De Jorge
Fernandes. Merecedor de bons comentários. Somos assim,
acomodados, nada da energia que se demonstra, na gente que luta, lá na Ucrânia.
Desesperançados, mas trocistas, cautelosamente resguardados, envelhecidos, acobardados,
crentes nos fados inalterados, bem entoados, por espécimes variados dos
fadistas encartados, entre os quais os figurantes por quem somos governados, de mansos palavreados. Pessoa tinha razão, sempre foram esses os fados,
e cada vez mais o serão:
«Quanto é
melhor, quando há bruma,
Esperar por
D. Sebastião,
Quer venha ou
não!»
A Câmara Municipal instala-se em
São Bento
Governar a Câmara de Lisboa é uma
coisa, governar um país é outra bem diferente. Infelizmente, Costa nunca
passará de um presidente de câmara. Com votos em todo o país, mas um presidente
de câmara.
JORGE FERNANDES
OBSERVADOR, 30
mar 2022
A
semana passada, António Costa apresentou a composição do novo elenco
ministerial que nos pastoreará ao longo dos próximos quase cinco anos. A
apresentação do novo governo coincidiu com uma notícia importante à
qual, à excepção honrosa de José
Manuel Fernandes no
Observador, a maior parte da comunicação social Portuguesa não deu a devida
atenção. Há motivos
para esta aparente desatenção, que é mais do que uma coincidência, mas isso
fica para outro dia.
Na
última sexta-feira, o Eurostat disponibilizou os dados mais recentes – referentes ao ano de
2021 – do PIB per capita dos países Europeus em Paridade Poder de Compra.
As notícias são as esperadas, e deveriam merecer uma reflexão aprofundada por
parte da elite Portuguesa: Portugal foi ultrapassado pela Polónia e pela Hungria. Assumindo que os anos anteriores funcionam como bons
predictores do porvir, com Portugal a cair e outros a ganharem terreno, no
próximo ano seremos ultrapassados pela Roménia e pela Letónia. Já no
próximo ano, seremos, então, o 4º país mais pobre da União Europeia e o mais
pobre – a larga distância – da Europa Ocidental.
Penso que devemos tentar perceber o
novo governo à luz destes dados. Sejamos claros: o novo governo é muito fraco e
não há a mínima vontade de fazer quaisquer reformas que possam inverter a
decadência relativa do país. A frase mais lapidar sobre a composição de governo
foi dita por Fernando Alexandre: poderia servir para a Câmara de
Lisboa. Para o governo da República, acrescento eu, é curto.
Senão
vejamos. Na pasta das Finanças, ao longo dos últimos anos, tivemos dois ministros com
altíssima preparação técnica (os Cambridge Boys) que tiveram a astúcia de,
numa conjuntura difícil, na qual PCP e BE faziam pedidos continuados de mais e
maiores rendas para as suas clientelas, manterem o país na senda das regras
europeias. Neste novo
governo, António
Costa substitui Leão por Medina, utilizando,
assim, a pasta
das finanças como mecanismo para ressuscitar um cadáver político. Uma espécie de ‘Novas
Oportunidades’ da política. Na
Economia, a escolha de
António Costa Silva é inenarrável. Deixando
cair Pedro Siza Vieira, elogiado da esquerda à direita pela sua acção durante a
pandemia nas ajudas à economia real, e que havia dado sinais de querer
continuar, Costa Silva chega à pasta da Economia como especialista em Energia
e, naturalmente, com a capacidade, quiçá única na Europa, de ter escrito um PRR
sozinho para todo um país.
Noutros países foram compostas equipas multidisciplinares para a feitura
dos respectivos PRR. Em Portugal, a tarefa foi entregue a um homem só. O irónico de tudo isto é que Costa Silva
não tutelará as áreas das quais é especialista. A Energia ficará sob a tutela do Ambiente,
enquanto o PRR será tutelado por Mariana
Vieira da Silva. Fica a
pergunta: sem Energia e sem PRR, as suas duas especialidades,
que qualidades tem Costa Silva que o recomendem para a Economia? Um mistério da
fé.
Na Educação, António Costa escolheu a mudança na continuidade.
