Como mal entendi a frase de Schiller, postada no blog do Dr. Salles – (penso que,
sendo o mundo tão diverso, jamais poderia haver unanimidade de aceitações ou agrados, além de que o “é mau agradar a muitos” também é tabu
para mim - quem me dera ter essa sorte! - a menos que isso se justifique pela
inveja que pode suscitar) - utilizo o comentário de um Alex 2000 sobre o Texto de Inês Santinhos Gonçalves que versa sobre o “desagrado” que a Ucrânia provocou no russo poderoso, que assim se
vingou:
Alex 2000: Obviamente ter maus vizinhos não dá bom resultado, mas pretender que são
amigos também. A Ucrânia vai se tornar mais europeia e os russos vão perder
oportunidades de negócio e de uma relação mais saudável (turismo, mercado de
trabalho mais aberto entre os povos, ...).
Outra observação
que o texto de Inês
S. Gonçalves me merece é a
verificação do número de adeptos portugueses pró- Rússia (nem todos
incluí), o que me leva, por esta via, a concordar com o conceito final de Schiller,
opinião, de resto, meramente pessoal: Assim, direi com ele, do fundo das
entranhas: “É mau agradar a muitos”. E
acrescentarei o advérbio “muito” ao adjectivo, em superlativação analítica. E
direi mais: posso mesmo substituir o tal superlativo pelo “absoluto sintético”, por efeitos de
estilo: péssimo, é péssimo agradar a
muitos. Sobretudo quando estes têm pacto com Lúcifer, “vade retro”…
I - O TEXTO DE HENRIQUE SALLES DA FONSECA: ASSIM FALAVA
SCHILLER
HENRIQUE
SALLES DA FONSECA
A BEM DA
NAÇÃO29.03.22
• Se não podes agradar a todos
com os teus actos e a tua arte, faz por agradar apenas a alguns. É mau agradar
a muitos.
II O TEXTO DE INÊS SANTINHOS GONÇALVES:
Funcionou para a Áustria, não agrada à
Finlândia. Pode a neutralidade da Ucrânia ser o cachimbo da paz?
A
receita para a paz pode estar num estatuto de neutralidade para a Ucrânia. Foi
sugerido por Moscovo, e Kiev diz-se disposta a discuti-lo, mas isso não quer
dizer que concordem sobre o que significa.
INÊS
SANTINHOS GONÇALVES: Texto
OBSERVADOR, 28 mar 2022, 21:4320
Índice
O que
significa uma Ucrânia neutra?
Que país pode
ser o garante de segurança da Ucrânia?
Ser neutro
significa não ter exército?
Que modelos
de neutralidade existem e qual se adapta melhor à Ucrânia?
A
neutralidade da Ucrânia é uma garantia de paz?
Quando Vladimir Putin deu os primeiros
sinais de que a invasão da Ucrânia poderia acontecer em breve, poucos dias
antes do início da ofensiva militar, justificou-a como sendo a única forma
de tirar a “faca do pescoço da Rússia”.
Desde então, o Kremlin tem insistido nesta ideia: diz que Moscovo
está ameaçada pela expansão da NATO e exige a neutralidade da Ucrânia como
contrapartida para o fim da guerra. É
uma ideia em debate há muito tempo, mas agora Kiev diz estar realmente preparada
para discutir a questão: Volodymyr
Zelensky anunciou esta segunda-feira que a
neutralidade está em cima mesa e pode fazer parte do acordo de paz.
O que significa uma Ucrânia neutra?
A
neutralidade da Ucrânia significa que o país não faria parte de nenhuma
aliança defensiva, como a NATO (mas não exclusivamente). Não implica, no entanto, ficar fora da União Europeia
(UE), a que pertencem, aliás, vários países com estatuto neutral, como a
Suécia, a Finlândia, a Áustria e a Irlanda — nos casos de Estocolmo e Dublin,
a crença numa posição de neutralidade foi abalada pelo
conflito na Ucrânia e ainda não é certo como cada um dos países se posicionará
no futuro em relação a uma aproximação à aliança militar.
No
caso da Ucrânia, o investigador da Universidade de Estocolmo e autor do livro “Neutrality in World History” (“Neutralidade na História Mundial”, sem edição
portuguesa), Leos Müller, considera que ficar fora da União Europeia não será
pré-requisito para que se inscreva nesse estatuto de neutralidade — pelo menos,
enquanto a UE não tiver um exército próprio, uma ideia que já tem vindo a ser discutida mas que ainda está
longe de dar passos concretos rumo à formalização de uma força militar conjunta.
