Este, sobre o lodaçal em que parece estar convertido este país, temática que aparentemente inspiraria um irrequieto João da Ega, revolucionário de fantasia, frustrado, desse século XIX queirosiano - lodaçal aterrador, hoje, em que Alberto Gonçalves se inspira, com uma seriedade mais objectiva e castigadora, com motivos bem definidos, que assentam sobre imoralidade e perda de bom senso geral. Leiamos Alberto Gonçalves e os seus comentadores:
Os portugueses que morrem e os
portugueses que os deixam morrer /premium
O “novo normal” é conversa de bandido,
e apontar exemplos estrangeiros da barbárie é acentuá-la. Uma sociedade
civilizada não deixa morrer jovialmente pessoas que teriam cinco, vinte anos
pela frente.
ALBERTO GONÇALVES Colunista do Observador OBSERVADOR, 03 out 2020
Estive para escrever sobre o
debate presidencial Trump-Biden,
mas julgo que os americanos são capazes de aguentar uns tempos sem a minha
opinião. Afinal, já contam com inúmeras análises de proveniência lusitana
susceptíveis de os esclarecer devidamente, incluindo as dos prof. Costa Ribas e
as daquele rapaz, que em 2016 lançou um livrinho a antecipar a presidência
de Hillary Clinton.
Também pensei em escrever
sobre a luta do Ministro dos Transportes para manter a TAP nas mãos dos
portugueses. Mas uma simples crónica não seria agradecimento bastante pelos
esforços do fulano, que prometeu dividir por todos nós os lucros da
companhia, no dia, lá para 2860, em que a TAP os der. Os invejosos, e
anti-patriotas, criticam o dinheiro que a TAP custa aos contribuintes e ignoram
o dinheiro que lhes poupa: só esta semana, a TAP adiou a compra de 15 aviões
e poupou 800 milhões. Para a semana, adia-se a compra de 30 e embolsam-se
1.600.000.000€. De uma empresa assim vale a pena ser accionista.
Por fim, quase escrevi sobre o
advento da “linguagem inclusiva” às Forças Armadas. Mas um momento
histórico merece celebrações e não textos. Se há coisa de que a tropa necessita
é de moderação na linguagem. Os leigos é que não sabem das indecências que se
passam lá dentro: há documentos militares que, sob a assinatura, legendam “o
requerente”, em lugar de “o/a requerente/o/a”. E, pelos vistos, há instrutores
malformados que berram: “Porta-te como um homem!”, em lugar de “Porta-te
como homem, mulher, género fluido ou o que te aprouver, se não for incómodo,
sim?” E depois querem ganhar guerras.
Na verdade, não vou escrever sobre nada.
Vou apenas relembrar uma insignificância, tão insignificante que finta a
atenção do público, tipicamente ocupado com bola, a ninfomaníaca da CP, o
distanciamento social e outras urgências. É o seguinte: em Portugal, nos últimos meses e nos
próximos, morreu e morrerá de morte evitável uma quantidade talvez inédita de
gente. A Inquisição local matou mil e tal criaturas. A Grande Guerra, umas 10
mil. A Guerra Colonial cerca de 8 mil. De Março a Agosto de 2020, morreram 4 ou
5 mil portugueses que não deviam ter morrido. A diferença, face às calamidades
anteriores, é que esta calamidade ainda não terminou, e não se adivinha quando
terminará.
Não
falo da Covid. Falo do combate à Covid.
Desde Março, a Covid causou 2 mil vítimas, praticamente todas pacientes de
doenças graves e com idades médias equivalentes à esperança de vida (e na
maioria abandonadas nos “lares”). No mesmíssimo período, o combate à
Covid matou, convém insistir, 4 ou 5 mil. Ou seja, 4 ou 5 mil
desgraçados foram desta para melhor porque as “autoridades” optaram, e contra a
razoabilidade básica continuam a optar, por reservar os serviços de saúde para
o diagnóstico e o tratamento dos casos de Covid. No processo,
facultativo e deliberado, mais de um milhão de consultas e cirurgias ficaram
adiadas, ou provavelmente canceladas em situação de falecimento prematuro. As
contas não são complicadas. No final, as contas serão terríveis.
