Da literatura sul-americana, que Jaime Nogueira Pinto se dá ao
extraordinário esforço de reproduzir, o que também só um verdadeiro “crânio” se
lembraria de fazer, como o faz Jaime
Nogueira Pinto, verdadeiro “crânio”, neste seu acumular de factos e de
“heróis”, mais ou menos reais, para condenar o que por aí vai de vencedores do
poder, reis dos reis, tantas vezes apalhaçados, de ambições pequeninas ligadas
ao seu mundo pequenino, o que lhes dá uma reduzida dimensão – nada a ver com os
poderosos ditadores de outrora, avassaladores do mundo, construtores de glória,
que deixaram obras… perecíveis sim, mas espalhando frutos, tudo se reduzindo,
afinal, à consciência da “Animula vagula,
blandula” como teve o imperador Adriano,
no seu final. Um verdadeiro ensaio moral, de síntese literária, para concluir
na reflexão humanista poderosa, de confronto entre homens e épocas, esta
crónica fascinante de trabalho e arte, de Jaime Nogueira Pinto.
História e ficção em "tempos
duros" /premium
A literatura de Ditador seduz os
modernos precisamente por nos colocar perante seres e situações que achávamos
terem acabado no Mundo Antigo - o poder arbitrário dos “Doze Césares”, dos
“reis loucos".
JAIME
NOGUEIRA PINTO
OBSERVADOR,
09 out 2020
“Soy realista, en mis novelas
trato siempre de mentir con conocimiento de causa.” Mario Vargas Llosa
Mario Vargas Llosa (Arequipa, Peru, 1936) é um dos maiores escritores
do nosso tempo, com uma obra novelesca diversa e extensa, publicada ao longo de
mais de meio século, que lhe valeu em 2010 o Prémio Nobel da Literatura. A
diversidade da obra está nos géneros que explora, desde a novela
erótica e pícara, como em Elojio
de la Madrasta e Pantaleón
y las Visitadoras, ou La
Tia Julia y el Escribidor, à
narrativa histórico-política, como no
magnífico exemplo de “romance de ditador” que é La Fiesta del
Chivo; ou à evocação
da epopeia de Canudos no Brasil dos finais do século XIX, em La Guerra del Fin del Mundo.
A
“Literatura de Ditador”
Tiempos Recios, Tempos Duros, na edição portuguesa, centra-se
num episódio da Guerra Fria: a queda do governo de Jacobo Árbenz
na Guatemala, em 1954, uma queda ligada ao início da intervenção
norte-americana na América Central, no quadro do conflito Ocidente-URSS. A recém-fundada CIA, com algumas tentativas falhadas de virar regimes
comunistas, nomeadamente na Albânia, foi o instrumento da operação.
Curiosamente, o homem no terreno da Agência começou por ser Howard Hunt, depois celebrizado pelo caso Watergate.
O
outro romance histórico de Vargas Llosa próximo deste, La Fiesta del
Chivo, entrava perfeitamente na categoria de
“Literatura de Ditador”, onde figuravam Yo el Supremo, de Augusto Roa Bastos (sobre o caudilho
paraguaio, Dr. Rodriguez de Francia) e El Recurso del Método, do admirável
novelista cubano Alejo Carpentier, que traçava um retrato-tipo
de ditador esclarecido, possivelmente
inspirado no mexicano Porfírio Diaz.
Antes
tinham aparecido outros romances do género, como El Señor Presidente, de Miguel Angel Asturias, recriando o regime de Manuel Estrada Cabrera, que
governou a Guatemala no primeiro vinténio do século XX. Asturias foi também Prémio Nobel em 1967. Nesse mesmo ano de 1967, Alejo Carpentier, Julio
Cortazar e Miguel Otero Silva juntaram-se para um projecto que denominaram “Os
Pais da Pátria” e que pretendia fazer retratos de ditadores. Daqui sairiam
alguns dos mais célebres romances do género. Tinha havido percursores no
século XIX, como o Facundo, de Domingo Faustino Sarmiento, escritor e
político argentino que, a partir do caudilho argentino Juan Facundo Quiroga,
pretendia retratar o ditador Juan Manuel de Rosas, que governou entre 1829 e
1853.
