“Mortos-vivos” é o estado geral de amorfia desta população na qual,
naturalmente, me incluo, com grande pena minha, na desolação de um país
embrutecido por ordens “superiores” de embrutecimento galopante, com extensos
telejornais centrados exclusivamente e infindavelmente na covit, no ódio a
Trump e com novelas pelo meio, algumas reais, de entrevistas sobre histórias
tristes, e onde nem os cantares ao desafio têm a garra que tinham, entregues agora
a soturnos cantores alentejanos, de raça e instrumentos musicais diferentes dos
nortenhos… Sim, Alberto Gonçalves tem razão ao
destacar as ordens falsamente preocupadas pela saúde pública, e sucessivamente fabricadas
por António Costa, que vai
engordando e rindo com bonomia e a certeza de que tem na mão um rebanho submisso
a pastar o que ele impõe…
O dia dos mortos e os dias dos
mortos-vivos/premium
Ao alimentar o pânico face à Covid, os
senhores que mandam não estão unicamente a medir o grau de humilhação que as
massas suportam: estão a distraí-las do saque organizado pelo PS e seus aliados.
ALBERTO GONÇALVES Colunista do Observador
OBSERVADOR, 24 out 2020
O Governo quer homenagear as vítimas da
Covid, através de um dia de luto nacional a 2 de tantas pessoas. Ainda assim, são cerca de um
terço das pessoas que morreram em excesso face a anos anteriores, não “de” ou
“com” Covid, mas provavelmente por causa do desleixo a que foram votadas a
pretexto da Covid. Seis mil mortos, contas por baixo. Sete mil, noutras
contas. Seis ou sete mil criaturas que não merecem agora a homenagem do
Governo, como não mereceram durante meses os cuidados de que necessitavam e que
poderiam ter-lhes prolongado as vidas por um, cinco ou trinta anos. É justo. Seria repulsivo que os principais
responsáveis pelo adiamento e cancelamento de consultas, tratamentos e
cirurgias viessem, post mortem, fingir mágoa pelas perdas em causa. Seis ou
sete mil. Nisso o Governo foi coerente.
E coerente mantém-se. Ao proibir as
deslocações entre concelhos no fim-de-semana de finados (e fechar
indirectamente cemitérios), o Governo impede os familiares de homenagearem
esses seis ou sete mil mortos. É verdade
que também impede os familiares dos mortos “com” e “de” Covid de fazerem o
mesmo. Porém, estes já beneficiam da homenagem do próprio Governo, assaz
sincera e respeitosa. Os mortos restantes não beneficiam de nada, nunca
beneficiaram. Dado que, por ordens superiores e histeria geral, os hospitais
praticamente se dedicaram em exclusivo aos pacientes “com” Covid, os mortos
restantes não tiveram direito aos serviços de saúde que os poderiam ter salvo. Dado que os funerais não são festarolas
comunistas ou variedades burlescas (passe a redundância), os mortos restantes
não tiveram direito a cortejo fúnebre (a menos que três indivíduos sejam um
cortejo fúnebre). Dado que os seus familiares e amigos não são políticos,
polícias e demais agentes da subjugação e da punição (os privilegiados que
gozam de liberdade de movimentos), os mortos
restantes não terão direito a ser lembrados da maneira que tanta gente gostaria
de lembrá-los. Visto que
ninguém os lembra ou vinga, os mortos restantes nem sequer chegam a seres humanos.
Deve ser por isso que o respectivo homicídio, só relativamente involuntário,
não é considerado crime. Pelo contrário, os autores desses seis ou sete mil
crimes são chamados de “autoridades”. E a população obedece-lhes de facto,
brutalmente indiferente aos milhares de compatriotas que morreram longe das
notícias.
