quinta-feira, 31 de março de 2022

Um bom texto


De Jorge Fernandes. Merecedor de bons comentários. Somos assim, acomodados, nada da energia que se demonstra, na gente que luta, lá na Ucrânia. Desesperançados, mas trocistas, cautelosamente resguardados, envelhecidos, acobardados, crentes nos fados inalterados, bem entoados, por espécimes variados dos fadistas encartados, entre os quais os figurantes por quem somos governados, de mansos palavreados. Pessoa tinha razão, sempre foram esses os fados, e cada vez mais o serão:

«Quanto é melhor, quando há bruma,

Esperar por D. Sebastião,

Quer venha ou não!»


A Câmara Municipal instala-se em São Bento

Governar a Câmara de Lisboa é uma coisa, governar um país é outra bem diferente. Infelizmente, Costa nunca passará de um presidente de câmara. Com votos em todo o país, mas um presidente de câmara.

JORGE FERNANDES

OBSERVADOR, 30 mar 2022

A semana passada, António Costa apresentou a composição do novo elenco ministerial que nos pastoreará ao longo dos próximos quase cinco anos. A apresentação do novo governo coincidiu com uma notícia importante à qual, à excepção honrosa de José Manuel Fernandes no Observador, a maior parte da comunicação social Portuguesa não deu a devida atenção. Há motivos para esta aparente desatenção, que é mais do que uma coincidência, mas isso fica para outro dia.

Na última sexta-feira, o Eurostat disponibilizou os dados mais recentes – referentes ao ano de 2021 – do PIB per capita dos países Europeus em Paridade Poder de Compra. As notícias são as esperadas, e deveriam merecer uma reflexão aprofundada por parte da elite Portuguesa: Portugal foi ultrapassado pela Polónia e pela Hungria. Assumindo que os anos anteriores funcionam como bons predictores do porvir, com Portugal a cair e outros a ganharem terreno, no próximo ano seremos ultrapassados pela Roménia e pela Letónia. Já no próximo ano, seremos, então, o 4º país mais pobre da União Europeia e o mais pobre – a larga distância – da Europa Ocidental.

Penso que devemos tentar perceber o novo governo à luz destes dados. Sejamos claros: o novo governo é muito fraco e não há a mínima vontade de fazer quaisquer reformas que possam inverter a decadência relativa do país. A frase mais lapidar sobre a composição de governo foi dita por Fernando Alexandre: poderia servir para a Câmara de Lisboa. Para o governo da República, acrescento eu, é curto.

Senão vejamos. Na pasta das Finanças, ao longo dos últimos anos, tivemos dois ministros com altíssima preparação técnica (os Cambridge Boys) que tiveram a astúcia de, numa conjuntura difícil, na qual PCP e BE faziam pedidos continuados de mais e maiores rendas para as suas clientelas, manterem o país na senda das regras europeias. Neste novo governo, António Costa substitui Leão por Medina, utilizando, assim, a pasta das finanças como mecanismo para ressuscitar um cadáver político. Uma espécie de ‘Novas Oportunidades’ da política. Na Economia, a escolha de António Costa Silva é inenarrável. Deixando cair Pedro Siza Vieira, elogiado da esquerda à direita pela sua acção durante a pandemia nas ajudas à economia real, e que havia dado sinais de querer continuar, Costa Silva chega à pasta da Economia como especialista em Energia e, naturalmente, com a capacidade, quiçá única na Europa, de ter escrito um PRR sozinho para todo um país. Noutros países foram compostas equipas multidisciplinares para a feitura dos respectivos PRR. Em Portugal, a tarefa foi entregue a um homem só. O irónico de tudo isto é que Costa Silva não tutelará as áreas das quais é especialista. A Energia ficará sob a tutela do Ambiente, enquanto o PRR será tutelado por Mariana Vieira da Silva. Fica a pergunta: sem Energia e sem PRR, as suas duas especialidades, que qualidades tem Costa Silva que o recomendem para a Economia? Um mistério da fé.