Quando uma nação concorda em assumir
um estatuto neutro tem, no entanto, de ter como contrapartida garantias
de segurança: neste cenário, um outro país, ou vários, asseguram a defesa territorial do país
neutro em caso de invasão.
Foi
o que aconteceu, por exemplo, na Bélgica,
que no século XIX era um país neutro, fruto de um acordo entre a Rússia, o
Reino Unido e França — os três
eram garantes da integridade territorial da Bélgica. Foi por isso que, em 1914, o Reino Unido entrou na I Guerra Mundial:
para defender a Bélgica quando a Alemanha invadiu as fronteiras do país.
Que país pode ser o garante de
segurança da Ucrânia?
Esta é uma das questões mais polémicas. “O melhor seria um país da NATO, mas a Rússia não
vai aceitar isso”, explica ao Observador Leos Müller.
Cabe
à Ucrânia avançar com uma alternativa que possa ser entendida como aceitável
pelo Kremlin. “A Turquia é um bom negociador para esta situação. Nós, na
Europa, somos demasiado pró-Ucrânia, a Turquia é mais neutra”, comenta Müller. É na Turquia, aliás, que vão decorrer as negociações de
paz desta semana, e Ancara tem vindo a posicionar-se como um possível
intermediário para o conflito.
Müller
explica que a própria Turquia tem
interesse em assumir este papel, tendo uma postura híbrida em relação à Rússia,
com origens históricas. “Tem ligações muito importantes à Rússia e à Ucrânia. A expansão imperial russa nos séculos XVIII e XIX
estava concentrada no Mar Negro, nos Balcãs e no Império Otomano. Para a
Turquia, isto é muito importante, não querem uma Rússia forte no Leos
Müller, autor do livro Neutrality in World History
Mar Negro e no Cáucaso. A Turquia
é o membro da NATO mais pró-Rússia, mas apoia militarmente Estados que lutam
contra a Rússia, como o Azerbaijão e a Ucrânia. É uma posição complexa, acho
que estão muito interessados neste papel”, resume o historiador.
Müller acredita, no entanto, que a ONU podia
também assumir com sucesso esse papel, ainda que não tenha um exército. “Tem forças
de manutenção de paz e instrumentos legais”, salienta. Uma forma de sublinhar
este estatuto neutral seria, por exemplo, transferir organizações
internacionais para Kiev, como se fez com a Suíça, a Holanda ou a Bélgica.
Ser neutro significa não ter
exército?
Não,
mas é possível que a Rússia entenda que sim. Quando Moscovo apresenta a
neutralidade da Ucrânia como uma das condições centrais para o fim do conflito,
também refere, ao mesmo tempo, a necessidade
de desmilitarização. Müller diz que este é um conceito que não faz
qualquer sentido no plano geopolítico.
“Neutralidade não significa que não te podes defender.
Pelo contrário, pressupõe um exército
forte. Aliás, todos os países neutros têm exércitos fortes. Não faz qualquer
sentido a Rússia pedir a desmilitarização da Ucrânia”, sublinha o historiador. (Leos
Müller, autor do livro Neutrality in World History)
Que modelos de neutralidade existem e
qual se adapta melhor à Ucrânia?
Quatro
países vêm à baila quando se fala de modelos de neutralidade. O mais conhecido
é o exemplo suíço, o país cuja neutralidade se tornou uma imagem de
marca — é tão conhecido por essa característica que “ser a Suíça” num qualquer
conflito, grande ou pequeno, é já uma expressão idiomática.
Mas
Leos Müller explica que a Suíça — que abandonou o estatuto de neutralidade para
impor sanções à Rússia, logo a 28 de fevereiro — não serve para o caso
ucraniano, até porque a neutralidade que hoje é totalmente aceite pelo próprio
país foi fruto de uma imposição — o
que não se deseja neste caso.
▲ "Parem a
guerra", pediam manifestantes em Berlim, poucos dias depois do início da
ofensiva russa sobre território ucraniano
GETTY IMAGES
A neutralidade da Ucrânia é uma garantia de paz?
O
caso ucraniano tem sido também muito comparado ao da Finlândia, com o
presidente francês a chegar mesmo a defender a “finlandização” da Ucrânia — Emmanuel Macron viria depois
negar ter feito esta proposta, já que a ideia desagrada em toda a linha.