Não contente em desgraçar-lhes a vida
com clausura e miséria, o Governo apropria-se da morte dos
portugueses. E da ligeira dignidade que lhes sobrava. Na semana
passada, previ aqui duas coisinhas. A primeira era que a famosa “app” não
passava de um isco para implantar a máscara. A segunda era que a
imposição de proibições e obrigações delirantes aumentaria exponencialmente,
fosse na frequência, fosse na dimensão do delírio. É tão fácil prever o
comportamento dos tiranetes: logo
após o anúncio do confinamento concelhio para o dia de finados, o Parlamento
aprovou o uso constante da máscara ao ar livre, com penas de centenas de euros
para os hereges. Por acaso, e certamente estratégia combinada, a proposta veio
do PSD. É indiferente: tirando o da Iniciativa Liberal, não houve votos
contrários – pelo evidente motivo de que, no regime em que entrámos, já não há
oposição ou vestígio de escrutínio, há os espantalhos necessários a um
simulacro, desconchavado e reles, de uma democracia. Para a semana,
a pedido do PS, do PAN ou do BE, será interditada a partilha de sofás, o tabaco
na varanda ou o consumo de sangria à tardinha. Malucos não faltam e, a julgar
pelo número de sujeitos que se mascaram em automóveis sem passageiros, não
faltam malucos prontos a segui-los.
Não discuto a utilidade ou a
benignidade da máscara: por todo o mundo, incontáveis especialistas condenam a
utilização com argumentos que, no mínimo, são tão respeitáveis quanto os da
ortodoxia dos “telejornais”. O que me
intriga é a submissão dos portugueses a “autoridades” que não fazem a mínima
ideia do que estão a fazer. Ou fazem, o que é bastante pior. Ao alimentar o
pânico face à Covid, os senhores que mandam não estão unicamente a medir o grau
de infantilização e humilhação que as massas suportam: estão a distraí-las do
saque organizado pelo PS e seus múltiplos aliados. O saque era
apetitoso antes do vírus, e tornou-se um regalo depois, com o “fundo de
recuperação” que a nomenclatura raspará até ao dito. É curioso, no sentido de absolutamente asqueroso, que os dinheiros
da “Europa” não patrocinem um SNS em frangalhos (ou a ajuda dos, cruz-credo,
hospitais privados), mas deslizem para as negociatas do costume, embora mais às
claras do que de costume. Se alimentar o medo da Covid encerra algum
simbolismo, o materialismo é decisivo.
Entretanto, continuarão
inevitavelmente a morrer pessoas “de” ou “com” Covid, um terço das pessoas que
evitavelmente morrerão sem Covid nenhum. Vêm aí muitos dias de finados, uns sob
a terra, outros em cima dela, reverentes e pobres de pedir, os rostos ocultos
como ladrões, a cumprir ordens de criminosos e a imaginar que a vida é isto.
Não é.
POLÍTICA PANDEMIA SAÚDE GOVERNO PS SAÚDE PÚBLICA
COMENTÁRIOS:
Cipião Numantino: O nosso
estimado AG ao ataque! Como um camartelo semanal a tentar demolir este poder
xuxa/comuna que tudo confunde, tudo atrapalha e tudo estraçalha. Baderneiros
intelectuais profissionais colocando baderna em tudo o que tocam! AG topa-os
bem. Assim como os topam todos aqueles que estarão minimamente atentos. E
estava na cara que essa estória do stayway covid não era mais do que um simples
engodo. A táctica do Dr. Costa sempre foi assim. Lança umas quantas
medidas para discussão, o pessoal morde o isco, e começa a discutir
imediatamente as mais gravosas. Mas a entourage do Dr. Costa já tem a resposta
preparada para o imbróglio. E como bons esquerdosos que são, usam e abusam
da estória do camarada do magala que sofria do coração e do companheiro que se
ofereceu voluntariamente para lhe dar a notícia de que a mãe tinha morrido.
Melífluo e atrevido aproxima-se do recentíssimo órfão e diz "eh pah, olha
tenho uma terrível notícia para te dar". O militar que sofria do coração,
entrou imediatamente em transe e indaga " diz-me já, já o que
aconteceu", ao que o mensageiro respondeu "olha pah, não sei como te
dar a notícia, mas morreu a tua família toda"! Já com o pobre a revirar os
olhos e a desfalecer, o mensageiro, coloca-lhe sorrindo a mão no ombro e
retruca "calma, calma, não foi nada disso. Só morreu a tua mãe!".
