quarta-feira, 3 de abril de 2019

Festivais … há muitos



Estou em meio de um expressivo, pela suavidade dos cantares, programa de apoio ao povo de Moçambique, vítima do ciclone Idai. Suave foi também o meu contributo telefónico, mas no mesmo sentimento solidário que ditou a iniciativa da RTP, no palco do Capitólio. Entretanto, vou lendo o texto de Romeu Monteiro, a propósito do Festival da Eurovisão repudiado pela nossa esquerda, por ser em Israel, foco de perfídias, segundo o parecer dela, da oposição, que fala em boicote nosso, como se isso fosse impeditivo da realização do Festival. Romeu Monteiro leva-os a sério e traça a defesa de Israel de uma maneira equilibrada e corajosa, provocando doestos entre os opositores esquerdinos, iracundos e sem nível educativo. Mas eu coloco aqui apenas os comentários de apoio, que são aqueles em que me revejo. Ficamos todos mais esclarecidos.
Boicotes a Israel e aOcupação
ROMEU MONTEIRO    OBSERVADOR,30/3/2019
Com chuvas de rockets ou sem elas, Israel continuará a viver e a celebrar uma das sociedades mais tolerantes, livres e felizes do mundo. E organizará um Festival da Eurovisão cheio de cor e alegria.
Cheguei à casa da família israelita que me iria acolher e mostraram-me o meu quarto. “É o quarto fortificado, tens de puxar a porta com força”, explicaram-me. Em Israel todas as casas têm de ter um quarto com paredes reforçadas para servir de abrigo anti-míssil. Eu só saberia mais tarde mas, naquele momento, estavam a cair 2 mísseis palestinianos em Telavive. Um no mar e outro numa clareira, pelo que não houve vítimas. 11 dias depois, esta semana, de madrugada, outro míssil destruiu uma casa a norte de Telavive, deixando 7 pessoas feridas. Se não tivessem conseguido chegar ao abrigo a tempo teriam morrido, como de facto morreram 2 dos seus cães.
Estas chuvas de mísseis são o preço que os israelitas pagam por terem decidido assumir riscos em busca da paz e terem desocupado totalmente a Faixa de Gaza em 2005. Desde então mais de 15.000 rockets foram disparados desde Gaza contra localidades israelitas.
Na Cisjordânia o cenário não é muito melhor: quando os israelitas assinaram os Acordos de Oslo e se retiraram das zonas A e B da Cisjordânia na busca da paz, foram premiados com uma onda de ataques terroristas palestinianos com origem precisamente nos territórios que haviam desocupado. Durante anos, todas as semanas, às vezes várias vezes no mesmo dia, terroristas palestinianos provenientes da Cisjordânia faziam-se explodir em cafés, autocarros, universidades, pizzarias, hotéis. A desocupação de partes da Cisjordânia que iria trazer paz trouxe a Israel os seus anos de maior mortandade, com mais de 1000 civis mortos, estancando apenas com a colocação de checkpoints e a construção de uma barreira física entre as zonas de controlo palestiniano e israelita.
É neste cenário que assistimos agora a alguns artistas e movimentos portugueses a apelarem ao boicote à Eurovisão em Israel, exigindo o fim da “ocupação”, quando a realidade já por demais demonstrou que ceder territórios a terroristas só traz mais morte, que só o suicídio completo de Israel os poderia deixar satisfeitos. São os activistas do costume, que se lembram dos palestinianos 2 vezes por ano quando lhes serve para culpar Israel e para servir a sua agenda política privada. Nunca o fazem em solidariedade com os palestinianos de Gaza reprimidos pelo Hamas, como os que têm protestado corajosamente nos últimos dias, sendo espancados, alvejados, torturados e mortos por uma organização terrorista que dita os seus destinos desde 2007. Nunca em solidariedade com os jornalistas detidos pela Fatah na Cisjordânia ou com as crianças que crescem radicalizadas numa sociedade em que mesquitas, governo, redes sociais e até livros escolares as doutrinam para odiar e assassinar judeus, em que terroristas que assassinam orgulhosamente crianças são glorificados e recompensados pelo governo com salários milionários tanto mais generosos quanto mais macabro for o crime. A ocupação que tem de terminar é a de Gaza e da Cisjordânia por máfias terroristas que doutrinam para o ódio e que aniquilam qualquer possibilidade de democracia, imprensa forte e liberdade de expressão. É a ocupação das mentes com ideologias de ódio, de extremismo religioso, sexismo, homofobia e racismo.
Os israelitas estão prontos — sempre estiveram — para falar de paz e liberdade assim que os palestinianos e os seus líderes estiverem dispostos a baixar as armas. Entretanto, com chuvas de rockets ou sem elas, continuarão a viver e a celebrar como uma das sociedades mais tolerantes, livres e felizes do mundo. Organizarão um Festival da Eurovisão cheio de cor e alegria. E, se tudo correr bem, Conan Osíris voltará a trazer o troféu para Portugal.
