Rui Ramos – e muitos comentadores, seus apoiantes - na sua
interpretação das espertezas pantomineiras de uma população de esquerda
maliciosa, que ataca Trump, aparatosamente, e finge defender um Biden não menos merecedor de críticas, manipulado que é, e idêntico a tantos. Mas a
esquerda avança sorrateiramente e o caos não tardará, na inversão de todas as
estruturas mentais e comportamentais…
Não usem Trump para esconder as vossas ideias /premium
Porque não podem preferir Trump, sem
se desonrarem, aqueles que querem uma América diferente da que Biden propõe? A
histeria anti-Trump é uma maneira de a esquerda tentar limitar a escolha
política.
RUI RAMOS Colunista do Observador OBSERVADOR, 02 out 2020
Não é possível, claro que não é
possível. Quatro anos
de um presidente que, em debate, desrespeita os adversários e os manda
calarem-se? Um presidente que não é capaz de condenar claramente a violência
extremista? Um presidente acusado de assédio sexual e de colaboração política
com racistas? Um presidente cuja família é suspeita de corrupção? Não, aos
EUA não convêm um presidente desses — um indivíduo que, no fundo, não passa
de um velho milionário de outras eras…
Ah,
esperem. Talvez, antes de continuar, me convenha esclarecer uma coisa. Não
estou a falar de Donald Trump, o presidente americano desde 2017. Estou a
falar de Joe
Biden, o candidato que o Partido Democrata propôs para
substituir Trump em 2021, e que está à frente nas sondagens. Sim, durante o debate, Biden chamou “palhaço” ao seu
adversário e mandou-o calar-se. Sim, Biden não foi capaz de repudiar sem
ambiguidade a violência dos chamados Antifa, a quem deu a dignidade de serem
apenas “uma ideia”. Sim, Biden é acusado de assédio
sexual e durante anos, no congresso, colaborou com os representantes
do Partido Democrático que, no sul dos EUA, era o partido da segregação racial.
Sim, os negócios da família de Biden, que enriqueceu na política, são motivo de desconfiança.
Estarão
já a pensar: mas para
que serve lembrar estas coisas? Para nos dizer que Trump e
Biden são a mesma coisa? Não, muito
ao contrário. Vou dizer
que são politicamente muito diferentes, e que faz todo o sentido, por isso
mesmo, apoiar uma ou outra candidatura, independentemente da personalidade dos
candidatos. Esse
é o grande equívoco que o anti-trumpismo tem cultivado. A esquerda
americana e mundial faz de conta que, neste momento, o problema dos EUA – e até
do mundo — é a pessoa de Trump, supostamente mais malcriado, mais caótico, e
mais escandaloso do que qualquer outro presidente. Como se a divisão e polarização política nos EUA
ou a instabilidade e a mudança da relação de forças no mundo tivessem sido uma
criação de Trump, e pudessem desaparecer com o fim da sua presidência. E sobretudo, como se os americanos que não subscrevem
os pontos de vista da esquerda estivessem obrigados a sacrificar as suas
preferências políticas para libertar a república do actual presidente. Nestas eleições, estaria apenas em causa retomar a
“normalidade” interrompida por quatro anos de perturbação trumpista. Ora, isto
é um embuste. O problema
não é, obviamente, apenas Trump, a sua agressividade, a sua relação com Putin,
ou as acusações de assédio. Porque quando a agressividade, a relação com Putin
(pela qual, inicialmente, Obama
foi muito aplaudido) e as acusações de assédio dizem respeito a um Democrata,
já não são problema. O entusiasmo com o MeToo à esquerda, por exemplo, acabou no dia em que as
acusações tocaram Biden. Porquê? Naturalmente,
porque para a esquerda é mais importante disputar a presidência, e Biden é
aquele que está em melhores condições de o fazer. Por isso, perdoar-lhe-ão
tudo. Até a extrema-esquerda, depois de muito ranger de dentes, já se conformou
com a ideia de votar em Biden, mesmo sem concordar com ele.
