segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Contra factos não há argumentos

 

Helena Matos aponta os factos e diverte-se, em ironia sagaz, de trocadilhos e outros elementos da sua metáfora, por várias frentes de ataque. Só podemos ficar-lhe gratos também a ela, pela sua diversão desconstrutiva, desmistificadora dos tais factos, em episódios, por vezes, burlescos, que nos envergonham, pela atrocidade do ridículo ou das artimanhas, ou das asneiras, dos vários políticos… Bem-haja, pois, a Helena Matos, como, de resto, tantos comentadores assim lho disseram, lançando mais lenha na fogueira, que não vai incendiar o país …

O meu bem-haja /premium

Ao nosso parlamento que pensa por nós. À dra. Ana Gomes que diz e não pensa. Ao movimento “Não TAP os Olhos” agora reconvertido em "Olhos completamente TAPados". À falsa sensação de segurança...

HELENA MATOS,  Colunista do Observador

OBSERVADOR, 25 out 2020

Ao nosso parlamento que em boa hora decidiu que não podemos votar a eutanásia. Fez o parlamento muito bem. Numa democracia progressista como é a nossa tudo se baseia no voto do povo desde que, obviamente, o povo vote bem. Não se podem repetir erros como o da regionalização: os senhores deputados, ministros e demais altas individualidades a quererem dar esse passo em frente e o povo a impedi-los desse avanço civilizacional! O povo está cá para pagar impostos e ocupar o seu lugar nos planos governamentais. Tudo o mais é populismo.

O meu bem-haja aos promotores do movimento outrora chamadoNão TAP os Olhos” agora reconvertido em “Olhos completamente TAPados” por terem contribuído de forma decisiva para os avanços na investigação a essa idiossincrasia crescente que são as cataratas socialistas. As cataratas comuns acontecem, segundo me informa o google, quando o cristalino perde a transparência e se torna opaco, dificultando a passagem da luz e instalando-se uma névoa que diminui a qualidade da visão. As cataratas socialistas de que o google estranhamente não fala são exactamente o mesmo só que em vez de atacarem os cristalinos envelhecidos atacam sim os cristalinos da esquerda: em 2014, a privatização da TAP era, segundo afirmava aos quatros ventos o cineasta António Pedro Vasconcelos, que por essa altura passava por especialista de aviação, “um crime de lesa-pátria“. Em 2020, a TAP nacionalizada despede, cancela rotas e voos… e os “Olhos completamente TAPados” nada vêem. Ou só vêem através da visão estratégica dos planos e dos anúncios do que há-de ser. As cataratas socialistas que impedem os socialistas de ver o presente, isto se o governo for socialista, não têm tratamento cirúrgico apenas eleitoral: assim que o governo deixa de ser do seu agrado, os pacientes das cataratas socialistas recuperam a vista.

À senhora deputada Ana Gomes por nos ter mostrado como nada, nem sequer o ser candidata à presidência da República, a faz pensar um bocadinho antes de falar. Defendeu a senhora candidata, com aquela assertividade que a caracteriza, que  “É obrigação do Estado ir buscar as crianças” dos jihadistas portugueses, Ex-eurodeputada defende que Estado deve introduzir filhos de jihadistas portugueses em programas de desradicalização para não haver “surpresas desagradáveis”. Ana Gomes tem sempre certezas sobre tudo mesmo particularmente sobre o que desconhece como aconteceu no caso da compra dos submarinos e demais material militar. Desde que possa apontar culpas e obrigações nada a detém. Por exemplo, aquelas que Ana Gomes apresenta como “crianças dos jihadistas portugueses” têm mães. No caso das mães viúvas que não têm nacionalidade portuguesa iria o Estado português tirar-lhes os filhos? E estes pais e mães, cuja pertença à jihad não é fácil de ser provada nos tribunais portugueses, aceitariam a integração dos seus filhos em “programas de desradicalização”? Se essa integração for forçada quem vai assumir a responsabilidade dessa decisão?… Cada caso será um caso mas antes de advogar seja o que for, convém lembrar que não existem soluções perfeitas nesta matéria e que as “surpresas desagradáveis” podem ser muitas.

