Opinião de Helena Garrido, na sua excelente análise sobre a Saúde, num país de
população passiva, e sobre a actuação do Governo, que parece preferir impor
ordens condicionantes e megalómanas – tendo em conta os índices de pobreza no
país – a enveredar por uma reestruturação efectiva dos Serviços de Saúde
Pública, que apoie também os afectados por outras doenças, em stand-by por via
da Covid 19 - o que é, no mínimo, assustador. Seguem-se os comentários, dum
modo geral construídos sobre experiências e conhecimento próprio, de sentido
crítico, naturalmente.
Os heróis na saúde /premium
Ficar doente é sempre mau, mas hoje é
aterrador. E hoje é preciso ter alma de herói para trabalhar na Saúde, onde o
faz de conta do discurso público esgota até mais que a pressão do trabalho.
HELENA GARRIDO
OBSERVADOR, 19 out 2020
As
elites urbanas tomaram conta do país como nunca se tinha visto. O caso da
aplicação Stayaway Covid é o mais recente exemplo do distanciamento entre os
governantes e os governados, um problema que ultrapassa a gravidade da violação
da privacidade e até do desconhecimento das características da app, como se
pode ler aqui e aqui.
O distanciamento entre governantes e governados é uma interpretação benevolente
sobre o que se tem passado nos últimos tempos. Porque a outra leitura é
concluir que vale tudo, para a propaganda e o populismo. Com responsabilidades
de todos os protagonistas políticos, Presidente da República, Governo e todos
os partidos sem excepção. Infelizmente para nós.
Terão
os protagonistas políticos consciência da instabilidade que provocam a pessoas
que não têm “smartphones” que são os mais pobres e os mais velhos? Não lhes
basta ter nos mais pobres e mais velhos as pessoas mais vulneráveis nesta
horrível crise? Têm de acrescentar problemas aos problemas?
As
medidas mais eficazes para combater a pandemia é dar condições aos serviços de
saúde e de rastreamento, em vez de inventar obrigações impossíveis de cumprir.
É preciso libertar médicos e enfermeiros de tarefas burocráticas e dar-lhes uma
rede de apoio para tratarem devidamente os doentes.
Além
disso, é urgente começar a tratar das pessoas que têm outras doenças – falando
com médicos percebe-se como estão preocupados com o que vem aí e os números já
revelam uma elevada taxa de mortalidade “não-covid”, como se pode ler no último ponto de situação feito pelo INE. A partir da
segunda quinzena de Junho, a pandemia explica apenas uma ínfima parte da
mortalidade, que ultrapassa a média dos anos de 2015-19 e está acima do que se
verifica num conjunto de 17 países europeus. Uma tendência que tende a piorar.
Basta
ouvir os desabafos de quem trabalha na saúde para perceber que se desperdiçou o
Verão e não se trabalhou para organizar e reforçar os recursos para a pandemia
e para as outras doenças. A ministra da Saúde Marta Temido parece preferir
lançar a divisão entre público e privado, em vez de se preocupar em usar todos
os recursos que o país tem para enfrentar uma crise gravíssima e inédita de
saúde em Portugal.
O
resultado é, mais uma vez, o oposto das declarações de preocupação: os mais
pobres e vulneráveis, os que não têm dinheiro para se tratarem, vão morrendo. É
assim tão difícil fazer um plano com todos os recursos de saúde em Portugal
para reduzir listas de espera? Ou preferimos andar na guerra ideológica,
fazendo dela um valor superior ao do humanismo? Parece, pelo que diz, que a
ministra da Saúde prefere que existam problemas cancerígenos por diagnosticar
ou tratar a usar meios privados.
É
preciso dinheiro, sim. Mas também para fazer funcionar o serviço nacional de
saúde (SNS), em condições, é preciso dinheiro. O que não se consegue fazer com
o sector privado é fingir que se está a dar recursos, é fazer barato o que é
caro. Basta entrar no SNS para perceber as condições inacreditáveis em que,
nalgumas áreas, trabalham os profissionais – mesmo no hospital de Santa Maria,
em Lisboa, há especialidades que funcionam em barracões. E como, trabalhando
como trabalham os profissionais, os doentes são assistidos sem condições. Não é
de agora, esta política de bater no peito em defesa do SNS e não investir no
SNS. A pandemia apenas destapou um problema grave.
Os
profissionais de saúde estão exaustos e ainda não começou verdadeiramente a
época do Inverno, de maior pressão sobre os hospitais. E alguns deles estão até
exasperados com as “verdades alternativas” que o Governo pretende vender. Ainda
na semana passada, na rádio Observador, a directora dos serviços de
infecciologia do hospital Amadora-Sintra, Patrícia Pacheco, tentando manter toda
a calma do mundo como se pode ouvir aqui,
afirmava que “há um universo paralelo. Vivemos todos os mesmos números e o
mesmo País, mas quem está no terreno não vive a mesma realidade que a ministra
da Saúde”.
O
que se pede aos governantes é que governem, em vez de gerirem a conjuntura
preocupados em salvar a sua pele. Já chega de bater no peito em defesa dos
desfavorecidos e dos serviços públicos e, ao mesmo tempo, nada fazer para os
defender. Bem pelo contrário. Em vez de se focarem no melhor serviço a quem
está doente, alimentam-se guerras entre privado e público com verdades
alternativas sobre a sua falta de disponibilidade, como se pode
perceber aqui.
Se
a gestão da Saúde continuar a viver num universo paralelo, de aplicações
impossíveis de usar por todos e de desprezo implícito pelos mais vulneráveis, a
desigualdade não aumentará apenas por via de quem perdeu o emprego. Há pessoas
sem voz, que não pertencem às elites urbanas, que hoje nos lideram, nem têm
acesso fácil à Saúde, que vivem uma desigualdade também ela invisível. O desespero
dos profissionais de Saúde percebe-se pelo cansaço e pelo que vão vendo de
abandono dos mais vulneráveis. São de facto heróis e parte do seu heroísmo é o
resultado da incompetência e politiquice de governantes.
Receba um alerta sempre que Helena Garrido publique um novo artigo.
SERVIÇO
NACIONAL DE SAÚDE PAÍS CORONAVÍRUS SAÚDE PÚBLICA SAÚDE
COMENTÁRIOS:
Gabriela Gop: Uma crónica que
nos deixa envergonhados, que nos indigna! A App é, porventura, um atestado de
incompetência e SALOICE que perpassa por todo este governo. Novos como Marta Temido e
velhos como Marcelo, são todos
iguais ... percorram o país virtualmente ou andem num vai e vem de automóvel, ninguém
parece saber que 20% da população portuguesa é pobre, está envelhecida e não é
JUSTO - de uma justiça elementar - que os macem, mais de que já estão ! Parece
que está tudo DOIDO! Marie
de Montparnasse: O País não
começou agora a ser construído. O País que somos tem sido construído com o
labor e sofrimento de todos os que já partiram e com os que ainda vivos, se
encurta a vida por razões ideológicas. Do governo e de Marta Temido, a história
se fará sem elogios. Joaquim
Moreira: O distanciamento entre governantes e
governados é uma interpretação benevolente sobre o que se tem passado nos
últimos tempos. Porque a outra leitura é concluir que vale tudo, para a
propaganda e o populismo. Com responsabilidades de todos os protagonistas
políticos, Presidente da República, Governo e todos os partidos sem excepção.
