sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Muitos comentários se perderam


Com pena minha, e eram mais de cem, mas os colocados aclaram suficientemente a questão posta corajosamente – nos tempos que por cá passam – por Paulo Tunhas, questão que tem como ponto de partida um debate entre os dois opositores da luta pela presidência dos E.U, sendo a opção política de PT de uma sensatez lúcida apreciável, mas provocadora das naturais reacções de ironia desfeiteadora dos que se acoitam no actual programa nosso governativo…

Uma razão para preferir Trump a Biden /premium

O verdadeiro problema é que Biden arrasta consigo um Partido Democrata que, desde o segundo mandato de Obama, evoluiu numa direcção catastrófica e nociva até mais não.

PAULO TUNHAS    OBSERVADOR, 01 out 2020

Também eu vi o debate entre Trump e Biden. Afinal de contas, quem não se interessa, mesmo na pequena Lusitânia, pelo que se passa no centro do Império? Vi-o na SIC, acompanhado regularmente pelos breves comentários da jornalista da casa, Teresa Dimas: risinhos e piadinhas quando Trump falava, palavras de admiração (“propostas concretas”, etc.) quando era a vez de Biden. Enfim, uma jornalista da SIC a fazer o papel de jornalista da SIC, quer dizer: a fazer o papel de qualquer membro das várias delegações regionais da CNN ou do New York Times.

Confesso que não achei o debate tão vertiginosamente mau como, na aparência, muita gente julgou. Trump foi igual a si mesmo, nas suas qualidades e defeitos, e Biden, provando que a ciência hoje em dia faz milagres, esteve alerta a maior parte do tempo, conseguindo mesmo imitar Trump por uma vez ou outra. Esta minha opinião não foi partilhada por grande parte dos órgãos de comunicação, que, mesmo defendendo a “vitória” de Biden, julgaram o debate declaradamente horrível. O que, se alguma coisa, me leva a concluir que ele terá corrido melhor a Trump do que me pareceu.

Dito isto, o debate não foi uma felicidade. O que, atendendo às coisas, não é difícil de explicar. Os nossos juízos políticos dão-se, pelo menos, em três planos diferentes. O primeiro é, por assim dizer, quase inteiramente negativo. Avaliam-se os riscos inerentes às posições em confronto e decide-se por aqueles que nos parecem menores. O segundo contém elementos negativos e positivos. Há a tal avaliação dos riscos, e o juízo que dela decorre, mas essa avaliação é acompanhada de uma ligação, mais directa ou mais indirecta, à questão do que é bem viver em sociedade. O terceiro e último plano é aquele que incide primeira e quase exclusivamente nesta última questão. É o plano de que tradicionalmente a filosofia se ocupa, desde Platão e Aristóteles, mas que tem um equivalente na consciência comum, por menos educada que seja. E, acrescento, a tal consciência comum tem toda a legitimidade para se pronunciar no capítulo. Em matéria política, não há “especialistas”, como em física ou em biologia. Todos temos, de forma mais distinta ou de forma mais confusa, a ideia do que é uma sociedade boa, por mais “deplorável” (para utilizar uma palavra célebre) que a posição dos outros nos pareça.

Por razões sociais e históricas, largamente comuns à sociedade americana e às sociedades europeias, este último plano tende a eclipsar-se do debate político, e esse eclipse afecta parcialmente também o segundo plano. Dito de outra maneira, a interrogação sobre a natureza da sociedade e sobre a forma que deve adoptar o bem-viver colectivo sobrevive apenas no discurso político de uma forma fruste e esfarrapada, por mais artifícios retóricos com que se tente disfarçar este simples e maciço facto. Guardadas as devidas distâncias, e atendendo às particularidades locais, o que se passa em Portugal não é grandemente distinto do que se passa nos Estados Unidos.

O debate entre Trump e Biden, por razões que transcendem largamente as idiossincrasias particulares de qualquer um dos dois indivíduos, só é praticamente susceptível de ser analisado no primeiro plano que indiquei, com uma eventual e muito superficial comunicação com o segundo. Ou, se se quiser: a sua avaliação só pode contar com critérios que incidem sobre a dimensão dos riscos que se correm. Claro que essa avaliação repousa ainda, em larga medida, sobre aquilo que cada um de nós julga ser o bom modo de viver em sociedade: a questão permanece, de direito, a questão primeira. Mas, de facto, o seu modo de existência no debate político presente é mais fantasmático do que real.