Um
espanhol, Ramón Valle-Inclán, escrevera
em 1926 Tirano Banderas. E um italiano, Alberto Moravia, publicaria em 1941 uma divertida sátira, La
Mascherata, que foi vista como um retrato de Mussolini numa república da
América Central.
Vargas Llosa já se tinha
iniciado no género com Conversación en la Catedral (1969), em que contava o
quotidiano do Peru sob a ditadura do general Manuel Odría. E depois da Fiesta
del Chivo, regressou o ano passado ao tema com Tiempos Recios.
Vargas Llosa sabe bem
que, segundo as regras do género, tal como as definiu Umberto Eco em Seis
Passeios pelos Bosques Narrativos, um romance histórico não pode ser
contra-histórico, ou seja, não pode contrariar o acontecido, embora possa
introduzir novas personagens ou mesmo alterar as causas de alguns factos. Assim, o livro começa com uma apresentação de duas
personagens que serão decisivas para o desenvolver da história, e que até hoje
estavam na sombra.
Das relações públicas na política
O
autor introduz aquelas que são “provavelmente as duas pessoas mais
influentes no destino da Guatemala e, de certa forma, de toda a América Central
no século XX, Edward L. Bernays e Sam Zemurray, duas personagens que não
podiam ser mais diferentes uma da outra, por origem, temperamento e vocação”.
Bernays e Zemurray são pessoas reais,
dois imigrantes judeus nos Estados Unidos:
sobrinho do Sigmund Freud, Bernays era de família rica e foi um dos pioneiros
da publicidade e das relações públicas; Zemurray vinha da Europa Oriental e
subira a pulso, até chegar a dirigente da famosa United Fruit Company, a
companhia americana que cultivava bananas nas repúblicas das mesmas.
Zemurray
tinha trazido a banana para a América do Norte e com isso ficara milionário,
mas a sua riqueza e uma vasta rede de relações que se estendia das Caraíbas à
Colômbia, passando pelos pequenos países da Centro América, não perturbaram o
seu realismo de filho do “povo eleito” e a consciência do mau nome no mercado
da United Fruit. De
“Fruteira” a “Polvo”, chamavam-lhe tudo. Zemurray tinha lido no livro Propaganda
de Bernays, de 1928:
“A
consciente e inteligente manipulação dos hábitos organizados e das opiniões das
massas é um elemento importante da sociedade democrática. Aqueles que manipulam
esse mecanismo desconhecido da sociedade constituem um governo invisível, que é
o verdadeiro poder no nosso país… A minoria inteligente precisa fazer uso
contínuo e sistemático da propaganda.”
Encontrou-se
com ele em 1948 e começaram a trabalhar juntos nesse mesmo ano. Apesar de
convencido da inexistência de qualquer perigo comunista na Guatemala, Bernays
resolve então lançar um maquiavélico programa para convencer desse perigo a
opinião pública americana. E
porquê? Porque o fantasma do comunismo era
o grande dissuasor, nos Estados Unidos, de qualquer apoio aos presidentes
reformistas e porque as reformas modernizadoras e democratizantes de Arévalo e
de Arbenz tinham sido e seriam prejudiciais para a United Fruit, que não pagava
impostos e pagava salários de miséria aos seus trabalhadores. É
chocante e impressionante, no
nosso tempo de suprema manipulação, do grande reality show orwelliano que nos
vem dos noticiários mundiais e locais – por exemplo, na “cobertura” da
campanha eleitoral americana para as presidenciais – redescobrir estes métodos
e projectos.
Pois
vai ser com base nesta estratégia e nestes interesses da dupla Bernays-
Zemurray que a História se desenrola, pelo menos
na história contada por Vargas Llosa.
Na
narrativa, que vai seguir a História embora lhe vá introduzindo histórias,
Zemurray e Bernays, através desta manipulação da imprensa liberal – do Washington
Post, do New York Times, da Time – conseguem convencer a opinião pública
norte-americana que o governo do presidente Jacobo Árbenz Gusmán é um governo pró-comunista que quer trazer
os soviéticos para a América Latina. A partir daí, os irmãos
Dulles – John Foster Dulles, Secretário de Estado, e Allen Dulles, Director da
CIA – obtêm o assentimento do Presidente
Eisenhower para derrubar o governo da Guatemala.
Na
sua arte de jogador de espelhos, Vargas Llosa aparece no fim do livro a visitar
Martita; está convencido da falsidade desta história inventada por Bernays:
Árbenz não era comunista, era um reformista que pretendia mudar um pequeno país
feudal, em que a United Fruit não pagava impostos e em que a maioria da
população eram índios sujeitos a uma quase servidão. Nessa política, Árbenz
seguia o seu predecessor Juan José Arévalo, eleito democraticamente em 1944,
que se inspirara no New Deal de Roosevelt.
Como
os grandes cozinheiros, os grandes escritores têm segredos. Normalmente
gostamos do resultado, do que nos servem, mas às vezes e apesar das longas
exegeses dos estudos críticos ficamos sem perceber todos os ingredientes e,
sobretudo, as medidas da mistura.
O
que é verdade e o que é invenção? Quais as personagens que são reais e quais as
fictícias? E dos movimentos de uns e de outros, o que é realidade e o que é
fantasia?
Não
é fácil de destrinçar, quer na boa literatura, quer na alta cozinha. Em livros
anteriores, em Conversacion en la Catedral e em La Fiesta del Chivo, Vargas
Llosa contou outros cenários de ditadura, um à volta de um ditador menos conhecido, Manuel
Odría, no Peru, e outro
daquele que é talvez o mais famoso ditador da moderna América Latina – D.
Rafael Leónidas Trujillo, da
República Dominicana.
Ressentimento e
Vingança de D. Rafael Trujillo
Segundo
Vargas Llosa na apresentação pública de Tempos Duros, em Madrid, Trujillo está também ligado a este seu último romance, já que
foi graças à confidência de alguém num jantar na Cidade da Guatemala que o
escritor tomou conhecimento, com surpresa, de que o ditador dominicano teria
sido o mandante da morte de Castillo Armas, o homem que, com a ajuda da CIA e
cumprindo o guião de Bernays e da United Fruit, derrubara Árbenz em 1954.
E
porquê Trujillo? Porque Trujillo,
tal como Somoza da Nicarágua, ajudara Castillo Armas com dinheiro, com
armas, com recursos humanos até. E queria, como contrapartida, três
coisas – ser convidado para uma visita oficial à Guatemala, receber a
condecoração mais alta do país, o Grande Colar da Ordem do Quetzal, e que lhe
fosse entregue vivo um dirigente dominicano da oposição, que ali se refugiara.
Pedidos relativamente modestos, embora possamos ficar a pensar, com
(justificada) apreensão, no destino do “refugiado vivo”.
Mas
Castillo Armas, uma vez no poder, mostrara-se ingrato com o seu benfeitor: nem
visita, nem Grande Colar do Quetzal, nem refugiado oposicionista. Pior, segundo
os relatórios do embaixador dominicano na Guatemala, quando bebia, o
Presidente da Guatemala fazia troça da família Trujillo, particularmente do
filho mais velho, Ramfis, um playboy de vida airada por quem o pai, que o
fizera aos três anos coronel do Exército dominicano, tinha especial carinho.
Dizem
que D. Rafael Leónidas não ligava muito ao mal que dele diziam, mas que se
enfurecia quando lhe atacavam a família. Ora Castillo Armas, não só nada fizera
para responder aos pedidos de Trujillo, como ridicularizava publicamente
Ramfis, o seu filho muito amado. E é deste azedume que – segundo o
autor – nasce a intriga de Tempos Duros.
O
instrumento de vingança de Trujillo teria sido Johnny Abbes Garcia, uma
figura real e sinistra de esbirro do ditador dominicano que chegou a chefe do
SIM – o Serviço de Informação Militar. Na posse desta revelação, o autor
introduz na narrativa Abbes Garcia – que Trujillo envia como Adido Militar à
Guatemala com a missão de liquidar Castillo Armas. Abbes Garcia, que aparece
como uma espécie de marginal, poderoso mas tímido, mal-enjorcado e com um quê
de tarado sexual, cumpre a missão, socorrendo-se de cumplicidades locais, mata
Castillo Armas e escapa. E nessa mesma noite, depois de ajudar a amante do
próprio Castillo Armas, Martita Borrero, a sair do país, possui-a
desalmadamente.
A
arte culinária novelesca de Vargas Llosa está também no tempo e no modo de
contar esta intriga, um híbrido de realidade e fantasia, de História e de
ficção. Às vezes há
saltos cronológicos e diálogos futuros antepõem-se a eventos por relatar; e é
por essa mágica culinária do mestre-escritor, pela sua “endiabrada sabedoria”,
que Vargas Llosa nos conduz através de uma teia de tempos e lugares que, no
fim, se torna inteligível. E no meio, arrastados pela acção
(embora haja compassos de espera da narrativa factual que demoram) estamos
demasiadamente entretidos a saboreá-la para nos determos a descriminar sabores.
É
Martita, a amante de Armas e o objecto de desejo de Abbes Garcia, a personagem
fictícia que vai ligar a história – a Guatemala pré-Árbenz, a chegada de
Castillo Armas, o fim do ditador, a República Dominicana dos Trujillo, o
posfácio em que parte da história contada é posta em causa num diálogo entre a
Martita já velha e retirada nos Estados Unidos, perto de Langley, e o próprio
Vargas Llosa. Martita
Borrero “a quien, desde la cuna, por bella, viva y vivaracha apodaron Miss
Guatemala” é, assim, a Ariadne desta história.
É seduzida adolescente por um velho amigo do pai, fica de esperanças, é
obrigada a casar com ele e foge dele para os braços de Castillo Armas, de quem
é a amante oficial. Quando o Presidente é asassinado, foge outra vez, ajudada
pelo tenebroso Johnny Abbes.
No seu tom flaubertiano, Vargas
Llosa vai também exercer aquela justiça que, às vezes, a História traz
imanente: o “mau” Abbes Garcia, elevado por
Trujillo a chefe todo-poderoso das Secretas, cai com a morte do velho ditador,
assassinado em 1961, segundo La Fiesta del Chivo. Abbes fica errando
pelo mundo com a família, mas volta às Américas caribenhas, desta vez ao Haiti
de “Papa Doc”, como consultor em métodos de extrair confissões. Mas ali vai
morrer às mãos dos mais cruéis entre todos os cruéis capangas, os sinistros
Tonton Macoutes, do ditador haitiano “Papa Doc”, Duvalier. Martita não
confirma, no fim, esta versão. Diz que lhe mudaram a cara e o malvado também
escapou para os States.
Antigos e Modernos
Porque nos fascinam tanto estas
histórias de ditadores de repúblicas bananeiras ou petroleiras, os Rosas, os
Francia, os Trujillo, os Somoza, os Duvalier, os Baptista, os Odria, os Marcos
Pérez Jiménez? Ou
os do outro lado, como Castro ou Chavez? A literatura
de Ditador seduziu os modernos precisamente por nos colocar perante seres e
situações que achávamos terem acabado desde o Mundo Antigo – o poder arbitrário dos “Doze Césares”,
dos “reis loucos” dos contos medievais, dos condotieri italianos do Cinquecento.
Instalados num poder quase absoluto, com um lado de tarados e
caprichosos, há também neles um “factor
humano” ligado ao dinheiro, à família, ao sexo, até ao desejo fútil de
condecoração.