Às nossas autoridades tão sabedoras, tão ilustradas e tão previdentes que agora, na segunda vaga do Covid, decidiram que é muito inteligente e acertado fazer aquilo que há alguns meses só os estúpidos e os irresponsáveis defendiam. Ou seja os nossos extraordinários governantes rejeitam agora o confinamento que em Março era imperioso e tornaram obrigatórias as máscaras que há uns meses segundo eles apenas davam uma falsa sensação de segurança. O meu bem-haja não só por transformarem em acerto o que era desacerto (e também o seu contrário que vai dar ao mesmo) mas sobretudo por nunca terem dúvidas. Cabecinhas assim são uma bênção e uma garantia de que vai acabar tudo bem! Para as autoridades, obviamente. Por mim, espero que alguém consiga explicar como é que compatibilizamos o discurso da Europa como região do mundo com melhores serviços de saúde e os governos mais ilustrados do planeta com os números do Covid. Mas à cautela vou esperar sentada.

Ao empresário Pedro Abrunhosa que agora movimenta capitais que lhe permitem ser accionista da TVI e já não se dedica a lamentar a emigração dos jovens que querem ficar nos braços das mães. É certo que em 2019 o número de enfermeiros que pediram certificado de equivalência para exercer no estrangeiro foi 4506 contra os 2366 profissionais que fizeram o mesmo pedido em 2013, o ano em que Pedro Abrunhosa cantava “Vim em passo de bala/ Um diploma na mala/ Deixei o meu amor pra trás/ Faz tanto frio em Paris/ Sou já memória e raiz/ Ninguém sai donde tem paz/ (…) Quero voltar/ Para os braços da minha mãe.” Não posso deixar de repetir o meu bem haja ao senhor Pedro Abrunhosa por a vida lhe ter corrido tão bem que passou de cantor de protesto a empresário de altos voos e o meu maior bem haja ao nosso Governo por ter conseguido que o senhor Abrunhosa e amigos não andem por aí a cantar, para nosso extraordinário embaraço, que os catraios portugueses de vinte e alguns anos, ao verem-se sozinhos em Amsterdão, se põem a dizer que querem ir para os braços da mãe.

O meu haja ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa por ter aparecido em tronco nu a levar a vacina da gripe. Afinal, graças a esse propósito ou despropósito presidencial (é difícil distinguir uma coisa da outra neste caso concreto), as redes sociais encheram-se de imagens e vídeos em que Marcelo aparecia de tronco nu em diversos momentos icónicos. Um desses vídeos era o do anúncio da Coca Cola Diet dos anos 90. Sexista e estupendo. Impossível nos dias de hoje. Porque as agências de publicidade não ousariam propor tal anúncio e também porque as empresas seriam penalizadas caso optassem por se associar a uma campanha dessas. Por exemplo, nesse manual da censura e da intromissão que são os Planos para a Igualdade que as empresas têm de entregar anualmente constam critérios de avaliação como este: “A empresa tem em consideração o princípio de igualdade e não discriminação em função do sexo e emprega formas de linguagem inclusiva (verbal e não verbal) e isenta de estereótipos de género na publicidade e na promoção das suas actividades, produtos e serviços?” Não é preciso mais que alguns segundos para observar que este anúncio da Coca Cola Diet não respeita o princípio da igualdade, é discriminatório, está pejado de estereótipos… e é óptimo. Voltando ao presidente Marcelo, não sei se o vamos observar a fazer outros exames clínicos. Mas se Marcelo continuar a cair nas sondagens, depois da performance do “Agarrem-me senão eu aprovo-o já” do BE em relação ao orçamento, teremos a rábula do“E se eu não me candidatar? Sempre quero ver se eu não me candidatar!” Se isso implica tirar mais roupa é que não sei.

O meu bem-haja antecipado a quem avançar elementos que permitam localizar a dra. Rosário Gama, senhora que, entre 2012 a 2015, denunciava, a propósito do pagamento de 35 euros de contribuição extraordinária de solidariedade por parte dos pensionistas que recebiam pensões de 1350 euros, que o governo de então pretendia “exterminar” os idosos “pertencentes à classe média”. Não era pressionar era mesmo exterminar: a cada 1315 euros que recebiam em vez dos 1350 era um extermínio. Agora os idosos da classe média, da classe alta e da classe baixa morrem nos lares, outros não conseguem ser consultados, os diagnósticos atrasam-se… mas a dra. Rosário Gama e as outrora arrebatadas “doutoras Rosários” deste país já não se indignam e de extermínios nunca mais falaram. Dão-se alvíssaras a quem conseguir decifrar este mistério.