O
termo remonta a um acordo com Moscovo, em 1948, em plena Guerra Fria. O tratado
garantia que a Finlândia não seria invadida pela União Soviética, mas, em
contrapartida, comprometia-se a não entrar na NATO e permitia a Moscovo grande
influência em assuntos domésticos e, acima de tudo, política externa.
“É
altamente problemático para a Ucrânia, como foi altamente problemático para a
Finlândia. A própria Finlândia não gosta do conceito, porque o que
realmente significa é que o teu país vizinho controla a tua política
externa. A política externa finlandesa, desde 1945, tem sido delineada por
interesses soviéticos. Realmente limitaram a capacidade do país de exercer
política externa. Até a vida cultural chegou a ser limitada, com autores
proibidos da União Soviética que não podiam ser publicados na Finlândia”, explica
Müller.
Há
ainda o caso sueco, um país neutro, por opção, há mais de 200 anos, desde que
teve de ceder a Finlândia, na altura território sueco, à Rússia, em 1809. Mas o
autor de “Neutrality in World History” considera não ser um bom exemplo para a
Ucrânia, já que, ao contrário de muitos outros países neutros, não ganhou este
estatuto por questões relacionadas com a
segurança da Rússia.
Müller diz
que o modelo que mais se aplica ao caso ucraniano é o da Áustria, um país
que foi ocupado por quatro potências aliadas no final da II Guerra Mundial:
Estados Unidos, União Soviética, Reino Unido e França. Moscovo aceitou sair sob
a condição de a Áustria se comprometer com uma “neutralidade eterna”. O termo
foi inserido na Constituição do país em 1955. “Acho que este é um modelo que os
russos veem como possível para a Ucrânia. É o modelo mais provável”, diz o
historiador.
A neutralidade da Ucrânia é uma garantia de paz?
Não há uma resposta definitiva para
esta pergunta. A Ucrânia foi, durante muitos anos, um Estado neutral,
depois de se tornar um país independente, em 1991, mas abandonou esse estatuto
em 2014, com a anexação da Crimeia.
Não foi uma experiência bem sucedida
para Kiev. Em 1994,
foi assinado o Memorando de Budapeste, em que Rússia,
Reino Unido e Estados Unidos “reafirmaram o seu compromisso para com a Ucrânia (…)
de respeitar a independência e soberania e existentes fronteiras da Ucrânia” e
de “se absterem de ameaçar ou usar força contra a integridade territorial ou
independência política da Ucrânia”. Em troca, Kiev entregou o seu arsenal
nuclear.
“A Rússia violou [o acordo] com a [anexação da]
Crimeia, e os Estados Unidos e Reino Unido não fizeram grande coisa”, comenta Leos
Müller.
Até então, a Ucrânia era, na maioria,
favorável à ideia de neutralidade, mas a opinião pública mudou em 2014 e tem
vindo a mudar cada vez mais: em fevereiro, 62% dos ucranianos estavam a favor de uma adesão à NATO.
Müller lembra, no entanto, que a
neutralidade negociada pode ser mesmo a única solução para paz, já que a
própria NATO não deverá aceitar a Ucrânia como membro, por receio de uma escalada
ainda maior do conflito. “Mas vamos ver se é exequível. Esta discussão também
pode ser uma maneira de a Rússia fingir que está a negociar” sem estar
realmente interessada num acordo, ressalva.
O historiador
reconhece que não é uma solução perfeita, mas é uma luz ao fundo do túnel para
a tão necessária paz na Ucrânia: “Não
vejo a derrota da Rússia como uma opção, não é possível, é demasiado grande,
tem armas nucleares. Por isso, tem de haver uma solução pacífica. E tem de ser
de algum modo aceitável para o lado russo. Nesse caso, pode ser a neutralidade”.
GUERRA NA UCRÂNIA UCRÂNIA
EUROPA MUNDO
COMENTÁRIOS:
Luís Abrantes: Carrega Ucrânia…😂😂😂 Simão Cabanita: Eu leio aqui algumas pessoas
que parecem incomodadas pela Rússia afinal não pretender invadir a Europa, como
aliás nunca o fez ao longo da História ao contrário da Europa que já invadiu a
Rússia pelo menos 2 vezes. Portanto o que vai ser acordado no acordo de paz será o
que foi sempre exigido pela Rússia, não entrada na Nato, neutralidade,
desmilitarização, Crimeia e Donbass. Esta guerra serve apenas para alguns
ficarem com o ego elevado na suposta luta pela liberdade quando na realidade
vão morrer milhares de civis para no fim a Ucrânia aceitar o que a Rússia
sempre exigiu. Paulo
F.: Se for só isto
que a Rússia levar da guerra é uma derrota total. Isabel Gomes:
Claro que não.