É
claro que se toleraria o erro inicial das “autoridades”, a princípio
confrontadas com uma doença de consequências desconhecidas. Aconteceu noutras
paragens. O problema é que, depois de esclarecido o carácter comparativamente
moderado da Covid e os custos – clínicos, nem me refiro aos económicos – da
histeria, as “autoridades” teimaram no erro e teimaram na histeria. Aliás,
reforçaram a histeria para não admitir o erro – e para estender a prepotência.
Diariamente surgem regras e comunicados, sempre anedóticos, que visam aumentar
o pânico. Agora está em curso uma campanha da DGS em que “celebridades”
caseiras tentam assustar os jovens com o risco da Covid: “Agora o alvo és tu!”.
O alvo desta sinistra imbecilidade, querem eles dizer. Os jovens não sofrem com
a Covid. O alvo, de facto, são os que sofrem de cancro, do
coração ou acidentes vasculares, e que se vêem entregues ao destino, na medida
em que semelhantes maleitas não possuem o glamour do fascinante coronavírus. O problema é que isto não é um problema: é,
repito, uma escolha, e nesse sentido um crime.
Não
é um crime oculto. É verdade que a generalidade dos “media”, atafulhada com os
15 milhões em subsídios, reproduz a propaganda oficial e massacra o consumidor
com a Covid. Porém, até os “media” domesticados lá informam, nas entrelinhas e
nos rodapés, dos adiamentos nos hospitais, das linhas de atendimento que não atendem,
dos mortos em excesso, da incúria, da negligência e da irresponsabilidade
absolutamente grotesca de tudo isto.
Sucede que o português médio não liga. Não liga. Enquanto ele
próprio, ou um familiar, não forem acometidos de um badagaio sério e votado ao
desprezo hospitalar, o português médio continuará a preocupar-se exclusivamente
com a máscara na cara e o álcool-gel nas mãozitas, todo contente com o seu
civismo.
O civismo do português médio é nulo. O brutal desinteresse que por aí
vai perante a desgraça de tantos concidadãos é uma doença muitíssimo pior que o
vírus da moda. Não são refugiados da Papuásia, que de
longe enfeitam os “telejornais” e as boas consciências. É a senhora por quem
passamos na rua, o homem a quem dizemos bom dia, a senhora que nos atende na
confeitaria. Ou atendia: alguns dos nossos vizinhos estão a morrer de desleixo
e ninguém se importa com tamanha tragédia. Ninguém se zanga com a cáfila que
consente a tragédia. Ninguém liga. Enfim, dizem que é o “novo normal”. O
“novo normal” é conversa de bandido, e apontar exemplos estrangeiros da
barbárie é acentuá-la. Uma sociedade civilizada não deixa morrer jovialmente
pessoas que teriam cinco, vinte, quarenta anos pela frente.
E não, não é o comportamento vergonhoso das “autoridades” que alimenta
a indiferença. É a indiferença que permite o comportamento vergonhoso das
“autoridades”. E que permitirá que estas, e os senhores que as representam,
saiam impunes da chacina que, por estupidez e desumanidade, provocaram.
Milhares de mortos. Um crime sem castigo. Um país sem cura.
PANDEMIA SAÚDE HOSPITAIS MORTALIDADE SOCIEDADE
COMENTÁRIOS:
Manuel Magalhães: A.G. como sempre bem e divertido
não fora a tragédia e a incompetência de quem nos (des)governa, temos um P. R.
que incompetentemente e incompreensivelmente sabuja o governo, um primeiro
ministro irresponsável e que apenas sabe passar culpas e assobiar para o lado,
uma ministra da saúde que apenas lhe interessa a mais radical doutrina de esquerda
e por isso não admite que a capacidade dos hospitais privados colabore com o
SNS e assim morrem portugueses aos milhares com as outras patologias e que
poderiam e deviam ser tratados atempadamente e possivelmente com menos custos
para o erário público. Enfim um país que vai de mal a pior... Ricardo
Esteves: Um dos seus melhores artigos.