João Costa, até agora
Secretário de Estado de Tiago Brandão Rodrigues, sobe a ministro. Considerando o absoluto falhanço das políticas
educativos dos últimos anos de Brandão Rodrigues, nas quais João
Costa esteve envolvido enquanto número dois, não há
quaisquer motivos para pensar que a mudança está a chegar. Depois de dois anos dramáticos de pandemia, nas quais
Portugal se tornou, na prática, um estado falhado na área de educação, não
temos quaisquer notícias sobre a existência de um plano de recuperação de
aprendizagens. Num país fortemente desigual, e com défices
importantes de educação, os custos destes últimos anos demorarão anos a
corrigir. Com mais do mesmo, será difícil mudar a rota.
Para
grande alegria dos Portugueses, especialmente dos grupos privados de Saúde que
continuarão a aumentar os seus lucros (palavra maldita!), Marta Temido continuará na Saúde. Depois de um combate tão abnegado e bem-sucedido à
pandemia, haveria razão para mudar em equipa que ganha? A resposta é
absolutamente afirmativa, na medida em que os preconceitos ideológicos de
Temido custaram, e continuarão a custar, imenso aos Portugueses que apenas
dispõem do SNS. Os dados da
OECD desmontam a ideia de que o combate à pandemia tenha sido bem feito: Portugal está bem acima da média em excesso de mortalidade desde Janeiro
de 2020. Note-se
que a ideia obsessiva que Temido tem sobre a organização da Saúde em Portugal,
que o Estado, e apenas o Estado, deve providenciar cuidados de saúde, não é
necessariamente má. Todavia, esbarra com a realidade, porquanto o Estado não
tem dinheiro, nem recursos, nem capacidade instalada para providenciar esses
cuidados. Temido prefere não utilizar capacidade instalada na sua totalidade,
negando, assim, o acesso à saúde aos Portugueses que dele necessitam, do que
reconhecer o Estado não tem meios para acudir a tudo.
Para último, deixo a Ciência, área que
me é particularmente cara. Elvira
Fortunato poderia
ser uma excelente ministra da Ciência, deste ou de qualquer governo. Tem um
currículo internacional excepcional e, de resto, ao longo dos últimos anos tem
intervindo publicamente em defesa de um conjunto de reformas interessantes. No
entanto, duvido que Fortunato seja uma boa ministra. Não por sua culpa. Tenho a
certeza que envidará todos os esforços para ser bem-sucedida. Todavia, penso
que rapidamente perceberá que recebeu um presente envenenado. Deparar-se-á com
o maior problema de qualquer ministro da Ciência: a sua capacidade de ser
bem-sucedida depende quase exclusivamente do peso político que o
Primeiro-Ministro quer dar à ciência no modelo de desenvolvimento do país. José Mariano Gago foi um bom ministro da Ciência, mas foi-o, acima de tudo, porque tinha o respaldo de Guterres
e, depois, Sócrates, que atribuíam importância à ciência no
conselho de ministros. Independentemente
das suas motivações, todos nos lembrámos como Sócrates falava recorrentemente
de ciência e da sua importância para o futuro. Para além disso, Sócrates
colocou dinheiro a sério na Ciência. Alguém se lembra de António Costa ter
feito um discurso – um! – no qual tenha elencado com cabeça, tronco e membros
uma ideia para a ciência ou a sua importância para o país? Voltando a Fernando
Alexandre, governar a
Câmara Municipal de Lisboa é uma coisa. Aí não é preciso preocupações com a
Ciência. Arranja-se meia dúzia de idiotas úteis que assinam um manifesto
cultural, recebendo em troca umas prebendas e sinecuras e passa-se por político
culto e moderno. Governar um país é outra completamente diferente.
Infelizmente, António Costa nunca passará de um presidente de
câmara. Com votos em todo o país, mas um presidente de câmara.
COMENTÁRIOS:
Amigo do Camolas: Costa ao
fazer do governo e do estado um verdadeiro cabide de empregos para todos os
socialistas, amigos e familiares da Câmara de Lisboa, foi tão longe que é
difícil lembrar que em algum momento ele tivesse grandes ideias diferentes. Hoje,
a única grande ideia socialista é um grande estado socialista. E essa
ideia blindada com um sistema de subsídios para os pobres e bons salários e
privilégios estatais para usar os pobres como escudos humanos contra os
críticos do governo e do estado. Mas os privilégios e subsídios não são o
ponto; eles apenas fornecem a legitimidade moral para o governo sacar
milhões em impostos a quem trabalha e para os déficits de milhões que acabam
nos bolsos dessa grande bolha socialista e de todos que vivem ao redor do
estado. Exemplos são muitos... e hoje saiu mais este: "EMEL e
Assembleia Municipal de Lisboa alvo de buscas pela PJ". E isto é o que se vai sabendo, agora é só imaginar
o que não se sabe. José
Manuel Ferraz: Depois da
Polónia e da Hungria (além dos outros países que entretanto já nos tinham
ultrapassado e que maioritariamente eram países miseráveis há apenas 30 anos),
não tardaremos a ser ultrapassados pela Roménia (!) e pela Letónia ! Este é
(vai ser) o legado de António Costa. Ficará na história como o PM que conduziu
o país ao empobrecimento e à cauda da europa. E sim, a História irá explicar
isto mesmo... No
More Bullsh1t: Introdução
corrigida: "Governar a Câmara de Lisboa é uma coisa, governar um país é
outra bem diferente. Infelizmente, Costa nunca passará de um péssimo presidente
de câmara. Com votos em todo o país, mas um péssimo presidente de câmara."