Infelizmente para nós. Confesso que já estou farto deste discurso. Que ao
pretender insinuar que, "os políticos são todos iguais", protege uns
em relação aos demais. Para além de esconder a verdade ou de a falsear, de modo
a que o povo, a realidade continue a ignorar. Por isso, sobre "Os heróis
da saúde", pouco tenho a dizer, a não ser, que estão a ser
sobre-avaliados, porque vivemos num país e num momento, de muito pouco ou
nenhum discernimento. Em que a incompetência é tal, que, quando alguém é um
bocadinho melhor, transforma-se num herói nacional. Não fôssemos nós o país
com mais "os melhores do Mundo" a nível internacional! E ter um
Presidente, que para todo este discurso tem sido fundamental! Maria Madeira: De acordo com este artigo. Sandro Nunes: Eu cá não metia tudo no mesmo saco, mas sim, a
incompetência grassa por esse governo fora e já nem a propaganda e as
habilidades fazem transparecer outro sentimento que não o de esgotamento de
soluções. O caminho pseudoideológico seguido pelo governo e pela Ministra da
Saúde é tremendamente penalizador para a população. Se Costa não a afastar
rapidamente o mal torna-se irreversível. Será que Costa está predestinado a
viver com o peso dos mortos, dos incêndios à COVID? ricardo veloso: 1 dos cancros do SNS, são os próprios trabalhadores
que integram o sistema. Reclamam do cansaço, mas quando passaram novamente para
as 35h, já ficaram contentes, pois já permitia novamente irem trabalhar turnos
seguidos no privado e vice versa. Alguém que trabalha 1 turno de 7h e de
seguida por exemplo vai fazer tarde e noite ao privado e de manhã segue
novamente para o hospital público é 100% profissional? Em algum momento se
desleixa ou vai mesmo dormir! Os políticos e familiares também vão ao público,
mas passam por cima das listas de espera e têm um quarto individual, tudo com a
conivência do sistema. Alguém explica quanto custa anualmente o sistema aos
portugueses para puderem fazer escolha? Porque não abdicam de certas valências
e financiam transferências de serviços para o privado? Injectam dinheiro dos
contribuintes em TAP,SATA,CP e não têm dinheiro para transferir utentes para o
privado? M M >
ricardo veloso: O
ricardo pensa que um dos cancros do SNS são os próprios trabalhadores mas
depois afirma que os políticos e familiares são privilegiados porque usam o sistema
público. Pelos vistos, os trabalhadores do SNS são péssimos mas são óptimos para
os políticos e familiares. Parece pensar que os trabalhadores ficam óptimos de
repente. Ou acha que os políticos usariam o sistema público se fosse só porque
podem ter um quarto privado e os trabalhadores fossem maus? Não parece muito
coerente... Alfaiate Tuga: O
Covid apenas veio expor as fragilidades do SNS que está a ser desmantelado há
mais de uma década com a conivência de praticamente todos. Explico, se o
SNS fosse bom, ninguém teria seguros de saúde, pois quando precisassem teriam o
SNS para os atender dignamente e a tempo e horas, como funciona mal, os tugas
foram adquirindo seguros de saúde para poderem ir ao privado quando necessitam.
O problema é que o privado e bem existe para dar lucro, logo os tratamentos de
patologias mais complicadas requerendo internamentos prolongados estouram
com os plafonds dos seguros de saúde ou com as poupanças de quem a ele
recorrer, portanto o privado em casos complicados serve para os ADSEs e para
quem tem mesmo muito guito. Aqui chegados os tugas deveriam começar a
perguntar para que serve afinal o dinheiro dos seus impostos, pois entendo que é
preferível ter um SNS sobre-equipado em meios e pessoal do que câmaras
municipais repletas de amigos e familiares dos presidentes, que nada resolvem
para além da compra de votos nas autárquicas. Não tenho dúvida nenhuma que
os milhares de milhões que “desapareceram” (mudaram de bolso) nos últimos 10
anos, chegavam para construir mais hospitais e o guito que se gasta a pagar
a FP’s improdutivos chegaria para pagar a médicos e enfermeiros para os fazerem
funcionar. Não é assim porque os tugas não escrutinam como o governo
gasta o dinheiro dos seus impostos e os partidos de esquerda não querem tocar
nos empregos nas câmaras e ministérios e os partidos de direita querem proteger
o privado. Não digo que em caso de emergência o governo não possa contratar
serviços de saúde aos privados, mas prefiro mil vezes ter um médico ou
enfermeiro do SNS a trabalhar a 50% da capacidade para poder ir aos 100% em
casos excepcionais, do que ter outros FP’s a 50% toda a vida, que nunca terão
casos excepcionais para acudir. Com os impostos que pagamos deveríamos ter
um SNS ao nível do melhor da Europa, não temos porque somos tapadinhos, espero
que o Covid pelo menos sirva para abrir os olhos a alguns. Já agora, os
políticos estão-se a borrifar para o SNS, tem ADSE... Maria Emília Santos
Santos: Cem por cento de acordo! Bom texto, Drª.
