sábado, 3 de outubro de 2020

Muitos temas e um só


Este, sobre o lodaçal em que parece estar convertido este país, temática que aparentemente inspiraria um irrequieto João da Ega, revolucionário de fantasia, frustrado, desse século XIX queirosiano - lodaçal aterrador, hoje, em que Alberto Gonçalves se inspira, com uma seriedade mais objectiva e castigadora, com motivos bem definidos, que assentam sobre imoralidade e perda de bom senso geral. Leiamos Alberto Gonçalves e os seus comentadores:

Os portugueses que morrem e os portugueses que os deixam morrer /premium

O “novo normal” é conversa de bandido, e apontar exemplos estrangeiros da barbárie é acentuá-la. Uma sociedade civilizada não deixa morrer jovialmente pessoas que teriam cinco, vinte anos pela frente.

ALBERTO GONÇALVES     Colunista do Observador     OBSERVADOR, 03 out 2020

Estive para escrever sobre o debate presidencial Trump-Biden, mas julgo que os americanos são capazes de aguentar uns tempos sem a minha opinião. Afinal, já contam com inúmeras análises de proveniência lusitana susceptíveis de os esclarecer devidamente, incluindo as dos prof. Costa Ribas e as daquele rapaz, que em 2016 lançou um livrinho a antecipar a presidência de Hillary Clinton.

Também pensei em escrever sobre a luta do Ministro dos Transportes para manter a TAP nas mãos dos portugueses. Mas uma simples crónica não seria agradecimento bastante pelos esforços do fulano, que prometeu dividir por todos nós os lucros da companhia, no dia, lá para 2860, em que a TAP os der. Os invejosos, e anti-patriotas, criticam o dinheiro que a TAP custa aos contribuintes e ignoram o dinheiro que lhes poupa: só esta semana, a TAP adiou a compra de 15 aviões e poupou 800 milhões. Para a semana, adia-se a compra de 30 e embolsam-se 1.600.000.000€. De uma empresa assim vale a pena ser accionista.

Por fim, quase escrevi sobre o advento da “linguagem inclusiva” às Forças Armadas. Mas um momento histórico merece celebrações e não textos. Se há coisa de que a tropa necessita é de moderação na linguagem. Os leigos é que não sabem das indecências que se passam lá dentro: há documentos militares que, sob a assinatura, legendam “o requerente”, em lugar de “o/a requerente/o/a”. E, pelos vistos, há instrutores malformados que berram: “Porta-te como um homem!”, em lugar de “Porta-te como homem, mulher, género fluido ou o que te aprouver, se não for incómodo, sim?” E depois querem ganhar guerras.

Na verdade, não vou escrever sobre nada. Vou apenas relembrar uma insignificância, tão insignificante que finta a atenção do público, tipicamente ocupado com bola, a ninfomaníaca da CP, o distanciamento social e outras urgências. É o seguinte: em Portugal, nos últimos meses e nos próximos, morreu e morrerá de morte evitável uma quantidade talvez inédita de gente. A Inquisição local matou mil e tal criaturas. A Grande Guerra, umas 10 mil. A Guerra Colonial cerca de 8 mil. De Março a Agosto de 2020, morreram 4 ou 5 mil portugueses que não deviam ter morrido. A diferença, face às calamidades anteriores, é que esta calamidade ainda não terminou, e não se adivinha quando terminará.

Não falo da Covid. Falo do combate à Covid. Desde Março, a Covid causou 2 mil vítimas, praticamente todas pacientes de doenças graves e com idades médias equivalentes à esperança de vida (e na maioria abandonadas nos “lares”). No mesmíssimo período, o combate à Covid matou, convém insistir, 4 ou 5 mil. Ou seja, 4 ou 5 mil desgraçados foram desta para melhor porque as “autoridades” optaram, e contra a razoabilidade básica continuam a optar, por reservar os serviços de saúde para o diagnóstico e o tratamento dos casos de Covid. No processo, facultativo e deliberado, mais de um milhão de consultas e cirurgias ficaram adiadas, ou provavelmente canceladas em situação de falecimento prematuro. As contas não são complicadas. No final, as contas serão terríveis.

