Realmente, tudo isto ignorava, do S.
Joaquim ao Ibadismo e fico
reconhecida, quer a Salles da Fonseca
que viaja e procura o cerne das questões, contrariamente ao Velho do Restelo - que
se pôde beneficiar apenas do seu “experto peito” de comentador reaccionário - quer
à Internet, que comodamente nos dá respostas às imprecisões da nossa memória ou
do nosso saber. Não, não fui eu que andei, outros o fizeram e o transmitiram. Mas
é simpática a visão de um ibadismo assente em alicerces de piedade e compreensão,
quando temos assistido ultimamente a tantos actos de impiedade, por conta de radicais
adeptos de um Islão de impertinência e ódio.
Henrique Salles da Fonseca
31.03.19
VALHA-NOS S. JOAQUIM !!!
É
da religião que deriva a moral e é desta que resulta a ética. Religião, moral e
ética definem as bases de uma qualquer Civilização.
Para
conhecermos uma Nação, temos que saber qual a Civilização nela predominante.
O Ibadismo é a
religião predominante em Omã.
Desconheço o que daí resulte em moralidade e ética mas eles lá se vão
entendendo pelo que admito que a «coisa» funcione. Não há-de ser muito
diferente do que se vê nas outras vertentes islâmicas. Será?
Do
ponto de vista teológico, os ibadistas rejeitam a interpretação literal do
Corão, a representação antropomórfica de Alá e negam a possibilidade de O verem
tanto nesta vida como no Além.
Fui
buscar estas informações à Internet e calo os comentários que me possam ocorrer
devido à escassez da informação mas não gosto muito dessa hipótese de no Além
não nos podermos sentar junto do Pai. Caramba, pelo menos, de pé.
O
Ibadismo foi fundado por 'Abd Allah ibn-Ibad em Bassorá (actual Iraque) por
volta de 680 d.C. como um grupo moderado que se opunha à rebelião armada e aos
assassinatos políticos, estando dispostos a viver em harmonia com os outros
muçulmanos.
O
vídeo seguinte pode dar uma ajuda no conhecimento do Ibadismo:
Não
informado localmente destas particularidades, visitei a mesquita (linda,
imponente) de Mascate e não notei qualquer diferença para as outras mesquitas
que conheço, sunitas.
Mas foi preciso chegar a Salalah para que me enchesse de espanto
ao constatar que o Profeta Nabi Imran– sepultado naquela cidade - é, nem mais
nem menos, o nosso S. Joaquim, pai da Virgem Maria a quem todos os muçulmanos
chamam Miriam.
Trata-se de túmulo com 30 metros de comprimento e, perguntados,
não me souberam (quiseram?) responder por quê tanto metro. Só posso
concluir que se trata duma expressão de respeito por parte de quem arquitectou
tal monumento fúnebre. Será?
E
assim foi que passei a saber que a Issa (Jesus) e a Miriam (Nossa
Senhora) se junta também Nabi Imran (S. Joaquim) como divindades nossas
que, afinal, também são deles.
Espero
continuar a aprender…
(continua)
Março
de 2019
COMENTÁRIOS:
Anónimo: Desta gostei muito.
Vasco van Zeller: Henrique Salles da Fonseca 31.03.2019 :
Na minha opinião, e apoio-me em factos e não na fé que nunca provou nada, A
dita só serviu, ao longo dos milénios, para justificar ódios, matanças, massacres,
genocídios, escravaturas, divisões, destruições, atrasos no progresso, guerras
fratricidas, guerras civis, invasões, mentiras e distorções da realidade, perseguições
(legais e ilegais), sinistras religiões, práticas cruéis e a alienação mental
de multidões para dominar e justificar práticas totalmente contra a lógica, a
natureza, a ética, a moral e a racionalidade natural dos povos. Quando
perguntaram ao Einstein se acreditava em Deus ele (como bom judeu) respondeu que
acreditava no Deus de Espinosa que escreveu a propósito, um dos mais belos
textos de sempre que recomendo vivamente.
NOTAS DE APOIO
1
- Ibadismo
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Ibadismo ou Movimento
Ibadita (ou, alternativamente, Abadismo ou Movimento
Abadita [1]) é
uma variante do Islão distinta do Sunismo e
do Xiismo.
Esta vertente é a forma predominante do islamismo no Omã e no
território de Zanzibar, existindo comunidades de fiéis também na Argélia,
na Tunísia,
na Líbia e
na África Oriental como um todo.
Acredita-se
que a corrente ibadita seja uma das mais antigas escolas islâmicas, tendo sido
fundada supostamente menos de 50 anos após a morte de Maomé. Alguns
historiadores defendem que esta denominação se desenvolveu a partir da seita
dos carijitas,
surgida no século VII da Era
Cristã, entretanto os ibaditas negam quaisquer relações com os carijitas.
Referências
(1)- Machado, José
Pedro (1993) [1984]. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua
Portuguesa. I 2.ª ed. 2.ª ed. Lisboa: Horizonte /
Confluência. p. 20. ISBN 972-24-0842-9
2 - São Joaquim
Origem:
Wikipédia, a enciclopédia livre.
No catolicismo
A
devoção aos pais de Nossa Senhora é muito antiga no oriente, onde
foram cultuados desde os primeiros séculos da era cristã,
atingindo sua plenitude no século VI.
São João Damasceno, ao comentar o Natal, fala dos pais de Maria como sendo o
casal São Joaquim e Santa Ana. Já no ocidente, o culto de São Joaquim
tornou-se muito difundido no século XV.
Sua
festa era celebrada originalmente no dia 20 de
março, associada à de São
José, tendo sido depois transferida para o dia 16 de
agosto, para associar-lhe ao triunfo da filha na
celebração da Assunção, no dia precedente.
Em 1879, o papa
Leão XIII, cujo nome de baptismo era Gioacchino (versão italiana de
Joaquim), estendeu sua festa a toda Igreja. Finalmente, o Papa
Paulo VI associou num único dia, 26 de
julho, a celebração dos pais de Maria
Santíssima.
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