Assim, sim. josé
maria: Já aqui demonstrei, por várias
vezes, que os melhores PM portugueses chamam-se António Guterres e António
Costa. Contra factos não há argumentos, Jorge Fernandes. No More Bullsh1t > josé maria: Ora
aqui temos a piada do dia. Já me fez rir hoje, obrigado. Joaquim Rodrigues
> josé maria: O
tratador de galinhas anda desejoso de um lugar como "Bobo da Corte". Luis Martins > josé maria: Sem
dúvida, Costa é o maior, nomeadamente, em: maiores listas de espera de sempre
no SNS; maior dívida pública de sempre; Maior roubo em paióis militares de
sempre; Maior número de mortes em incêndios num só ano de sempre; Maior carga
fiscal de sempre; Maior queda os
rankings europeus de riqueza de sempre a avaliar pelo número de países que os
ultrapassaram sob o seu governo; Maior controlo de sempre na CS, outrora
designada por censura (os 15M fizeram maravilhas) Maior controlo dos
órgãos de supervisão e regulação do aparelho do estado começando no BdP,
passando na PGR e acabando no procurador europeu (entre muitos outros) onde foi
só colocar amigalhaços que não o chateiem; Maior governo de sempre ... Não
há dúvidas Costa é mesmo o maior de sempre em variadíssimas questões, pena é
que não se destaque em nenhuma boa para os portugueses em geral. Ana Torres > josé maria: Tem razão! Só falta acrescentar o Sócrates, assim
formam os 3 PM portugueses do PS, que justificam o porquê de sermos o país da
UE na cauda da Europa, ultrapassados pela Polónia e Hungria e e 3 vezes
falidos... acrescentaria pobres e iletrados, na verdade contra factos não há
argumentos! Sérgio: Muito BOM. Eu não queria nenhuns sócios do largo, nepotistas e ddt e bancarroteiros
sequer para limpar os wc de casa. A minha empregada com a 4ª
classe faz bem MELHOR! Povo iletrado e inapto elege
figuretas de igual ou inferior calibre! Francisco Tavares de
Almeida: Nem para uma Câmara.
Costa transferiu para o governo
o que devia estar confinado ao partido e à assembleia: os candidatos à
sucessão. São 4 ministros que passarão grande parte do tempo a vigiarem-se e
a torpedearem-se mutuamente. Vai ser o máximo para os
comentadores políticos. Para a boa governação, nem por isso. Com o PC a ter como única oportunidade o voltar às reivindicações e à luta
sindical, se não de rua, o ministro mais directamente ameaçado é Pedro Nuno
Santos, o ministro dos comboios, que vai precisar de dinheiro para gerir as
crises. E quem lhe pode dar dinheiro é o seu mais directo competidor Fernando
Medina. Como espectáculo promete, como interesse nacional, nem por isso. Com a preferida Mariana, Costa matou dois coelhos com uma cajadada. Deu-lhe
a administração pública e o PRR, fazendo assim claro qual vai ser a aplicação
das verbas. E condenando-nos a todos à cauda da Europa. João
Ramos: “O Estado não
tem meios para acudir a tudo”, pois eu acho que o Estado dado o elevadíssimo
saque nos impostos até deveria ter meios para “acudir a tudo”, só que os gasta
mal e sem utilidade para o país como se pode verificar! Joaquim Rodrigues: É verdade: o “estatismo” e o
“centralismo” têm vindo a “afunilar” de tal modo o campo de intervenção dos
sucessivos Governos “socialistas” que chegamos ao ponto de passamos a ter um
“Governo de Câmara Municipal” a Governar o País. Quando aconteceu o Golpe Militar do 25 de Abril, para acabar com a guerra
colonial, como o único partido organizado, nessa altura, era o PCP, o poder
passou, directamente, do Salazarismo para o Cunhalismo, no PREC. Fez-se então (de forma atabalhoada) a descolonização, mas ficaram por
concluir as tarefas de democratização e liberalização do “regime salazarista”,
