.          L. G. > RUI TRINDADE: Rui pode-lhe parecer que defendo o PCP mas acredite que a minha motivação não é essa, nem sequer voto neles e sou crítico das ideias deles desde que ainda nem era adulto na secundária por exemplo. O que não gosto de ver é as pessoas a não perceberem a coerência deles, eles sempre foram assim, tem uma cassete, aquilo é sempre a mesma ladainha, parece a missa. A narrativa é que a América e o ocidente são responsáveis pela maioria dos grandes problemas que existem no mundo. E na minha opinião, tem muitos telhados de vidro, não preciso lembrar a mentira em relação ao Iraque, na segunda guerra, nem vou buscar mais exemplos. Em relação á Rússia eles usam os mesmos argumentos, a responsabilidade da NATO,EUA,UE, portanto como digo é a maneira deles verem as coisas, nada de novo.         Lino Oliveira: "Trouxemos a extrema-esquerda para o arco da governação." Convém não esquecer que foi António Costa que o fez para "salvar a pele" após ter perdido vergonhosamente e sem se importar com as consequências para o país.  E lá nos atrasámos mais 6 anos.             Pedro Lisboa: O PCP e Bloco não são partidos políticos, mas sim seitas. O líder do Punjab governou o país durante 6 anos com o apoio destas seitas e o resultado está aí : maior dívida pública de sempre, um SNS moribundo, maior carga fiscal da história, inflação fora de controlo e estamos na cauda da Europa (ultrapassados por todos os países de leste europeus que aderiram à UE).        Vitor Batista: No meio dos "comentadeiros"do observador, existe muito lixo intelectual de cartilha pseudo democrática.  Nos últimos tempos temos assistido a exercicios de demagogia inacreditáveis, de gente que não tem um pingo de honra nem de vergonha, de gente que passa ao lado daquilo que fez com que o Chega tenha aparecido no combate politico nacional. O chega é o nosso escudo contra um gangue de organizações altamente perigosas e subversivas, como são os xuxas com a sua corrupção e nepotismo, e os comunas fascistas com a sua guerrilha social de subverter os nossos valores, as nossas crenças, a nossa identidade e a nossa pátria, mantendo-nos reféns dessa ideologia horrivel patrocinadora das causas fracturantes, onde etnias e grupelhos parasitas não vivem nem deixam viver pensar e ser livres a esmagadora maioria dos Cidadãos, porque estes cronistas são a fina nata emanada "dos tios e tias de Cascais"daqueles que nunca sentiram na pele o prejuízo destas ideologias retrógradas, fascistas e assassinas, que lançam contra nós esses grupelhos e etnias que querem à força fazer de nós escravos da sua ignorância e sentido prático da vida. ………………….

 

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