PS. Sublinho que já passaram dois meses e meio.

POLÍTICA  CORONAVÍRUS  SAÚDE PÚBLICA  SAÚDE  TAP  EMPRESAS  ANA GOMES  PAÍS

COMENTÁRIOS

Pedro Ferro: O meu bem haja a quem escreve e pensa assim! Estendo o bem haja aos leitores da Helena Matos, que não há domingo onde não nos sintamos mais "preenchidos".    CarlosMSantos: Muito obrigado pela clareza e assertividade das suas crónicas; desmascara a hipocrisia da auto denominada esquerda e dos "artistas" que vivem à custa dos nossos impostos, sem os quais não teriam qualquer hipótese porque simplesmente não têm talento. porque quem o tem não precisa de ser subsidiado.      Maria Emília Santos Santos: Na quinta feira passada, 22/10/2020, foi assinada a DECLARAÇÃO DE CONSENSO DE GENEBRA, pelos EUA e mais 32 países! Alguém ouviu dizer alguma coisa? Não? pois, estas notícias não interessam à media dominante que é ditadora até à última instância! Quais os objectivos dessa declaração? Simples:: PROTEGER A VIDA HUMANA, FORTALECER A FAMÍLIA E UMA SOCIEDADE PRÓSPERA E BEM-SUCEDIDA! Os EUA e mais 32 países! Infelizmente, Portugal, não está nessa declaração, porquê? Porque tem a desgoverná-lo políticos incompetentes, que visam outras coisas, mais progressistas, que não o bem dos portugueses! Excelente crónica, como sempre faz a drª Helena Matos. São imperdíveis as suas cónicas. As Mortáguas, sempre animadas por um espírito estranho de ódio e soberba, já tinham anunciado, da última vez que se tratou do assunto da eutanásia, que haviam de vencer! Para estas pessoas possuídas do tal espírito, nem se põe a questão da opinião dos portugueses! Quem manda são elas, essas pessoas, e assunto encerrado! Pergunta-se, donde lhes vem, a elas e aos outros todos iguais a elas, essa autoridade? Esse ódio? Essa arrogância? Para essas pessoas tudo é nada, só contam elas? Quem está por detrás? Retiraram todos os crucifixos da Assembleia da Republica para entrar quem? O diabo? Enganam-se esses que o preferem e os que lhes dão o poder, porque Portugal é um país consagrado a Nossa Senhora e vai continuar a ser!  Também o sujo Obama está a fazer declarações "podres, asquerosas" para manipular os americanos a votarem no amigo e ex--vice-presidente dele, regozijando-se e apoiando o terrorismo e classificando-os de "jovens de "um novo normal da América"! Disse ele no seu twitter de terça feira: "Uma das coisas mais inspiradoras deste ano foi ver tantos jovens americanos empolgados, organizando, marchando e lutando por mudanças". Disse ele, o Obama: A sua geração pode ser aquela que cria um novo normal na América, que é mais justo, onde o sistema trata a todos igualmente e dá oportunidade a todos". Todos conhecemos o terrorismo que este movimento do BLM cometeu na América e um pouco por todo o mundo! Partiram e destruíram montras, queimaram igrejas, mataram pessoas, etc...Obama, que estranhamente, foi Premio Nobel da Paz, está a usar estes terroristas, para votarem em BIDEN!

