A solução, segundo PTP. Ligeira também, como o demonstram alguns
comentadores, de certo que admirados com a frieza complacente das sugestões, em
tão hedionda actuação do chefe russo, com a promessa de seguimento…
Ucrânia: que conversações depois da guerra?
É necessário voltar à mesa das negociações e aceitar
que tem de haver cedências de ambas as partes. Com Angela Merkel, respeitada por
Putin e Zelenskyy, como enviada especial de Ursula Von der Leyen.
Paulo Trigo
Pereira
OBSERVADOR, 06 mar 2022
1A
guerra entre a Rússia e a Ucrânia, em que estamos, directa ou indirectamente,
envolvidos, é uma consequência próxima da invasão e anexação da Crimeia, em
2014, e daquilo que se passou, desde então, na Ucrânia, em particular nas
regiões de Donetsk e Lugansk. Essa invasão teve um impacto demográfico
significativo com migrações internas destas para outras regiões da Ucrânia de
modo que aumentou consideravelmente a proporção da população russa e pró-russa.
Nas recentes eleições para o parlamento russo (Duma), os residentes
dessas regiões ucranianas com passaporte russo puderam até mesmo votar
(eletronicamente ou deslocando-se à Rússia) antecipando a decisão actual de
Putin de reconhecer essas auto-proclamadas Repúblicas. Assim, justificando a
sua narrativa de que elas necessitariam de ajuda militar, “legitimaram” a
entrada russa em território da Ucrânia.
Putin é o inequívoco responsável por esta guerra, e por toda a destruição e sofrimento que já
provocou e ainda irá provocar, sobretudo com a previsível tomada de Kiev nas
próximas semanas, após aquela que será certamente a batalha mais dura. O cerco à
cidade está neste momento a ser montado. Putin,
que sabe que quantas mais vidas ceifar mais enfraquecido fica na opinião
pública mundial, irá permitir um corredor humanitário em Kiev (como agora se
tenta fazer em Mariupol) para que os que queiram saiam da cidade antes do
assalto final. Se esta guerra é, na óptica russa, também uma resposta à
humilhação do colapso da União Soviética e da posterior adesão à NATO de vários
países que antes pertenciam ao Pacto de Varsóvia, dificilmente se
consegue imaginar que Kiev não seja
tomada a qualquer preço, com muita
destruição e muitas mortes. Antes disso não creio que haja lugar a
conversações sérias entre russos e ucranianos. Depois disso, sim, mas é uma
incógnita como decorrerão, e o que se seguirá.
2A
questão de saber se esta guerra poderia ter sido evitada é pertinente,
mesmo que não possamos ter nenhum contra factual. É simultaneamente útil
pois haverá um fim para a guerra e os problemas, que existiam à partida,
mantêm-se embora de forma agravada, à chegada. É importante responder a esta questão do ponto de
vista Europeu, não do ponto de vista dos EUA ou da NATO, que não é coincidente. Para isso convém perceber os interesses e
anseios de ambas as partes (ucranianos e russos), nomeadamente sobre dois aspectos
fundamentais – a pertença ou não da Ucrânia à NATO e o estatuto de Donetsk e
Lugansk.
Apenas
cinco meses depois de ser eleito Presidente em 2019, Zelenskyy recebia em Kiev
o Secretário-Geral da NATO Stoltenberg de quem recebeu rasgados elogios.
Esta aproximação da Ucrânia à NATO foi
um erro, e não parece servir os interesses quer do povo ucraniano quer dos
europeus. Do mesmo
modo é um erro a crítica de
Zellenskyy à NATO por esta não declarar o espaço
aéreo da Ucrânia uma no fly zone. Percebo a sua situação desesperada e
admiro a sua coragem, mas é óbvio que se a NATO o fizesse de forma credível,
como ele deseja, isso significaria uma escalada militar que acabaria decerto
numa III Guerra Mundial.
Será
que a Ucrânia e a Europa ficariam mais seguras caso essa adesão se efectivasse?
Certamente que não. Concordar
que Kennedy não tenha aceitado que os mísseis soviéticos estacionassem em Cuba
e aceitar que a NATO possa instalar os seus na Ucrânia é um duplo padrão moral,
dificilmente sustentável. A Europa
deveria ter uma posição clara sobre esta questão e defender a
neutralidade militar estratégica da Ucrânia, à semelhança do que ainda hoje
acontece com a Suécia e a Finlândia.
