segunda-feira, 14 de março de 2022

Os paradoxos da Humanidade


Em 1910, dizia Tolstoi a Ghandi: "Ao reconhecer o Cristianismo e, ao mesmo tempo, admitir a necessidade de exércitos para matar em larga escala, os governos de hoje caem numa tão evidente contradição que mais tarde ou mais cedo ficarão expostos. Nessa altura, terão que pôr fim ou ao Cristianismo ou aos exércitos e à violência que eles preconizam. Todos sentem esta contradição de forma aguda e como resultado atacam os que defendem a desobediência civil de forma mais vigorosa por uma questão de auto-preservação. 

Outro, mais vulgarizado:

(“Paradoxo”,  subentendido).

«A propósito, uma lembrança do muito apreciado (por mim, pelo menos) escritor Saul Bellow:

"Quem quer mandar tem que saber entreter"

Comentário de Luis Soares de Oliveira:foi o que faltou a Rui Rio”

 

A propósito deste último “desafio malandro” de LSO, (inspirado em airosa aversão, julgo), lembro o enunciado de António de Oliveira Salazar, aposto numa das paredes da escadaria do então “Liceu” Nacional de Aveiro: “Se tu soubesses o que custa mandar, gostarias de obedecer toda a vida”, com que, aparentemente, nos submeteu, a nós, povo submisso por natureza, excluindo, contudo, da asserção, os muitos que não se importam (- de mandar, repito -), ainda hoje -  caso de Rui Rio, claro, que é dos que ama o mando, de coração. Julgo que de razão também.

Quanto à sua falha como “entertainer”, quem o quiser admirar, no arrojo das suas investidas, acho que consegue entreter-se. Eu sou dos que mudam de canal. Mas não pretendo servir de exemplo.

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