A questão é então esta: porque não pode a direita fazer o mesmo, com as
mesmas reservas? Porque não poderão votar em Trump,
sem se desonrarem, aqueles que querem uma América diferente daquela que Biden
propõe? Quem, por
acaso, assistiu ao debate de terça-feira sem a única intenção de se indignar
com Trump pôde constatar que, para além do folclore das interrupções e dos
dichotes mútuos, havia opções políticas fundamentais a separar os dois
candidatos. Por exemplo, quanto ao futuro do Supremo Tribunal
ou à socialização dos cuidados de saúde.
Neste momento, em relação a esses temas, Trump representa a tradição
constitucional e uma América assente na iniciativa e responsabilidade
individual. Faz sentido para alguém que preza
essa continuidade e essa América votar em Trump – lamentando embora que essa
opção seja, nas eleições de Novembro, representada por Trump. Tal como faz sentido, para quem detesta essa
continuidade e essa América, escolher Biden –
lamentando que tenha de ser Biden.
Sim, o ideal era todos os candidatos
presidenciais terem a educação e a probidade de Mitt Romney, o candidato
republicano de 2012, provavelmente o mais decente e digno candidato
presidencial nos EUA nos últimos 40 anos. Mas sabem uma coisa? Trump até pode
corresponder a tudo o que a esquerda diz dele. Mas Mitt Romney, que não correspondia, mereceu a mesma barragem de
acusações e mentiras. Aliás, todos os presidentes
republicanos, independentemente das suas qualidades pessoais, foram nas últimas
décadas caricaturados pela esquerda americana de maneira igual. Ronald
Reagan, nos anos 1980? George W.
Bush, já neste século? Todos
loucos, estúpidos, fascistas, racistas, imperialistas… Todos iam começar a III
Guerra Mundial. Todos iam fazer dos EUA um novo Terceiro Reich. Nunca
precisaram de se portar como Trump: bastou não serem de esquerda para serem
tratados como Trump.
E
não, também não estou, com isto, a insinuar que Trump é
como George W. Bush ou como Ronald
Reagan. Reagan era um internacionalista à maneira da Guerra Fria. Bush já talvez
tivesse desejado ser outra coisa, mas Bin Laden não o deixou. Trump é um nacionalista, um presidente do
pós-Guerra Fria, que nitidamente prefere uma América menos comprometida com o
Mundo Livre — e a esse respeito,
significativamente mais próximo de Barack Obama do que à esquerda e à direita
convém reconhecer. Mas para quem vive na América é ele, e não
Mitt Romney, que agora pode manter o poder executivo e judicial do lado
daqueles que desejam um Estado mais pequeno e uma economia mais livre. As
esquerdas americanas, como
a esquerda brasileira fez perante Bolsonaro, fingem que a única coisa que importa é afastar um
“monstro”. Depois, logo se verá como governar o país. Mas essa é apenas uma
maneira de esconderem as suas ideias e os seus planos e, ao mesmo tempo,
negarem aos seus adversários o direito a terem outra visão e outras políticas.
Não, a questão não é simplesmente de
personalidades ou de estilos. A questão é política. Há duas visões da América. Em 2020, uma
dessas visões é representada por Trump e outra por Biden. Dir-me-ão: Trump é um “filho da mãe”. Até pode ser, mas
é o “filho da mãe” dos que preferem um Estado pequeno e uma economia
livre, tal como Biden – acusado e
suspeito dos mesmos pecados que Trump – é o “filho da mãe” dos que preferem
um Estado maior e uma economia dirigida. Não devia ser assim? É assim.