Isto tudo – e não peço desculpa pelo tempo que gastei a dizê-lo, porque me parece, com razão ou sem ela, importante – para chegar a uma conclusão relativamente simples. Ela é, como seria de esperar, essencialmente negativa. Biden não é, obviamente, um perigoso esquerdista apostado na destruição da civilização ocidental e arredores. É um velhíssimo político, nem sequer especialmente antipático (Trump é mais “antipático” do que ele), notoriamente debilitado tanto física como mentalmente. Este último aspecto não apresenta uma gravidade plena: há soluções previstas para os problemas que isso possa criar. O verdadeiro problema é que Biden arrasta consigo um Partido Democrata que, desde o segundo mandato de Obama, um homem obviamente inteligente, mas cuja acção política se revelou nefasta a vários títulos, evoluiu numa direcção catastrófica e nociva até mais não, prolongando tendências na sociedade americana desde que a chamada “esquerda académica” ganhou uma grande importância, desde finais dos anos 80, princípios dos 90.

Alguns exemplos de crenças partilhadas pela muito representativa ala esquerda dos democratas, que não deixarão em caso algum de ter consequências significativas nos Estados Unidos e por esse mundo fora, caso Biden seja eleito: admissão da tese do “racismo sistémico”, uma espécie de “melaninismo” que ocupa o lugar do defunto marxismo-leninismo, que nunca teve real significado nos Estados Unidos; desenvolvimento de uma concepção radical e selvagem do combate às chamadas “alterações climáticas”; instauração de um clima em que a polícia e as forças da ordem sejam sistematicamente encaradas de um ponto de vista adversarial; promoção da cultura do “cancelamento”, que significa nem mais nem menos do que uma tentativa de obliteração do passado e o impedimento de a “conversa da humanidade” dialogar com ele e medir reflexivamente as várias distâncias que dele nos separam; justificação de um multiculturalismo activo que se encontra muito longe de qualquer legítimo e desejável convívio com a multiculturalidade que é a condição natural do alargamento da democracia; crescimento exponencial de uma intolerância virtuosa que, por todas as razões aqui mencionadas, e por muitas outras que se poderiam acrescentar, ameaça tomar conta do todo da sociedade. Como explicava no outro dia, numa entrevista ao Figaro, um professor americano, Joseph Bottum, todas estas atitudes vêm de pessoas “que querem estar certas de ser «boas pessoas». Sabem que são boas pessoas se se opuserem ao racismo. Pensam ser boas pessoas porque se opõem à destruição do ambiente. Querem ter a boa «atitude», e essa é a razão pela qual os que não têm a boa atitude são expulsos das universidades ou do seu trabalho por razões insignificantes. Antes, era-se excluído da Igreja, hoje é-se excluído da vida pública”.

Face a isto, face à ameaça da intensificação a níveis nunca vistos de algo que já ocupa uma boa parte do nosso quotidiano, face a esse maniqueísmo que generalizadamente tomou conta dos espíritos, não vejo como não preferir uma posição como a de Trump, que finalmente representa sobretudo a barreira possível contra a verdadeira loucura que ameaça tomar conta de tudo. Dir-se-á que é uma razão inteiramente negativa. E é. Há várias coisas em que se podem dizer coisas abonatórias de Trump (em matéria de política externa, nomeadamente), mas as razões negativas são as mais prementes e decisivas. E, como eu encaro a coisa, as bastantes, pelo menos vendo o mundo a partir da Lusitânia.

ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA  AMÉRICA  MUNDO  ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS  ELEIÇÕES  POLÍTICA

COMENTÁRIOS:

Pedro Coimbra: No essencial concordo com o que diz o Paulo em mais esta notável peça de análise. Ante a barbárie do totalitarismo ideológico desconstrutivista, que se acoita por detrás de um Biden, estimável, mas totalmente fora de tempo; a civilização e a democracia liberal têm uma só opção. Acrescento, porém, que mentes rectas e independentes não podem, também, escamotear razões muito positivas para a opção Trump. Nomeadamente ao nível da notável economia americana que construiu e, obrigatoriamente, da impressionante política externa. Quanto aos activistas políticos e da "justiça social", outrora conhecidos por jornalistas e académicos, sem comentários. Atingiu-se o mais absoluto grau zero da indigência ética, moral e sobretudo intelectual. Que, aliás, não deixou, também, de se evidenciar no próprio debate presidencial, a que assisti em directo, numa estação americana. Embora se tenha obviamente que reconhecer a dificuldade que acarreta moderar tal debate, neste caso, o grau de parcialidade do moderador e a protecção permanente a Biden, ultrepassou todos os limites. Naturalmente, em caso algum sintonizo a piolheira infecta a que se refere, mas não duvido que o escabroso espectáculo a que assistiu terá sido muito pior do que só aquilo que, por educação, refere como conduta da tal Dimas e restante comandita. JORGE PINTO: De uma lucidez brilhante! Bravo!...................