É claro que se toleraria o erro inicial das “autoridades”, a princípio confrontadas com uma doença de consequências desconhecidas. Aconteceu noutras paragens. O problema é que, depois de esclarecido o carácter comparativamente moderado da Covid e os custos – clínicos, nem me refiro aos económicos – da histeria, as “autoridades” teimaram no erro e teimaram na histeria. Aliás, reforçaram a histeria para não admitir o erro – e para estender a prepotência. Diariamente surgem regras e comunicados, sempre anedóticos, que visam aumentar o pânico. Agora está em curso uma campanha da DGS em que “celebridades” caseiras tentam assustar os jovens com o risco da Covid: “Agora o alvo és tu!”. O alvo desta sinistra imbecilidade, querem eles dizer. Os jovens não sofrem com a Covid. O alvo, de facto, são os que sofrem de cancro, do coração ou acidentes vasculares, e que se vêem entregues ao destino, na medida em que semelhantes maleitas não possuem o glamour do fascinante coronavírus. O problema é que isto não é um problema: é, repito, uma escolha, e nesse sentido um crime.

Não é um crime oculto. É verdade que a generalidade dos “media”, atafulhada com os 15 milhões em subsídios, reproduz a propaganda oficial e massacra o consumidor com a Covid. Porém, até os “media” domesticados lá informam, nas entrelinhas e nos rodapés, dos adiamentos nos hospitais, das linhas de atendimento que não atendem, dos mortos em excesso, da incúria, da negligência e da irresponsabilidade absolutamente grotesca de tudo isto. Sucede que o português médio não liga. Não liga. Enquanto ele próprio, ou um familiar, não forem acometidos de um badagaio sério e votado ao desprezo hospitalar, o português médio continuará a preocupar-se exclusivamente com a máscara na cara e o álcool-gel nas mãozitas, todo contente com o seu civismo.

O civismo do português médio é nulo. O brutal desinteresse que por aí vai perante a desgraça de tantos concidadãos é uma doença muitíssimo pior que o vírus da moda. Não são refugiados da Papuásia, que de longe enfeitam os “telejornais” e as boas consciências. É a senhora por quem passamos na rua, o homem a quem dizemos bom dia, a senhora que nos atende na confeitaria. Ou atendia: alguns dos nossos vizinhos estão a morrer de desleixo e ninguém se importa com tamanha tragédia. Ninguém se zanga com a cáfila que consente a tragédia. Ninguém liga. Enfim, dizem que é o “novo normal”. O “novo normal” é conversa de bandido, e apontar exemplos estrangeiros da barbárie é acentuá-la. Uma sociedade civilizada não deixa morrer jovialmente pessoas que teriam cinco, vinte, quarenta anos pela frente.

E não, não é o comportamento vergonhoso das “autoridades” que alimenta a indiferença. É a indiferença que permite o comportamento vergonhoso das “autoridades”. E que permitirá que estas, e os senhores que as representam, saiam impunes da chacina que, por estupidez e desumanidade, provocaram. Milhares de mortos. Um crime sem castigo. Um país sem cura.

PANDEMIA  SAÚDE  HOSPITAIS  MORTALIDADE  SOCIEDADE

COMENTÁRIOS:

Manuel Magalhães: A.G. como sempre bem e divertido não fora a tragédia e a incompetência de quem nos (des)governa, temos um P. R. que incompetentemente e incompreensivelmente sabuja o governo, um primeiro ministro irresponsável e que apenas sabe passar culpas e assobiar para o lado, uma ministra da saúde que apenas lhe interessa a mais radical doutrina de esquerda e por isso não admite que a capacidade dos hospitais privados colabore com o SNS e assim morrem portugueses aos milhares com as outras patologias e que poderiam e deviam ser tratados atempadamente e possivelmente com menos custos para o erário público. Enfim um país que vai de mal a pior...     Ricardo Esteves: Um dos seus melhores artigos. Um artigo que devia ser espalhado e obrigatório ler. Mostra a verdadeira natureza de uma sociedade e a nossa, a actual, é feia e desumana. Porque pactua com a sua indiferença com as opções deste governo, olha para o lado, como quando alguém é agredido na rua e não ajuda, quando alguém cai nas escadas e riem em vez de perguntar se precisa de ajuda e outros exemplos se podia dar. Um dia essa indiferença vai lhes bater á porta.      Portugal, 877 anos de existência: As nossas liberdades e as da Europa estão, mais uma vez, dependentes, dos EUA. O inimigo agora é a China. Os EUA estão corroídos por dentro. A China, as empresas transnacionais têm os políticos no bolso. O partido democrata é agora a casa dos comunistas e socialistas antiamericanos e pró-globalistas, o que é sinónimo de pró-China. Que Deus ajude o presidente Trump. O mundo livre está dependente da liderança de uma única pessoa, Donald J. Trump.    Maria Augusta > Portugal, 877 anos de existência: Tem toda a razão.    Faisal Al Meida: É tão verdade o que diz AG que não consegui deixar de me ofender com os epítetos proferidos ao povo Português neste vergonhoso episódio, aliás, ainda em curso. Mas não, AG, nem todos somos assim. conheço alguns (nos quais me incluo) que desde o início, ainda em Fevereiro, se manifestava revoltado contra esta atitude mais própria de um rebanho de carneiros que de um povo secular. Não se compreende que má consciência os assola para quererem sempre e desesperadamente estar tão fanaticamente na vanguarda da crista da onda. Há um novo vírus a prender a atenção mundial? O que é que temos que fazer para estar nessa fotografia? Que se fechem as empresas, que se encerrem os hospitais, que cesse a educação da população, que parem os tratamentos aos doentes, que se isolem os velhos e os condenem à solidão no pouco tempo de vida que lhes resta. Se precisarem de comer recorram à horta de um amigo. E se morrerem pessoas por falta de tratamento de cancro, que seja, pois valores mais altos se levantam. Que se lixe a vida, que havemos de mostrar ao mundo que connosco é a sério.    Andrade QB: Verdade que "...não é o comportamento vergonhoso das “autoridades” que alimenta a indiferença. É a indiferença que permite o comportamento vergonhoso das “autoridades”. Também verdade que nessa indiferença a "direita" não se distingue da "esquerda".  A divisão que eu vejo, relativamente às consequências de andar a dar lições ao mundo a mostrar como nos protegemos, é entre os que, protegendo-se, até ganham uma nova perspectiva de vida e os que, protegendo-se, vêem a vida a andar para trás. Infelizmente, a grande maioria dos fazedores de opinião está no primeiro grupo.  Maria Nunes: Este artigo dói de tão verdadeiro que é. Obrigada AG.   