Mesmo as tiranias europeias modernas, de Hitler ou Estaline, não
tinham o carácter arbitrário, grotesco, intuitivo, irracional destas
personagens. Nas execuções do Despotismo Iluminado, dos regicidas, por exemplo
de Damiens ou dos Távoras, há sadismo mas é um sadismo que ainda tem a ver com
alguma racionalidade de razão de Estado, que procura ser exemplar e dissuasora. Assim como sobre os horrores dos campos
de morte hitlerianos e comunistas, da URSS à China de Mao ou ao Cambodja dos
Khmers Vermelhos, paira um certo
racionalismo totalitário, um terror
absoluto e implacável, que desindividualiza o mal.
Aqui, nestas Américas hispânicas – deixamos o Brasil para outra vez
– há microtiranias com altos e baixos,
estes ditadores assustadores e apalhaçados, ávidos de dinheiro, de poder, de
sexo, são humanos, demasiado humanos, na sua maldade e vícios.
E Tempos
Duros de Vargas Llosa
é uma bela narrativa desse mundo, das
suas paixões e contradições, dos seus crimes e dos seus castigos – e também do nosso, em que os
mestres-cozinheiros da História e das histórias continuam a deixar-nos tantas
certezas como dúvidas.
(Mario
Vargas Llosa, Tempos Duros, Quetzal, Lisboa, 2020)
COMENTÁRIOS
Vasco Barbedo Costa: Sobre a sui-generis aliança entre os interesses do capital financeiro e os
radicais extremistas: reflictam sobre a geopolítica dos anos 30 do séc. XX e
sobre o sistema económico do totalitarismo Nazi. António Duarte: Crónica sóbria e realista sobre
o que são hoje a política e os media por todo o lado e as suas agenda
escondidas Maria Alva: Excelente e objectiva análise,
na qual JNP não se deixa influenciar pelo histerismo anti-Trump veiculado ad
nausea "pelas agências regionais da CNN e do New York Times - SIC,
IMPRESA, LUSA, etc" (citação retirada de um comentador deste jornal) Antes pelo contrário: A lógica dos
socialistas/comunistas, é dominar pelo medo, inventando inimigos e erigindo-se
em guardiões da sociedade, acabando por perseguir todos aqueles que não se
enquadrem no seu modelo. O mecanismo totalitário é o mesmo, quer se trate da
extrema-direita ou da extrema-esquerda. Chegámos ao ponto em que o
"apoderamento" das instituições, do ensino, da comunicação social e
do espaço público - fisico, mediático e cultural - pela esquerda, assume
tamanhas proporções de intolerância, que estamos a entrar numa sociedade
repressiva ao mais alto nível. O efeito vai ser propiciar a resposta do seu exacto
contrário, ou seja da extrema-direita. Não é em vão que se produzem
"proposições" como "matar fascistas", ou
"racistas", ou insultar de "fascista" qualquer pessoa que
não ceda às exigências da "esquerda", não ande de cravos na lapela,
ou não levante imediatamente o braço de punho cerrado, a gritar... "viva o
25 de abril" ou "o povo unido é quem mais ordena"...!!!
É que tal como o
"Heil Hitler", ou o "Viva Estaline", etc... estas coisas
pagam-se!!! Marie de Montparnasse: Magnífica descrição dos
candidatos. A escolha dos americanos é muito clara entre a certeza que Trump
representa e a incerteza de Biden. Maria Nunes: Obrigada por mais uma crónica excelente. Gens Ramos: Com Trump ou Biden, a
América/USA será, como sempre foi, o guia espiritual de um ocidente a precisar
de reflexão, após o choque pandémico e os ataques cerrados do oriente,
principalmente da China. Assim, apesar da asneiras de um ou outro a América/USA
continuará grande. Maria
Maravilhas > Gens Ramos: Duvido. Biden já se vendeu à China.
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