Cipião Numantino: Notável artigo de PT. Afinal, mais um! Vi o debate e, confesso, fiquei estarrecido! Fiquei com a estranha sensação que, semelhantes personagens, oscilariam entre os protagonistas do filme "Dr. Strangelove" e "O rei dos Loucos", estranha película com história rebuscada de uns quantos loucos que tomaram um castelo francês como refúgio e desataram a gritar que toda a comunidade lá fora, estaria todinha completamente louca. Numa espécie de ambivalência de tipo Roque e Amiga, fiquei esclarecido e perguntei a mim mesmo "Quo vadis América?". É mesmo de ter medo ao susto mas, entre dois doidos, terei que chegar à sensata escolha de escolher o mal menor. E creio, ser essa mesma ideia, que perpassará pela mente de muitos americanos e, daí, pensar eu que acabará por ganhar o Trump. Quanto mais não seja porque, justiça lhe seja feita, Trump diz claramente ao que vem e, Biden mais a sua entourage, não são mais que uma caixa de Pandora que depois de aberta poderá trazer vários males ao mundo em que vivemos. Tenho pena da sociedade americana e dos destinos a que em minha opinião terá como desiderato. Diz-nos a História que é assim que acabam os impérios. As suas próprias contradições internas levam-nos à sua própria auto-destruição. Tenho-o várias vezes escrito, que o que faz falta é umas quantas guerras pelo mundo ocidental. Esta é aliás uma visão que obviamente não desejo, mas que serviria como escape para ocupar uma parte da sociedade que, belicosa por opção e ideologia, eliminaria as suas evidentes frustrações e, como costuma dizer o povão, arranjaria assim suficiente sarna para se coçar. Tenho aliás também para mim que, desde sempre nos prova essa mesma História, que um dos maiores perigos que podem afligir as sociedades desenvolvidas é, sem sombras de dúvidas, a fartura e a consequente preguiça. E alguns imperadores romanos, por exemplo, deixavam a turba em Roma praticar diligentemente a parasitagem e a ociosidade (o célebre "panem et circenses") mas obrigavam os povos "socii et amici" submetidos à pax romana, como se diria por aqui em linguagem popularucha, a bulirem. Outro tanto faziam em relação às legiões que, em tempo de paz, eram obrigadas a construírem estradas e pontes, que ainda nos dias de hoje provocam o nosso obrigatório espanto. Havia excepções, claro, de que é exemplo a célebre Guarda Pretoriana que permaneciam em Roma e que, em completo ócio, por vezes, lhes dava para ajudarem a depor imperadores ficando como perfeito exemplo disso mesmo, o célebre ano dos 6 imperadores que, como a própria designação o indica, conseguiram colocar no poder em Roma em um só ano ... 6 imperadores! Por curiosidade direi que este pitoresco evento começou com o imperador Maximino (o Trácio) em 238 DC e que tinha alcançado o poder cerca de três anos antes, a que se seguiu uma revolta no norte de África que levou ao poder Gordiano I com 80 anos de idade a que se seguiu o seu filho Gordiano II tendo o reinado dos dois juntos durado somente 20 dias. Estalou uma revolta depois na Numídia (também norte de África) e o filho foi morto em batalha e o pai enforcou-se. Entretanto, o antes deposto Maximino Trácio, segue com as suas legiões pronto a invadir Roma tendo assim o Senado sido obrigado a nomear como co-imperadores dois senadores muito idosos Pupieno e Balbino. Entretanto, perante a revolta popular contra estes dois imperadores é colocado no poder Marco António Gordiano Pio, que não era mais senão o neto de 13 anos de idade de Gordiano I que, lembro, se havia enforcado. Portanto, no espaço de um ano temos Maximino Trácio, Gordiano I, Gordiano II, Pupieno, Balbino e Marco António Gordiano Pio (Gordiano III). Tomei-vos algum tempo a lerem esta curiosidade histórica, mas aparte a curiosidade da questão, quis fazer meditar onde nos levam situações em que o poder se torna difuso e a ociosidade e a parasitagem se tornam permanentes modos de vida. Aqui chegado, apetece-me dizer que como se passou a dizer a dizer em Portugal após a Viradeira (designação pela qual ficou conhecida a reversão da situação política praticada pelo Mq. de Pombal após a sua expulsão com a chegada ao poder de D. Maria I) em que povo frequentemente lamentava " mal por mal, antes Pombal"! E é isso, mal por mal, antes Trump. Porque afinal, e ao contrário do bailarino i.d. iota do Obama, quantas guerras ele promoveu? Ao que sei conseguiu promover recentemente a paz entre Israel e alguns potentados árabes. E o Kim coreano foi colocado, pela primeira vez, em relativo sossego. Por sua vez, o perigo emergente da China totalitária, tem alguém que lhe fala grosso e, en passant, sossegou-se o Japão sob pena de os "alemães do oriente" fazerem uma corrida às armas e comerem de cebolada os arrogantes chinocas! Pois é, repito, mal por mal antes Trump. E se eu fosse americano não hesitaria em escolher, antes de entregar o país a um tonto esquerdista que, no debate, afirmou que a polícia, vejam bem, deveria levar um psicólogo cada vez que tivesse de enfrentar marginais! Fujam de gente desta, como o diabo da cruz!... Cipião Numantino:Em termos de política externa, que é o que mais nos afecta, o turno de Trump está claramente melhor do que o de Obama-Biden-Clinton. No campo económico, pela primeira vez a hegemonia chinesa está a ser enfrentada e contestada como a exploração desleal que é. Essas são as questões práticas que nos interessam. O resto é estilo pessoal e mentirosos a chamar de mentirosos outros mentirosos. A árvore conhece-se pelos frutos, lá diziam os antigos. Os homens também. Palavras, leva-as o Séc. Geral da ONU... para o pântano.   Cipião Numantino > José Paulo C Castro: Certíssimo, caro José Paulo. Percebe-se que o homem é estranho, mas lá que não fica sentado à sombra da bananeira dá para entender. No fundo o que amedronta os esquerdosos é que o homem os topa. E eles percebem justamente isso e, daí, o ódio de estimação que lhes dedicam. Trump fala-lhes curto, conciso e grosso e é isso justamente que os baralha, habituados que estão a paninhos quentes. Como dizem no Brasil eles percebem que são uns bostas e, tal suposição, amedronta-os próximo do pânico!...   Gens Ramos: Não sou partidário da política de Trump. Contudo, sei que vai ganhar. Para se conseguir derrotar uma política como a do presente, é necessário muita perspicácia e sabedoria. O dinheiro não chega. Isto, porque, um homem/indivíduo equivale a um voto. Nos EUA existem, salvo erro, 40 milhões de indivíduos a baixo do limiar da pobreza, infelizmente com pouco acesso a uma educação verdadeiramente eficaz; assim, decidem pelo imediatismo e não pela razão.   Kifas Ribeiro: Registe-se, para memória futura, que este articulista defende a chantagem de Trump sobre Portugal em negócios do nosso país com os Chineses. Só pode, perante tanto apoio a Trump.   Antonio A. Fonseca > Kifas Ribeiro: O que é que a China fez/ameaçou a quem quis investigar a origem do Covid19? Não é pior? Ahh, pois, a China é boa e os US são maus!!!   Lourenço de Almeida > Kifas Ribeiro: É pena Portugal ser tão rigoroso com as condições em que são produzidos os bens em Portugal e preocupar-se tanto em defender a sua relação comercial com um país onde se está perto de situações de escravatura e onde não há qualquer respeito por propriedade intelectual, ou seja, onde se rouba descarada e institucionalmente.  Carlos Quartel: O autor é corajoso. Argumentar sobre a sua preferência por Trump, para os leitores habituais, é quase sacrilégio. Claro que os USA mudaram com Obama, o seu desprezo pela Europa é nítido e o seu recolhimento às suas questões internas, graves e profundas, começou com Obama e o seu projecto de promoção dos negros. Nada de negativo, mas chocou com o mais profundo sentir da população branca. Uma questão em aberto, a convivência e justiça numa sociedade pluri-racial. Não só nos USA, mas também no Brasil ou na África do Sul, onde, por certo com desconhecimento de muitos. 10% da população branca vive em bairros de barracas, discriminados pelo poder negro. Está por provar que essas sociedades multi-raciais possam funcionar em harmonia.......Maria Alva: A personalidade e modos de Trump são deploráveis, mas o que hoje representa Biden e o Partido Democrata, com a inefável Pelosi à cabeça, faz-nos desejar uma vitória Republicana.   bento guerra: A obsessão anti-Trump é tal, que nem vêem que Biden não é uma escolha dos Democratas, mas um "resto" de uma equipa menor   Ana Ferreira: Podia PT ter, não tem,  toda a razão do mundo que, mesmo assim, a prática de Trump justifica a sua expulsão a (quase) qualquer preço!   José Paulo C Castro > Ana Ferreira: Podia Trump ser o pior do mundo que o facto de você ser contra ele melhora-o substancialmente. Lourenço de Almeida > Ana Ferreira: O diálogo - seja ele qual for, antes era inexistente - com a Coreia do Norte? O tentar por a China na ordem? O conseguir a paz entre Israel e mais dois estados árabes ou o pleno emprego nos meses anteriores à Covid? Ou terá sido a proposta de confinamento e proibição de entrada de passageiros de determinadas origens antes de mais alguém o fazer?   psssttt psssttt: o que está em causa , não apenas nos USA, mas em todo o mundo ocidental, é uma resistência contra um inimigo doméstico apostado em destruir a cultura ocidental e, por conseguinte, a Liberdade. Lourenço de Almeida > psssttt psssttt: Sim. São os deserdados desse embuste chamado marxismo ou socialismo dito científico, que mais do que quererem aplicar aquilo em que no fundo nunca foi possível acreditar totalmente, querem sobretudo destruir quem nunca embarcou nessas estupidezes e conseguiu manter o mundo livre.  Mario Areias: Excelente artigo como sempre. Já ontem comentei aqui que o partido democrata americano está minado por essa esquerda académica muito perigosa e por isso, para quem é de direita, a opção por Trump é óbvia. Aliás estas novas aproximações ao marxismo como as alterações climáticas, o racismo etc. estão a provocar uma reacção do outro lado com os movimentos de extrema-direita e que mais cedo ou mais tarde, vão ocupar o espaço político deixando os moderados "órfãos" do seu espaço. Olhando a Europa já começamos a vislumbrar um pouco deste cenário quer na Polónia e na Hungria, quer nos movimentos de extrema direita que crescem por toda a Europa. Infelizmente a democracia com a sua ditadura do voto esqueceu-se de governar.   Lourenço de Almeida > Mario Areias: O problema não são as alterações climáticas. Sempre existiram e continuarão a existir, provocadas pelos homens ou por fenómenos naturais. O Oceano já esteve 100 metros abaixo do nível actual e partes de África que actualmente estão a mais de 1000 metros de altitude já estiveram debaixo de água. O problema são as propostas para lidar com as alterações climáticas - e já agora, com o Covid e com muitos outros temas - que, para a esquerda, passam sempre por destruir a sociedade, a economia, a família e tudo aquilo de que se lembrarem porque essencialmente são uns ressabiados que acham que todo o mundo é responsável pelos seus sofrimentos - normalmente suavíssimos - e pelas famosas "desigualdades" que dito de outra forma, representam simplesmente o facto de serem intrinsecamente invejosos e sofrerem - sofrem realmente - por haver quem tenha mais sucesso do que eles.   Nuno Alves: exactamente a minha opinião. Pouca gente na América gosta pessoalmente de Trump, mas vão votar nele porque o "New Deal" se apoderou do Partido Democrata. Até os latinos estão a transferir o voto para o Partido Republicano. Não querem os EUA transformados numa Cuba. A esquerda americana é tão narcisista que não compreende que o que assusta as pessoas e as faz votar Trump, é a própria esquerda.,,,,Renato Ribeiro: A dada altura lê-se: O verdadeiro problema é que Biden arrasta consigo um Partido Democrata que, desde o segundo mandato de Obama, um homem obviamente inteligente, mas cuja acção política se revelou nefasta a vários títulos, evoluiu numa direcção catastrófica e nociva até mais não, prolongando tendências na sociedade americana desde que a chamada “esquerda académica” ganhou uma grande importância, desde finais dos anos 80, princípios dos 90." Este mesmo problema não ocorre com Trump? (aqui com o partido republicano a desistir de existir - vide última convenção)    Adelino Lopes. Vendo daqui, da Lusitânia pátria, será que ainda não iremos agradecer ao Trump este afastamento dos EUA relativamente à Europa? Sim, porque a tudo o que disse o PT (as tais causas fracturantes), temos de acrescentar o radicalismo exacerbado dos anarquistas, não é? Ou seja, será a Europa o verdadeiro reduto da democracia? Ou será que até na Europa a esquerda radical irá assentar arraiais nos governos? Este é o meu maior receio.   Lourenço de Almeida > Adelino Lopes: Nem percebo que faça a pergunta sobre se a esquerda radical virá a assentar arraiais nos governos. Não temos tido um governo partilhado com um partido Marxista-Leninista e um partido Trotskista?   Jache Ega: Um pouco de bom senso, enfim !mAinda não se percebeu bem a nocividade do Obama e seguidores, e do que pode resultar dali ... islamo-esquerdismo da pior extremidade !   Rui Lima; Biden e Trump são consequência do que aí vem , os democratas hoje são a soma das minorias, os republicanos o povo branco projecções dizem que em 2040 as minorias serão a maioria, a promessa do muro era importante iria atrasar a invasão . Acredito que em 2050 os USA terão uma nova guerra civil, só vendo esta realidade é possível compreender porque aparecem estes candidatos. (Nas antigas províncias da URS , está neste momento a acontecer uma guerra brutal entre cristãos e muçulmanos mas toda a imprensa lhe dá outro nome , as misturas são explosivas isto é uma pequena amostra do que nos espera )   Ahfan Neca: Até que enfim que este jornal publica um artigo decente sobre as eleições nos EUA. Tinha que vir de si, Tunhas.   MaxMartins Martins: Bem...quem defende o Trump... nem acrescento mais nada......João Sousa > MaxMartins Martins:E em que medida é defender Biden melhor? Um senhor ligado a negociatas obscuras, que não conseguiu criticar quem andou a pilhar cidades americanas. Que culpa Trump da desgraça nos estados com governadores democratas, os mesmos governadores que disseram que lá mandavam eles quando Trump tentou interferir? É que um dos cavalos de batalha dos democratas é culpar Trump por todos os mortos COVID. No contexto em que vivemos, há desonestidade maior que essa? Se Trump é uma nódoa, o que dizer de Biden?  João Sousa: Concordo em absoluto, pois esta esquerda absolutamente louca é a maior ameaça real à democracia no mundo ocidental. É esta esquerda que pretende acabar com a liberdade de expressão e que promove a cultura do cancelamento, uma cultura de julgamentos na praça pública, e como diz o cronista, de “neo-excomungação     fernando fernandes: Aproveitar os debate para ameaçar o Brasil, foi muito baixo. Biden faz parte dum grupo muito pouco recomendável.   Nuno Borges: Uma vitória de Biden seria uma vitória para Moscovo e para a sua política de expansão a ocidente. Seria entregar a Europa ainda mais nas mãos da esquerdalha. ……………………………………….

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