ESTADOS
UNIDOS DA AMÉRICA AMÉRICA MUNDO DONALD TRUMP ELEIÇÕES EUA JOE BIDEN BARACK OBAMA VLADIMIR
PUTIN RÚSSIA
COMENTÁRIOS:
Lúcio Cornélio: Diz-se que
Franklin D. Roosevelt terá dito em relação a Anastasio Somoza: “Somoza may be a
son of a bitch, but he’s our son of a bitch.” Neste caso, e não sendo eu
cidadão dos EE.UU., quer-me parecer que Trump não será certamente o meu
"filho da mãe"; mas Biden, com toda a carga de neo-nazismo-correcto-de-esquerda
que arrasta atrás de si, não o é com toda a certeza. E acho que, no fim, não
será também o "filho da mãe" eleito pelos americanos que ainda preservam
alguma réstia de liberdade. psssttt
psssttt: Não Rui Ramos, a diferença não é apenas
entre um aparelho de Estado mais pequeno e economia mais livre ou um Estado
maior e mais intervencionista. A diferença é entre a civilização e a tentativa
de a desmantelar. As forças que apoiam Biden (a esquerda mundial) têm como
propósito a destruição da civilização ocidental. JP Ribeiro: O Trump não pode agradar é esquerda: um Hitler que
respeita a Constituição e as instituições, combate o pântano/polvo do Estado, é
o primeiro Presidente neste século a não iniciar uma guerra (imagine-se o
descaramento), e está a fazer a paz entre Israel e vários estados Árabes. Como
é possível gostar-se de Trump! Manuel Silva: Brilhante artigo, obrigado RR. Joaquim Moreira: Estou, senão inteiramente,
muito de acordo com esta análise da situação vigente. Na verdade, estão em
causa duas formas de sociedade. Uma, a da esquerda, a outra, do resto da
sociedade. Mas convém dizer que, fora dos USA, há também muita gente de
direita, que está a embarcar nesta política pela esquerda feita. De uma coisa
tenho a certeza, o Presidente dos Estados Unidos não é uma Alteza, até porque
não é essa a sua natureza. Até, antes pelo contrário, é mesmo um político
sem formação especial na arte de ser político vigário. Diz o que lhe vem à
cabeça, sem nenhuma preocupação, em elaborar um discurso capaz de comparar com
um político, aldrabão. Curiosamente, é acusado de mentir, embora o que faz é
dizer o que pensa, sem pensar nas consequências, ou no que vem a seguir. O
que não agrada nada ao político formal e a uma certa CS. Que gosta mais do político
que faz o seu ideal. O direito de
aplicarem a lei islâmica às suas comunidades em território francês - subtraindo-se
às leis da República - e já controlarem de facto bairros e regiões inteiras de
França - ao que Marine Le Pen chama há 10 anos os "Territoires perdus de
la République", procurando alertar até agora em vão os franceses para a
destruição do seu país e da Europa!! Isto é a prova
de que não existe "multiculturalismo" nenhum, a não ser da parte dos
europeus, que nada têm feito para evitar a colonização da Europa! Andrade
QB: Rui Ramos melhora
a cada dia que o cinismo do discurso das pessoas "boas" mais cínico
se torna. Até este arranque do artigo me surpreendeu, não obstante para mim
nunca ter havido dúvidas de que a diferença entre Biden e Trump ser só de
estilo. De qualquer maneira, não me sinto representado por Trump. O único
caminho para o sucesso das pessoas e não dos funcionários (não me refiro aos
funcionários públicos, mas aos dos partidos que tomam conta do Estado) é que
estas sejam representadas por pessoas e não por cretinos. Para representar os
funcionários qualquer Biden serve. Fernando SILVA: Em 2016 diziam que Trump era um perigo para a
democracia nos EUA e para a paz no mundo. A verdade é que a democracia não
acabou nos EUA e que o mundo não tem hoje mais conflitos armados do que tinha
com Obama. Rui Ramos tem razão: convém não deixar que "a árvore" dos
estilos pessoais esconda "a floresta" das politicas efectivas e
escolher de que lado estar no confronto politico entre « conservadores» e
«progressistas». Marco
Silva > Fernando SILVA: Diziam
mais que isso. Antes de Trump assumir a presidência, já havia
"artigos" onde escreviam que com Trump a terceira guerra mundial
vinha a caminho. Trump foi criticado, demonizado e inventaram todas as teorias
e mais algumas para o deitar abaixo e mesmo assim, como o presidente mais
escrutinado de SEMPRE, conseguiu o que NENHUM conseguiu nas últimas 4-5
décadas, que foi colocar os EUA no topo e numa posição segura, com mais
empregos, mais indústria, mas actividade empresarial, mais dinheiro nos bolsos
de norte-americanos, com melhores acordos comerciais e com acordos de paz
históricos. Obama que foi o "deus" da esquerda durante 8 anos,
recebeu um nobel da paz por um discurso e depois foi responsável por duas
guerras, com consequências para a Europa AINDA HOJE, com os
"refugiados" e que criou campos de venda de escravos (na LÍbia), bem