As manchetes também correm velozes distorcendo as palavras do Papa Francisco, para as usar a favor de BIDEN! Trump é contra a aposta de tudo fazer para fazer progredir o LGBT, mas Bidem já prometeu todo o seu apoio a todas as causas que vão contra os Mandamentos de Deus!    Agnelo Furtado: O meu bem-haja a Helena Matos. Carminda Damiao: Helena Matos, permita-me juntar-me a si nos agradecimentos que fez. Par si também o meu bem-haja por este excelente texto.     Maria Pinto: Bem haja Helena Matos pela coragem de pôr a ridiculo os Abrunhosas, os Vasconcelos....... desta vida, que são a cara da incompetência, da cobardia , do exibicionismo...... nunca assumem os estragos que fazem aos fracos e oprimidos  com teorias de ignorância gritante para terem protagonismo!!!   Paulo Pereira > Maria Pinto: Bem-haja Helena Matos. E bem-haja, Maria Pinto, por já ter resumido o que eu também gostaria de dizer.    Pedro Halter: “Bem Haja”, aos responsáveis políticos por já não haver necessidade de os Portugueses viajarem e conhecerem novas culturas. Basta ir para um daqueles locais que vamos vendo nas redes sociais, que nem sabíamos que existiam, onde de vez em quando a polícia vai armada até aos dentes. As agências de viagens podem vir a lucrar , com o slogan “ Seja radical, vá para fora cá dentro”.     Antonio franco: Grande Helena Matos . São uma delicia os seus artigos dominicais . Só por eles já se justifica o preço da assinatura do Obervador        Adelino Lopes: Hoje não resisto ao 2º comentário. Relativo aos “likes” dos progressistas. É óbvio para mim que funcionam como o rebanho ordeiro. Ainda ontem, relativamente ao artigo do Alberto Gonçalves provaram que assim era. No fundo acreditam (quem os orienta) que é possível elegerem como verdades as maiores falsidades. E nós já sabemos que assim é. Aliás, é nessa base que estes progressistas controlam o poder, escondendo informação e promovendo outra, muitas vezes, falsa informação. Sempre foi assim nos países socialistas. Portanto, nada disto admira. É só mais uma prova.        Adelino Lopes: Mais uma vez, tiro o chapéu à Helena Matos. Todos estes casos têm um denominador comum: controlo da informação. Isso mesmo, informação para divulgar se interessar, ou para ocultar se for inconveniente. Existe um caso pertinente bem perto de mim: uma escola com infiltrações (hoje está a chover). Na época do Passos as notícias chegaram aos telejornais. O folclore incluiu juras de que o edifício iria cair porque não existiam condições para leccionar uma vez que chovia todos os dias em cima dos alunos. Havia infiltrações, mas nada do outro mundo; por exemplo não chovia dentro da sala de aula. E tratava-se de uma escola do parque escolar (recordam-se?), mas isso não se poderia dizer. A denunciante era apoiante do BE (sei eu). Entrou a gerigonça e a chuva parou por milagre. Passados 5 anos de geringonça, e sem qualquer reparação, a situação lá continua, mas agora não existe qualquer problema. É a isto que eu chamo controlo da informação. Percebem agora porque não existe informação livre em Portugal?     Carlos Grosso: Bem haja, pela exposição clara de absurdos.     Alberto Pereira: Excelente e oportuno artigo!           Maria Alva: HM também é a nossa memória colectiva esclarecida e fundamentada. Parabéns e até para a semana.     Sr Leão: Sou leitor fiel, Helena, do que você escreve aqui aos domingos. Se outros motivos não houvesse, bastava esse para continuar a assinar o Observador. Se bem que o Observador venha revelando, ultimamente, algumas fragilidades que me desagradam bastante. Só dois exemplos: 1. A desatenção com que se deixam passar erros elementares de gramática e outros atropelos à Língua Portuguesa, em que os escribas novatos são férteis. Lamentável, mas afinal fácil de corrigir, não? 2. A insistência bovina na tarefa de desacreditar sistematicamente -  diariamente! - certas personalidades políticas estrangeiras, parece que unicamente pelo facto de não pertencerem à "esquerda". Como se partindo do estúpido princípio de que à esquerda militam os bons, à direita militam os maus. Logo, há que malhar nestes para camuflar as falhas dos outros. Como se "esquerda" e "direita", no plano político, ainda fizessem algum sentido.     