Um efeito indesejado desta guerra é que estes países ponderam agora a
adesão à NATO. Porém, não o farão antes das próximas eleições, onde a questão
será decerto um tópico relevante.
No
que toca às regiões de Donetsk e Lubansk, a forma de compaginar a unidade
territorial da Ucrânia com uma maior autonomia dessas regiões passa
necessariamente por uma revisão constitucional que, não estando prevista nos
acordos de Minsk I, foi acrescentada e está no acordo de Minsk II, mas nunca
foi implementada. Pode concluir-se que a comissão trilateral (Ucrânia,
Rússia e OSCE) responsável pela monitorização desses acordos falhou e
que este não será, por isso, o melhor modelo para acordos ou tratados no final
desta guerra.
Será
que, com a rejeição da pretensão de adesão à NATO pela Ucrânia e a aceitação de
uma estrutura federal de governo, comum a grande parte dos países ocidentais,
ter-se-ia evitado a guerra? Nunca o saberemos. De qualquer modo, Samuel Charap
num interessante artigo no POLITICO em
Novembro passado, argumentava que se os EUA pressionassem a Ucrânia a
cumprir Minsk II, isso colocaria o ónus em Putin para reverter a escalada da
guerra e a ter de voltar à mesa das negociações. Agora será preciso ir mais
além. De qualquer modo, estes dois tópicos estarão na mesa das negociações
finda a guerra.
A invasão russa da Ucrânia teve o
mérito de unir a totalidade dos países democráticos na
condenação dessa agressão. Estamos,
porém, num impasse. A Rússia, por mais poderio militar que tenha, sabe que
pode derrotar, mas não ocupar a Ucrânia, nem instalar um governante fantoche.
As sanções já estão a ter efeitos, mas as relações com a China
amortecem os seus efeitos. É necessário voltar à mesa das negociações e aceitar
que tem de haver cedências de ambas as partes. Era bom que fosse a Europa, e não Israel ou outro
país, a mediar essas conversações, com Angela Merkel, respeitada por Putin e
Zelenskyy, como enviada especial de Ursula Von der Leyen. Afinal de contas,
trata-se de uma guerra na Europa.
GUERRA NA
UCRÂNIA UCRÂNIA EUROPA MUNDO NEGOCIAÇÕES
DE PAZ PAZ
COMENTÁRIOS:
Filipe Costa: O seu artigo é uma lástima, parece um comuna a justificar a invasão Russa,
a esquerda é isto, nem sei porque votam nesta gente, sinto vergonha alheia. Ping PongYang: A ideia de a ONU enviar a
ex-Chanceler Merkl como mediador irá ganhar tracção muito rapidamente. Na minha modestíssima opinião, não num contexto
UE ou OTAN: Nenhum dos países beligerantes faz parte ( nem nunca fará ) de nenhuma das 2. Paulo
Nunes: Texto na linha do
costume. Tanta coisa errada que mete dó. A mais gira é começar por criticar
teorias sem contrafactual possível, para depois optar por fazer uma afirmação
sem possibilidade de contrafactual.... Por fim, tem de ser Israel a fazer a mediação, sim.
Não é parte interessada no evento, tem prestígio e respeito internacional, e é
uma potência militar.
Grreite Rissete: Parece que alguns só agora descobriram que Putin é o
que sempre foi: um ditador, um autocrata, um déspota e afins. Mas sobre as
medidas tirânicas, a pretexto da pandemia, no Canadá, na Austrália, na Nova
Zelândia, na Áustria, na Itália, em França, na Alemanha e na Grécia, entre
outros, já nada dizem. Muitos dos tiranetes que “lideram” esses países têm uma
coisa em comum: fazem parte dos Young Global Leaders do WEF, ou seja, da
“escolinha de ditadores” do transhumanista e neocomunista Klaus “Dr. Evil”
$CHWAB e seu gangue de Davos. Andrade QB: Ando meio deprimido e apático
com esta invasão da Ucrânia e a sua brutalidade, pelo que tenho que agradecer a
irritação provocada pelos comunistas quando aparecem a apoiar essa brutalidade e
aos que vêm fazer das vítimas parvas ao virem com as suas soluções de
negociação.