Isso é um falso pretexto. Os Russos vão persistir no seu intento imperialista
repressivo! J Sm: Sobre a neutralidade temos que
abandonar as teorias da branca de neve e centrar a argumentação no realismo que
a geopolítica sempre nos impõe. E a pergunta que temos que fazer neste momento
a nós próprios, e para uma resposta de sim ou não, é se por exemplo a Europa
está mais segura desde que a NATO se instalou nos estados bálticos? E
naturalmente se os estados bálticos estão mais seguros também? Podemos inclusive
perguntar se o mundo está mais perto ou mais longe de uma guerra nuclear com
estes avanços da NATO?! E a última pergunta é fatal: - para que serve a NATO se
o Pacto de Varsóvia já não existe? Pontifex Maximus: A verdadeira questão que se colocará no final da guerra (que chegará quando
a Ucrânia estiver praticamente destruída) é como ficarão os sentimentos Ocidentais
face à China e sobretudo face à Índia. Isto porque relativamente à Rússia já
percebeu que a opinião pública irá impedir um relacionamento normal pelo menos
numa ou mesmo duas gerações; a China muito provavelmente será também odiada,
pois é por demais evidente que tem lutado com todo o seu poderio para
enfraquecer o Ocidente, embora não tenha disparado um tiro e só travará a
Rússia quando perceber isso mesmo; a grande incógnita é a Índia, que pensámos
ser uma democracia alinhada mas deixou-se seduzir pelos 20% de descontos no
petróleo e no gás russos e esperando que isso se mantenha no futuro mas que
ou muito me engano mas as contas sairão furadas pois na hora da verdade isso
será travado pela China, cuja inimizade não esquecerá. Quanto ao Ocidente,
creio que não esquecerá também a sua posição egoísta e desalinhada com as
democracias e repensará o papel da Índia no futuro (passando a olhar para
países como a Tailândia e o Vietnam como alternativas económicas e também
militares) e a prazo será perdedora pois os investimentos de olhos fechados por
causa da sua mão-de-obra não se repetirão. Espero que levem o Costa com eles
pois também ele se tem portado como uma serpente neste conflito fundamental
para os nossos valores. José Montargil > Pontifex Maximus:
A vontade dos
povos e a política dos países são ambas dinâmicas. Não se pode fazer esse tipo de
previsões, normalmente saem furadas. Não é assim que as coisas funcionam.
Os interesses e a realidade
impõem-se por si. As guerras, as lutas com milhões de mortos na Europa não
foram impedimento para estabelecer laços de amizade e cooperação política. O
que se passou entre os Países Aliados e a Alemanha no pós-guerra foi um bom
exemplo. Antes pelo
contrário > José Montargil: "O que se passou entre os
Países Aliados e a Alemanha no pós-guerra foi um bom exemplo." E foi exactamente o que devia
ter acontecido a seguir à queda da União Soviética. A NATO devia ter sido
desmantelada nessa altura. O que é extraordinário foi terem perdoado à Alemanha quase imediatamente
crimes inimagináveis, e continuarem a odiar a Rússia - que não apenas sofreu
mais do que qualquer outro país e durante mais tempo, como ainda por cima foi
ela que ajudou o Ocidente a vencer o III Reich!!! Quanto à Ucrânia, primeiro muita gente não sabe
que aquele país só existe desde 1991, com partes que em tempos fizeram parte da
Polónia, Rússia, Alemanha, Áustria, etc., e pertenceu outrora aos mongóis, aos
cossacos, aos tártaros e aos turcos. E foi por causa de todas essas origens e diferenças -
tal como na ex-Jugoslávia - que a Ucrânia sempre esteve dividida, e embora
tenha procurado obter a independência depois de ter pertencido à Rússia desde o
séc. XVIII, que a conquistou aos turcos nunca o fez de forma unida, mas sempre
com divisões e guerras entre facções, pois na 1ª Guerra fez a paz com a
Alemanha e lutou ao lado dela contra os russos, pelos anos 20 adentro, e na 2ª
toda a parte ocidental colaborou novamente com os alemães, desta feita com o
III Reich, chegando ao ponto de ter havido uma Divisão SS Panzer ucraniana -
que é aliás motivo de orgulho dos neonazis ucranianos - e terem tido uma
polícia de voluntários, o infame "Reichskommissariat Ukraine" -
procurem na net - que foi quem começou a "solução final", perseguindo
e assassinando judeus ucranianos!!! No entanto, o Putin é que é "criminoso
nazi" e "genocida"???