Manuel Ferreira: Há outra parte dos serviços públicos do país que também está a morrer, designadamente o que se está a passar nas câmaras municipais. Por exemplo, não se consegue marcar uma reunião no departamento de urbanismo para discutir um projecto. Ninguém vai trabalhar para o local de trabalho, não atendem ninguém. Só se fala das vantagens do teletrabalho, e que o rendimento de trabalho aumentou. Tretas. Os gajos da câmara não podem ir trabalhar porquê? Mantém o distanciamento social, usam máscara e colocam uma divisória acrílica para atender ou reunir com as pessoas. Não entendo isto. Qualquer dia querem que os tipos vão trabalhar e eles revoltam-se. Não percebo nada disto, repito. Uns têm que vergar a mola sejam quais forem as circunstâncias, outros, não podem pôr os pés fora de casa que se constipam, a não ser quando vão de férias, ao fim de semana, feriados, dar uma corrida ou andar de bicicleta. Creio que isto tem mais a ver com política do que com a Covid. As esquerdas não querem que os seus eleitores se constipem! Já os empresários, ou cujos rendimentos não dependem do estado, são pau para toda a obra, e ainda por cima como têm tendências de direita, é deixá-los à solta. Não é só o SNS agarrado ao politicamente correto das esquerdas que está em queda livre com os doentes não Covid, é todo o aparelho do Estado mimado com o governo das esquerdas que está a descambar. A entrada oficial do BE no governo, que já era oficiosa, vai reforçar o estado de sítio do funcionalismo público, e levar ao desespero o universo empresarial português. Não vejo melhoras. Cada vez somos mais pobres, cada vez somos mais dependentes do estado, cada vez somos mais de esquerda. A Venezuela já é uma luz ao fundo do túnel, é só uma questão de tempo. Acho que a bazuca da UE que está para chegar vai ajudar na aproximação ao Maduro em vez de nos afastar. Ainda esta semana tive mais uma surpresa com um conhecido. Filho de boas famílias, viveu sempre do rendimento dos velhos. Nunca gostou de trabalhar, acrescente-se. Depois de ter estourado a mola, agora virou bloquista com publicações diárias de propaganda no Facebook. Os velhos devem andar às voltas no caixão. Não vejo melhoras, até já dei por mim a pensar que o melhor para o futuro dos meus filhos era arranjarem um bom tacho no estado.   JORGE PINTO: Excelente! Obrigado.    Ana Oliveira: Muito bom artigo. Bem haja   Pedro Vieira de Matos: O português médio está bem se o seu umbigo estiver bem. Se receber 1 euro de aumento não é nada. Se lhe cortarem 1 euro é uma desgraça. Quando a desgraça toca no português médio então é que o mundo tem de parar...até lá está tudo bem...tão bem que quem é o potencial responsável pela sua próxima desgraça continuará a beneficiar da sua confiança. Só olhamos para o hoje...nunca para amanhã.   Xico Nhoca: Ainda não vi a comunicação subsidiada chamar a atenção para o facto da fantástica vitória do SNS (ainda estamos para ver se foi vitória) no combate ao Covid ter sido à custa de tremendas derrotas em todas as outras frentes (oncologia, diabetes, cardiovasculares, cirurgias, diagnósticos, consultas, etc.,) derrotas traduzidas em números por estes 5000 mortos não Covid a mais.    