designadamente, a sua “desestatização” e “descentralização”. O Cunhal, no PREC, após o assalto ao “Aparelho de Estado” o qual manteve
quase intacto, encarregou-se de “branquear e certificar” os atributos
totalitários “estatista e centralista” do regime de Salazar, dos quais, todos
os políticos oportunistas que vieram a seguir, salvo honrosas excepções (Sá
Carneiro), se serviram. Cunhal, o contraponto
totalitário de Salazar, à imagem do Estado Soviético, via no “Estatismo e
Centralismo”, herdados do Salazar, a oportunidade de tomada e perpetuação no
poder pelo controlo do “Aparelho de Estado”. Quando Sá Carneiro se
preparava para desestatizar (liberalizar) e descentralizar (regionalizar), foi
assassinado. Estatismo e Centralismo, mantêm-se assim, ainda hoje, como heranças
intocáveis do Estado Novo e do PREC, que estão a condenar Portugal ao lento,
mas inexorável, definhamento, atraso e sub-desenvolvimento. Andam por aí uns “intelectuais da capital do Império” que, face ao descalabro, sentindo que é preciso
fazer alguma coisa, para que, o que para eles é essencial, continue na mesma,
clamam por “reformas”. Mas, na verdade, das Reformas que são
imprescindíveis para que o País se desenvolva, eles fogem, que nem o diabo da
cruz. O que eles
queriam, era a “quadratura do círculo”, Reformas de fachada, um “parto sem
dor”, baralhar e dar de novo, mudando nem eles sabem bem o quê, uns quantos
nomes (de Ministérios e Secretarias de Estado), troca de competências siglas e
minudências, tudo e mais umas botas, desde que se mantenha aquilo que para eles
é essencial: os privilégios ligados ao “estatismo” e ao “centralismo”. Sem “Liberalização” (fim do Estatismo) e “Regionalização” (fim do Centralismo)
Portugal, depois de ter sido ultrapassado por vários países da ex-União
Soviética e ter sido agora também ultrapassado pela Hungria e a Polónia, será
ultrapassado, em breve, pelas outras ex-Repúblicas Soviéticas que aderiram à
União Europeia, todos eles, na mais pura das misérias. Portugal vai tornar-se, em breve, o País mais pobre da União. joão Floriano: Crónica excelente. joão
reis: A
'experiência/conhecimento' do autor no tocante à gestão duma câmara
municipal/governo/partido dizem bem da importância destas palavras do JF.
Sublinho a coincidência do elogio à 'excepção honrosa' do JMF o que revela uma
grande independência estrutural. Luís Abrantes: Atenção, não é uma câmara
municipal qualquer… é a da cambada comuno bloquista ditatorial do caviar…!!! bento
guerra: Costa, com os
novos apoios de Bruxelas, tem todas as condições para ser PM, até ao fim da
legislatura. E é tudo tão fácil, que já o vêem chefe da Europa (um Indiana
Jones).Tudo isto se poderá complicar ,a partir do exterior, mas ele tem os
assentos do Parlamento e um patrão cada vez mais preguiçoso. joão
Floriano: bento guerra: O PS tem todas as condições
para governar para além de 2026 devido em grande parte à falta de uma
alternativa séria: todos querem o centrão. A crise gerada com o conflito na
Ucrânia, a muito possível entrada para a UE e a política de rearmamento da
Europa garantem que a torneira de Bruxelas pode reduzir mas algumas gotas irão
sempre pingar. Enquanto o cão doente que Portugal é, tiver uma restinho anémico
de sangue, as carraças não o irão largar. advoga diabo: Que interessam 1º superavit ,
país do mundo mais vacinado, ou respeitar escolha e inteligência do povo,
comparado com a necessidade de cumprir a agenda do patrão para receber uns
cobres?! Presidente de Câmara?! Costa é já muito mais que 1º ministro!