augusto sousa: Pois ... o autor divaga sobre factos ou nalguns
pseudo-factos! Em primeiro não foi a Rússia a invadir a Ucrânia ; foi
um louco e sua "entourage" corrupta, ele cheio de
"botox" e operações de rejuvenescimento, a decidir avançar para uma
aventura que sabia que o ocidente na sua decadência de cultura woke e
preocupado com a permissividade de costumes como seu assunto principal, estava
extremamente fragilizado. Não é, não pode ser, qualquer representante
da Alemanha a intermediar a negociação! Os representantes da Alemanha
cometeram erros estratégicos muito graves e deram uma imagem de corruptos com a
dependência energética da Europa, da Rússia A sua soft análise não
respeita nem está de acordo com o momento apocalítico que se vive! Carlos Quartel: Mais um apoiante de Putin,
embrulhado em linguagem sofisticada, para que não se dê por isso. Putin e o seu exército
invadiram um país independente, com uma força de centenas de milhar de soldados
e estão a destruir paulatinamente vilas e cidades, num estado soberano, cm 44
milhões de habitantes. Nada há a negociar, a não ser a saída imediata das tropas, a contabilização
das compensações es de guerra e a prisão do criminoso. Reconhecer qualquer direito
de Putin, é reconhecer o direito dos espanhóis nos invadirem, se, por acaso, o
estado português decidir aderir à "confederação do Magreb" ou a
qualquer outra palhaçada de que o Sanchez não goste. Laurentino Cerdeira: Deste artigo, em que me
parece que só a Ucrânia tem de fazer cedências por já ser considerada derrotada
pelo autor, apenas retiro um alvitre positivo: pedir ajuda de mediação a Angela
Merkel. Mario
Almeida: Não vai haver. A
Rússia vai anexar a Ucrânia. A Geórgia e a Moldova escusam de ir a Bruxelas
pedir adesão. Podem já pôr-se a caminho de Moscovo para receber os termos da
neutralização!
A guerra de conquista regressou à Europa… em 2008. Só
agora é que repararam? Alvaredo: A única cedência possível para
a Ucrânia é deixar os Russos bater em retirada sem serem atacados na saída do
território ucraniano. Não se vê onde ou como os Ucranianos possam ceder
mais. afonso
moreira: Quando o Mundo
Ocidental é governado por "economistas" dá nisto (veja-se a lista de
expoltiticos que estão a colaborar com aquele regime) . Hoje já seria em
qualquer circunstância travar o Kremlin (o Putin é apenas o rosto). Temos
alimentado o monstro que foi crescendo e aos olhos de muitos. Há outro monstro
que continua a crescer, este mais sorrateiramente, e uma vez mais os
governantes "ocidentais" só vêm as contas de curto prazo da
globalização, mas que um dia também será tarde. Este monstro será bem maior (já
o é) e o que será das nossas frágeis democracias? Contentar as populações
democráticas com tudo o que vem da China a preços imbatíveis (tanto nas compras
que aqui fazem como nas vendas) pode vir a sair bem caro e depois só nos resta
ler análises retrospectivas, que não adiantarão nada, daqueles que poderiam ter
feito alguma coisa, a tempo.
Censurado Censurado: Já depois da oportunidade
histórica com a Perestroika de Gorbatchev e a queda do muro de Berlim da UE
ajudar a democratizar a maior nação do mundo - que nunca conheceu sequer a
Democracia e nos últimos dois séculos muito também pelas sucessivas tentativas
de invasão de que agora ninguém fala aqui, excepção feita a JNP, que só fazem
com que um povo se feche ainda mais sobre si próprio desconfiado de todo o
espaço geográfico que sempre os tentou invadir - ainda deixámos que os EUA
destruíssem a Rússia a seu belo prazer. Uma humilhação de que claro a Rússia
todo o povo russo se deve orgulhar muito e não tende nada a abraçar o primeiro
autocrata que aparece. Como se não chegasse ainda deixámos que os EUA mais
uma vez provocassem a Rússia com exercícios da NATO na Ucrânia perspetivando já
um grande final com a instalação definitiva de misseis apontados para Moscovo.