Um artigo que devia ser espalhado e obrigatório ler. Mostra a verdadeira
natureza de uma sociedade e a nossa, a actual, é feia e desumana. Porque pactua
com a sua indiferença com as opções deste governo, olha para o lado, como
quando alguém é agredido na rua e não ajuda, quando alguém cai nas escadas e
riem em vez de perguntar se precisa de ajuda e outros exemplos se podia dar. Um
dia essa indiferença vai lhes bater á porta. Portugal, 877 anos de
existência: As nossas
liberdades e as da Europa estão, mais uma vez, dependentes, dos EUA. O inimigo
agora é a China. Os EUA estão corroídos por dentro. A China, as empresas transnacionais têm
os políticos no bolso. O partido democrata é agora a casa dos comunistas e
socialistas antiamericanos e pró-globalistas, o que é sinónimo de pró-China.
Que Deus ajude o presidente
Trump. O mundo livre está dependente da liderança de uma única pessoa, Donald
J. Trump. Maria Augusta
> Portugal,
877 anos de existência:
Tem toda a razão. Faisal Al Meida: É tão verdade o que diz AG que
não consegui deixar de me ofender com os epítetos proferidos ao povo Português
neste vergonhoso episódio, aliás, ainda em curso. Mas não, AG, nem todos somos
assim. conheço alguns (nos quais me incluo) que desde o início, ainda em
Fevereiro, se manifestava revoltado contra esta atitude mais própria de um
rebanho de carneiros que de um povo secular. Não se compreende que má
consciência os assola para quererem sempre e desesperadamente estar tão
fanaticamente na vanguarda da crista da onda. Há um novo vírus a prender a
atenção mundial? O que é que temos que fazer para estar nessa fotografia? Que
se fechem as empresas, que se encerrem os hospitais, que cesse a educação da
população, que parem os tratamentos aos doentes, que se isolem os velhos e os
condenem à solidão no pouco tempo de vida que lhes resta. Se precisarem de
comer recorram à horta de um amigo. E se morrerem pessoas por falta de
tratamento de cancro, que seja, pois valores mais altos se levantam. Que se
lixe a vida, que havemos de mostrar ao mundo que connosco é a sério. Andrade
QB: Verdade que
"...não é o comportamento vergonhoso das “autoridades” que alimenta a
indiferença. É a indiferença que permite o comportamento vergonhoso das
“autoridades”. Também verdade que nessa indiferença a "direita" não
se distingue da "esquerda". A divisão que eu vejo,
relativamente às consequências de andar a dar lições ao mundo a mostrar como
nos protegemos, é entre os que, protegendo-se, até ganham uma nova perspectiva
de vida e os que, protegendo-se, vêem a vida a andar para trás. Infelizmente, a
grande maioria dos fazedores de opinião está no primeiro grupo. Maria Nunes: Este artigo dói de tão verdadeiro que é. Obrigada
AG. Manuel Ferreira: Há outra parte dos serviços
públicos do país que também está a morrer, designadamente o que se está a
passar nas câmaras municipais. Por exemplo, não se consegue marcar uma
reunião no departamento de urbanismo para discutir um projecto. Ninguém vai
trabalhar para o local de trabalho, não atendem ninguém. Só se fala das
vantagens do teletrabalho, e que o rendimento de trabalho aumentou. Tretas.
Os gajos da câmara não podem ir trabalhar porquê? Mantém o distanciamento
social, usam máscara e colocam uma divisória acrílica para atender ou reunir
com as pessoas. Não entendo isto. Qualquer dia querem que os tipos vão
trabalhar e eles revoltam-se. Não percebo nada disto, repito. Uns têm que
vergar a mola sejam quais forem as circunstâncias, outros, não podem pôr os pés
fora de casa que se constipam, a não ser quando vão de férias, ao fim de
semana, feriados, dar uma corrida ou andar de bicicleta. Creio que isto tem
mais a ver com política do que com a Covid. As esquerdas não querem que os seus
eleitores se constipem! Já os empresários, ou cujos rendimentos não dependem do
estado, são pau para toda a obra, e ainda por cima como têm tendências de
direita, é deixá-los à solta. Não é só o SNS agarrado ao politicamente correto das
esquerdas que está em queda livre com os doentes não Covid, é todo o aparelho
do Estado mimado com o governo das esquerdas que está a descambar. A entrada
oficial do BE no governo, que já era oficiosa, vai reforçar o estado de sítio
do funcionalismo público, e levar ao desespero o universo empresarial
português. Não vejo melhoras. Cada vez somos mais pobres, cada vez somos
mais dependentes do estado, cada vez somos mais de esquerda. A Venezuela já
é uma luz ao fundo do túnel, é só uma questão de tempo. Acho que a bazuca da UE
que está para chegar vai ajudar na aproximação ao Maduro em vez de nos afastar.