como outros conflitos no resto do mundo. E foi o presidente mais letal com
drones de SEMPRE...entre outras tantas coisas como perseguição de denunciantes
(que agora no tempo de Trump já eram muito importantes e deviam ser defendidos)
e corrupção. É como comparar alguém que nem uma mosca mata, com Lenine...no
entanto a esquerda claro escolhe o Lenine e iguais a Lenine (como Biden, que
segue as mesmas politicas de Obama, mas com radicalidade) Tudo isto demonstra
que a esquerda não quer prosperidade e quem ousar intrometer-se nos seus planos
de pobreza e miséria, vai ser demonizado, censurado, banido, e serão inventadas
todas e mais algumas mentiras, para o/a denegrir. Carlos Guerreiro: A questão do RR é pertinente ( A questão é então esta:
porque não pode a direita fazer o mesmo, com as mesmas reservas? ) e todas
comparações que faz são pertinentes e relevantes. Diria que se tudo se
resumisse a isso...muitos de direita apoiariam Trump. Mas o artigo não aborda
outras questões, para mim, igualmente ou mais importantes: o Trump é um
mentiroso compulsivo (mente em todas as frases); é totalmente ignorante em
todos os assuntos (excepto imobiliário); não há assunto nenhum que não se ache
(e o achem) um perito mundial; é um tipo que caiu naquele lugar de forma
inesperada e sem saber o que fazer com a função; é um vendedor que arranjou um
púlpito para vender (parece que vende bem, a julgar pelas receitas dos seus
empreendimentos; é um gajo que tem zero interesse em qualquer outro ser humano
que não seja ele próprio. Também se poderia perguntar à direita 'aceitas ter
este tipo como teu representante durante mais 4 anos, apesar de tudo que já
sabes dele ou preferes dar um passo atrás e correr com ele e esperar que nas
próximas eleições sejas representado por alguém mais decente? Maria Emília Santos Santos: Grande crónica! É isso mesmo, a esquerda inventa tudo
para acusar Trump, principalmente, porque Trump é pró-vida e os lobbys abortistas,
não toleram isso. Os gangs são todos obra da esquerda radical para acusar Trump. Os poderosos
multibilionários, injectam milhões para dominar a media e a imprensa e a
colocar contra Trump. Os bispos da Igreja Católica,
têm feito campanha a favor de Trump, porque ele garante liberdade religiosa,
enquanto que Biden, apenas promete protecção aos projectos amorais da esquerda. Francisco
Albino: Grande texto de RR! Eu também estou
por uns EUA com um estado mais pequeno, uma economia mais livre, o
politicamente correcto limitado o mais possível e o controlo de movimentos de
destruição e terrorismo urbano. Os candiadatos que se defrontam são aqueles 2 e
não outros. JORGE PINTO: Excelente e clarividentíssimo!
E não é só a dimensão do estado e a liberdade económica: é também a defesa e
prossecução dos valores que permitiram atingir o mais elevado estado de
civilização e desenvolvimento humano contra aqueles cujo escopo é a sua
desvalorização, destruição e posterior substituição por uma leninada,
gramscianada ou marcuseanada qualquer “à feição” da auto-proclamada “vanguarda”
do momento. pedro dragone: Desta vez completamente de
acordo como Rui Ramos. O Americanos (que conheço muito bem) são um povo muito
pragmático que se está completamente c*gando para os modos e a moral do seu
presidente (actualmente Trump mas poderia ser outro qualquer) contando que este
lhes encha o bolso ou, pelo menos, não lho esvazie. É um povo que olha
essencialmente para resultados. E os resultados da governação Trump (pré Covid)
era uma economia fulgurante e a taxa de desemprego mais baixa desde há quarenta
anos! Economia que, mesmo em contexto Covid, já está a recuperar em grande
velocidade (a economia Americana movimenta-se para cima ou para baixo "à
velocidade da luz"). É isso que
os Americanos vão levar em linha de conta e não o ruído mediático patético à
volta da figura de Trump (que eu pessoalmente até acho divertida!; e antes isso
que cinzentona..). Por isso tenho poucas dúvidas que Trump irá ser reeleito. E
por uma margem maior que na disputa com H. Clinton Manuel
Magalhães: Artigo que bem
demonstra o mundo em que estamos inseridos e dominado pelos media ao serviço da
esquerda, quando no fundo o que mais interessa é a política de cada um dos
candidatos e não propriamente a personalidade de cada um, e quanto a políticas
não há dúvida que Trump dá muito mais garantias na defesa dos valores
Ocidentais e do mundo em que estamos habituados a viver do que Biden que apenas
nos poderá garantir mais decadência sob todos os aspectos, pois aquilo a que
chamam “progressismo” só tem trazido miséria e desgraça em todos os países onde
se tentou implementar!!! Carlos Quartel: Não acredito que os USA sejam
terreno para as ideias socializantes e estatizantes.