Nem ninguém conseguia pensar numa ideia melhor para manter a paz no
leste da Europa. Para fechar o cerco da Roménia, Bulgária e Polónia. Que
segundo a teoria da NATO do maridinho da Sra. Nuland faria com que a Rússia
nunca mais conseguisse arrotar para fora. Os falcões neoconservadores tinham
tudo muito bem pensado com o Golpe de Estado na Ucrânia. Até ficarem sem a
Crimeia e a Base Naval de Sebastopol. Com a UE a ver os comboios passar para
variar. Quando não também mandou emissários para festejar o Golpe de Estado
em Kiev com alguns neonazis condenados no PE e 100 vítimas mortais. E ainda se
ouve por estes dias que a UE é que não pode confiar em Putin ou na Rússia?! Que
por estes dias também passaram a ser sinónimos numa Campanha de Comunicação
muito bem urdida. Melhor só a Campanha de desinformação da própria guerra no
Ocidente. No mínimo nojenta como ainda agora se viu com os corredores de
evacuação mais uma vez bloqueados pelas milícias neonazis que o exército
regular não consegue controlar. Em suma, um maná para o
Pentágono e para o complexo industrial militar norte-americano. E para os
belicistas europeus que também já exultam com uma nova corrida ao armamento.
Ver coluna aqui mesmo do Bruno Cardoso Roseiro já com as calças de algum
defunto ucraniano. Mas está aqui esta a ver os cromos todos dos novos tanques e
das novas peças de artilharia que nunca pensou ver na Europa. O êxtase é total
ao lado de crianças como o Nuno Rogeiro. Com um chip atrás da orelha que os
fazem repetir 100 x todos os dias que se queres paz prepara-te para a guerra?!
Como qualquer bom numerário do Opus Dei. O fanatismo é muito semelhante.
Quando até o “louco” de Putin logo na
Conferência de Segurança de Munique de 2007 forneceu uma fórmula de segurança
muito simples para todos os vizinhos do leste que mudavam de fralda 3 x ao dia.
Acordos bilaterais que excluíam logo à partida a necessidade de instalar rampas
de mísseis apontados aos vizinhos. E já agora alguém sabe em que países
europeus há hoje ogivas nucleares americanas? Porque se achavam que corriam um
grande perigo em quanto tempo os aviões da Nato voam para qq um desses países.
E perdão por não saber agora de cor a velocidade máxima do novo F35 que até
aterra de costas. Mas até a Ucrânia beneficiava muito com esse acordo agora.
Provavelmente nunca tinha havido era a necessidade de qualquer invasão.
Arquitetura de segurança para a Europa que repetiu no Bundestag e à época muito
aplaudido. E o que mudou entretanto? A vassalagem! Os EUA, além de quererem
controlar todas as forças armadas na Europa querem é vender armamento. Acordos
bilaterais de segurança ou armamento só se forem para limpar aquilo que a gente
sabe na Casa Branca. João
Ramos: A Merkel faz o
jogo de Putin, já chega de ingenuidades… este como bom socialista não tem nada
melhor a propor. Quem devia de fazer qualquer coisa era Guterres, e qualquer
coisa era meter-se num avião e andar entre Moscovo e Kiev a tentar fazer com
que chegassem a um acordo, o que era a sua obrigação até que como secretário
geral da ONU, teria toda a autoridade para o fazer, mas como é socialista o
melhor é ficar comodamente em NY !
Filipe Costa > João Ramos: Merkel? Você deve estar fora da
realidade. Joaquim
Moreira: Só mesmo um
académico de tendência socialista, pode fazer esta interrogação, enquanto a
Ucrânia ainda está sob os efeitos de uma grande invasão! Não me canso de dizer,
com toda a propriedade, que estamos perante mais uma vitória da mentira, da
cobardia e da habilidade, contra a verdade, a coragem e a seriedade! Embora
compreenda a dificuldade, da UE e da NATO em impedir esta unilateral decisão de
Putin por esta invasão, não tenho a menor dúvida de que, quem toma tal decisão,
só entende a linguagem da força de persuasão! Ou seja, enquanto não for
ameaçado pela força de quem ainda não está transtornado, não vai deixar de
fazer o que há muito tinha planeado! E que, só termina quando o povo ucraniano
estiver completamente subjugado! Ou, pelo menos, foi assim que tudo foi pensado
pelo tresloucado! Mas já começou a perceber, que estava completamente enganado!