Simplesmente patético. Pedro Godinho > advoga diabo: Já leu o artigo sobre Manuel Pinho? Carlos
Santos: Caro Jorge
Fernandes, permita-me corrigi-lo num ponto. A Chechénia é uma região da Rússia que
ao contrário do que vocês têm dito na rádio Observador fica no Cáucaso (EUROPA)
e não na Ásia Central. Faz fronteira a sul com a Geórgia. Carlos
Chaves: Caríssimo Jorge
Fernandes, sem dúvida uma excelente radiografia preliminar a uma parte deste
“novo” executivo ministerial que tudo indica vai continuar a levar o país para
a cauda da Europa. A razão por que os últimos dados do Eurostat não são postos
em evidência, desmascarando a mentira em que vivemos, é pura e simplesmente responsabilidade
directa da comunicação social (honra seja feita neste aspecto ao Observador).
A quem servirá mais este apagão? É fácil adivinhar! Luís
Abrantes: Começaste bem e
acabaste mal FME: Uma crítica bélica sobre o novo
governo. Somos europeus, mas não somos
alemães, nem ingleses, italianos ou mesmo espanhóis. Somos uma raça muito
específica no conjunto europeu. Actualmente juntámos o envelhecimento com a
pobreza. Na Alemanha, França, RU são velhos mas ricos, nos países de leste são
pobres mas jovens, nós, nem somos ricos nem jovens. O nosso crescimento
económico sem juventude nem dinheiro só pode gerar mais velhice e mais
pobreza. Justificada a nossa posição actual
no ranking do PIB per capita e as ultrapassagens futuras, o governo eleito
resulta também da nossa perversidade económica e demográfica. Os eleitores não
são jovens nem ricos. Um eleitor idoso só pode pensar no futuro a curto prazo;
as suas pensões. Um eleitor pobre concentra-se no aumento do ordenado mínimo. Dentro de 4 anos, nas eleições para as legislativas,
estaremos indubitavelmente mais pobres e mais idosos. A espiral é negativa, e
os governos eleitos - democraticamente - serão a condizer. Chegaremos nos próximos 20
anos à conclusão de que o socialismo (forte e de esquerda) é a única solução
política para garantir a sobrevivência de um país com uma população idosa e
pobre. O altruísmo do socialismo será a sopa dos pobres de um país todo
entregue à misericórdia. Podemos ter esperança de inverter a espiral
negativa? Não! José Monteiro > FME: «está lá o PS inteiro»-Adelino Maltez. Com os 17 ministros e secretários
de estado, os Ajudantes, segundo Dr. Cavaco. Na governança Costa II, com os
70 ministros e mandarins, estava lá o País inteiro. Inventados ministérios e SE, captadas mais famílias para o emprego &
voto, que o País litoral, interior, norte e sul é grande e Costa um seu
profeta. Na nova Paróquia de Bruxelas, capital na praia de Madrid. Jorge
Marques > FME: A sua síntese é nítida e arrepiante. Será que devemos dizer a cada
criança que aqui nasce, para entender mais tarde, "Lasciate ogni
speranza,voi ch'entrate"? osé Paulo C Castro >
FME: A espiral negativa só vai inverter depois da
demográfica inverter. Isso irá acontecer naturalmente daqui a duas décadas, com
menos dois ou três milhões de habitantes. Será um possível ponto de reinicio,
SE a população jovem não estiver toda no litoral urbano por então... Pode ser antes, se existir forte imigração jovem (caso em que não sei
se podemos chamar Portugal a isto). Talvez haja utilidade para uma Albânia a
ocidente. É ficar atento ao desenvolvimento das máfias organizadas... joão
Floriano > FME: Comentário magnífico. Percebe-se o motivo de ter
ido para moderação. Eu também acho que o governo socialista se vai manter para
além de 2026. Olhando para o Parlamento que ontem se reuniu pela primeira vez
percebe-se que alternativas, é coisa que não há e esperar que alguma coisa nova
venha do PSD é esperar em vão. FME joão Floriano: Estou a saber agora que o meu comentário foi dar uma
voltinha. Deve ter sido por causa da palavra raça. Uma palavra que cria muitas
susceptibilidades. Por falar nisso, quem terão
sido os tipos que agrediram os dois GNR, em Cuba no Alentejo? joão
Floriano > FME: Ainda foi uma voltinha um tanto demorada. A CMTV não
teve papas na língua e usou o termo etnia cigana para se referir aos cidadãos
que agrediram os GNR's. Parece que foram para casa com termo de identidade e
residência, o que nestes casos é o mesmo que nada.
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