José Paulo C Castro: Pois é, AG, mas desde o início da pandemia que o objectivo declarado das medidas é salvar o SNS e não o de salvar os portugueses. E assim se percebe a ideologia: o objectivo é evitar o colapso das bandeiras ideológicas, o meio de poder do sistema, e não o de cumprir o fim que justifica a existência desse meio. Isso era (é!) só propaganda... Adelino Lopes: !! Como concordo com o AG nesta matéria! Quando muito, foi uma pandemia no início quando as notícias vinham da China e de lá todos devemos desconfiar (não existem autoridades independentes que possam fiscalizar). Ainda em Março percebemos que era uma pantomina, i.e. um possível problema de saúde pública que estava a ser resolvido por políticos profissionais. Hoje, tendo em conta os números conhecidos, trata-se de um crime. É criminoso não dar assistência média (equivalente) aos mortos não Covid como o AG refere. É criminoso não dar a devida assistência médica àqueles que por esse motivo irão morrer nos próximos 12 meses. É criminoso a promoção da solidão/isolamento a que os idosos foram/estão/irão ser sujeitos, etc, etc. Isto assume fóruns de loucura colectiva quando os animais têm melhor assistência. Tudo isto porquê? Por causa do nº de infectados? Meu Deus, será que ninguém, dos políticos profissionais que mandam, parr por 1 minuto que seja e questione: Afinal de contas qual é o problema do vírus se estender (como irá acontecer, mais inverno, menos inverno) àquela parte da população (esmagadora maioria que não será vacinada; sabemos que não têm problemas)?   Carlos Quartel: Sejamos justos. O SNS nunca valeu grande coisa e sempre escapou ao escrutínio público pela simples razão de que quem podia fazê-lo nunca se deu conta do facto. Jornalistas e políticos, gente com conhecimentos e empenhos sempre tiveram capacidade de se servir do SNS, para eles e respectivas famílias, com eficácia e prontidão. As esperas de meses ou anos por uma consulta ou uma intervenção nunca foram para eles, foram e são para os pelintras sem cunhas, pobres que não conhecem o sr. doutor tal, que pode passar recado ao outro doutor, que resolverá o assunto. Isto sempre foi assim, que me lembre, só que com o vírus, o mau passou a péssimo. Os poucos serviços disponíveis para o cidadão sem cunhas foram disponibilizados para o covid e o SNS entrou em ruptura absoluta. Desde Abril que, nos meus comentários refiro isso, sempre o soube, porque me diz directamente respeito, só agora apareceu na comunicação social. Não por má intenção ou cobertura política, penso, mas por ignorância. A eles nunca lhes acontece estarem 10 horas na urgência, a eles nunca lhes marcaram uma consulta para daqui a 3 anos. Conhecem sempre o tal sr. doutor que arranja o atalho, para  passarem à frente dos palermas.   Manifesto Futurista: Haja alguém que diga o óbvio!     Von Galen: Andamos a ser embriagados desde crianças que a actual "ciência" sabe tudo, domina todas as coisas; que chegamos a uma época em que já sabemos tudo sobre tudo (vale a pena ler o que C. Lewis chamou de "snobismo cronológico"). Surge algo que deixa em evidência que sabemos pouco e de pouquíssimas coisas. Mas ao invés de uma postura humilde, a bebedeira leva esta gente a atirar-se para a frente. Tropeça em contradições, toma decisões sem nexo, mas sempre com a postura de que a coisa está dominada. Só ainda não desapareceu porque as pessoas não são civilizadas. Numa palavra: arrogância. Na Espanha desde o verão que é obrigatório andar com máscaras na rua. Espanha está a ser o país com mais mortes. Por cá ouvi a directora da DGS dizer que a Assembleia da República era um espaço grande e que não era necessário o uso de máscaras. Esta semana a DGS recomendou o uso de máscaras no Santuário de Fátima. Foi só mais um episódio no meio de tantos outros. O que ainda não ouvi? Não ouvi alguém da saúde dizer: sabemos muito pouco; na verdade não sabemos quase nada sobre a doença   Martinha Martolas > Von Galen: Sabemos que não mata nem ao longe a grande generalidade das pessoas que afecta. E isso já é muito.

Cipião Numantino: Ai, ui, como eu o compreendo, apreciado AG! Também eu gostaria de falar de tanta coisa. E, entre outras, por exemplo, do aproveitamento do “capataz” da Câmara de Lisboa, o inefável Dr. Medina, sobre o insignificante (embora hipoteticamente perigoso, claro) buraco que uma máquina abriu com uma simples martelada no coroamento do túnel do Metro na Praça de Espanha com que inesperadamente se deparou sobre uma laje de betão armado que se encontrava a desmontar (fui, por acaso, informado do que se passou). Pois, a demagogia habitual do Dr. Medina não se fez esperar e, ontem, no restaurante onde estava a almoçar lá me aparece o “pimpão” na TV a perorar, pois claro, que este imenso cataclismo só vinha provar que a rede do Metro tinha que ser urgentemente alargada! Assim, a modos como que ao ser-se mordido por um cão, nada melhor do que colocar um canil em tudo o que é esquina de rua em Lisboa, topam? Conclusão, minha gente! Aproxima-se a vinda dos fundos comunitários prometidos pela crise do xing y ling chinês e, pois claro, é começar a preparar a opinião pública para lhes dar ar enquanto o diabo esfrega o olho e, em substituição de plantações de nogueiras, cepas e oliveiras logo a seguir de novo subsidiadas para de novo as arrancar, ou as trapalhadas da Formação Profissional ou do Parque Escolar, nada melhor do que meter os marcolinos da CEE debaixo do chão. Sim, sim, que o Metro lá vai viajando sob os nossos pés e já agora da nossa paciência e, como diziam os Batanetes “ai Costa que a vida costa”. De resto como bem sabem, nem os automóveis se movem sem gasolina nem os partidos sem dinheiro e, então, tudo o que é boy da xuxa-comunada também precisam de viver não é verdade? E nada melhor do que distribuir umas tençazitas pela rapaziada que parasita tudo o que lhe aparece pela frente, e logo que se alapa, tem de sugar o sangue todinho da manada! Apetecia-me ainda falar do debate Trump/Biden e uma espécie serôdia de diálogo entre dois marretas de que os mais velhos nos lembramos de ver na TV. Que xaropada, minha nossa Senhora dos Caminhos de Ferro! De entre as alarvidades generalizadas apetece-me destacar duas boutades do xexé Biden. A primeira é a chantagem deselegante para com o Brasil e da ameaça implícita proferida contra um regime considerado de direita e contra o seu diligente presidente. Isto, aqui que ninguém nos ouve e para escândalo dos esquerdosos que me irão ler, tomara eu por cá um presidente igual. Ou, no mínimo, o seu excelente ministro da Economia, de seu nome Paulo Guedes. É mesmo azar não possuir nada disto cá por estas bandas onde só a parasitagem vive no seu habitat natural! A segunda boutade Bidesca foi afirmar que com ele no posto de comando dos States, cada intervenção policial contra marginais deveria levar obrigatoriamente consigo um psicólogo. Estão a ver? Um bando de delinquentes armados em confronto com a polícia e aparecia o tal psicólogo. Metia-se na linha de tiro e gritava à bandidadgem armada até aos dentes: “oh rapaziada, venham até aqui! Olhem, sentem-se aqui à minha volta à sombra desta árvore que até trouxe para aqui umas bejecas bem fresquinhas e uns saquitos de marisco do Eusébio. E, vá lá, contem-me as vossas mágoas e porque acabaram ainda agora de assaltar uma casa onde degolaram duas velhinhas. É claro que não fizeram isto por mal, certo? E o dinheiro que lhes fanaram era só para comprar dois papos-secos e as sobras para financiamento dos anti fas, a fim de incendiarem mais duas ou três cidades, não é verdade?” A esquerdalha anda toda marada! E o mais grave é que são capazes de dizer este tipo de coisas sem darem origem, neles próprios, a uma pavorosa apoptose celular. Esta gente, completamente maluca, ainda nos vai dar cabo da vida a todos, sem um mínimo rebate de consciência ou um residual sobressalto cívico! Enfim, tantas outras coisas de que me apetecia falar. Mas já vai extenso o meu comentário e, as homilias, como bem sabem, têm lugar aos domingos, eheheeh!. Fico-me por aqui. Não sem antes juntar a minha revolta à do caro AG. Ao que parece já morreram, este ano, cerca de mais 5.000 pessoas do que era suposto morrerem. E refiro-me obviamente a todas aquelas que não bateram a bota por causa do epidémico covinhas. Tal como na estrada sem regresso de Pedrógão, também os velhotes são confrontados com a morte nos pardieiros a que chamam pomposamente lares neste desgraçado país. Sem apelo nem agravo são abandonados à sua mortal sorte. Como diriam os italianos “porca miséria”! Este desgraçado regime (perdoem o meu francês) já nos fanou a carteira. Faltava mesmo, tão só, surripiarem-nos a vida! O Inferno de Dante Alighieri espera-nos pressurosamente a todos. Mesmo àqueles que em nada contribuíram para este calamitoso descalabro e para a imensa piolheira em que se tornou este atoleimado país!...    José Paulo C Castro > Cipião Numantino: Eu até gostei da sugestão de Biden de pôr psicólogos na linha de fogo mas apenas na condição de serem os defensores da teoria de género... Não consigo é argumentar isto de forma a que um esquerdista promova efectivamente a medida. Geralmente rio-me a meio e ele desconfia.        Maria Nunes > Cipião Numantino: Excelente grande Cipião. 

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