Ainda esta semana tive mais uma surpresa com um conhecido. Filho de boas
famílias, viveu sempre do rendimento dos velhos. Nunca gostou de trabalhar,
acrescente-se. Depois de ter estourado a mola, agora virou bloquista com publicações
diárias de propaganda no Facebook. Os velhos devem andar às voltas no caixão.
Não vejo melhoras, até já dei
por mim a pensar que o melhor para o futuro dos meus filhos era arranjarem um
bom tacho no estado. JORGE PINTO: Excelente! Obrigado. Ana Oliveira: Muito bom artigo. Bem haja Pedro Vieira de Matos: O português médio está bem se o
seu umbigo estiver bem. Se receber 1 euro de aumento não é nada. Se lhe
cortarem 1 euro é uma desgraça. Quando a desgraça toca no português médio então
é que o mundo tem de parar...até lá está tudo bem...tão bem que quem é o
potencial responsável pela sua próxima desgraça continuará a beneficiar da sua
confiança. Só olhamos para o hoje...nunca para amanhã. Xico Nhoca: Ainda não vi a comunicação
subsidiada chamar a atenção para o facto da fantástica vitória do SNS (ainda
estamos para ver se foi vitória) no combate ao Covid ter sido à custa de
tremendas derrotas em todas as outras frentes (oncologia, diabetes,
cardiovasculares, cirurgias, diagnósticos, consultas, etc.,) derrotas
traduzidas em números por estes 5000 mortos não Covid a mais. José Paulo C Castro: Pois é, AG, mas desde o início
da pandemia que o objectivo declarado das medidas é salvar o SNS e não o de salvar
os portugueses. E assim se percebe a ideologia: o objectivo é evitar o
colapso das bandeiras ideológicas, o meio de poder do sistema, e não o de
cumprir o fim que justifica a existência desse meio. Isso era (é!) só
propaganda... Adelino
Lopes: !! Como concordo com o AG nesta matéria! Quando muito,
foi uma pandemia no início quando as notícias vinham da China e de lá todos
devemos desconfiar (não existem autoridades independentes que possam fiscalizar).
Ainda em Março percebemos que era uma pantomina, i.e. um possível
problema de saúde pública que estava a ser resolvido por políticos
profissionais. Hoje, tendo em conta os números conhecidos, trata-se de um
crime. É criminoso não dar assistência média (equivalente) aos mortos
não Covid como o AG refere. É criminoso não dar a devida assistência médica
àqueles que por esse motivo irão morrer nos próximos 12 meses. É criminoso a
promoção da solidão/isolamento a que os idosos foram/estão/irão ser sujeitos,
etc, etc. Isto assume fóruns de loucura colectiva quando os animais têm melhor
assistência. Tudo isto porquê? Por causa do nº de infectados? Meu Deus, será
que ninguém, dos políticos profissionais que mandam, parr por 1 minuto que seja
e questione: Afinal de contas qual é o problema do vírus se estender (como irá
acontecer, mais inverno, menos inverno) àquela parte da população (esmagadora
maioria que não será vacinada; sabemos que não têm problemas)? Carlos
Quartel: Sejamos justos. O
SNS nunca valeu grande coisa e sempre escapou ao escrutínio público pela
simples razão de que quem podia fazê-lo nunca se deu conta do facto.