Na Educação, António Costa escolheu a mudança na continuidade. João Costa, até agora Secretário de Estado de Tiago Brandão Rodrigues, sobe a ministro. Considerando o absoluto falhanço das políticas educativos dos últimos anos de Brandão Rodrigues, nas quais João Costa esteve envolvido enquanto número dois, não há quaisquer motivos para pensar que a mudança está a chegar. Depois de dois anos dramáticos de pandemia, nas quais Portugal se tornou, na prática, um estado falhado na área de educação, não temos quaisquer notícias sobre a existência de um plano de recuperação de aprendizagens. Num país fortemente desigual, e com défices importantes de educação, os custos destes últimos anos demorarão anos a corrigir. Com mais do mesmo, será difícil mudar a rota.

Para grande alegria dos Portugueses, especialmente dos grupos privados de Saúde que continuarão a aumentar os seus lucros (palavra maldita!), Marta Temido continuará na Saúde. Depois de um combate tão abnegado e bem-sucedido à pandemia, haveria razão para mudar em equipa que ganha? A resposta é absolutamente afirmativa, na medida em que os preconceitos ideológicos de Temido custaram, e continuarão a custar, imenso aos Portugueses que apenas dispõem do SNS. Os dados da OECD desmontam a ideia de que o combate à pandemia tenha sido bem feito: Portugal está bem acima da média em excesso de mortalidade desde Janeiro de 2020. Note-se que a ideia obsessiva que Temido tem sobre a organização da Saúde em Portugal, que o Estado, e apenas o Estado, deve providenciar cuidados de saúde, não é necessariamente má. Todavia, esbarra com a realidade, porquanto o Estado não tem dinheiro, nem recursos, nem capacidade instalada para providenciar esses cuidados. Temido prefere não utilizar capacidade instalada na sua totalidade, negando, assim, o acesso à saúde aos Portugueses que dele necessitam, do que reconhecer o Estado não tem meios para acudir a tudo.

Para último, deixo a Ciência, área que me é particularmente cara. Elvira Fortunato poderia ser uma excelente ministra da Ciência, deste ou de qualquer governo. Tem um currículo internacional excepcional e, de resto, ao longo dos últimos anos tem intervindo publicamente em defesa de um conjunto de reformas interessantes. No entanto, duvido que Fortunato seja uma boa ministra. Não por sua culpa. Tenho a certeza que envidará todos os esforços para ser bem-sucedida. Todavia, penso que rapidamente perceberá que recebeu um presente envenenado. Deparar-se-á com o maior problema de qualquer ministro da Ciência: a sua capacidade de ser bem-sucedida depende quase exclusivamente do peso político que o Primeiro-Ministro quer dar à ciência no modelo de desenvolvimento do país. José Mariano Gago foi um bom ministro da Ciência, mas foi-o, acima de tudo, porque tinha o respaldo de Guterres e, depois, Sócrates, que atribuíam importância à ciência no conselho de ministros. Independentemente das suas motivações, todos nos lembrámos como Sócrates falava recorrentemente de ciência e da sua importância para o futuro. Para além disso, Sócrates colocou dinheiro a sério na Ciência. Alguém se lembra de António Costa ter feito um discurso – um! – no qual tenha elencado com cabeça, tronco e membros uma ideia para a ciência ou a sua importância para o país? Voltando a Fernando Alexandre, governar a Câmara Municipal de Lisboa é uma coisa. Aí não é preciso preocupações com a Ciência. Arranja-se meia dúzia de idiotas úteis que assinam um manifesto cultural, recebendo em troca umas prebendas e sinecuras e passa-se por político culto e moderno. Governar um país é outra completamente diferente. Infelizmente, António Costa nunca passará de um presidente de câmara. Com votos em todo o país, mas um presidente de câmara.

COMENTÁRIOS:

Amigo do Camolas: Costa ao fazer do governo e do estado um verdadeiro cabide de empregos para todos os socialistas, amigos e familiares da Câmara de Lisboa, foi tão longe que é difícil lembrar que em algum momento ele tivesse grandes ideias diferentes. Hoje, a única grande ideia socialista é um grande estado socialista. E essa ideia blindada com um sistema de subsídios para os pobres e bons salários e privilégios estatais para usar os pobres como escudos humanos contra os críticos do governo e do estado. Mas os privilégios e subsídios não são o ponto; eles apenas fornecem a legitimidade moral para o governo sacar milhões em impostos a quem trabalha e para os déficits de milhões que acabam nos bolsos dessa grande bolha socialista e de todos que vivem ao redor do estado. Exemplos são muitos... e hoje saiu mais este: "EMEL e Assembleia Municipal de Lisboa alvo de buscas pela PJ". E isto é o que se vai sabendo, agora é só imaginar o que não se sabe.         José Manuel Ferraz: Depois da Polónia e da Hungria (além dos outros países que entretanto já nos tinham ultrapassado e que maioritariamente eram países miseráveis há apenas 30 anos), não tardaremos a ser ultrapassados pela Roménia (!) e pela Letónia ! Este é (vai ser) o legado de António Costa. Ficará na história como o PM que conduziu o país ao empobrecimento e à cauda da europa. E sim, a História irá explicar isto mesmo...          No More Bullsh1t: Introdução corrigida: "Governar a Câmara de Lisboa é uma coisa, governar um país é outra bem diferente. Infelizmente, Costa nunca passará de um péssimo presidente de câmara. Com votos em todo o país, mas um péssimo presidente de câmara." Assim, sim.            josé maria: Já aqui demonstrei, por várias vezes, que os melhores PM portugueses chamam-se António Guterres e António Costa. Contra factos não há argumentos,         Jorge Fernandes.  No More Bullsh1t > josé maria: Ora aqui temos a piada do dia. Já me fez rir hoje, obrigado.            Joaquim Rodrigues > josé maria: O tratador de galinhas anda desejoso de um lugar como "Bobo da Corte".           Luis Martins > josé maria: Sem dúvida, Costa é o maior, nomeadamente, em: maiores listas de espera de sempre no SNS; maior dívida pública de sempre; Maior roubo em paióis militares de sempre; Maior número de mortes em incêndios num só ano de sempre; Maior carga fiscal de sempre;  Maior queda os rankings europeus de riqueza de sempre a avaliar pelo número de países que os ultrapassaram sob o seu governo; Maior controlo de sempre na CS, outrora designada por censura (os 15M fizeram maravilhas)  Maior controlo dos órgãos de supervisão e regulação do aparelho do estado começando no BdP, passando na PGR e acabando no procurador europeu (entre muitos outros) onde foi só colocar amigalhaços que não o chateiem; Maior governo de sempre ...  Não há dúvidas Costa é mesmo o maior de sempre em variadíssimas questões, pena é que não se destaque em nenhuma boa para os portugueses em geral.            Ana Torres > josé maria: Tem razão! Só falta acrescentar o Sócrates, assim formam os 3 PM portugueses do PS, que justificam o porquê de sermos o país da UE na cauda da Europa, ultrapassados pela Polónia e Hungria e e 3 vezes falidos... acrescentaria pobres e iletrados, na verdade contra factos não há argumentos!            Sérgio: Muito BOM. Eu não queria nenhuns sócios do largo, nepotistas e ddt e bancarroteiros sequer para limpar os wc de casa. A minha empregada com a 4ª classe faz bem MELHOR! Povo iletrado e inapto elege figuretas de igual ou inferior calibre!          Francisco Tavares de Almeida: Nem para uma Câmara. Costa transferiu para o governo o que devia estar confinado ao partido e à assembleia: os candidatos à sucessão. São 4 ministros que passarão grande parte do tempo a vigiarem-se e a torpedearem-se mutuamente. Vai ser o máximo para os comentadores políticos. Para a boa governação, nem por isso. Com o PC a ter como única oportunidade o voltar às reivindicações e à luta sindical, se não de rua, o ministro mais directamente ameaçado é Pedro Nuno Santos, o ministro dos comboios, que vai precisar de dinheiro para gerir as crises. E quem lhe pode dar dinheiro é o seu mais directo competidor Fernando Medina. Como espectáculo promete, como interesse nacional, nem por isso. Com a preferida Mariana, Costa matou dois coelhos com uma cajadada. Deu-lhe a administração pública e o PRR, fazendo assim claro qual vai ser a aplicação das verbas. E condenando-nos a todos à cauda da Europa.          João Ramos: O Estado não tem meios para acudir a tudo”, pois eu acho que o Estado dado o elevadíssimo saque nos impostos até deveria ter meios para “acudir a tudo”, só que os gasta mal e sem utilidade para o país como se pode verificar!           Joaquim Rodrigues: É verdade: o “estatismo” e o “centralismo” têm vindo a “afunilar” de tal modo o campo de intervenção dos sucessivos Governos “socialistas” que chegamos ao ponto de passamos a ter um “Governo de Câmara Municipal” a Governar o País. Quando aconteceu o Golpe Militar do 25 de Abril, para acabar com a guerra colonial, como o único partido organizado, nessa altura, era o PCP, o poder passou, directamente, do Salazarismo para o Cunhalismo, no PREC. Fez-se então (de forma atabalhoada) a descolonização, mas ficaram por concluir as tarefas de democratização e liberalização do “regime salazarista”, designadamente, a sua “desestatização” e “descentralização”. O Cunhal, no PREC, após o assalto ao “Aparelho de Estado” o qual manteve quase intacto, encarregou-se de “branquear e certificar” os atributos totalitários “estatista e centralista” do regime de Salazar, dos quais, todos os políticos oportunistas que vieram a seguir, salvo honrosas excepções (Sá Carneiro), se serviram. Cunhal, o contraponto totalitário de Salazar, à imagem do Estado Soviético, via no “Estatismo e Centralismo”, herdados do Salazar, a oportunidade de tomada e perpetuação no poder pelo controlo do “Aparelho de Estado”. Quando Sá Carneiro se preparava para desestatizar (liberalizar) e descentralizar (regionalizar), foi assassinado. Estatismo e Centralismo, mantêm-se assim, ainda hoje, como heranças intocáveis do Estado Novo e do PREC, que estão a condenar Portugal ao lento, mas inexorável, definhamento, atraso e sub-desenvolvimento. Andam por aí uns “intelectuais da capital do Império” que, face ao descalabro, sentindo que é preciso fazer alguma coisa, para que, o que para eles é essencial, continue na mesma, clamam por “reformas”. Mas, na verdade, das Reformas que são imprescindíveis para que o País se desenvolva, eles fogem, que nem o diabo da cruz. O que eles queriam, era a “quadratura do círculo”, Reformas de fachada, um “parto sem dor”, baralhar e dar de novo, mudando nem eles sabem bem o quê, uns quantos nomes (de Ministérios e Secretarias de Estado), troca de competências siglas e minudências, tudo e mais umas botas, desde que se mantenha aquilo que para eles é essencial: os privilégios ligados ao “estatismo” e ao “centralismo”. Sem “Liberalização” (fim do Estatismo) e “Regionalização” (fim do Centralismo) Portugal, depois de ter sido ultrapassado por vários países da ex-União Soviética e ter sido agora também ultrapassado pela Hungria e a Polónia, será ultrapassado, em breve, pelas outras ex-Repúblicas Soviéticas que aderiram à União Europeia, todos eles, na mais pura das misérias. Portugal vai tornar-se, em breve, o País mais pobre da União.           joão Floriano: Crónica excelente.        joão reis: A 'experiência/conhecimento' do autor no tocante à gestão duma câmara municipal/governo/partido dizem bem da importância destas palavras do JF. Sublinho a coincidência do elogio à 'excepção honrosa' do JMF o que revela uma grande independência estrutural.           Luís Abrantes: Atenção, não é uma câmara municipal qualquer… é a da cambada comuno bloquista ditatorial do caviar…!!!        bento guerra: Costa, com os novos apoios de Bruxelas, tem todas as condições para ser PM, até ao fim da legislatura. E é tudo tão fácil, que já o vêem chefe da Europa (um Indiana Jones).Tudo isto se poderá complicar ,a partir do exterior, mas ele tem os assentos do Parlamento e um patrão cada vez mais preguiçoso.           joão Floriano: bento guerra:  O PS tem todas as condições para governar para além de 2026 devido em grande parte à falta de uma alternativa séria: todos querem o centrão. A crise gerada com o conflito na Ucrânia, a muito possível entrada para a UE e a política de rearmamento da Europa garantem que a torneira de Bruxelas pode reduzir mas algumas gotas irão sempre pingar. Enquanto o cão doente que Portugal é, tiver uma restinho anémico de sangue, as carraças não o irão largar.           advoga diabo: Que interessam 1º superavit , país do mundo mais vacinado, ou respeitar escolha e inteligência do povo, comparado com a necessidade de cumprir a agenda do patrão para receber uns cobres?! Presidente de Câmara?! Costa é já muito mais que 1º ministro! Simplesmente patético.         Pedro Godinho > advoga diabo: Já leu o artigo sobre Manuel Pinho?          Carlos Santos: Caro Jorge Fernandes, permita-me corrigi-lo num ponto. A Chechénia é uma região da Rússia que ao contrário do que vocês têm dito na rádio Observador fica no Cáucaso (EUROPA) e não na Ásia Central. Faz fronteira a sul com a Geórgia.           Carlos Chaves: Caríssimo Jorge Fernandes, sem dúvida uma excelente radiografia preliminar a uma parte deste “novo” executivo ministerial que tudo indica vai continuar a levar o país para a cauda da Europa. A razão por que os últimos dados do Eurostat não são postos em evidência, desmascarando a mentira em que vivemos, é pura e simplesmente responsabilidade directa da comunicação social (honra seja feita neste aspecto ao Observador). A quem servirá mais este apagão? É fácil adivinhar!         Luís Abrantes: Começaste bem e acabaste mal           FME: Uma crítica bélica sobre o novo governo.  Somos europeus, mas não somos alemães, nem ingleses, italianos ou mesmo espanhóis. Somos uma raça muito específica no conjunto europeu. Actualmente juntámos o envelhecimento com a pobreza. Na Alemanha, França, RU são velhos mas ricos, nos países de leste são pobres mas jovens, nós, nem somos ricos nem jovens. O nosso crescimento económico sem juventude nem dinheiro só pode gerar mais velhice e mais pobreza.  Justificada a nossa posição actual no ranking do PIB per capita e as ultrapassagens futuras, o governo eleito resulta também da nossa perversidade económica e demográfica. Os eleitores não são jovens nem ricos. Um eleitor idoso só pode pensar no futuro a curto prazo; as suas pensões. Um eleitor pobre concentra-se no aumento do ordenado mínimo. Dentro de 4 anos, nas eleições para as legislativas, estaremos indubitavelmente mais pobres e mais idosos. A espiral é negativa, e os governos eleitos - democraticamente - serão a condizer. Chegaremos nos próximos 20 anos à conclusão de que o socialismo (forte e de esquerda) é a única solução política para garantir a sobrevivência de um país com uma população idosa e pobre. O altruísmo do socialismo será a sopa dos pobres de um país todo entregue à misericórdia. Podemos ter esperança de inverter a espiral negativa? Não!          José Monteiro > FME: «está lá o PS inteiro»-Adelino Maltez. Com os 17 ministros e secretários de estado, os Ajudantes, segundo Dr. Cavaco. Na governança Costa II, com os 70 ministros e mandarins, estava lá o País inteiro. Inventados ministérios e SE, captadas mais famílias para o emprego & voto, que o País litoral, interior, norte e sul é grande e Costa um seu profeta. Na nova Paróquia de Bruxelas, capital na praia de Madrid.       Jorge Marques > FME: A sua síntese é nítida e arrepiante. Será que devemos dizer a cada criança que aqui nasce, para entender mais tarde, "Lasciate ogni speranza,voi ch'entrate"?          osé Paulo C Castro > FME: A espiral negativa só vai inverter depois da demográfica inverter. Isso irá acontecer naturalmente daqui a duas décadas, com menos dois ou três milhões de habitantes. Será um possível ponto de reinicio, SE a população jovem não estiver toda no litoral urbano por então... Pode ser antes, se existir forte imigração jovem (caso em que não sei se podemos chamar Portugal a isto). Talvez haja utilidade para uma Albânia a ocidente. É ficar atento ao desenvolvimento das máfias organizadas...     joão Floriano > FME: Comentário magnífico. Percebe-se o motivo de ter ido para moderação. Eu também acho que o governo socialista se vai manter para além de 2026. Olhando para o Parlamento que ontem se reuniu pela primeira vez percebe-se que alternativas, é coisa que não há e esperar que alguma coisa nova venha do PSD é esperar em vão.       FME joão Floriano: Estou a saber agora que o meu comentário foi dar uma voltinha. Deve ter sido por causa da palavra raça. Uma palavra que cria muitas susceptibilidades. Por falar nisso, quem terão sido os tipos que agrediram os dois GNR, em Cuba no Alentejo?         joão Floriano > FME: Ainda foi uma voltinha um tanto demorada. A CMTV não teve papas na língua e usou o termo etnia cigana para se referir aos cidadãos que agrediram os GNR's. Parece que foram para casa com termo de identidade e residência, o que nestes casos é o mesmo que nada. 

 

 

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