segunda-feira, 1 de abril de 2019

«O que eu andei para aqui chegar!»



Realmente, tudo isto ignorava, do S. Joaquim ao Ibadismo e fico reconhecida, quer a Salles da Fonseca que viaja e procura o cerne das questões, contrariamente ao Velho do Restelo - que se pôde beneficiar apenas do seu “experto peito” de comentador reaccionário - quer à Internet, que comodamente nos dá respostas às imprecisões da nossa memória ou do nosso saber. Não, não fui eu que andei, outros o fizeram e o transmitiram. Mas é simpática a visão de um ibadismo assente em alicerces de piedade e compreensão, quando temos assistido ultimamente a tantos actos de impiedade, por conta de radicais adeptos de um Islão de impertinência e ódio.
 Henrique Salles da Fonseca
 31.03.19
VALHA-NOS S. JOAQUIM !!!
É da religião que deriva a moral e é desta que resulta a ética. Religião, moral e ética definem as bases de uma qualquer Civilização.
Para conhecermos uma Nação, temos que saber qual a Civilização nela predominante.
O Ibadismo é a religião predominante em Omã. Desconheço o que daí resulte em moralidade e ética mas eles lá se vão entendendo pelo que admito que a «coisa» funcione. Não há-de ser muito diferente do que se vê nas outras vertentes islâmicas. Será?
Do ponto de vista teológico, os ibadistas rejeitam a interpretação literal do Corão, a representação antropomórfica de Alá e negam a possibilidade de O verem tanto nesta vida como no Além.
Fui buscar estas informações à Internet e calo os comentários que me possam ocorrer devido à escassez da informação mas não gosto muito dessa hipótese de no Além não nos podermos sentar junto do Pai. Caramba, pelo menos, de pé.
O Ibadismo foi fundado por 'Abd Allah ibn-Ibad em Bassorá (actual Iraque) por volta de 680 d.C. como um grupo moderado que se opunha à rebelião armada e aos assassinatos políticos, estando dispostos a viver em harmonia com os outros muçulmanos.
O vídeo seguinte pode dar uma ajuda no conhecimento do Ibadismo:
Não informado localmente destas particularidades, visitei a mesquita (linda, imponente) de Mascate e não notei qualquer diferença para as outras mesquitas que conheço, sunitas.
Mas foi preciso chegar a Salalah para que me enchesse de espanto ao constatar que o Profeta Nabi Imran– sepultado naquela cidade - é, nem mais nem menos, o nosso S. Joaquim, pai da Virgem Maria a quem todos os muçulmanos chamam Miriam.
 Trata-se de túmulo com 30 metros de comprimento e, perguntados, não me souberam (quiseram?) responder por quê tanto metro. Só posso concluir que se trata duma expressão de respeito por parte de quem arquitectou tal monumento fúnebre. Será?
E assim foi que passei a saber que a Issa (Jesus) e a Miriam (Nossa Senhora) se junta também Nabi Imran (S. Joaquim) como divindades nossas que, afinal, também são deles.
Espero continuar a aprender…
(continua)
Março de 2019

COMENTÁRIOS:
Anónimo: Desta gostei muito.
Vasco van Zeller: Henrique Salles da Fonseca  31.03.2019 : Na minha opinião, e apoio-me em factos e não na fé que nunca provou nada, A dita só serviu, ao longo dos milénios, para justificar ódios, matanças, massacres, genocídios, escravaturas, divisões, destruições, atrasos no progresso, guerras fratricidas, guerras civis, invasões, mentiras e distorções da realidade, perseguições (legais e ilegais), sinistras religiões, práticas cruéis e a alienação mental de multidões para dominar e justificar práticas totalmente contra a lógica, a natureza, a ética, a moral e a racionalidade natural dos povos. Quando perguntaram ao Einstein se acreditava em Deus ele (como bom judeu) respondeu que acreditava no Deus de Espinosa que escreveu a propósito, um dos mais belos textos de sempre que recomendo vivamente. 

NOTAS DE APOIO
1 - Ibadismo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Ibadismo ou Movimento Ibadita (ou, alternativamente, Abadismo ou Movimento Abadita [1]) é uma variante do Islão distinta do Sunismo e do Xiismo. Esta vertente é a forma predominante do islamismo no Omã e no território de Zanzibar, existindo comunidades de fiéis também na Argélia, na Tunísia, na Líbia e na África Oriental como um todo.
Acredita-se que a corrente ibadita seja uma das mais antigas escolas islâmicas, tendo sido fundada supostamente menos de 50 anos após a morte de Maomé. Alguns historiadores defendem que esta denominação se desenvolveu a partir da seita dos carijitas, surgida no século VII da Era Cristã, entretanto os ibaditas negam quaisquer relações com os carijitas.
Referências
(1)-  Machado, José Pedro (1993) [1984]. Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa. I 2.ª ed. 2.ª ed. Lisboa: Horizonte / Confluência. p. 20. ISBN 972-24-0842-9

2 - São Joaquim
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
No catolicismo
A devoção aos pais de Nossa Senhora é muito antiga no oriente, onde foram cultuados desde os primeiros séculos da era cristã, atingindo sua plenitude no século VI. São João Damasceno, ao comentar o Natal, fala dos pais de Maria como sendo o casal São Joaquim e Santa Ana. Já no ocidente, o culto de São Joaquim tornou-se muito difundido no século XV.
Sua festa era celebrada originalmente no dia 20 de março, associada à de São José, tendo sido depois transferida para o dia 16 de agosto, para associar-lhe ao triunfo da filha na celebração da Assunção, no dia precedente.
Em 1879, o papa Leão XIII, cujo nome de baptismo era Gioacchino (versão italiana de Joaquim), estendeu sua festa a toda Igreja. Finalmente, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria Santíssima.


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