Jornalistas e
políticos, gente com conhecimentos e empenhos sempre tiveram capacidade de se
servir do SNS, para eles e respectivas famílias, com eficácia e prontidão.
As esperas de meses ou anos por
uma consulta ou uma intervenção nunca foram para eles, foram e são para os
pelintras sem cunhas, pobres que não conhecem o sr. doutor tal, que pode passar
recado ao outro doutor, que resolverá o assunto. Isto sempre foi assim, que me
lembre, só que com o vírus, o mau passou a péssimo. Os poucos serviços
disponíveis para o cidadão sem cunhas foram disponibilizados para o covid e o
SNS entrou em ruptura absoluta. Desde Abril que, nos meus comentários refiro isso,
sempre o soube, porque me diz directamente respeito, só agora apareceu na
comunicação social. Não por má intenção ou cobertura política, penso, mas por
ignorância. A eles nunca lhes acontece estarem 10 horas na urgência, a eles
nunca lhes marcaram uma consulta para daqui a 3 anos. Conhecem sempre o tal sr.
doutor que arranja o atalho, para passarem
à frente dos palermas. Manifesto
Futurista: Haja alguém que
diga o óbvio! Von Galen: Andamos a ser embriagados
desde crianças que a actual "ciência" sabe tudo, domina todas as
coisas; que chegamos a uma época em que já sabemos tudo sobre tudo (vale a pena
ler o que C. Lewis chamou de "snobismo cronológico"). Surge algo que
deixa em evidência que sabemos pouco e de pouquíssimas coisas. Mas ao invés de
uma postura humilde, a bebedeira leva esta gente a atirar-se para a frente.
Tropeça em contradições, toma decisões sem nexo, mas sempre com a postura de
que a coisa está dominada. Só ainda não desapareceu porque as pessoas não são
civilizadas. Numa palavra: arrogância. Na
Espanha desde o verão que é obrigatório andar com máscaras na rua. Espanha está
a ser o país com mais mortes. Por cá ouvi a directora da DGS dizer que a
Assembleia da República era um espaço grande e que não era necessário o uso de
máscaras. Esta semana a DGS recomendou o uso de máscaras no Santuário de
Fátima. Foi só mais um episódio no meio de tantos outros. O que ainda não ouvi? Não ouvi alguém da saúde
dizer: sabemos muito pouco; na verdade não sabemos quase nada sobre a
doença Martinha Martolas
> Von Galen: Sabemos que não mata nem ao
longe a grande generalidade das pessoas que afecta. E isso já é muito.
Cipião Numantino: Ai, ui, como eu o compreendo, apreciado AG! Também eu gostaria de falar de
tanta coisa. E, entre outras, por exemplo, do aproveitamento do “capataz” da
Câmara de Lisboa, o inefável Dr. Medina, sobre o insignificante (embora
hipoteticamente perigoso, claro) buraco que uma máquina abriu com uma simples
martelada no coroamento do túnel do Metro na Praça de Espanha com que
inesperadamente se deparou sobre uma laje de betão armado que se encontrava a
desmontar (fui, por acaso, informado do que se passou). Pois, a demagogia habitual do
Dr. Medina não se fez esperar e, ontem, no restaurante onde estava a almoçar lá
me aparece o “pimpão” na TV a perorar, pois claro, que este imenso cataclismo
só vinha provar que a rede do Metro tinha que ser urgentemente alargada! Assim,
a modos como que ao ser-se mordido por um cão, nada melhor do que colocar um
canil em tudo o que é esquina de rua em Lisboa, topam? Conclusão, minha gente!