É nisto que estamos. E nada do que parece é. Ou, pelo menos, parece que
vivemos num mundo paralelo e sem sentido. Mesmo a propósito, li ainda
recentemente que existem pessoas que defendem que vivemos provavelmente num
mundo paralelo. É isso mesmo que defendia um famoso filósofo e, mais actualmente,
um professor de Oxford confirma que tem também essa presunção. E vai mais longe
ao afirmar que temos 50% de hipóteses de vivermos num estádio muito similar ao
que se demonstra no celebrado filme Matrix. Estava
bem apanhado! O Dr. Costa e seus comparsas não passarem de marionetas de
alguém que ia programando as suas actuações e punha e dispunha dos seus actos
num disco rígido de um qualquer computador. Olhem que, convenhamos, esta porra
fazia muito sentido! Dá mesmo
para acreditar e só tenho um reparo a fazer em relação aos programadores e,
esse, sem quaisquer dúvidas, que terão pouco sentido de humor. Se não, vejamos:
por exemplo, quando o Dr. Costa quis afiambrar umas valentes caneladas no
velhote que o enfrentou (lembram-se?) se os pretensos programadores tivessem
veia humorística, o que fariam? Calma, eu respondo! Deixavam que desse as
charutadas no velhote enquanto providenciavam que o Dr. Costa se desequilibrasse
e se esparramasse bem ao comprido, tipo sapo, virado de pernas e aquela barriga
enorme para o ar, esperneando como se fosse um escaravelho sem se conseguir
voltar. Estão a ver a cena? Hehehehehe seria um gozo supremo! Certo que faz
figuras ridículas naquele português em que pede meças ao Jorge Jesus e, também,
a curvar-se no conselho europeu mais do que pinheiro empurrado por ventos de
300 Kms/hora. Mas nada se compararia a uma cena destas! Por isto mesmo, meus
caros, fico na minha. E acho mesmo que ninguém empurra semelhantes personagens
para atitudes tão fajutas. Ser-se de esquerda, por si só, salvo algumas excepções
é conviver paredes meias com o ridículo. Então a pretensa superioridade moral é
mesmo o cúmulo do mais estranho paradoxo! Mas enfim, segundo estudos feitos
há uns anos dizia-se que cerca de 25% (um quarto!!! - uma em cada 4 pessoas com
que nos cruzamos) da população portuguesa sofre, de alguma forma, de doenças do
foro psiquiátrico. Juntem-se uns quantos limitados mentalmente, mais uns 7% de
terraplanistas mais, ainda, uma larga percentagem de subsídio-dependentes e,
pronto, tudo somado teremos provavelmente a resposta. Mas, assim mesmo,
ainda alguém perguntará: as contas parecem mal feitas, pois parece faltar ainda
muita gente! Pois, pois, concedo que sim. Serão, certamente, todos aqueles que
acreditam no pai-natal! Pois, como hei-de catalogar eu, aqueles que andam mais
de 100 anos a salivar e a esperar pelos amanhãs que cantam que deram, como se
sabe, em todo lado, com os burrinhos na água? E a esperar que o que sempre deu
errado possa algum dia vir a dar certo com eles próprios?... Caixa
Mágica: Eu só vim aqui dar like e assegurar que o
Costa deixou passar esta crónica. Tiago Queirós: Uma vez que, doravante, o uso de máscaras se tornará
obrigatório na via pública, em que medida se justifica o cerceamento de movimentações
interconcelhias entre os dias 30 de Outubro e 3 de Novembro? Das duas, uma: ou o uso de máscaras é eficaz (e, nesse
caso, se afigura desnecessário coarctar a livre circulação de cidadãos); ou o
uso de máscaras é ineficaz (e, nesse caso, a sua utilização na via pública se
afigura inútil). Ora, admitindo
a eficácia do uso de máscaras na via pública, por que motivo cercear a
afluência de cidadãos a cemitérios, e não a afluência de cidadãos a transportes
públicos ou a afluência de cidadãos aos seus respectivos postos de trabalhos?
Sendo que o próprio Governo se coibiu de
monitorizar a afluência de estudantes estrangeiros a estabelecimentos de Ensino
Superior em Portugal, promovendo a disseminação do contágios em tais
instituições. Além do mais, é inconstitucional impor a uso de máscaras na via
pública ou limitar a circulação de cidadãos sem uma decretação prévia de estado
de emergência. Portanto, conclui-se que o Governo se encontra comprometido não
com a defesa da saúde pública, mas unicamente com a concessão de benesses a
aliados políticos, devendo, por isso, os Portugueses desobedecer às directrizes
governamentais e celebrar livremente o 1.º (e não o 2.º) de Novembro.
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