Ao Putin, digo. Apenas por desconhecimento da
História.
Por esta brutal resenha
bélica que o Dr. Salles nos envia, se prova a expressão figurativa de que por “ali”
se comem os meninos ao pequeno-almoço…
Putin é apenas
um “produto” resultante de uma “potência” superior em prática extorsiva.
HENRIQUE
SALLES DA FONSECA
A BEM
DA NAÇÃO, 25.03.22
• Grande Guerra do Norte e Anexação da Estónia e da Letónia, 1700-1721
• Partilha da Polónia, 1772-1795
• Anexação da Crimeia, 1783
• Supressão
da Polónia, 1794-1795
• Guerra Finlandesa e ocupação da Finlândia, 1808-1809
• Guerra Caucasiana
e Genocídio dos Circassianos, 1817-1864
• Pogroms de 1821 (Império Russo)
• Guerra Russo-Persa de
1826–1828 e A anexação
da Geórgia, Arménia e Azerbaijão
• Repressão da Polónia, 1830-1831
• Intervenção na Hungria, 1848-1849
• Guerra da Crimeia,
1853-1856
• Repressão da Polónia,
1863
• Pogroms de 1881–1884 (Império Russo)
• Pogroms anti-chineses
do Amur (Império Russo), 1900
• Pogroms de 1903–1906 (Império Russo)
• Guerra
Soviético-Ucraniana, 1917-1921
• Deskulakização (Rússia Bolchevique e
União Soviética), 1917-1933
• Terror Vermelho (Rússia Bolchevique),
1918-1922
• Intervenção na Guerra Civil da Finlândia,
1918
• Guerra Russo-Lituana, 1918-1919
• Guerra da Independência da Estónia,
1918-1920
• Guerra da Independência da Letónia,
1918-1920
• Guerra Polaco-Russa, 1919-1921
• Anexação da Íngria Finlandesa,
1919–1920
• Invasão e Ocupação do Azerbaijão,
1920##
• Invasão e ocupação da Arménia, 1920
• Invasão e ocupação da Geórgia, 1921
• Repressão da Karélia, 1921–1922
• Sistema do Gulag (União Soviética), 1923-1961
• Coletivização forçada (União Soviética),
1927-1940
• Deportação dos íngrios finlandeses (União
Soviética), 1929-1944
• Holodomor (Ucrânia), 1932-1933
• Grande Terror (União Soviética), 1936-1938
• Invasão e ocupação soviética da Polónia,
1939-1941
• Guerra de Inverno (tentativa de
invasão da Finlândia), 1939-1940
• Massacre de Katyn (União Soviética),
1940
• Ordens de pilhagem de artefactos culturais
e infraestrutura industrial durante a ocupação soviética da Polónia e da
Alemanha Oriental, (1940-1947)
• Ocupação da Bessarábia e Bucovina do Norte,
1940-1941
• Ocupação dos Países Bálticos, 1940-1941
• supressão da Insurgência da Tchetchénia,
1940-1944
• Deportações forçadas da Bessarábia e
Bucovina do Norte, 1940-1951
• Guerra da Continuação (Segunda Guerra
Soviético-Finlandesa), 1941-1944
• Massacre dos prisioneiros de guerra pelo
NKVD (União Soviética), 1941
• Deportação dos Gregos Pônticos
(União Soviética), 1942-1949
• Deportação dos Calmucos (União
Soviética), 1943
• Operação Lentil (limpeza étnica da
Tchetchénia e da Inguchétia), 1944
• Deportação dos Tártaros da Crimeia (União
Soviética), 1944
• Deportação dos Turcos Mesquécios
(União Soviética), 1944
• Deportação dos Bálcaros (União
Soviética), 1944
• Transferência Forçada das Populações
Alemãs (1944–1950)
• Massacres de civis durante o Cerco de
Budapeste (Hungria), 1944-1945
• Ocupação da Roménia, 1944-1958
• Campanha de Violações de Mulheres (Polónia e Alemanha), 1945
• Caça ao Homem de Augustów (Polónia),
1945
• Bloqueio de Berlim (Alemanha Ocupada),
1948-1949
• Oposição ao Plano Marshall, 1948-1951
• Divisão da Alemanha, 1949-1990
• Organização da Greve Geral contra o
governo da Áustria, 1950
• Repressão de Berlim e Alemanha Oriental,
1953
• Massacre de 9 de Março (Geórgia), 1956
• Repressão dos Protestos de Poznan (Polónia),
1956
• Intervenção na Hungria, 1956
• Supressão dos Irmãos da Floresta (Países
Bálticos), 1945–1956
• Muro de Berlim (Alemanha Oriental),
1961-1989
• Massacre de Novocherkassk (Rússia
Soviética), 1962
• Repressão das Manifestações de Yerevan
(Arménia), 1965
• Operação Danúbio (Invasão da Checoslováquia),
1968
• Repressão dos Protestos de Dezembro
(Polónia), 1970
• Repressão da Sublevação da Lituânia,
1972
• Repressão dos Protestos de Junho (Polónia),
1976
• Repressão das Manifestações da Geórgia,
1978
• Invasão e Intervenção no Afeganistão,
1979-1989
• Lei Marcial na Polónia, 1981-1983
• Tragédia de 9 de Abril (Geórgia),
1989
• Tentativa de supressão da Revolução
Romena, 1989
• Janeiro Negro (Azerbaijão), 1990
• Primeira Guerra da Tchetchénia, 1994-1996
• Segunda Guerra da Tchetchénia, 1999-2009
• Guerra do Daguestão, 1999
• Guerra Civil da
Inguchétia, 2007-2015
• Invasão da Geórgia e Ocupação da Ossétia
do Sul e da Abecásia, 2008-…
• Anexação da Crimeia, 2014-…
• Intervenção em Donetsk e Lugansk (Ucrânia),
2014-…
• Invasão da Ucrânia, 2014 "
De governantes bélicos a Paz não tem qualquer
valor, portanto os seus desejos de riqueza pessoal arrastam povos para a
destruição, para assim poderem apropriar-se das riquezas criadas pelo
povo!