Helena! Domingas
Coutinho: Claro. Desde Março que a ameaça paira
mas é preferível ser optimista a prevenir situações. Depois, arranjar
desculpas. Enfim é o que temos. O melhor é mesmo como diz Angela Merkel, quem
puder ficar em casa. Quem tiver de sair, cumprir as normas e fé em Deus. Que os
órgãos do poder não solucionam NADA. Antonio
Sousa Branco: É de uma insensibilidade total, que por
"servidão ideológica", a ministra da saúde não aproveite todo o
potencial instalado dos Serviços de Saúde, sejam eles privados ou do sector
social, complementando e minorando, o caótico estado do SNS. A "cegueira e
prepotência ideológica" da ministra, prejudicará todos, mas como sempre,
serão os mais desfavorecidos e vulneráveis, que pagarão o maior custo...alguns,
provavelmente, com a própria vida, devido a intervenções muito urgentes não
covid, como referem as estatísticas, atiradas para as "calendas
gregas". Maria L
Gingeira: É só falar com os farmacêuticos que
recebem diariamente pessoas de todas as origens sociais para perceber o medo
que existe em ir ao hospital. Manuel
Magalhães: A ministra da saúde além de
completamente incompetente é criminosa, prefere a ideologia da esquerda radical
ao bem estar das populações que é para isso que ela lá está e é paga, deixar
morrer pessoas com outras doenças que não o COVID por questões puramente
ideológicas havendo outras soluções à mão (no privado) é crime!!! bento guerra: Politica patrocinada pela China. Controlar e
empobrecer a população João
Diogo: É o que dá ter um apêndice do Bloco
de esquerda à frente da saúde em Portugal, esta esquerda caviar, gostam muito
dos pobres, mas é para encher a boca nos discursos. Mario Areias: Excelente análise. O problema é que o SNS não tem
dinheiro e tem uma ministra incompetente que, aliás, faz parte do governo mais
medíocre desde 1974. Deitar dinheiro sobre o SNS só por si não resolverá o
problema. São precisas três variáveis: Dinheiro, honestidade intelectual e
inteligência. Exactamente as três coisas que faltam. Sparks and Sparrows: "...onde o faz de conta do discurso público
esgota até mais que a pressão do trabalho." Enaltecer o trabalho dos
heróis da saúde é mais que justo, usá-lo para desmerecer o trabalho de quem os
lidera numa situação globalmente tão dramática, vulgariza e revela a má
intenção da mensagem. josé maria: A
Helena Garrido quer voltar ao tempo em que morreram muitos infectados com
hepatite C, em Portugal, no tempo da desgovernação de Passos Coelho, porque,
nessa altura, havia sempre balúrdios de dinheiro dos nossos impostos, mas só
para salvar bancos a todo o custo? Quer?
Joao Figueiredo
> josé maria: Trazer
à colação um dado que não é fácil de comprovar e não pode ser imputado directamente
a Passos Coelho denota não só uma fragilidade na afirmação mas também no
caracter de quem a reproduz. A Hepatite C é um flagelo mundial e merece outro
cuidado nas afirmações que reproduzimos, se não sabemos do que falamos não
comentamos... bento
guerra >Joao Figueiredo: Esse
verme, josé maria, mente sempre. O caso da Hepatite C resultou de um
"show" montado na AR, na Comissão de Saúde, presidida pelo PS, para
chamar as televisões. A verdade é que o ministro Macedo estava então a negociar
com um conjunto de países, abaixa do preço especulativo do medicamento. Manuel Magalhães > josé maria: Distorcer
a realidade e culpar os outros é típico de gente da esquerda e dos
incompetentes, mas isso todos nós já sabemos!!!