A questão da liberdade pessoal é essencial para o americano médio e por
mais antifas e outras tentativas esquerdizantes, tudo falhará. Ainda hoje há
americanos que se recusam a pôr matrículas nos carros, por não lhes caber na
cabeça esse controle e essa interferência. Têm
um grosso problema de racismo, com 50 ou 60 milhões de pretos, que não
conseguem digerir e que, de vez em quando estoira. Mas as culpas são de todos,
dos pretos também, em permanente atitude desafiante e provocadora. Trump parece-me uma figura inapresentável, um
vulgar vigarista e mentiroso, malcriado e arrogante.
Mas há que tentar analisar a política, além da pessoa. Trump é o
primeiro presidente branco que não sente afinidade com a Europa, é 100%
americano (Obama inaugurou esse afastamento) e funciona para os USA. Proteccionismo,
tentar recuperar indústrias (automóveis, e outras) que tinham fugido ao
controle e combater o verdadeiro invasor (a China) com os seus produtos que
inundam todas as prateleiras do mundo. Tenta
abandonar o papel de polícia mundial, mandando regressar tropas e está a deixar
europeus à beira dum ataque de nervos. dizendo-lhes que, se querem defesa , que
a paguem. Penso que esse afastamento da
Europa é irreversível, a WW2 está a ficar longe, a Nato vai mirrar e a Europa ,
sem o UK, militarmente não vale nada. Grandes
alterações políticas que se aproximam, que bem mereciam boa atenção de
especialistas. Antes pelo contrário: A lógica dos
socialistas/comunistas, é dominar pelo medo, inventando inimigos e erigindo-se
em guardiões da sociedade, acabando por perseguir todos aqueles que não se
enquadrem no seu modelo. O mecanismo totalitário é o mesmo quer se trate da extrema-direita ou da
extrema-esquerda. Chegámos ao ponto em que o "apoderamento" das instituições, do
ensino, da comunicação social e do espaço público - físico e cultural - pela
esquerda, assume tamanhas proporções de intolerância, que estamos a entrar numa
sociedade repressiva ao mais alto nível. O efeito vai ser propiciar a resposta do seu exacto
contrário, ou seja da extrema-direita. Não é em vão que se produzem
"proposições" como "matar fascistas", ou
"racistas", ou insultar de "extrema-direita" qualquer
pessoa que não ceda às exigências da "esquerda", ou que não levante
imediatamente o braço - não esticado e a gritar "Heil Hitler" - mas
de punho fechado e de cravo vermelho nos dentes a gritar... "o povo unido
é quem mais ordena"... ou 25 de Abril, "sempre”!!!!!! Tal como o "Heil
Hitler", ou o "Viva Estaline", etc... estas coisas pagam-se!!!