Aproxima-se a vinda dos fundos comunitários prometidos pela crise do xing y
ling chinês e, pois claro, é começar a preparar a opinião pública para lhes dar
ar enquanto o diabo esfrega o olho e, em substituição de plantações de
nogueiras, cepas e oliveiras logo a seguir de novo subsidiadas para de novo as
arrancar, ou as trapalhadas da Formação Profissional ou do Parque Escolar, nada
melhor do que meter os marcolinos da CEE debaixo do chão. Sim, sim, que o Metro
lá vai viajando sob os nossos pés e já agora da nossa paciência e, como diziam
os Batanetes “ai Costa que a vida costa”. De resto como bem sabem, nem os
automóveis se movem sem gasolina nem os partidos sem dinheiro e, então, tudo o
que é boy da xuxa-comunada também precisam de viver não é verdade? E nada
melhor do que distribuir umas tençazitas pela rapaziada que parasita tudo o que
lhe aparece pela frente, e logo que se alapa, tem de sugar o sangue todinho da
manada! Apetecia-me ainda falar do debate Trump/Biden e uma espécie serôdia de
diálogo entre dois marretas de que os mais velhos nos lembramos de ver na TV.
Que xaropada, minha nossa Senhora dos Caminhos de Ferro! De entre as alarvidades generalizadas
apetece-me destacar duas boutades do xexé Biden. A primeira é a chantagem
deselegante para com o Brasil e da ameaça implícita proferida contra um regime
considerado de direita e contra o seu diligente presidente. Isto, aqui que
ninguém nos ouve e para escândalo dos esquerdosos que me irão ler, tomara eu
por cá um presidente igual. Ou, no mínimo, o seu excelente ministro da
Economia, de seu nome Paulo Guedes. É mesmo azar não possuir nada disto cá por
estas bandas onde só a parasitagem vive no seu habitat natural!
A segunda boutade
Bidesca foi afirmar que com ele no posto de comando dos States, cada
intervenção policial contra marginais deveria levar obrigatoriamente consigo um
psicólogo. Estão a ver? Um bando de delinquentes armados em confronto com a
polícia e aparecia o tal psicólogo. Metia-se na linha de tiro e gritava à
bandidadgem armada até aos dentes: “oh rapaziada, venham até aqui! Olhem,
sentem-se aqui à minha volta à sombra desta árvore que até trouxe para aqui
umas bejecas bem fresquinhas e uns saquitos de marisco do Eusébio. E, vá lá,
contem-me as vossas mágoas e porque acabaram ainda agora de assaltar uma casa
onde degolaram duas velhinhas. É claro que não fizeram isto por mal, certo? E o
dinheiro que lhes fanaram era só para comprar dois papos-secos e as sobras para
financiamento dos anti fas, a fim de incendiarem mais duas ou três cidades, não
é verdade?” A esquerdalha anda toda marada! E o mais grave é que são capazes de dizer
este tipo de coisas sem darem origem, neles próprios, a uma pavorosa apoptose
celular. Esta gente, completamente maluca, ainda nos vai dar cabo da vida a
todos, sem um mínimo rebate de consciência ou um residual sobressalto cívico!
Enfim, tantas outras coisas de
que me apetecia falar. Mas já vai extenso o meu comentário e, as homilias, como
bem sabem, têm lugar aos domingos, eheheeh!. Fico-me por aqui. Não sem antes
juntar a minha revolta à do caro AG. Ao que parece já morreram, este ano,
cerca de mais 5.000 pessoas do que era suposto morrerem. E refiro-me obviamente
a todas aquelas que não bateram a bota por causa do epidémico covinhas. Tal
como na estrada sem regresso de Pedrógão, também os velhotes são confrontados
com a morte nos pardieiros a que chamam pomposamente lares neste desgraçado
país. Sem apelo nem agravo são abandonados à sua mortal sorte. Como diriam os
italianos “porca miséria”! Este desgraçado regime (perdoem o meu francês) já
nos fanou a carteira. Faltava mesmo, tão só, surripiarem-nos a vida! O Inferno
de Dante Alighieri espera-nos pressurosamente a todos. Mesmo àqueles que em
nada contribuíram para este calamitoso descalabro e para a imensa piolheira em
que se tornou este atoleimado país!... José Paulo C Castro > Cipião
Numantino: Eu até gostei da sugestão de
Biden de pôr psicólogos na linha de fogo mas apenas na condição de serem os
defensores da teoria de género... Não consigo é argumentar isto de forma a que um
esquerdista promova efectivamente a medida. Geralmente rio-me a meio e ele
desconfia. Maria
Nunes > Cipião
Numantino: Excelente grande Cipião.
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