josé maria > bento guerra: Passos
Coelho - Versão Troika Nós vamos cumprir o programa de ajustamento, custe o que
custar Passos Coelho - Versão Hepatite C Deve-se fazer tudo para salvar vidas,
mas não custe o que custar Joao
Figueiredo > josé maria: Já
que és tão dado a estatísticas, quantas perdestes por causa das cativações? josé maria >Joao Figueiredo: Portugal atinge o nível de desigualdade mais baixo de
sempre Público, 1/12/2017: Poucochinho?
Joao Figueiredo > josé maria:
Deves ter uma mais actual que não te interessa ...procura bem e não te esqueças
de verificar as fontes e olhar bem para os dados ... anda muita treta a
circular por aí. Joao Figueiredo > Joao Figueiredo: e não te cinjas a períodos fechados apenas para dizer
mal de alguém, estende a análise e cruza com outros dados, uma análise per
si é deturpadora da verdade e talvez, talvez se o governo anterior ao Passos
não nos tivesse feito crer que havia potes de ouro no arco-íris a história que
tu tentas vender fosse outra ... and by the way, o Passos já cá não mora há 6 anos
e os que cá estão, fizeram? Tens
que largar o passado, repara que se o Afonso Henriques não tivesse feito o que
fez, hoje o nosso salário mínimo poderia ser outro e o grau de desenvolvimento
também, poderia, poderia ... irra, esquece o Passos Foca-te no presente e no que podemos fazer
para um futuro melhor. Neste momento o teu "Passos", um pouco mais
bronzeado, não fez nada que lhe dê lugar na história e 6 anos passaram e
cheira-me que no tempo que lhe resta nada mais vai fazer de jeito... o que
achas nos vai acontecer ? Tens algum gráfico brilhante para nos mostrares? Eu
estive mais de 30 anos a analisar dados estatísticos e projecções, em companhias
alemãs, portuguesas, americanas, se tiveres alguma dificuldade posso-te dar 1
ajuda Adelino Lopes: Humanismo?
Competência na gestão pública? etc, etc? Diga-me um país governado por
progressistas onde aquelas características se tenham revelado no médio prazo.
Posso indicar-lhe diversos onde se verificou o contrário. E posso ficar-me
pelos países europeus. Agora o SNS. Parece-me que toda a gente já se esqueceu
das cativações do Centeno. E das 35 horas semanais? Houve algum humanismo (no
interesse dos doentes) nesta decisão? E qual foi a competência da gestão
pública? E não é só isto. Por exemplo poderíamos falar das gestões privadas que
foram embora, etc, etc. Agora, andamos todos a assobiar para o ar, tentando
culpar um vírus que pelos vistos não é assim tão mau como o pintam. Tudo isto
para ilibar os progressistas? Carlos Quartel: A autora sabe bem o que andou a fazer o camarada
Centeno, nestes últimos 5 anos. Retenções sobre retenções, os serviços públicos
a esboroarem-se, escolas, hospitais e tribunais com alguidares a apanhar a
chuva, com ratos e baratas, uma escola no Porto, com bidons (os alguidares não
chegavam), esquadras de polícias e GNR de meter medo. Quanto a pessoal, nada, a
polícia e GNR fecham às 5. os enfermeiros não chegam, os médicos foram embora,
sem vencimento condigno e quem ganha dinheiro é o camarada PS das agências de
colocação. Tudo isto já estava de rastos, as consultas já estavam atrasadas
meses e anos e nada funcionava bem, excepto a máquina dos impostos (só para os
pelintras). O vírus só veio pôr a nu uma situação terceiro-mundista. Muita
culpa tem a comunicação social, sempre atenta e obrigada, a cobrir situações e
camuflar problemas. Pode ser que, da
crise, resulte algo de novo ..... Adelino
Lopes > Carlos Quartel: nem
mais-
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