José Montargil: A Finlândia após uma década de guerra com a URSS
de 39 a 45, foi vencida, perdeu cerca de 10% do território, meio milhão de
finlandeses foram obrigados a sair das zonas cedidas aos soviéticos e
ainda por cima teve que pagar indemnizações à União Soviética. Tratados
leoninos, injustos chamem o que quiserem mas o facto é que a
"findalização" da Finlândia funcionou pois manteve a independência, a
sua inclusão no Ocidente é um facto, a economia prosperou, o nível de vida dos
finlandeses é excelente. O outro lado da moeda além dos tratados injustos foi a
sua neutralidade político-militar. Há coisas que a Finlândia não pode fazer,
por exemplo aderir à OTAN. A Ucrânia poderá ainda escolher este caminho?
Caso fosse possível o primeiro passo seria voltar à realpolitik, ao pragmatismo é
deixar de lado a vitimização e o moralismo. É duro de dizer mas vai ter que
ser. O direito à independência não é absoluto e as opções são
condicionadas pelo poder do mais forte. É chato mas é assim. Como dizia o
outro "contra factos não há argumentos". Realpolitik (em alemão «política
realística») refere-se à política ou diplomacia baseada
principalmente em considerações práticas, em detrimento de
noções ideológicas. (Wikipedia). Alex 2000: Os russos queriam uma coisa à
medida da Crimeia. Já se viu que tal é impossível, não vai acontecer. A Ucrânia
oficialmente neutra ou não, vai ser durante as próximas décadas anti Russa, é
inevitável. À Rússia resta destruir por pura maldade tudo o que possa.
Só param quando basicamente as principais cidades estiverem seriamente
danificadas (ou mesmo arrasadas), quando acabar o dinheiro ou quando (pouco
provável) a NATO decidir entrar directamente no conflito. Na minha opinião os
Russos vão destruir tudo e tentar dizer depois que uma negociação qualquer
funcionou para se armarem numa espécie de "vencedores bondosos".
Depois disso o verdadeiro desafio para os russos vai começar - como viver
num mundo em que metade os detesta - a cultura Russa não está a ser defendida,
é o oposto. José
Montargil > Alex 2000: REALPOLITIK: No futuro para bem dos
ucranianos a Ucrânia não poderá ser anti russa nem desenvolver uma
aversão eslava pois é certo que tal situação só poderá dar mau resultado. A
Finlândia não tem políticas anti russas como não foi anti soviética após os
tratados desiguais com a URSS. A realidade, o pragmatismo têm muito força,
impõem-se por si. Kissinger trouxe-a à baila e praticou-a há
dezenas de anos com bons resultados. As relações diplomáticas com a China é um
bom exemplo. Alex
2000 > José Montargil: Também compramos telefones
chineses e são dos povos menos queridos. Não duvido que o pragmatismo
vai imperar mas que as relações entre os dois povos vai ser longe de perfeita
não há dúvida. Obviamente ter maus vizinhos não dá bom resultado, mas
pretender que são amigos também. A Ucrânia vai se tornar mais europeia e os
russos vão perder oportunidades de negócio e de uma relação mais saudável
(turismo, mercado de trabalho mais aberto entre os povos, ...). JS M: A guerra acaba quando os
Estados Unidos (que a provocaram) quiserem. Basta darem ordens ao Zelenski para
negociar as condições iniciais impostas pela Rússia. Basicamente a neutralidade
semelhante à Áustria ou à Suécia e uma política de vizinhança que não seja anti
russa. Isto inclui o fim das tentativas para acabar com a língua e a cultura
russas. Muito importante - fim da guarda nacional neo nazi que é de facto um
estado dentro do estado. Claro que os americanos se aceitarem estas condições
aceitam ao mesmo tempo o fim da golpada de 2014. Por isso o cessar fogo está
difícil. Alex 2000
> JS M: Os ucranianos também podem
entregar o território aos Russos e acabar com a guerra. bento guerra > JS M: Diferente,mas,claro.99,9 por cento não quer, ou não
sabe perceber. bento
guerra > Alex 2000: Não basta, nem é fácil, a
neutralidade política é fundamental (como se tem visto). Ahmed Gany: O establishment já percebeu que
Zelensky é uma pedra no sapato. bento guerra: Só acaba com o cair do pano e o
comediante a espernear, muito aplaudido pelo mundo ocidental, Viva!
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