Aos que apelam ao boicote a Israel, sugiro que apoiem as iniciativas e organizações que todos os dias trabalham pela coexistência, que juntam israelitas e palestinianos nas construção conjunta de um futuro melhor. Apelo a que façam realmente algo pela paz e, por favor, Deixem OConanEmPaz.
Comentários:
Alberto Pires: Se há povo antigo, para além dos Egípcios (que não eram árabes) são os Israelitas. Olhando para a Bíblia tão somente como um documento histórico (escrito há mais de 4000 anos), está lá claro como a água a existência de Israel, a Terra de Israel, toda a saga tremenda desse povo, que perseguido por todos e expulso das suas paragens, vê agora ser-lhe recusado pela esquerdalha mundial, o direito a existir. O mandato britânico dos princípios do Séc. XX especificava claramente a Palestina (nome que os Romanos deram aos Judeus, que viviam na Judeia e em Judá, e que tem origem Grega), para os judeus e a Transjordânia para os Árabes. E o mapa da Palestina incluía curiosamente os Montes Golan e a Cisjordânia, cuja soberania a Jordânia declinou, segundo sei. E falam na ONU? Mas o que é a ONU? Tem interesse para alguma coisa senão para derreter dinheiro e aprovar moções sobre moções contra o Ocidente e o nosso modo de viver? 
Paulo Silva: Para vermelhos anti-semitas hipócritas as verdades inconvenientes. O “paizinho dos povos” foi um dos grandes interessados e impulsionadores na criação do Estado de Israel. A ex-URSS foi o primeiro Estado do mundo a reconhecê-lo de jure. Foi também por via da recém criada Checoslováquia comunista, (vide “Golpe de Praga”), que os israelitas receberam as primeiras armas para se defenderem da investida de 4 ou 5 exércitos árabes, (apoiados por mais dois países árabes), prontos a expulsá-los para o mar. Parece que em Praga há uma estátua dos judeus em agradecimento… Já no final dos anos 20 Estaline tinha dado luz verde à criação do Oblast Autonómico Judaico de Birobidjan. Um projecto num território afastado e inóspito da Sibéria oriental, que evidentemente abortou... O pecado de Israel é só um: manter os EUA como principal aliado. Os tibetanos são roubados e espezinhados há décadas pelos camaradas do PCC, e o silêncio das carpideiras da Palestina é eloquente...
Alberto Pires: Se há povo antigo, para além dos Egípcios (que não eram árabes) são os Israelitas. Olhando para a Bíblia tão somente como um documento histórico (escrito há mais de 4000 anos), está lá claro como a água a existência de Israel, a Terra de Israel, toda a saga tremenda desse povo, que perseguido por todos e expulso das suas paragens, vê agora ser-lhe recusado pela esquerdalha mundial, o direito a existir. O mandato britânico dos princípios do Séc. XX especificava claramente a Palestina (nome que os Romanos deram aos Judeus, que viviam na Judeia e em Judá, e que tem origem Grega), para os judeus e a Transjordânia para os Árabes. E o mapa da Palestina incluía curiosamente os Montes Golan e a Cisjordânia, cuja soberania a Jordânia declinou, segundo sei.  E falam na ONU? Mas o que é a ONU? Tem interesse para alguma coisa senão para derreter dinheiro e aprovar moções sobre moções contra o Ocidente e o nosso modo de viver?
Paulo Silva > Alberto Pires: A “esquerdalha mundial” já não se lembra que a ex-URSS foi o primeiro país no mundo a reconhecer Israel de jure… A Palestina (derivado da Filisteia) era a Judeia, e a mudança no nome foi a paga do ocupante romano pela insolência judia em se rebelar contra ele durante a revolta de Bar Kochba. O castigo estendeu-se ainda à interdição dos judeus do seu centro político e religioso – a capital Jerusalém. Daí em diante erraram mundo fora fazendo de bode expiatório para todos os males...
dragone, Pedro: Israel desenvolveu e instalou no seu território um sofisticado sistema de defesa antimíssil chamado Iron Dome (Cúpula de Ferro).Ao que parece, apenas o fizeram para se entreterem e brincarem aos jogos de guerra porque, na verdade, o desporto favorito do Palestinianos, a que se dedicam quase diariamente, não é bem lançarem mísseis mas sim fazerem rebentar bombas de carnaval de fabrico Iraniano.
Antonio Sousa Branco: Parabéns. Artigo corajoso.
paulo Silva > Ana Ferreira: O que realmente se passa é simplicíssimo. Israel é aliado dos EUA... o ódio de estimação dos esquerdopatas.
Normando Fontoura: Parabéns, Romeu Monteiro, pela lucidez e compromisso com a realidade do que verdadeiramente se passa naquela terra. Visito Israel todos os anos, e sei bem da realidade que os judeus enfrentam, dando centenas de milhares de postos de trabalho aos árabes palestinianos, e desenvolvendo a economia das regiões onde os mesmos habitam, para depois serem tratados desta forma...Fazendo-se de "coitadinhos", os árabes palestinianos conseguem dominar a estupidez e ignorância daqueles que, nunca tendo visitado aquelas paragens, são facilmente influenciados pela mídia esquerdopata que, manipula e arrogantemente pretende "fazer a cabeça" de quem de facto não conhece nem percebe nada daquela realidade...

Nenhum comentário: