Da tese do texto anterior, com exemplificação não qb.
OPINIÃO
A expansão da República Socialista Portuguesa
Está mais do que visto que este país não é para gente
independente.
JOÃO MIGUEL
TAVARES PÚBLICO, 6 de Outubro de 2020
Este
fim-de-semana ofereceu-nos mais duas notícias da expansão imparável da
República Socialista Portuguesa, que a cada dia que passa vai conquistando mais
território, mais cargos, mais poder. Uma dessas notícias foi a
não-recondução do presidente do Tribunal de Contas, Vítor Caldeira, que estava a ser desde 2016 uma das mais incómodas
pedras no sapato do Governo, e cuja independência já tivera o condão de irritar
ministros, presidentes
de câmara e o próprio
António Costa. Ainda há dias, o Tribunal de Contas alertara para o facto de a simplificação do
código de contratação pública que o governo deseja aprovar ser “susceptível de contribuir para o crescimento
de práticas ilícitas de conluio, cartelização e até mesmo de corrupção na
construção pública”. António
Costa aproveitou para telefonar a Vítor Caldeira
informando-o de que não contava com ele para mais mandatos à frente do Tribunal
de Contas.
Se
já é bastante bizarro ser o governo a escolher o nome que preside a uma
entidade cuja função é fiscalizar o governo, o primeiro-ministro veio agora
justificar a não-recondução com um “princípio de não-renovação de
mandatos nestas funções” que ele
acabou de inventar. No caso da procuradora-geral da República Joana
Marques Vidal, a
desculpa, se bem se recordam, foi que o seu mandato
era longo e, portanto, deveria ser único (apesar de isso não constar na lei).
Só que o mandato do presidente do Tribunal de Contas é
de quatro anos, e Guilherme
d’Oliveira Martins, antecessor de Vítor Caldeira, cumpriu três
mandatos consecutivos, entre 2005 e 2015 – ou seja, em 2013 até foi
reconduzido no cargo pelo governo de Passos Coelho, num daqueles momentos de
decência institucional que vão sendo cada vez mais raros. Vítor Caldeira, apesar
de escolhido pelo PS em 2016 (saudosos tempos em que António Costa ainda se
preocupava em mostrar algum decoro nas suas nomeações), após três mandatos como
presidente do Tribunal de Contas Europeu, não foi suficientemente manso na sua
actividade para os exigentes critérios socialistas, e acabou corrido. Mais uma
prova, se ainda mais provas fossem necessárias, de que quem se mete com o PS,
leva.
Está
mais do que visto que este país não é para gente independente – mesmo que a palavra “independente” esteja escrita nos
cargos em que o PS enfia os seus boys e girls. O fim-de-semana trouxe-nos uma outra
notícia, que infelizmente passou mais despercebida, sobre o Conselho
Geral (alegadamente) Independente da RTP. O governo
já lá tinha enfiado o devoto embaixador Seixas da Costa em 2017. Agora vai
enfiar o beato Arons de Carvalho. E, entretanto, fomos informados que Manuela
Melo, mais uma ex-deputada do PS, vai ser cooptada pelos restantes. Em seis
membros, pelo menos três são socialistas declarados. Comparem o novo Conselho
Geral com o original, de 2014, e apreciem como a obsessão socialista pelo
controlo de tudo aquilo que mexe vai destruindo e abastardando uma ideia
estimável.
Nos primeiros anos de António Costa
como primeiro-ministro, Joana Marques Vidal era PGR, Teodora Cardoso estava à
frente do Conselho das Finanças Públicas, o Banco de Portugal ainda não estava
nas mãos de Mário Centeno, o Conselho Geral Independente da RTP era
independente e o Tribunal de Contas escrutinava o governo. Vejam o estado em
que estamos em 2020, comparem o nível de compadrio do governo Costa com o do
governo Passos Coelho, e depois digam-me que é tudo igual. Continuemos a
dormir, que vaificartudobem.
TÓPICOS: OPINIÃO
GOVERNO FINANÇAS PÚBLICAS TRIBUNAL DE CONTAS ANTÓNIO COSTA PS CORRUPÇÃO
COMENTÁRIOS: antóniamira INICIANTE: Se me permite a precisão : República Socialista
Maçónica-Mediática-Criptocomunista. Por favor, não conspurque e deixe Portugal
fora disto, que ontem celebrou magníficos 877 anos de uma história sem igual, e
que haverá de encontrar força e talento para se libertar do lodaçal amoral em
que o têm vindo a enterrar, ao longo dos últimos 25 anos. JORGE COSTA EXPERIENTE: Caminhamos todos alegres para a Mexicanização deste
nosso Pais. É assim em vários países com democracias mais antigas que a nossa,
mas assistir a sucessivas sondagens em que o PS e seus aliados continuam em
alta, apenas me faz sentir que este País não é para pessoas de direita ou mesmo
independentes. Temos ao lema deste pequeno e insano Pais um habilidoso que se
mantém no poder porque consegue dois líderes fracos e igualmente habilidosos
aceitarem políticas que nos vão desfazer a economia. Catarina (a louca!) e
Jerónimo (o jurássico) são dois líderes fracos que apenas se mantêm à tona
porque temos um António Costa que lhes dá a mão. Se antes havia um PPC a
combater, hoje é apenas o poder por poder. Vergonha!.... E venham lá os fundos
para distribuir pelos amigos!!
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