Domingas Coutinho: Helena Matos contundente como sempre. Não sei se ria se chore.    Fernando Prata: Excelente artigo.    Jorge Carvalho: Muito obrigado mais uma vez pelo seu excelente artigo de sarcasmo e chacota em que somos obrigados a viver nestes tempos de ABSURDO. “Ridendo castigat mores” De Gil Vicente não diria melhor!     Mario Areias: Parabéns pela crónica.      T R: Brilhante! As usual.    Manuel Pestana: Muito obrigado Helena M. Mais um artigo excelente      José Afonso: Parabéns Helena Matos! Obrigado pelas suas crónicas que são sempre uma lufada de ar fresco e lucidez em cada Domingo. Gustavo Lopes: Que maravilha!!! De longe a cronista mais sensata da nossa praça!!! É um gosto tomar o pequeno-almoço de domingo a sorrir com as incongruências que a HM desmascara...    Luis Ferreira: Esta frase diz tudo como a extrema-esquerda (PS PCP BLOCO) vê o povo: “O povo está cá para pagar impostos e ocupar o seu lugar nos planos governamentais. Tudo o mais é populismo.     Maria Nunes: HM, esta crónica é  brilhante. Bem haja.  Maria Augusta: As crónicas da Helena Matos são um bálsamo para a alma e para a inteligência dos cidadãos tidos como normais. Tudo o resto é a habitual fauna canhota que consegue transformar qualquer país e ambiente político-social num verdadeiro manicómio ou num autêntico jardim zoológico de aberrações. O meu bem haja à Helena Matos. Andrade QB: Pode-se ser de direita ou de esquerda, mas tem de se ser cínico para não se reconhecer que os exemplos dados no artigo não são casos isolados, mas sim um modo de vida de todos os oportunistas que pululam na guerra política dos últimos anos. Não se trata já de estar à espera de anjos, trata-se já de falta de higiene.     Carlos Quartel: Um itinerário interessante sobre a nossa vidinha. A desonestidade intelectual de muitos, recordada para os mais esquecidos, o exibicionismo despropositado de Marcelo, vacinado preferente (não há vacinas para a plebe), tudo referências a não esquecer. A senhora das pensões, o cantor chorão, (afinal os enfermeiros emigram mais agora do que em 2012), mais o cineasta aviador fazem um bouquet que define bem o que é o PS , quando não tem acesso à teta pública. Até eu já me tinha esquecido do tal email ameaçador para o Mamadu e várias deputadas "progrès". Ainda não descobriram os malvados que o enviaram??Tem que ser gente do Passos ....    Rui Lima: Helena Matos no seu melhor, tem toda a razão com fina ironia.   VICTORIA ARRENEGA: Esta crónica é uma absoluta obra de arte. Infelizmente é também um relato fiel do que se passa neste país de loucos. E cada vez piora mais. Apenas um pormenor. Acha mesmo que o Presidente da República será prejudicado por causa das mamocas ao léu e aquela cuequinha branca que ficou à vista quando tirou a camisa? Aquilo foi a pândega da semana mas inofensivo. Adorei o meme da coca-cola nos anos 90 e o suspiro da jovem. «Já não se fazem homens assim!». Já tinha também reparado no enriquecimento do Sr. Pedro Abrunhosa. Não será caso de o Bloco querer averiguar como é que aconteceu? Não vale a pena: as cantilenas têm a mensagem «correcta». Esta crónica só põe a nu o gangue de cretinos que dirigem e prejudicam a nossa vida no dia a dia.   Liberal Censurado: Adorei a dos jovens emigrantes de vinte e poucos anos em Amsterdão a berrarem que nem vitelos pelas Mães! Cabecinhas assim são uma benção e uma garantia de que vai acabar tudo bem! Como podemos comprovar pela frase acima, Helena Matos confia entusiasticamente nas capacidades dos nossos (des)governantes! Helena Matos foi uma daquelas almas singelas, tal como a minha, que quando em Abril viu escrito por todo o lado que "vai ficar tudo bem", acreditou piamente. Ela agora, na frase acima, já não diz que vai ficar tudo bem, mas sim que vai acabar tudo bem, graças, claro, às tais cabecinhas que são uma bênção e uma garantia. O facto de Helena Matos ter mudado a frase para "vai acabar tudo bem" deve-se a uma aprendizagem de humildade que realizou nos últimos meses, que a levou a concluir que é demasiado forte dizer "vai ficar tudo bem". Helena sabe que vai acabar tudo bem, confia nisso tal como o cão confia no dono e como o dono confia no cão, mas não sabe mesmo é quando é que vai acabar. Eu também não!

 

 

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