O princípio defendido pelo Dr
Salles, de condenação da morte, num mundo
que, desde os seus inícios, rolou sempre em violência e disputas, quantas delas
fatais, onde o Bem e o Mal se digladiaram, apesar de tantas doutrinas a
difundir virtude. E no caso que estamos a viver, de um país e gente a serem
destruídos por ordens de um monstro, senhor de “afectos” de uma devassidão levada
ao extremo de toda a imaginação, parece que qualquer tribunal se encarregaria
de condenar à pena de morte, quem de tantas mortes é causa.
ou
O SENTIDO DA VIDA
HENRIQUE
SALLES DA FONSECA A BEM DA NAÇÃO, 24.03.22
Esqueçamos as transcendências e
admitamos que a vida é só esta em que nos encontramos.
Então, que sentido faz tirar a vida seja
a quem for? A resposta só pode ser uma: nenhum!
Não temos o direito de tirar aquilo que
não demos. E, mesmo assim, também não temos o direito de tirar a vida a quem a
demos, os nossos filhos porque, ao existirem, passaram a ter vida própria e
deixaram de ser nossos, no sentido de que deles podemos dispor. E não podemos
porque também isso seria contrário ao desígnio fundamental da preservação da
espécie, à tranquilidade do ânimo de quem entretanto tem vida própria e sente.
Nem sequer é necessário apelar à semelhança com a
imagem de Deus, basta ver que o ser criado sente e que esse sentimento tem que
ser considerado supremo na escala da intimidade, da delicadeza íntima e HENRIQUE
SALLES DA FONSECA A BEM DA NAÇÃO, 24.03.22
da nossa compaixão para com o próximo,
esse sobre que temos – ou não – o poder de vida ou de morte.
A morte faz parte da vida? Não! A morte
é definitivamente um absurdo da vida.
Deixemos então viver e vivamos em
compaixão, esse grande sentimento da vida.
Nesta dimensão física, a nossa atitude
sublime é, pois, a compaixão para com os sentimentos do próximo. «A minha
compaixão para os teus sentimentos», «Namastê».
Março de 2022
Henrique Salles da Fonseca
Henrique Salles da
Fonseca 24.03.2022 11:40, Muito
bonito, muito forte face à realidade da existência humana! Isabel O'Sullivan
Eu
mesmo 24.03.2022 13:23: Nem sequer temos de tirar aquilo que demos. Cumps
Anónimo 24.03.2022 15:00:
Henrique, comento o teu post, contendo verdades insofismáveis,
com a transcrição parcial de um parágrafo de “Memória e Identidade”, do Papa
João Paulo II (pág. 20): “Ora, se o homem pode decidir sozinho, sem Deus, o que
é bom e o que é mau, pode também dispor que um grupo de pessoas deva ser
aniquilado; decisões deste género foram tomadas, por exemplo, no III Reich por
pessoas que, tendo chegado ao poder por meios democráticos, se serviram dos
mesmos para atuarem os perversos programas da ideologia nacional-socialista que
se inspirava em pressupostos racistas. Análogas decisões foram tomadas pelo
partido comunista da União Soviética e nos países sujeitos à ideologista
marxista. Neste contexto, se perpetrou o extermínio de Hebreus e de outros
grupos como as etnias ciganas, os agricultores da Ucrânia, o clero ortodoxo e
católico na Rússia, na Bielorrússia e para além dos Urales; de forma semelhante
foram perseguidas todas as pessoas incómodas ao regime: por exemplo, os
ex-combatentes de setembro de 1939, os soldados do Exército Nacional da Polónia
depois da II Guerra Mundial, os expoentes da intelligentsia que não aceitavam a
ideologia marxista ou nazi.” Abraço. Carlos Traguelho
Antonio Fonseca 24.03.2022 19:19: Sentimentos nobilíssimos, Doutor Henrique. Tirar a
vida seja a quem for não é moléstia nova, infelizmente. Se começou logo com a
primeira família, o Caim do Gênesis, então não nos transviámos; sempre fomos
assim. Provavelmente , a certa altura, começámos a reconhecer a existência do
divino em mim e depois o divino em outrem (namastê). Tenho fé que havemos de
mudar? Só porque estou-me suspendendo por uma unha negra aos anseios do Disco
Voador. Um abraço.
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