Até porque o líder ucraniano, é um líder de grande coragem e não um cobarde no
Kremlin resguardado! Até que aí mesmo venha a ser fulminado! Avaria Balancas: A Merkel nasceu e cresceu num
Regime Comunista da Alemanha Oriental DDR, está FORMATADA pela
"Valores" da esquerdalhada. Tanto assim é, numa altura em era
fortemente atacada pela Comunicação Social na UE, como Fascista, veio
esclarecer a Populaça das Esquerdas que era uma delas, ao dizer: "Politica,
é uma questão de Psicologia". Perante isto ficou claro que era uma Mentalizadora
Socialista e calaram-se todos.
Joaquim Rodrigues: É por causa de "políticos" e
"decisores" complacentes com a chantagem e a indignidade, da laia
deste "analista", que o Putin se sentiu encorajado e "à
vontade" para invadir o território ucraniano. Neste momento é o povo
ucraniano que está a dar o peito às balas, na primeira linha da defesa da
Europa, dos direitos humanos, da liberdade e da democracia, naquela linha
vermelha que nos separa dos oligarcas russos, com o Putin à cabeça. Senhores do
PCP, BE e derivados, escutem bem: quem vai tratar da saúde ao Sr. Putin vai
ser, mais tarde ou mais cedo, o povo russo. O tempo de vida do Sr. Putin vai
ser o tempo necessário até que o “povo russo” tome consciência de que o Sr.
Putin não passa de um impostor, herdeiro do totalitarismo comunista, do arsenal
bélico comunista, o qual o Sr. Putin pôs ao serviço dos “oligarcas” russos. O
Sr. Putin, nascido e criado no KGB, está a servir-se dos “mitos de grandeza
imperial” inculcados, durante décadas, pelo regime totalitário soviético no
povo russo, para esconder o fracasso económico e social e a miséria moral a que
o dito “comunismo” condenou a Rússia. São, por isso, muito importantes, todas
as manifestações civis que, por todo o Mundo, se realizem, de solidariedade com
o povo ucraniano e de repúdio à acção terrorista da oligarquia russa e do Sr.
Putin, contra o povo ucraniano. Cada manifestação de solidariedade, qualquer
que seja o local do mundo em que se realize, é mais uma manifestação de repúdio
à capitulação dos governantes de todo o mundo, de exigência a que
mais medidas sancionatórias, contra a oligarquia russa, sejam tomadas e é,
acima de tudo, mais um ponto de interrogação na mente de cada cidadão russo,
acerca dos verdadeiros propósitos do Sr. Putin. A resistência e sacrifício heróicos
do povo ucraniano, com o apoio solidário dos povos do mundo inteiro, são os
factores decisivos que vão “permitir” que o povo russo a “tome consciência” da
verdadeira natureza do Sr. Putin e “trate” do Sr. Putin. O “povo”, de que os
“iluminados” do PCP, BE e os da sua laia, totalitariamente, se arrogavam ter o
direito exclusivo de representação, vai ser “esse povo” que vai
"tratar" do Sr. Putin. Quanto mais depressa melhor. Maria Nunes: Onde é que está a crónica da
HM? bento
guerra > Maria Nunes: Ontem apareceu na CNN, mas
partiu de Oslo. Se calhar foi ao bacalhau advoga diabo: Já todos perceberam que a
Ucrânia não vai ser nem rampa de lançamento de mísseis contra a Rússia, nem
extensão desta. Falta aceitá-lo e urgentemente definir regras claras e
duradouras para aquele território. Cada dia que passa representa uma espécie de
representação dantesca, inferno para ucranianos, purgatório para os russos,
paraíso para os senhores da guerra, e limbo para o resto do mundo! Amigo do Camolas: O que vão ser as conversações,
não vou fugir muito disto: O povo da Ucrânia lutou com mais bravura e
ferocidade do que o mundo ousou esperar e, no entanto, a cruel verdade é que
isso não lhes serviu de nada. O Ocidente aplaudiu e maravilhou-se com a sua coragem
- e forneceu apoio material - mas nenhuma potência ocidental entrou em guerra
direta com a Rússia em nome da Ucrânia e sem isso a Ucrânia não pode repelir
uma força tão grande quanto a que Putin lançou sobre eles. E o feio facto pragmático é que
o destino da Ucrânia vai ficar nas mãos dos seus inimigos e as únicas
conversações serão entre os Russos e seus vassalos para escolher o fantoche nos
destinos da sua Bielaucrânia. Maria
Tubucci: Bom dia. Céus,
quanta sapiência. Consegue compaginar todos os aspetos intrínsecos e
extrínsecos da guerra entre a Ucrânia e a Rússia, o Sr. já enviou o currículo
ao seu primeiro, para candidato ao lugar de Ministro dos Negócios Estrangeiros?