Uma maneira de a esquerda
"tentar limitar" a escolha política?... Ela não tenta limitar, ela
quer impedir qualquer escolha
política!!! Os "antifas" que querem "matar fascistas", os
"anti-racistas", e toda esquerda está apenas a mostrar aquilo que
sempre foi: Totalitária!!! Lourenço
de Almeida: Tem 100% de razão
no que diz neste artigo muito claro e bem escrito. André Ondine: Rui Ramos, fico a aguardar o
seu texto a defender o nosso Trump André Ventura, já que parece que o problema
de Trump não é o narcisismo exacerbado e descontrolado, o facto de recorrer
diariamente à mentira e à promoção de notícias falsas com vista à manipulação
da comunidade, o facto de ser claramente incompetente para exercer as mais
básicas funções de gestão, quanto mais as de PR, o facto de ter uma vida
pessoal opaca em termos fiscais e de práticas de gestão, o facto de ter
recorrido a estratagemas altamente condenáveis para ser eleito....é, como o
senhor defende, uma questão de personalidade. Ora essa. Não é uma questão de
ser anti-Trump ou de ser Pro-Biden. É uma questão de ser pro-democracia e de
ser importante preservar os mais básicos valores democráticos. Rui Ramos, com
este texto, e outros anteriores a este, o senhor colabora nesta tendência
actual para extremar posições e para entrar numa espiral de irracionalidade que
mina a nossa democracia. Eu sou de direita. E acho que Biden é um candidato
fraco, com rabos de palha. Mas o facto de pensar isso e de ser de direita não
significa que desculpe ou que admita que Trump tenha um sistemático
comportamento selvagem e prepotente, que apenas contribui para destruir. Pode
ser-se de direita e criticar Trump. E Ventura. Estes extravasam a direita. São
populistas, produto da massificação televisiva que esvazia as nossas
referências e que não olha a meios. Qualquer dia, o senhor Rui Ramos escreve
aqui um tratado a defender a enorme importância do Correio da Manhã para a
nossa democracia. Biden é um mal menor. Não é o ideal. Defender Trump e
minimizar a sua atitude como uma questão de personalidade é uma manipulação
total da verdade. Pode ser-se de direita e criticar pessoas que se dizem de
direita. É, aliás, o que nos distingue da esquerda. Lino Oliveira > André Ondine: como de costume ambos os candidatos são maus. O que RR
nos diz é que a escolha devia ser entre uma política que fez a América grande e
a que a esquerda procura destruir com uma intensidade nunca antes vista por
razões ideológicas.
Jose Miguel Pereira > Lino Oliveira: A América também se fez grande ao intervir
decisivamente em duas guerras mundiais contra regimes totalitários. A América
também se fez grande com o Plano Marshall de ajuda à Europa devastada. A
América também se fez grande sendo a maior potência científica global. A
política MAGA de Trump teria feito alguma destas coisas? André Ondine / Lino Oliveira:
O problema é que, a meu ver, a
escolha, neste momento, é entre a boa saúde da democracia americana e mundial e
um mal menor. A esquerda que destrói e manipula por razões ideológicas é,
concordo, muito perigosa. Mas Trump representa um perigo ainda maior neste
momento, até porque coloca o seu poder pessoal e os seus negócios opacos à
frente de qualquer interesse público. André Ondine >Viriato
Afonso: Obrigado. Concordo totalmente. É pena que o discurso extremista se esteja a
tornar transversal a todos. Utilizam-se argumentos irracionais extremistas para
procurar justificar outros extremismos. Incompreensível. Rui Ramos cai numa
ratoeira evitável. Marco
Silva > André Ondine: A esquerda que destrói e manipula por razões
ideológicas é, concordo, muito perigosa. Mas Trump representa um perigo ainda
maior neste momento, até porque coloca o seu poder pessoal e os seus negócios
opacos à frente de qualquer interesse público. A insanidade de pessoas como
você, que escrevem tais disparates é...enfim, nem tenho palavras. Portanto o único presidente em
décadas que optou por uma política externa de não envolvimento em conflitos no
estrangeiro, que trouxe milhões de empregos de volta para os EUA; que meteu
mais dinheiro nos bolsos dos contribuintes norte americanos, que reduziu
burocracias e melhorou a actividade industrial/empresarial e que promoveu
acordos de paz inéditos, históricos mesmo e é "alguém
perigoso"....porque "coloca o seu poder pessoal e os seus negócios à
frente de qualquer coisa". Portanto dados todos estes factos dos últimos anos,
desde que Trump é presidente, quais foram os negócios de Trump que ficaram à
frente de qualquer coisa, para alegar isso ? Demonstre o que diz. Prove-o. Fico
à espera. A esquerda que arrasa com tudo, destrói todos os valores numa sociedade,
atiça todos contra todos por questões da cor da pele (que é o mais puro
racismo), questões sociais (público vs privado), etc e é "melhor" que
Trump. Enfim. Não sei se é assim que analisa as coisas no dia-a-dia, mas se
for, ou é um parasita que vive à custa de outros ou tem padrinhos (cunhas) muitos
bons. Porque caso contrário, é uma falhanço como ser humano.
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