(Por gentileza do Coronel Manuel Neves
Veloso)
Tags:história
COMENTÁRIOS:
Anónimo 25.03.2022 09:56:
Belo currículo
eu 25.03.2022 13:37:
O Senhor sabe. Creio que após este post
tem que escrever acerca da paz portuguesa. Henrique Salles da
Fonseca 25.03.2022 13:58: Boa ideia!
Anónimo 25.03.2022 16:10: Perplexidade e horror foram os sentimentos que
acompanharam a leitura do teu post.
Mas, Henrique, fomos educados a reflectir sobre o que lemos, vemos e ouvimos, e
comecei a pensar se análogo exercício fosse feito em relação a outras
potências, se a conclusão seria substancialmente diferente. Não sei, nem tentarei
esboçar esse exercício. Nós, que nascemos no final da 2ª guerra mundial, sempre
ouvimos que no século XX tinha havido duas guerras (para além dos massacres, já
do nosso tempo, na chamada guerra da Jugoslávia). Foi só quando li “A Era dos
Extremos”, do falecido e prestigiado historiador inglês marxista (não
estalinista) Eric Hobsbawn, é que me apercebi que, para além da guerra dos 30
anos do século XVII, houve outra no século XX, iniciada em 1914 e
terminada em 1945. No intervalo das duas grandes guerras, registaram-se os
seguintes conflitos que acabaram por dar origem à 2ª guerra mundial: invasão
da Manchúria pelo Japão, em 1931, a invasão da Etiópia pelos italianos em 1935,
a intervenção italiana e alemã em Espanha em 1936-39; a invasão alemã da
Áustria em 1938, a mutilação da Checoslováquia pela Alemanha, em março de1939,
a ocupação italiana da Albânia, em abril de 1939 e, finalmente, as exigências
alemãs à Polónia, que foram a causa próxima da 2ª guerra mundial. Ou, se
quiseres, e como realça o autor, (páginas 45/6) a falta de actuação da Liga das
Nações contra o Japão; a ausência de medidas eficazes contra a Itália em 1935;
a falta de reacção da Grã-Bretanha e da França à denúncia unilateral alemã do
Tratado de Versalles, bem como à reocupação da Renânia pela Alemanha, em 1936; a
recusa da Grã-Bretanha e da França em intervirem na Guerra Civil espanhola;
a inexistente reacção destes dois países à ocupação da Áustria; o Acordo de
Munique, de 1938, que vitimou a Checoslováquia, e o pacto
Hitler-Estaline de 1939. A História, pelo menos recente, ensina-nos que
quando não há reacção adequada e atempada, a Guerra é uma possibilidade. A
questão está em saber qual a reacção e qual o tempo para ela certeiros. Forte
abraço. Carlos Traguelho
Adriano Miranda Lima 25.03.2022 23:5:
Enfim, uma sucessão de horrores
atravessando séculos. O lado demencial do homem a sobrepor-se à razão e à
compaixão.
NOTAS DA INTERNET:
Tags:história
A deskulakização (em russo раскулачивание,
transliterado como raskulachivanie) foi uma campanha soviética de
repressão política contra camponeses ricos ou kulaks e suas famílias, que, entre as
suas prisões, deportações e execuções, terminou afectando gravemente milhões de
pessoas no período de 1929-1932 na União Soviética.
Os
camponeses mais ricos já haviam
sido marcados como "classe inimiga" do regime cada vez mais despótico
de Josef Stalin. Mais de 1,8
milhões deles foram deportados somente entre 1930 e 1931.
O
suposto objectivo da brutal campanha era combater a contra-revolução e
"construir o socialismo" não apenas nas
cidades, mas nas zonas rurais. Essa política também foi sincronizada com
a colectivização, e
na verdade acabaria sendo geral na agricultura e, afectaria os
agricultores, deixando-os particularmente sob o rigoroso controle do
estado totalitário stalinista.
A
"liquidação
dos kulaks como uma classe social", foi oficialmente anunciado Stalin em
27 de dezembro de 1929. A decisão foi formalizada em 30 de janeiro de 1930,
na resolução "sobre as medidas para eliminação dos kulaks nos distritos de
colectivização extensiva na URSS".
Todos os kulaks foram formalmente divididos em três
categorias:
Aqueles
que deveriam ser presos ou executados,
segundo a decisão por parte da feroz polícia política da era soviética, a OGPU.
Os
que seriam enviados para a Sibéria, norte do Cazaquistão ou
os Urais, depois de terem sido confiscados os
seus bens e propriedades.
Os
"privilegiados" que não seriam fuzilados ou enviados para a Sibéria,
seriam expulsos de suas casas e enviados à "colônias de trabalho"
(obviamente forçado), dentro dos seus respectivos distritos .
Um amigo íntimo e tenente brutal de Stalin, o chefe da
OGPU, Efim Georgievich Evdokimov (1891-1939) organizou e supervisionou as rusgas e
execuções em massa dos oficialmente odiados camponeses kulaks.
A
fatal combinação de deskulakização, colectivização forçada e políticas
repressivas stalinistas geraram uma fome em
massa em várias partes da União Soviética, algumas das quais tinham sido
historicamente produtivas. Isto levou à morte de nada menos do que cerca de
14,5 milhões de agricultores entre 1930 e 1937,
incluindo 5 milhões que morreram na Ucrânia durante
o Holodomor.
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