A filha está a dar-se bem no Parlamento? Como o Sr. pertence ao estado maior
socialista, só gostaria de saber, o que vai fazer o governo PS com a maior
absoluta? Daqui a 4 anos, Portugal estará mais pobre e mais endividado, ou o
seu governo irá inverter esta tendência? E nem pensem usar como desculpa para a
incompetência, a conjuntura externa, isso não abonará sobre a vossa governação. Maria Nunes > Maria Tubucci: Muito bem. Cisca Impllit: Sempre o mesmo, o inefável
Paulo Trigo Pereira!! bento
guerra: O apanhar dos
cacos vai ser muito penoso para os ucranianos, mas quanto mais heroicidade e
alongamento, pior para as populações.
João Afonso: O amigo da comunada tem uma habilidade natural para
fazer embrulhos, e para mostrar o impossível. O que está em jogo é a liberdade
e a democracia, e isso não se negoceia.
fernando fernandes: Uma das grandes qualidades
portuguesas e dos especialistas portugueses é saberem tanto de futebol, como de
covid, governo, política nacional, religiosa, da opinião de portugueses,
russos, chineses e ucranianos. O nosso amigo, sabe que os russos têm de
ceder e os ucranianos também! Eu que destas coisas não entendo nada e até
pensava que só os ucranianos têm de ceder, fiquei a saber que os russos são
pessoas capazes, apaziguadoras, amigas dos inimigos, razoáveis negociadores,
cuidadores dos povos oprimidos, preocupados se alguma bala bate num prédio ou
se uma criança mulher ou civil é magoada ao descer duma escada. Ainda ontem
assistimos a uma catrefada de russos a reparar casas, a repor vidros de janelas
partidas, a pintar fachadas de casas com rachas motivadas pelo ruído dos aviões
ucranianos. Aquela imagem dum soldado russo a levar uma velhinha ao colo
que, coitada, não conseguia passar a estrada por causa de destroços de carros
de combate ucranianos, fez-me chorar. Amigo, os russos já disseram que estão
ali para conquistar como se fossem Hunos, nazis ou qualquer outra povo ou grupo
terrorista. Os russos vieram para matar, destruir, conquistar. Nada mais que
isso! Matarão tudo o que mexer, sejam eles combatentes, civis, velhos,
crianças ou mulheres. Ali não há concessões, acordos, cessar-fogo, recuos ou
cedências. É uma horda de pessoas normais, assustadas, mas bem armadas e com
uma espada por cima de suas cabeças. Cumprem ordens dum criminoso, que já
invadiu, já anexou, já destruiu cidades no passado, repete no presente e
repetirá no futuro. João
Floriano > fernando fernandes: Comentário excelente. Maria Nunes > fernando fernandes: Comentário excelente. Gil Lourenço > fernando fernandes: Nem mais! Estes cronistas sabem
mesmo de tudo. Até apostava que sabem de medicina, agricultura... devem
ser especialistas em insectos, papoilas, etc... eu já nem os leio. João Floriano: Há uma leveza neste artigo
que me parece desajustada e irreal. Parece que tudo se resolve à mesa das
conversações. Resta saber quando se chegar às conversações se as mesmas não
serão apenas de sentido único, com Putin a colocar todas as exigências e a
Ucrânia completamente desfeita, em cedência não só ao poderio militar russo mas
também à Europa que já fala de recessão económica. Cidália Maria > Gregório Alves: Depois da guerra, nada restará!
Ucrânia será devastada por essa guerra hedionda. Ahmed Gany > Cidália Maria Gregório Alves: A nova Palestina subjugada
pelos russos. fernando
fernandes > Ahmed Gany: Sem qualquer parecença! Coisas
completamente diferentes. Ahmed
Gany > fernando fernandes: Tens razão. Não foi minha
intenção ofender os palestinianos. Talvez venha a assemelhar-se ao Iémen.
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